The Missing (parte III)

“Sem remorso ou piedade.”

3 horas e 30 minutos restantes...

                Caminharam olhando a sua volta com cuidado, apesar de ser dia, o local era muito escuro e Sasuke e Sakura não sabiam exatamente para qual direção ir. Naruto ainda ligava irritado e preocupado com sua afilhada, entretanto, nem um e nem outro o atendiam, haviam conseguido o dinheiro há uma hora, mas o grande problema para Sasuke é que teve que pedir emprestado para o idiota do seu melhor amigo. Cinco mil dólares australianos, além disso, gastou mais dois mil e quinhentos com as passagens aéreas de última hora para voltar ao Japão e havia também os dois mil que já havia gasto para conseguir chegar até o traficante.

                Caminharam mais um pouco com a atenção redobrada, Sakura não sabia, mas em sua cintura Sasuke carregava o plano B e ele já havia se preparado de todas as maneiras possíveis para se fosse necessário usá-lo, e, além disto, numa das mãos carregava uma mochila preta que continha o dinheiro.

                Logo ouviram barulhos mais ao fundo do galpão, então se apressaram. Chegando ao local encontraram um homem sozinho. Olharam para ele e mesmo forçando sua memória, Sasuke não se lembrava de quem era, entretanto esperou que ele falasse primeiro e foi exatamente o que aconteceu.

                - Senhor e Senhora Uchiha! – Exclamou o homem grandalhão levantando os braços – Que prazer conhecê-los. Estou vendo que trouxeram o dinheiro, não?

                - Sim. Conforme foi o combinado.

                - Esplêndido!

                Sasuke abriu a mochila mostrando o dinheiro e o homem encarrou o conteúdo com um amplo sorriso.

                - Podemos ver a criança antes de qualquer negociação final? – Pediu Sakura desconfiada.

                O homem encarrou o casal ainda com um sorriso no rosto, enquanto Sasuke fechava a mochila, Sakura tinha um péssimo pressentimento sobre aquele homem, parecia que algo estava errado.

                - Claro! Entretanto temos um pequeno problema antes para resolvermos.

                - Qual? – perguntou Sasuke encarrando o local a sua volta.

                - O nosso problema é que Duck fez uma pesquisa mais afundo, assim como manda o protocolo, e adivinhem. É incrível! Vocês já têm uma filha. Algo incrível para um casal que disse não poder ter filhos não é? – perguntou o homem de maneira irônica.

                - Espere! – pediu Sasuke pensando em algo rapidamente, diante ao seu medo – Nós já adotamos uma menina antes, mas não podemos ter filhos e queremos outra criança.

                - Entendo. Sendo assim, só nos resta uma duvida agora. – disse o homem fazendo um sinal para as sombras – Esta filha que vocês já adotaram tem o mesmo rosto desta que vocês supostamente querem adotar.

                Logo das sombras do galpão saíram dois homens grandes e um deles carregava uma pequena garota de cabelos negros no ombro. Sakura olhou espantada para a cena a sua frente. Sua pequena princesa estava nas mãos daqueles ladrões sem coração. Ela sentiu suas pernas fraquejarem e por um momento achou que não ia suportar nem mais um segundo desse pesadelo, isso até ouvir o chamado desesperado de sua princesa.

                - Mamãe! – berrou ela aos prantos em japonês – Eu quero meu papai.

                - Por favor! – pediu Sakura baixinho para Sasuke.

                Sasuke sentiu um peso enorme ser jogado sobre suas costas ao ouvir sua pequena lhe chamando, como poderia negar agora que aquela era a filha deles, ainda mais com Sakura implorando ao seu lado?

                - Por favor! Damos-lhe todo o dinheiro como combinado e você a devolve para nós.

                - Você acha que agora que sei que ela é sua filha, vou querer somente cinco mil? Além disso, eu acho que você sabe demais e sabe como é. Não queremos a polícia ainda mais em nossa cola.

                - Não contaremos a policia! – argumentou Sasuke – Vamos lhe dar todo o dinheiro que temos e embarcaremos em seguida num avião direto para o Japão.

                - Já disse não vou querer somente cinco mil agora.

