Percy Jackson e o Torneio Semideus escrita por duplicat4


Capítulo 28
Somos todos infinitos


Notas iniciais do capítulo

PODEM ME MATAR!!
Mentira, não me matem, quero terminar A Casa de Hades.
AAAAAH VOCÊS LERAM?? É TÃO PERFEITO CARA!
~okay, parei~ enfim, MIL DESCULPAS pela demora extrema! É que eu tive que ficar 21 dias sem entrar na Internet, e depois fiquei sem criatividade. Mas... CHEGAMOS AO ÚLTIMO CAPÍTULO (:(
Bem, na verdade não é o último porque... VAI TER CAPÍTULO BÔNUS! ÊÊÊÊÊ ~só eu comemorando '-'~
E depois do bônus, terão os agradecimentos para os melhores leitores do mundo :D
Mas, não se entristeçam, afinal, teremos a SEGUNDA TEMPORADA da fic. O nome eu irei revelar, que é "Percy Jackson e a Vingança do Titã". Talvez eu demore um pouco para postar a 2ª temporada, então eu sugiro que vocês me coloquem como autora favorita (mesmo que eu não seja) para saberem quando eu postar. Enfim, espero que gostem do capítulo, eu particularmente gostei desse final :3 calmem, a Bella ainda vai voltar pra casa haha
COMENTEM, RECOMENDEM, FAVORITEM, etc.
Ah é, sobre recomendação, quero agradecer pela minha 4ª recomendação: muito obrigada lindas, eu realmente fico MUITO feliz que gostem da história, é esse meu objetivo. Amei sua recomendação ♥
Ok, agora chega de falar (lê-se, digitar) e vamos ao capítulo. Espero que gostem!
Beijos *-*



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Meu nervosismo só aumentara.

Os deuses me encaravam de uma maneira que faria até Cronos ter medo. Zeus tinha uma expressão severa, o que me dava ainda mais medo. Hera me fuzilava com o olhar, como se meu ato de vencer o Torneio tivesse sido um crime. Apenas Afrodite dava sorrisinhos e acenava a cada cinco segundos para mim, enquanto Ares a repreendia e Hefesto os olhava irritado.

Depois de ter cruzado o portal do Torneio, eu sabia que seria a vencedora, só não sabia que depois disso as coisas ficariam tão... Sinistras.

Eu encontrava−me no meio de todos eles. Bem no meio mesmo, em pé, com uma cara de quem fez algo errado e está com medo de levar bronca. Eu não parava de mexer−me, olhando a todos os lados, procurando por algum deus que não me desse medo, como Afrodite fazia. Porém, todos tinham a mesma expressão amedrontadora e severa, até mesmo Apolo, o deus do sol – e meu sogro... Eu acho – que estava sempre bem humorado, me fuzilava, o que me dava ainda mais medo e arrepios.

− Bem, creio que já possamos parar de analisá−la. – Disse Zeus, o que me fez estremecer ao ouvir o som de sua voz. Encarei−o na mesma hora, completamente confusa. Todos os deuses tiraram as caras mandonas, alguns sorriram, enquanto outros fizeram caras ainda piores. – Primeiramente, gostaria de parabenizá−la por vencer o Torneio Semideus, Isabella.

Só de ouvir meu nome completo fiquei arrepiada e senti um calafrio até a espinha. Apolo soltou uma risadinha fraca, o que me fez olhá−lo no mesmo segundo. Ele deu−me uma piscadela com um sorriso no rosto, o que me fez imaginar se seria pelo motivo de eu ser sua “nora” ou se ele estava sendo legal comigo.

− O cortejo acontecerá logo mais, aqui mesmo no Olimpo, e o Acampamento Meio−Sangue todo estará presente.

Nesse momento não pude evitar sorrir, só de pensar em ver meus amigos aqui, comemorando a minha vitória. Percebi um leve e escondido sorriso no rosto de Zeus, que logo que percebeu que eu o observava “sorrir”, tratou de desfazê−lo.

***
Quando percebi Afrodite já estava colada em mim, me entupindo de maquiagem e acessórios. É claro que eu não usaria tudo aquilo, afinal, eu não era como suas filhas, que faziam de tudo para roubar o emprego do Patati&Patatá. Mesmo assim, deixei que a deusa me arrumasse, só por pena de arrancar aquele seu sorriso orgulhoso que ficava estampado em seu rosto perfeito.

