Cap. 03 – Medo de tempestade

Saiu do banheiro ainda enrolada na toalha e qual não foi sua surpresa ao encontrar um calombo sob o edredom. O calombinho estava com o rosto de fora e um olhar doce.

- Pensei que estava dormindo...

Um alto trovão ecoa do lado de fora do apartamento. E a pequena Amy se encolhe escondendo o rosto. Ali estava a resposta, ela tinha medo dos trovões.

- Desculpe, eu não notei a chuva.

Riza abaixou-se do lado da cama e acariciou a cabeça da pequenina.

- Eu não gosto de trovões.

- sorri – Não precisa me olhar assim, você sabe que eu não vou te fazer voltar para o seu quarto.

Amy apenas sorri.

Riza troca de roupa, põe sua camisola e se deita estendendo o braço para que a pequena Amy pudesse se aconchegar mais perto de seu corpo.

- Bem melhor. – disse a pequena loira antes de adormecer –

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Ainda chovia bastante ao amanhecer e depois de muita manha a pequena Hawkeye saiu da cama da mãe para se arrumar e ir para o colégio.

Aquele dia estava especialmente manhosa, queria porque queria a ficar em casa com a mãe.

- No sábado, o seu biso chega, então teremos muito tempo para ficarmos juntas.

Riza carregava Amy, devidamente uniformizada para o colégio, no colo até o apartamento de Kristen que a levaria para escola.

- O biso?? – Amy se animou –

- O biso. – A loira sorri –

- Estou com muitas saudades dele, mamãe, muita saudades! Será que ele vai trazer presentes??

- Ele sempre trás, sempre te deixando muito mimada.

- Eu sou bisneta mais linda que ele tem! – ela abre um grande sorriso –

- Você é a única.

- Mais um motivo. Linda, loirinha, um doce e única bisneta!

- Você é muito metida!

- Eu?? Que isso, mamãe, sou um docinho!

- Um docinho fofo que eu amo com loucura!

Riza dá um grande beijo na bochecha da filha. Antes de chegar a porta do apartamento de Kristen, essa que já as esperava na porta.

- Bom dia, Riza-san, Amyzinha!

- Kris!!! – ela passa de colo –

- Bom dia, princesinha, pronta para mais um dia de escola...

A menina faz uma careta arrancando risadas da mãe e da babá.

- Como sempre Kristen, você a busca, passa a tarde com ela, ajuda com os deveres e do resto eu cuido.

- Hai.

- Tchau, bebê, comporte-se bem. – Riza dá um beijo na testa da filha antes de ir –

- Tchau, mamãe!

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Como sempre, Riza chega ao quartel mais cedo do que precisava. Mas desta vez, para sua surpresa, Roy já estava sentado em sua cadeira de couro.

- General?

- levanta os olhos para a mulher – Bom dia, tenente.

- Chegou cedo, general. – Riza caminha até sua mesa –

- Não tive uma boa noite de sono.

- Pesadelos?

A loira começava a mexer nos papéis.

- Não, apenas uma curiosidade.

- Curiosidade?

- O tom do seu avô, ele não estava só marcando um jogo de xadrez, aquele tom escondia alguma coisa.

- sente o sangue parando de fluir naturalmente – Deve ser impressão, o que meu avô teria para te contar?

- Não sei, mas ele não faria tanta questão de ligar para me avisar de que iria me visitar, ele queria ter certeza de que eu estaria aqui.

Roy olhava um ponto muito interessante na parede, como se isso fosse lhe responder sua dúvida.

- Vou buscar um café.

Riza precisava sair dali ou acabaria se entregando.

- levanta uma sobrancelha – Estranho.

Alguma coisa lhe dizia que Riza sabia perfeitamente o que o General queria, mas não parecia feliz com isso. Seriam noticias ruins?

Pois, para o general se deslocar do Leste, algum bom motivo tinha.

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Depois de tomar três cafés extremamente adoçados com intenção de ter glicose no corpo, a loira se tranca no banheiro. Estava sentindo-se muito acuada.

Roy era imprevisível. Não podia se quer imaginar qual seria sua reação.

- Calma garota, assim você mesma vai acabar indo para a forca sozinha.

Encheu as mãos que estava em formato de concha com a água fria da torneira e passou pelo rosto.

O avô chegaria na tarde do dia seguinte, mas só se encontraria com Roy na manhã de sábado.

Ainda tinha algum tempo para tentar fazê-lo mudar de idéia. O que achava quase que impossível.

- Droga! Por que eu tinha que ter caído em tentação naquela noite...

Não que se arrependesse de Amy, era sua paixão, mas quanto aos problemas de ser filha de quem era... Não podia dizer o mesmo.

Sabádo seria o dia da verdade.

Continua...