                - Tenho mais dois mil aqui no meu bolso. – disse Sasuke puxando dois maços de dólares australianos – Somando sete mil. Por favor, a libere.

                - Que engraçado você é Sasuke. – riu o homem – Acha mesmo que vou querer menos de setenta mil agora? Sei que você tem uma empresa no Japão com um sócio chamado Uzumaki Naruto, em que a renda bruta mensal de vocês chega a aproximadamente oitenta cinco mil dólares australianos.

                - Sim, mas não ganho mais que sete mil dólares por mês. Temos muitos empregados e tenho que dividir todo o lucro final com o Naruto e novos equipamentos.

                - De pouco me interessa isso. Consiga o dinheiro e tenha a sua filha de volta ou então a mandarei para a América do sul. Você tem uma hora para conseguir setenta mil. Informar-te-ei o local da troca em breve.

                - Não! Por favor! Não! – berrou Sakura já aos prantos – Devolva minha filha! Aya!

                Sasuke segurou Sakura em tempo, pois nesse momento o homem tirou uma arma e apontou em direção à cabeça da pequena Aya. Sakura se debateu ainda mais, mas Sasuke a segurou forte.

                - É bom que a polícia não fique informada sobre nossos encontros, Senhor Uchiha ou é sua filha quem morrerá. Traga os setenta mil.

                Dizendo isto os traficantes deram a volta e saíram do galpão, mas somente quando Sasuke ouviu a porta de ferro se fechar, que ele foi capaz de diminuir o aperto na qual segurava Sakura. Pouco tempo depois sentiu os braços de sua esposa lhe rodearem o pescoço, ela soluçava alto e as lágrimas dela o molhavam, passou a mão nos cabelos dela com carinho.

                - Temos que ir, Sakura.

                - Por que isso aconteceu com a nossa pequena Aya, Sasuke?

                Sasuke não tinha uma resposta para a pergunta de Sakura, então ele se limitou a acariciar novamente os cabelos rosados dela e lhe dar um beijo na testa. Esta situação era difícil para ele também, Aya era a princesa dele, a única que foi capaz de mudá-lo completamente e transforma-lo em um verdadeiro pai, um pouco mais amável do que era antes.

                - Precisamos ir. – murmurou no ouvido dela

                - S-sim!

                Sasuke e Sakura se separaram e dirigiram-se para fora do galpão de mãos dadas, pois ela ainda estava desesperada e o toque dele lhe trazia uma calma que ela não sabia de onde vinha. Enxugou o rosto determinada e logo viu Sasuke pegando o celular, discando e colocando no ouvido.

                - Dobe! Preciso de sessenta e cinto mil dólares!

                - O que? Você ficou louco? – berrou Naruto do outro lado do telefone e Sakura conseguiu ouvir todos os berros e maldições que ele jogava para Sasuke – Onde você acha que vou conseguir sessenta e cinco mil?

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2 horas restantes...

                Caminharam novamente lado a lado, mas dessa vez em um beco no meio da favela local. Sasuke analisou o local com cuidado, ali tinha algumas caçambas grandes de lixo e parecia haver no final do beco duas pessoas. Sasuke segurou com força a mochila e murmurou ao ouvido de Sakura quando ela pareceu tremer.

                - Se eu disser para correr, corra! Se eu lhe fizer um sinal com a cabeça pegue Aya e suma.

                Sakura nada respondeu ao esposo, mas ele sabia que ela havia ouvido e entendido, mesmo que sentisse dificuldade em concordar com o plano dele. Ela sentia-se culpada por saber que seria capaz de deixar Sasuke sozinho por causa de sua filha, lhe corroía ainda mais o coração saber que era capaz de deixa-lo morrer, se em troca visse sua filha salva e segura. Não é que não amasse Sasuke, mas é que o amor que sentia bater dentro de si por sua pequena era muito mais forte que o amor que sentia por si mesma e por ele ao mesmo tempo.

                Eles olharam os homens que estavam parados ao final do beco e Sakura sentiu um frio lhe transpassar a espinha, pois eles não haviam conseguido a quantia exata do resgate, ainda faltava dez mil, mas Sasuke e Sakura jamais deixariam sua pequena Aya, sem antes lutar.