− Você está tão linda, Bella! – ela sorriu com orgulho, os olhos brilhando. – Vai ser a mais bonita da festa! E por falar em festa, é melhor nos apressarmos, eu ainda preciso me arrumar!

Dizendo isto, ela deu uma “última” retocada em mim e depois saiu do quarto. Eu andei devagar até o espelho e assim que vi meu reflexo, tive vontade de rir. Eu parecia uma Barbie, cheia de maquiagem, pulseiras de ouro, brincos de ouro e uma coroa de louros. Vestia uma toga branca com uma “caída” no lado direito, que mostrava todo meu ombro direito. Meu cabelo estava trançado de lado, com uma presilha de ouro que quase queimou meus olhos.

Eu não sabia se os outros também estariam vestidos assim, mas resolvi não estragar todo aquele trabalho. Tentei forçar um sorriso em frente ao espelho, mas tudo que consegui foi uma boca torta e uma cara de pateta.

Enfim, saí do quarto morrendo de vergonha por usar toda aquela roupa chique. Quando cheguei ao salão principal, onde havia a festa, vi todos os meus amigos do Acampamento Meio−Sangue lá – também vestidos no estilo grego antigo – e imediatamente pus um sorriso no rosto. Estava com tanta saudade deles!

Logo vi Will e Jason se aproximando de mim, e meus olhos se encheram de lágrimas. Antes mesmo deles chegarem, corri e os abracei, as lágrimas escorrendo por meu rosto. Os dois retribuíram meu abraço, e naquele momento, eu não precisava de mais nada. Piper, Silena e Annabeth também vieram, e eu as abracei – sim, abracei Annabeth – com um enorme sorriso no rosto. Travis e Connor chegaram correndo e quase me mataram de falta de ar, de tanto que me apertaram. Por fim, Percy se aproximou, com a cabeça abaixada e as expressões totalmente tímidas. Como se ele fosse tímido!

− Pode me abraçar, sr.Perseus – brinquei e logo o vi se aproximar de mim.

Eu o abracei forte. Havia sentido tanta falta daquele abraço que até perdi a noção do tempo, até ouvir Will pigarrear. Soltei−me de Percy com um sorriso bobo no rosto.

***
Assim que vi Apolo pegar o microfone do palco, percebi que aquela não era uma boa ideia.

− ESPERE!

Eu não imaginei que meu grito sairia tão alto assim, mas mesmo assim gritei. Aguentar um show de Apolo cantando não era uma opção que eu consideraria. Quando o deus ouviu meu berro, virou−se na minha direção, impaciente.

− Eu tenho uma ideia melhor. – disse nervosa. – Por que o... hã... senhor, não deixa que seus filhos cantem um pouco, para mostrar o que têm aprendido com os seus... hã... dons.

Eu pareci ridícula.

Mas mesmo assim, Apolo ficou pensativo por um momento, como se estivesse pensando se considerava ou não essa ideia. Logo ele mostrou um sorriso de matar qualquer um, e respondeu:

− Certo, tudo bem. – disse o deus fazendo um sinal de “suba aqui” para um de seus filhos que estava na festa. – Quero que Austin seja o primeiro a mostrar o que sabe.

O menino, Austin, parecia ter sido desafiado a responder uma pergunta super difícil e não sabia a resposta, já que havia ficado vermelho feito tomate e as mãos suavam – mas ele não deixava de ser invejável.

− Hã... C-Claro, pai. – ele disse, os olhos brilhando.

E então, começou a cantar. Ele cantava uma melodia antiga, tipo anos 60, e sua voz lembrava um pouco a do Elvis Presley, provavelmente por que ele cantava uma música sua. E então, como mágica, Austin começou a ficar vestido com uma roupa exatamente igual à de Elvis Presley, em um de seus álbuns. Todos na plateia gemeram de surpresa. E logo, pouco a pouco, todos na plateia começavam a vestir−se como nos anos 60: As meninas com aqueles vestidos rodados e penteados exagerados, incluindo uma maquiagem extravagante; os meninos com ternos de várias cores e suspensórios, incluindo um penteado estilo Gregory Peck.

Todos ficaram apavorados com aquela mudança repentina, mas a maioria pareceu gostar. Quando olhei para mim mesma, tive a mesma reação, porque vestia um vestido amarelo claro com um decote um pouco abaixo do pescoço, e saia rodada, estava com sapatos parecidos com aqueles de sapateado, só que eram brancos e meu cabelo estava em Maria Chiquinha, com mechas enroladas dos dois lados, e uma franja estilo chinês na testa, coisa que eu nunca tive.

