Percy Jackson e o Torneio Semideus escrita por duplicat4


Capítulo 29
Bônus — Reencontros




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Seu sorriso me deixou emocionada.

Assim que desci a colina meio—sangue, vendo minha mãe me olhar com os olhos marejados, eu pensei que fosse chorar. Mas, para minha surpresa, as lágrimas não caíram, apenas molharam meus olhos. Minha mãe ainda era a mesma mulher encantadora e maravilhosa de sempre. Vestia calças jeans, uma blusa roxa com um blazer preto por cima, uma sapatilha preta e seus óculos escuros de sempre. Os cabelos castanhos enrolados estavam soltos, e, logo percebi que estavam mais longos.

Eu sentira tanta falta de minha mãe naquele tempo, e agora finalmente estava vendo—a comigo novamente.

Ela me abraçou forte, e eu retribui imediatamente, deixando que as lágrimas molhassem sua blusa. Também senti minha blusa molhar, logo vendo que minha mãe também chorava. Quando terminamos o abraço, ela depositou carinhosamente um beijo em minha testa, e eu não pude deixar de sorrir.

***
Quando já estávamos no carro, finalmente entendi que aquele não era o caminho certo para o aeroporto de New York. Minha mãe parou o carro em frente ao Central Park de New York. Eu não sabia o motivo dela estar fazendo isso, mas apenas esperei sua explicação.

— Mamãe, o que viemos fazer na avenida Upper East Side? Não devíamos estar no avião? — disse.

Ela apenas sorriu pra mim, puxando minha mão em direção à um prédio extremamente exuberante, em frente ao Rio East e próximo ao Central Park. Eu não entendia o que estávamos fazendo ali, mas segui minha mãe. Logo que entramos no prédio, pude ver o quanto era lindo. O piso era de uma cor que se assemelhava à ouro, as paredes pintadas de bege claro, um lustre de cristais — ao menos pareciam — e um elevador com portas que exibiam uma sigla, provavelmente a do nome do Prédio.

Mamãe me puxou até o elevador, e enquanto subíamos, ouvindo a música do natal passado tocar, ela me olhou com um sorriso sensível.

— Bella, eu sei que pode ser difícil pra você se acostumar com isso, mas... — ela pousou sua mão confortante sobre a minha. — Vamos morar aqui agora.

Minha expressão devia estar com um semblante totalmente arrasado.

Minha cabeça girava sem parar, coisas que eu nem sabia o que eram rondavam sobre minha mente, meus pensamentos eram os mais confusos possíveis, e eu comecei a ter uma dor de cabeça terrível. Em um momento pensei conseguir ler os pensamentos de minha mãe, pensando coisas como “ela não gostou da ideia”, mas sabia que isso era impossível. E então, tudo começou a se apagar. Os pensamentos confusos foram embora, e a única coisa que eu conseguia pensar era: “E a minha vida?”.

— Mas... Mas e os Cullen? — eu disse, segurando as lágrimas. — E Forks? E tudo que eu vivi lá?

— Filha, eu sei que você tem muitas lembranças boas de Forks, mas agora você sabe sobre seu pai, e é a hora de começarmos uma nova vida. Você não é mais como as outras garotas, por isso temos de viver do jeito certo. No próximo verão você irá voltar para o Acampamento Meio—Sangue, e quando isso acontecer, eu não quero estar a 400 quilômetros de distância. Por favor, tente entender.

Assenti, as lágrimas escorrendo. Eu sabia que minha mãe estava mais que certa em tomar essa decisão, só não queria que fosse tão difícil como estava sendo.

O elevador parou no nosso andar, e assim que saímos, caminhamos até nosso apartamento, e mamãe abriu a porta. As luzes estavam apagadas, mas quando ela as acendeu, eu tive uma surpresa. Literalmente uma surpresa.

Como eu poderia imaginar que eles fariam algo tão incrível assim?

Bem, eu não havia desconfiado de nada. Mas ainda tinha amado aquela surpresa, principalmente por poder reencontrar — mesmo que uma última vez — a família mais incrível que eu poderia ter conhecido.

Os Cullen não haviam mudado em nada. E, surpreendentemente, não havia nenhum vampiro novo na família, todos estavam ali. Edward foi o primeiro a me abraçar, o que me fez derramar lágrimas. Logo em seguida vieram Alice, Rosalie e Esme, me dando abraços e beijos carinhosos. Jasper e Emmett não ficaram de fora, e em seguida Carlisle me abraçou forte. Todos estavam com suas roupas de sempre, cada um com seu gosto, e Alice segurava um bolo de chocolate nas mãos, e acima das cabeças de todos, eu podia ler uma faixa escrita “Bem—Vinda de volta, Bella”.

Eles não podiam ter sido mais maravilhosos. Eu realmente sentiria muita falta daquela família que tanto me fizera bem. Mas agora eu tinha uma vida nova. Agora as coisas eram diferentes, e eu teria de me acostumar com todas aquelas mudanças.

Tudo correra perfeitamente. Os Cullen se despediram de mim assim que o bolo acabou, e me despedir de Edward foi a parte mais difícil. Pelo menos ele sabia sobre Will e Percy, por conta de algumas visões de Alice, mas ainda éramos amigos. Eu manteria contato, afinal, ele mudara minha vida, e sempre faria parte dela.

Os finais nem sempre são felizes, as vezes a princesa não se casa com o príncipe e eles vivem felizes para sempre, ou o vilão não é derrotado pelo mocinho. As verdadeiras histórias terminam com um final que faz o leitor querer mais, e isso não significa que têm de haver um “felizes para sempre” na última frase. O sempre é só uma forma de dizer que eles viveram felizes, mas não significa que viveram eternamente felizes. Quem sabe apenas alguns meses? Talvez.

O que realmente importa é ter um final digno de ser chamado de “final” e isso com certeza não é uma coisa fácil de se fazer. O meu final foi um bom final, mesmo eu não tendo sido feliz para sempre. O que importa é que agora, aqui, com minha mãe, assistindo Gossip Girl e comendo pipoca, eu me sinto feliz. Feliz para sempre.

FIM


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