                Chegando ao local, Sasuke reconheceu o mesmo homem de antes e então soltando a mão de Sakura deu um passo a frente com o rosto levantado e disse:

                - Eu trouxe o dinheiro. Onde está a menina?

                - Antes eu quero contar o dinheiro. – disse o homem sorrindo de canto – Aparentemente setenta mil foi muito fácil para você conseguir.

                - A mostre antes, preciso saber antes se está cumprindo sua palavra.

                - Assim você me ofende. – murmurou ele falsamente – Tragam!

                Sasuke e Sakura viram um homem trazer uma criança com um capuz preto sobre a cabeça, ele a segurava firme pelo braço e Sakura imaginou que aquilo devia estar machucando muito sua filha, mesmo assim, reconheceu-a de imediato mesmo que não fosse possível ver seu rosto.

                Logo Sasuke caminhou até a caçamba de lixo mais próximo e jogou a mochila sobre a tampa, tomara que assim atraísse somente um dos homens. Cruzou os braços e esperou, o homem sorriu abertamente e caminho até a lata de lixo.

                - Veremos como um Uchiha cumpre sua palavra.

                Sasuke observou os outros dois homens que se mantinham de olho nele e depois para sua filha. Respirou fundo e ficando lado-a-lado com o traficante de criança caminhou até encostar seu próprio braço no homem.

                - O que foi?

                - Nada. – disse Sasuke parado ao lado do homem.

                - Acho que está faltando dinheiro, não é Uchiha?

                - Acho que você se esqueceu desse. – disse Sasuke puxando a pistola que carregava na cintura e sussurrando continuou – Se você tem amor à vida é bom se lembrar disto e me obedecer, se não, eu juro que te mato antes que qualquer outra pessoa morra aqui.

                - Está se esquecendo de que será sua filha que irá morrer se não parar com essa idiotice agora?

                - Mas você irá antes.

                Sasuke encostou o “plano B” na barriga do traficante que tinha dois bolos de dinheiro nas mãos, bateu com a outra mão no ombro do homem e sussurrou.

                - Agora você irá passar o braço pelo meu pescoço e dar uns tapas de brincadeira e dizer; “Muito bem! Vejo que os Uchihas são pessoas de palavra.”.

                - Me obrigue! – desafiou o homem.

                - Eu te obrigo! – sussurrou Sasuke pressionando a arma mais contra a barriga dele – Diga! Você não devia duvidar da capacidade de um pai.

                - Filho da puta! – disse o homem com um tom raivoso, mas baixo e passando o braço pelo ombro de Sasuke obedeceu – Muito bem Uchiha! Estou vendo que você é um homem de palavra.

                - Quer dizer então que você irá soltar muita filha? – disse Sasuke em voz normal.

                Vendo que o traficante não respondia Sasuke pressionou ainda mais a arma na barriga dele. Isso não podia acabar sem antes tirar sua pequena dali.

                - Soltem a menina Uchiha. – disse ele elevando um pouco a voz enquanto Sasuke o via ranger os dentes.

                - Certo.

                Logo Sasuke virou a cabeça levemente e viu o momento em que um dos capangas tirou o capuz de Aya e a emburrou. A menina desnorteada olhou para os lados com um olhar chorão, mas no mesmo instante Sakura estava ao lado dela, pegando-a no colo e a abraçando. Pressionou novamente a pistola semiautomática na barriga do traficante e o seu olhar se cruzou com o de Sakura rapidamente. Ele fez um leve aceno com a cabeça e ela imediatamente entendeu que devia correr dali agora mesmo.

                - Você jamais sairá a salvo daqui. – sussurrou o traficante de maneira que somente Sasuke ouvia.

                - Essa é a diferença entre você e eu. Eu não me importo de morrer aqui, se em troca minha filha se salve.

                Viu Sakura dar lentos passos para trás e como se lesse sua mente, ela correu com Aya no momento em que ele agarrou o pescoço do traficante e o colocou entre si e os outros homens, usando-o como um escudo. Os capangas pegaram suas armas no mesmo instante e apontaram para Sasuke e seu chefe.

                - Largue ele. – disse um dos capangas.