Olhei para todos os lados do salão, procurando a única pessoa capaz de fazer uma mudança dessas, e logo avistei os olhos felizes de Afrodite. Ela me lançou um sorriso sapeca e depois sumiu em uma fumaça rosa.

***
Austin ainda cantava, e eu dançava sozinha aquela melodia contagiante e clássica. Vi Will se aproximar com uma bebida – sem álcool – na mão e um sorriso nos lábios.

− Podemos conversar? – ele disse, e eu logo assenti sorrindo.

Fomos andando até encontrarmos uns jardins lindos, cheio de flores de diversas cores e cheiros. Nos sentamos ali, e Will pegou minha mão, com um sorriso acolhedor.

− Aconteceu alguma coisa? – disse com uma expressão preocupada.

Will apenas suspirou e encarou as flores. Ele ficou tanto tempo quieto que achei que não ia mais responder, então ele disse:

− Não. – tornou a suspirar novamente. – Mas eu estava pensando... E acho que seria melhor se nós terminássemos.

Aquelas palavras foram como facadas no meu peito. Tive muita vontade de chorar, mas segurei ao máximo. Eu não podia acreditar naquilo.

− Eu... Eu fiz alguma coisa de errado?

− Mas é claro que não! – Will respondeu imediatamente. – Você não fez nada, Bella. Isso foi uma decisão minha. Nós éramos melhores amigos antes de sermos namorados, e eu acho que... Com tudo isso acontecendo, seria melhor se voltássemos a ser apenas... melhores amigos.

Não consegui mais ser forte.

As lágrimas invadiram todo o meu rosto, mas cuidei para que não me deixassem com uma cara horrível. Por dentro, eu me sentia tão triste que não sabia de onde tirava forças para continuar sentada.

− Mas... Por que? Aconteceu alguma coisa? Você não gosta mais de mim?

Will abriu um sorriso pequeno e fofo no rosto, como se meu palpite fosse quase impossível de acontecer.

− Sempre irei gostar, Bella. – ele disse passando uma das mãos por meu rosto. – Mas as coisas são diferentes agora. Você sabe do que estou falando.

E eu sabia.

Ele não poderia falar de outra pessoa com essas palavras tão... Tristes. Eu sabia que Will sempre iria detestar Percy, mas eu nunca o veria como culpado por ter terminado com Will.

− É, eu sei. – eu disse ainda me esforçando. – Mas se você quer assim, é melhor que seja assim. Mas ainda seremos amigos, certo?

− Não. – falou Will, me fazendo arregalar os olhos e me entristecer. – Seremos melhores amigos, para sempre.

E quando eu percebi, estávamos abraçados, e neste momento, eu soube que tinha um melhor amigo perfeito.

***
Assim que retornei ao salão principal, me dirigi até a bancada de bebidas, e peguei um coquetel – sem álcool – de morango. Vi Annabeth vir até mim, com um olhar suplicante e um refrigerante nas mãos.

− Bella, preciso falar com você. – ela disse.

− Se isso não envolver olhos roxos, eu aceito.

Annabeth riu, uma risada feliz. A acompanhei.

− Prometo que não. – ela suspirou, parando a risada. – Eu queria me desculpar, por tudo que eu te causei. Eu nunca vou entender porque tenho tanto ódio de você, porque você nunca me fez nada. Eu não sei o que houve comigo, se fui enfeitiçada ou algo assim, mas eu nunca fui daquela forma. Normalmente, se Percy terminasse comigo, eu aceitaria, mas alguma coisa me fez ter raiva de você. Eu sinto muito, mesmo, juro que nunca te quis mal. – ela suspirou, cansada.

Meus olhos estavam totalmente arregalados e eu deveria ter uma expressão de pura surpresa no rosto, mas não tinha total certeza. E foi então, como um raio, que uma lembrança me veio à cabeça.

- Então... – Bella pensou por um instante – Foi você quem fez Will e Percy se apaixonarem por mim, e me fez sentir o mesmo pelos dois?

