POV Katherine

Eu já estava farta dessa vida medíocre que eu estava levando, pra lá e pra cá fugindo de um original por cerca de 500 anos, não era uma coisa agradável. 

E era ainda menos agradável se apaixonar pelo irmão desse original.

Coisa que eu não queria que acontecesse, realmente não queria. Sentimentos estúpidos! Sempre estragando meus planos!

Elijah era um cavalheiro que não se encontrava mais em qualquer lugar, e eu, eu era uma vadia que se encontrava em qualquer esquina. Então, porque ele se interessaria por alguém como eu? Tirando os fatos de eu ser a duplicata de Tatia, eu era uma podre, uma alma podre condenada ao inferno intenso até o fim dos dias. Como se sofrer fugindo de Klaus já não bastasse eu ainda seria condenada ao inferno. 

Eu poderia arriscar dizer que Katherine Pierce, a vampira mais desejada e vagabunda, egoísta e má, estava apaixonada, novamente. 

Mas desta vez era por um Mikaelson, como no começo de tudo, quando eu ainda era uma simples camponesa que estava dividida entre Klaus e Elijah e acreditava no amor. 

Agora eu era vampira, uma vampira velha, e adivinhem só? 

Eu continuava iludida e acreditando no amor. 

Agora aqui estava eu, andando com o carro roubado de alguém que não conheço (Um belo carro), e bebendo até não aguentar mais. Essa era a lendária Katherine Pierce? Sofrendo por levar um fora? Não, não era. Essa era Katerina, a garota que morreu a umas décadas atrás. 

Viro o carro fazendo a contra-mão, voltando ao hotel em que Elijah está hospedado, eu precisava desabafar com alguém agora. A rua deserta por conta do horário, quem acordaria as quatro horas da manhã numa segunda pra ficar zanzando por ai de carro roubado? Só eu. 

Estaciono o carro em uma vaga perfeitamente do seu tamanho e bem na frente do hotel, desço rapidamente nem me importando em travar o carro, talvez ele fosse roubado, mas eu pegaria outro de alguém depois disso. 

- Elijah! - chamo assim que entro em seu quarto. Não o vejo, mas escuto o barulho da água do chuveiro cair e molhar seu corpo. Tento abrir a porta trancada, mas depois ouço um desclick e ele surge, enrolado em uma toalha branca barata de hotel. 

- O que você quer? - falo grosso se direcionando até o guarda-roupas e pegando uma cueca box preta. Ele entra no banheiro e logo sai de lá já com ela, e céus, como estava sexy com o cabelo molhado e o corpo semi-nú do mesmo modo. 

- Eu precisava falar com você. - chego perto dele e minhas mãos tomam rumo de seu peito descoberto, ele acompanha com o olhar, mas não faz nada a não ser isso. 

- E sobre o que se trata? 

- Nós estamos cansados dessa vida de viver pelo Klaus, você vive por ele, eu vivo fugindo porque se não morreria pelas suas mãos.. - faço uma pausa. - Eu só queria dizer que, podemos viver a nossa vida, juntos, sem Klaus ou preocupações, somente eu e você pra sempre. Eu gosto de você, Elijah. Entenda. - minhas mãos continuam ali e as deles as cobrem, como se forçando elas para ver se encontrava algum batimento cardíaco. Nada disso existe para nós. 

- Como posso confiar em você? Como posso saber se você não mente? - ele ri, irônico. - Você ama os Salvatores, Katherine. Eu não passo de uma escada pra você e seus planos contra meu irmão, sou apenas uma passagem pra você, não significo nada. 

- Talvez você não significasse, mas agora eu vi que tudo o que eu quero e te ter ao meu lado. A camponesa que acredita no amor voltou, Elijah, Katerina está aqui. Eu posso sentir ela. - pego uma de suas mãos fortes e coloco em meu coração. - Ela está aqui por você, ela grita seu nome. - dou um sorriso fraco, ele me olha confuso, talvez decidindo em acreditar ou não em mim. 

- Eu gostaria que ela realmente estivesse. 

- E ela está. 

- Como você pode saber? 

- Porque eu nunca abri meus sentimentos pra ninguém como estou fazendo agora. Apenas confie em mim, novamente. - em um impulso chego mais perto de seus lábios, esperando sua iniciativa que momentos depois acontece. Sua boca macia se funde com a minha em um beijo caloroso. Suas mãos sobem e descem a lateral de minha cintura fazendo uma deliciosa massagem. Minhas pernas entram no meio das suas, meu corpo se une mais com o seu, quase querendo formar um só. O beijo se torna mais urgente. 

Elijah me joga na cama já despindo sua cueca que momentos antes tinha vestido, pra facilitar ergo os braços e ele tira o vestido claro de meu corpo, beijando toda a extensão dos ombros e pescoço e me deliciando com isso. 

- Vou confiar. - fala sussurrando em meu ouvido, causando arrepios diversos. - Espero não me arrepender. 

Dessa vez não irá, eu não iria machuca-lo. Não iria trair sua confiança. Dessa vez eu seria a pessoa que ele queria que eu fosse.