                Entretanto Sasuke não iria obedecer. Pegou a mochila e passou a alça pelo seu braço e logo voltou a apontar a arma para o traficante, mas na cabeça dessa vez.

                - Você irá morrer Uchiha.

                - Não me importo.

                Inesperadamente apareceu outro homem de uma porta na escuridão e com um olhar frio apontou com o dedo em direção de Sasuke e do traficante em seus braços.

                - Atirem!

                - Mas... chefe e o Rick? – perguntou um dos capangas com a arma em mãos.

                - Atirem logo.

                Sasuke se espantou, aquele homem mataria o próprio capanga só para matá-lo? Deu alguns passos para trás na mesma direção que Sakura havia saído correndo e a sua direita viu outra caçamba de lixo. Viu os capangas mirarem com a arma na direção deles e Sasuke sentiu o traficante estremecer entre seu braço.

                - Eu sou seu mais fiel homem, não atire, por favor. – pediu o traficante

                - Pode ser fiel, mas é um idiota. – disse o chefe recém-chegado – Como não o revistou antes da negociação?

                Num momento Sasuke viu o homem revirar os olhos, enquanto o traficante em sua frente implorava, e como se o mundo começasse a girar em câmera lenta Sasuke o viu se aproximar de um dos capangas e pegar a arma dele, então no mesmo instante Sasuke se lembrou das aulas de caça com o irmão, apontou a arma para o outro capanga que continuava imóvel com a arma em punho e atirou.

                Naquele mesmo momento viu o homem cair, mas sem nem mesmo se importar, Sasuke observou o recém-chegado apontar a arma em sua direção, pronto para atirar naquele mesmo instante.

                Não houve muito tempo para pensar, mas num momento Sasuke estava empurrando o traficante que lhe servia de escuro para frente e no outro momento ele ouvia um disparo e sentia seu corpo bater entre a parede a caçamba de lixo. Logo o corpo do traficante que havia sido chamado de Rick estava no chão ao seu lado.

                - É policial senhor Uchiha?

                Sasuke não respondeu ao homem, apenas colocou parte da cabeça para o lado, a fim de ver o que acontecia, mas já prevendo um disparo Sasuke voltou rapidamente a sua posição anterior e logo ele ouviu o som da bala batendo em algo. Sentia seu ombro direito latejar, por ter o batido na parede, mas mesmo assim ele seria capaz de mirar e apertar o gatilho, “por Aya”, pensou ele.

                Respirou fundo e levantando a mão com a arma em punho ele colocou sua cabeça para cima e atirou, mas ele errou. Voltou a sua posição anterior no exato momento que ouviu o novo disparo. Levantou rapidamente e deu mais dois tiros acertando o outro capanga que corria para trás de outra caçamba.

                Sasuke colocou a mochila de dinheiro em sua costa, ainda tinha duas balas. Sentia o ombro doer e desejou que aquele pesadelo acabasse logo, tinha que sair dali vivo, Aya não merecia continuar sua vida sem um pai, assim como aconteceu com ele em sua infância.

                - Desista Uchiha!

                - Desista você.

                Sasuke voltou a tirar a cabeça de trás da caçamba, mas voltou a abaixar rapidamente e então o tiro passou raspando por cima dele. Levantou novamente e atirou, mas sem sucesso voltou ao seu posto agachando e agora tinha somente uma bala.

                - Pelos meus cálculos você só tem mais uma bala Uchiha! O que vai fazer agora? Não devia mexer com gente como eu, se não estiver preparado.

                Sasuke não respondeu, ele só tinha mais um tiro e o idiota estava atrás de caçamba de lixo que o traficante Rick havia usando para contar o dinheiro. Voltou a levantar a cabeça e viu o momento em que o homem sai de trás da caçamba de lixo e ia para trás de uma parede não muito grossa, voltou a abaixar rapidamente, mas o tiro que o homem soltou passou de raspão em seu braço direito.

                - Droga! – blasfemou em um sussurro.

                Pressionou o ferimento com a mão esquerda e seus olhos pararam em um pedaço de cano de esgoto antigo feito de titânio. Levantou e abaixou rapidamente diante de outro disparo. Ouviu-o tirar o cartucho da arma, para substituir por outro, então Sasuke correu, pegou o pedaço grande de cano que estava cortado ao meio e correu na direção à parede usando o pedaço de cano como escudo.