- Ah não, isso não! – Disse Afrodite sorrindo – Eles realmente se apaixonaram por você, e você por eles. Eros não interferiu em nada, querida. Mas... Bem, eu fiz algumas... Mudancinhas, no rumo desse triângulo amoroso. – Ela riu, maléfica – Mas não foi nada demais.

- Por que, Afrodite? – Bella indignou-se – O que eu lhe fiz para você fazer isso comigo?

- Ora, nada! Eu só queria ajudá-la, irmãzinha.

- Oh, não chore! – Disse Afrodite – Isso tudo é maravilhoso! Você vai ver, e vai concordar comigo. Ah, e Bella, não pense que as coisas serão fáceis para você, tudo bem? – Bella assentiu – Na verdade, as coisas só vão piorar.

Afrodite dissera que “as coisas iriam piorar” e naquela época, Annabeth ainda não era tão “malvada” comigo. Encaixando as peças, tudo ficava claro. Como eu não tinha percebido isso antes?

− Está tudo bem, Annabeth. – respondi, sorrindo.

− Oh! Sério? – disse a semideusa, abrindo um sorriso gigante. – Muito obrigada, Bella. De verdade.

Nós nos abraçamos. Foi estranho, mas agora eu sabia que finalmente tinha feito as pazes com minha inimiga.

***
Quando Will subiu no palco, eu não imaginei que fosse cantar justo aquela música. Mas ele cantou.

De início eu não percebi que se tratava de nossa música, mas ao longo, quando ele cantava, eu fui percebendo que era You Can Come To Me, de Laura Marano. Eu tentei não chorar. Aquela música era praticamente tudo que Will quis dizer quando conversamos. E então, ele sorriu diretamente para mim, assim que cantou a frase “you can come to me (você pode vir a mim)” e, indicando com a cabeça, ele mostrou Percy, que se posicionava em um canto do salão. Eu percebi que tinham vários casais dançando aquela música, agora vestidos com roupas de baile do colegial. Mexi os lábios, perguntando à Will “o que você quer dizer?” mas sem deixar som algum sair. Ele novamente inclinou a cabeça, indicando Percy e depois, inclinou a cabeça indicando os casais dançando. Entendi o recado.

Fui até Percy, provavelmente toda corada, e com um sorriso cheio de vergonha no rosto. Quando ele me avistou, também sorriu.

− Está linda. – ele disse, e eu senti minhas bochechas esquentarem.

− Obrigada. – sorri, colocando um pouco da franja lateral para trás da orelha. – Você... Você quer dançar?

Por um momento, achei que Percy fosse dizer não. Ele virou a cabeça até o palco, vendo Will, e depois virou−a para mim, sorrindo.

− Achei que nunca fosse pedir.

Com um sorriso, fui até ele, e nos direcionamos ao centro do salão, logo dançando como um casal chique – o que com certeza não éramos.

Percy me conduzia naquela dança, já que eu só sabia fazer aquela dancinha tosca remexendo o quadril. E então, enquanto dançávamos You Can Come To Me começou a nevar. Bem, na verdade só nevou em cima da gente, e a neve parecia sair de dentro do globo de discoteca. Era uma neve aconchegante e totalmente romântica. Levantei a cabeça para olhá−la e depois sorri, vendo Percy fazer o mesmo. Quando ele abaixou a cabeça de volta, sorrimos ao mesmo tempo, e ele entrelaçou nossas mãos.

E quando fui perceber, nossos lábios estavam selados, agora sendo um só.

Eu não poderia amar mais aquele momento, afinal, estava com a pessoa que amava, em uma noite perfeita, depois de uma vitória perfeita, e com uma música perfeita. O que mais eu poderia querer? Só me restava aproveitar o momento, enquanto eu estava feliz.

Eu poderia ficar ali infinitamente, sem nunca sair, sem nunca deixar acabar. Eu sempre soube que alguns infinitos eram maiores que os outros, e eu desejava ser sempre infinita. Afinal, somos todos infinitos.

FIM


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Notas finais do capítulo

E então? Quero reviews hein! E não se esqueçam que ainda tem o capítulo bônus.
P.S.: Sim, eu peguei aquilo dos infinitos de "A Culpa É Das Estrelas" porque eu sou COMPLETAMENTE apaixonada por esse livro, e achei que seria legal essa frase dele aqui na fic.
COMENTEM, RECOMENDEM, FAVORITEM, etc.
Amo todos vocês (menos os fantasmas, eu não gosto de vocês) meus leitores lindos ♥
Beijos :3



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