Percy Jackson e o Torneio Semideus escrita por duplicat4


Capítulo 14
Um deus vem me visitar


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais postei né gente? Espero que gostem!
Meus queridos e amados leitores, por favor, comentem! Eu sei que vocês estão aí (a propósito valeu pelos 27 leitores lindus) então o quê custa comentar? Podem criticar, elogiar, qualquer coisa... Obrigada ♥



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Era meia-noite. A escuridão do céu e o vento frio me deixavam cada vez mais apreensiva. Ouvia passos, mais não havia ninguém ali. Estava tudo completamente escuro e eu não enxergava nem mesmo meu próprio corpo. E de repente, tudo se acendeu. Consegui enxergar o que se passava no lugar em que estava. Eu não era eu mesma, e sim uma águia. Estava em frente a uma ponte. De um lado da ponte via-se um cavalo azul muito encantador. Do outro lado tinha um grifo perfeitamente lindo, iluminado e elegante. Eu olhei primeiro para o cavalo e em seguida para o grifo, como se tivesse que escolher um dos lados da ponte, ou seja, um dos dois. Fiquei confusa. Não sabia o que fazer, ou quem escolher. E quando já havia me decidido, abri as asas e fui até meu escolhido que era o....
 

Acordei num sobressalto. Estava suando e tremendo. Não tinha entendido direito o que Morfeu queria me dizer com aquele sonho. Levantei da cama. Coloquei um casaco de moletom e um mini par de botas peludas, cor marrom. Abri a porta do chalé um e saí. Não fazia ideia de que horas eram, mas mesmo assim fiquei andando pelo Acampamento. No início fiquei com medo de ser vista por alguma Harpia, mas depois me tranquilizei um pouco mais. Andei até a floresta, um pouco distante do Acampamento Meio-Sangue. Encontrei um tronco grande de árvore caído no chão e me sentei ali, olhando para os lados a cada segundo.
 

Comecei a ver o sol nascendo. Havia até dormido por uns minutos ali na floresta, mas não tive nenhum sonho. Olhei para os lados esperando ver alguém ali, mas foi em vão. Estava completamente sozinha. Não vi nenhuma ninfa do bosque ou coisa do gênero. E quando achei que não tinha ninguém comigo, comecei a ver uma luz branca muito forte pairar em minha frente. Fechei os olhos, já que a luz era forte demais. Quando consegui abri-los novamente, levei um susto. Arregalei o máximo que pude os olhos e franzi tanto a testa que senti um pouco de dor. Alguma coisa me dizia que eu conhecia aquela pessoa, mas não sabia de onde. Era muito familiar.

Era um homem alto, com longos cabelos negros que caíam sobre os ombros, com uma barba misturada com mármore cinza e negra, assim como uma nuvem de tempestade. Tinha olhos cinza e um rosto bonito e sombrio. Vestia um terno azul escuro de risca de giz. Eu tentava me lembrar de onde conhecia aquele homem, mas não conseguia. E então, ele começou a falar comigo. Sua voz era pesada e profunda, e emitia autoridade.

-Não está me reconhecendo? – Perguntou me analisando. Eu balancei negativamente a cabeça, ainda trêmula e nervosa – Ora Bella, sou seu pai. Zeus.

Senti um arrepio no corpo quando ele pronunciou a frase “sou seu pai”. Nunca achei que um dia veria meu pai assim, na minha frente. Me esforcei muito para conter as lágrimas e consegui responder:

-Papai? – Ele assentiu – O que faz aqui?

-Eu preciso falar com você. – Respondeu-me. Ele parecia nervoso.

Estava cada vez mais nervosa. O que Tártaros meu pai – sendo quem é – iria querer falar comigo? Coisa boa com certeza não deveria ser, e eu tinha medo que ele fizesse algo comigo, levando em conta de que nem nascida eu deveria estar. Assenti, para que ele dissesse.

-Estou sem saída. – Começou – Poseidon, Hades e os outros deuses estão me pressionando, por você ter nascido. Eles queriam matá-la. Mas eu não permiti, e disse-lhes que você ficaria viva se vencesse o Torneio Semideus. Então, resumidamente, você deve vencer este torneio, para continuar viva.

Agora sim eu estava sem reação. Então aquele sonho que eu tivera há alguns dias era real. Os deuses queriam me matar, e meu pai havia me defendido e acreditado em mim. Ele disse aos irmãos e filhos que não me matassem, se eu vencesse esse tal de Torneio. Tudo fazia sentido agora – ou quase. Senti-me mal. Eu tinha que ajudar meu pai nisso, mas não tinha nenhuma chance de vencer. E o pior: Eu não tinha apenas que ajudar meu pai... Minha vida estava em jogo. Ou eu vencia, ou eu morria.

Acho que vou conhecer tio Hades.

Suspirei e consegui encarar os olhos tempestuosos de Zeus. Eu podia ver pequenas faíscas de raios e trovões passando pelas pupilas de seus olhos obscuros. Enfim, respondi:

-Pai, eu... – Minha voz falhou. Abaixei o olhar, eu não conseguia responder.