                Entretanto quando o homem atirou em Sasuke o escudo voou longe e Sasuke caiu no chão. Rapidamente ele rolou para o lado da parede e se levantou no exato momento que o homem voltou a colocar a cabeça para o lado, pronto para atirar, mas Sasuke foi mais rápido e disparou sua última bala que atravessou a parede e acertou o chefe da quadrilha.

                Estava terminado. Sangrava e seu braço esquerdo estava deslocado, mas estava vivo e nesse momento agradeceu ao seu pai por tê-lo forçado a fazer aulas de caça, mesmo que naquela época parecesse bobagem, jamais imaginaria que usaria isso para matar pessoas no lugar de animais.

                Guardou a arma e saiu correndo, a polícia devia estar chegando logo e ele, Sakura e Aya tinham que sair do país o mais rápido possível, ainda bem que não haviam cancelado suas passagens de avião das 14 horas. Chegou à frente do prédio e olhou de um lado para outro, mas não havia nem sinal de uma alma viva que fosse. Correu para a direita, precisava de um táxi.

                Não chegou a correr muito e notou um carro atrás de si, então acelerou o passo, entretanto o veículo o alcançou, entretanto quando viu Sakura no volante, Sasuke parrou de correr e ela parou o carro e destravou a porta. Ele entrou rapidamente, mas antes disso limpou a arma com um pano e água sanitária, que Sakura lhe deu, para logo mais jogar a arma no esgoto.

                Sasuke olhou para Sakura e notou o semblante de alívio no rosto dela, olhou para trás e viu Aya abaixada atrás do banco do motorista, ela o olhou, e lhe sorriu com lagrima nos olhos e Sasuke se sentiu aliviado de vê-la sã e salva.

                - Estávamos andando com o carro envolta do quarteirão. – explicou Sakura.

                Mas era certo que naquele momento isso não importava. Sasuke estendeu a mão esquerda para Aya acariciando o rosto da pequena, que o olhou com os olhos brilhantes, onde estava o sorriso dela? Se já não tivesse matado aqueles idiotas, com toda certeza voltaria para matá-los agora mesmo ao ver o rosto angelical de sua princesa sério.

                - Papai está machucado? – perguntou Aya com os olhos cheios de lagrima.

                Só então Sasuke notou que sua mão esquerda estava suja do sangue de seu braço direito, então ele sorriu levemente para Aya antes de lhe responder.

                - É só um machuco e não está doendo nada. – mentiu ele.

                Foram até o hotel que estavam hospedados, parando antes numa farmácia, em que Sakura comprou tudo que necessitava para fechar o machucado de Sasuke. Chegando ao hotel os três se limparam e Sakura deu pontos na ferida dele para fechá-la e fez um curativo no braço de Sasuke, sua esposa era uma ótima enfermeira e enfaixou seu ombro dolorido também, lhe dando alguns remédios para dor.

                Chamaram um táxi, pois Sasuke havia ligado para que viessem pegar o carro alugado. Chegando ao aeroporto os três foram para a fila do check-in e enquanto esperavam Sasuke tinha Aya no seu colo, ele ignorava a dor da ferida em seu braço, pois era ainda mais doloroso não tê-la em seus braços.

                Logo sentiu Sakura lhe cutucar e apontar para uma televisão. Ele olhou com atenção e viu imagens do local onde estivera mais cedo para resgatar Aya e na parte debaixo da tela passava a seguinte escrita: “Confronto entre gangues locais termina com a morte do líder local do tráfico infantil.”.

                Sasuke se aproximou de Sakura ainda com Aya dormindo em seus braços e a beijou nos lábios com ternura, não costumavam ter esse tipo de demonstração de afeto em publico, mas eles estavam muito aliviados e alegres por terem sua pequena princesa de volta em seus braços. Depois do beijo o casal trocou olhares, eles eram cúmplices, um do outro. Poucas horas depois eles estavam de volta no Japão e férias como esta jamais tornariam a se repetir na família Uchiha.

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FIM ♥