-Isabella, eu preciso de você! Não é só por mim, eu quero vê-la viva.

Quando ouvi aquilo me senti mais confiante. Meu pai havia dito que não queria que eu morresse, e isso já iluminava meu dia. Saber que ele se importava comigo era como receber a notícia de que eu havia ganhado na loteria.

-Mas e se eu não conseguir? – Disse com um olhar cheio de medo – Vão ter heróis lá que me fariam parecer um grãozinho de arroz.

Zeus abriu um pequeno sorriso, provavelmente havia achado engraçada a minha estranha comparação.

-Você é uma heroína.

Sorri. Essa havia sido a coisa mais incrível que eu tinha ouvido desde que cheguei ao Acampamento Meio-Sangue. Vi meu pai se aproximando de mim e logo, estávamos abraçados. Nunca pensei que um dia abraçaria meu pai, principalmente sendo Zeus. Derramei algumas pequenas lágrimas, mas tratei de limpá-las antes que ele as visse.

-Não vou te decepcionar pai. – Disse confiante. Realmente, eu não queria decepcioná-lo. Faria de tudo para vencer essa competição.

-Creio que não vá mesmo. O Torneio acontecerá daqui a dois meses. Treine muito. Precisará estar pronta para essa competição.

-E vou estar.

Zeus assentiu, como se estivesse concordando comigo. E então, uma luz forte surgiu e quando consegui ver ele já havia ido. Ainda estava um pouco trêmula e nervosa por ter estado na presença do deus mais poderoso do Olimpo. E quando saí do transe, corri para fora da floresta e fui para o chalé um. Jason não estava lá. Peguei minhas roupas e fui até o banheiro.

Coloquei um shorts jeans claro, a camiseta laranja do Acampamento e meu tênis All Star surrado. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo, como sempre fazia e saí às pressas em direção a Casa Grande. Precisava falar com Quíron o que havia ocorrido, talvez ele pudesse me falar mais sobre esse tal Torneio. Entrei na Casa Grande e vi o sr.D jogando pinochle com o centauro. Pedi licença e ouvi sr.D murmurar algo sobre crianças serem irritantes e depois se retirou. Quíron pegou sua cadeira de rodas e escondeu a parte cavalo. Ele parou a cadeira na minha frente e me convidou a sentar em uma poltrona e assim o fiz.

-Diga querida, o que lhe traz aqui? – Perguntou me analisando.

Contei a ele sobre meu encontro com Zeus. Ele ficou pensativo por um instante bem demorado, e finalmente me respondeu:

-O Torneio Semideus existe há milênios. Ele é caracterizado como um torneio onde os doze semideuses escolhidos devem disputar entre si para obter a vitória. Não se tem uma descrição original, porque a cada década, ele é diferente. Na década passada, tinham lagos de fogo, dragões gigantes, cães infernais e outras coisas piores. Nunca é igual. E só acontecem a cada dez anos. – Explicou-me Quíron com uma expressão de como se tivesse se lembrando daquilo tudo – É um torneio perigoso, Bella. Já se foram registradas muitas mortes de semideuses que foram escolhidos.

-Somente um filho de cada deus olimpiano é escolhido? – Perguntei. Quíron assentiu. – Mas... Então Jason não irá participar?

-Creio que não. Se Zeus já lhe disse que você irá participar representando ele, então Jason não fará parte.

-Ele vai ficar arrasado... – Disse triste por Jason. – Ele é que merecia isso, não eu.

-Bella, é a sua vida que está jogo, não a dele. Você não pode falhar, é vencer ou morrer. Lembre-se disso.

-Vou lembrar.

-Pois bem, o café da manhã será servido. Vá para o Refeitório, querida. – Disse-me Quíron fazendo sinais com uma das mãos.

Levantei-me apreensiva e fui para o Pavilhão. Sentei-me à mesa do chalé um, onde Jason estava. Me senti um pouco mal, por ir à este Torneio quando Jason é quem merecia. Depois que terminei o café da manhã, saí do Refeitório às pressas. Tinha que começar meus treinamentos o mais rápido possível. Só tinha dois meses antes do Torneio, e eu tinha que vencer de qualquer jeito. Acabei trombando com alguém quando descia as escadas do Pavilhão.

-Me desculpa eu... – Parei de falar quando vi que era Nico Di Ângelo.

-Eu mereço. – Murmurou revirando os olhos e saiu andando.

Aquilo havia sido estranhamente constrangedor. Eu nunca havia falado com Nico antes, e não sabia que ele era tão mal humorado desse jeito. Mas ainda assim segui meu caminho. 


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Notas finais do capítulo

Genteeeeeee! Eu chorei muuito agora porque terminei de ver Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 (pela quarta vez)! Eu sempre choro, é MUITO perfeito e eu queria que tivesse continuação com a 3ª geração! Me desculpem pelo sentimentalismo, mas eu não aguentei!
#TheMagicNeverEds ♥
Amo vocês leitores :')



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