Sonho de Uma Noite de Verão escrita por Anny Taisho


Capítulo 27
Batom




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Cap. XXVI –Batom

Depois de colocar Amy para dormir, Riza foi para casa deixando um Roy Mustang confabulando sobre o que faria para chegar mais perto da mãe de sua filha. O primeiro passo era conseguir que Amy o chamasse de pai, isso com certeza, afastaria Kaio de certa maneira.

No entanto, apesar de parecer ter muito carinho por ele, Amy não mostrava indícios de que o chamaria de pai. Era sempre Loy...

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Amy acordou novamente mais cedo que o pai, mas desta vez não foi acordá-lo como fazia sempre. A menina foi para sala e ligou a televisão no canal de desenhos, logo que sentiu fome foi até a cozinha e com a ajuda de uma cadeira subiu na mesa e pegou um pedaço de bolo que estava ali e ainda com a ajuda da mesma cadeira que foi empurrada até a geladeira, abriu-a e pegou um de seus copos de suco que estava na porta.

Sem fazer grande coisa pela manhã, a criança brincou, pulou, mexeu em alguns dos livros do pai e somente perto do meio-dia ela teve noticias do moreno que apareceu na sala.

- Bom dia, Amy... – Roy coçava a nuca –

- Oi, Loy. – ela que estava sentada no chão virou a cabeça em sua direção – Dorminhoco, em! – ela riu –

- Por que não me acordou, princesa? – ele se aproximou vendo o copo e os farelos de bolo no chão –

- Não quis incomodar, ontem o Loy quase teve um treco quando eu acordei ele... – ela sorriu –

- É só você não pular em cima de mim, ai eu não me assusto daquela maneira... – o Mustang deu um beijo no alto da testa dela – Já comeu? Como conseguiu alcançar as coisas?

- Cadeira, mas eu ainda tô com fome!

- Certo, então vamos para cozinha! Também estou com fome!

- Tá! – ela levantou e saiu andando atrás de Roy, sem uma das meias, diga-se de passagem –

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Amy estava sentada na beirada da cama enquanto Roy calçava e amarrava seus tênis. Roy precisava fazer compras e iria aproveitar o momento para entretê-la. Ele podia dizer que já estava se acostumando com aquilo, apesar de não ser nada fácil tentar amarrar o cadarço dela enquanto ela balançava os pés.

- A gente vai onde, Loy?

- No supermercado, mas antes eu queria conversar com você.

- Não fui eu. Eu não tava lá.

- Eu sei, eu sei, querida... – ele sorriu – O que você fez? – indagou ele curioso –

- Eu não tava lá. – u.u –

- Yare, yare... Não tem problema. – o Mustang sentou-se ao lado dela –

- O que você quer falar?

- Você lembra de uma conversa que tivemos a algum tempo? Quando contamos que você é minha filha...

- ela fez uma expressão confusa – É... Eu lembro.

- Então, você não mostrou desgostar disso, certo? – ele sorriu –

- Eu gosto muito de você, Loy!

- Que bom! Só que isso já faz um tempinho e até hoje você não me chamou de pai...

Ele viu a pequena se deitando sobre a cocha rosa e rolando para onde estava o travesseiro. Ele notou que Amy ficara corada, provavelmente, ela não imaginava que aquilo fazia diferença para ele.

Arrancou o travesseiro que estava sob a colcha e se colocando sob coberta. Roy notou que ela estava sentada.

- Amy?

- Eu não sabia que o Loy se importava com isso.

- É claro que eu me importo, Amy... Eu não estou te pressionando, só quero saber se você realmente entendeu o que aquela conversa quis dizer.

- Eu não boba, viu Loy?! Eu entendi... É só estranho!

- Estranho?

- Eu nem te conhecia até a última visita do biso!!

Roy se aproximou tirando a colcha sob a qual ela se escondia e a pegou no colo. Amy parecia muito confusa olhando-o com os grandes olhos vermelhos arregalados.

- Mas eu gosto muito, muito, muito de você, pequena! Não quero que se sinta pressionada a nada! Eu só quero saber se você gosta de mim como seu pai.

- O Loy tenta com vontade e é engraçado!

- É eu tento! – ele deu um sorriso amarelo –

- Eu gosto de ter o Loy por perto! – ela deu um beijo na bochecha dele – Você é legal e tem que continuar tentando!

- Tudo bem! Agora vamos!

Mais um passo dado em relação a sua pequena. Amy ainda não o chamara de pai, só que isso não significava que ele não tinha importância na vida dela. Era tão pequena ainda... Estava só reconhecendo o espaço. Quando se sentisse a vontade o aceitaria como pai.

Ela era tão fofa que era impossível não se apaixonar. Roy não conseguia imaginar o que faria se só descobrisse ter uma filha quando ela fosse uma adulta ou mesmo uma adolescente. Já achava ter perdido tanto em quatro anos.

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Foram no Mark’s, um supermercado tipicamente de família da Central. E o moreno tratou logo de pegar um carrinho, desde que recebia Amy aos fins de semana tivera que mudar alguns hábitos. Um deles era manter a dispensa com coisas saudáveis e variadas.

Não podia pular refeições, voltou a cozinhar...

- Loy!!! – ela deu um puxão na calça dele –

- Sim?

- Eu quero ir dentro do carrinho!

- Hã? – o moreno franziu uma das sobrancelhas –

- Mim. Querer. Ir. Dentro. Do. Carrinho. Compreende, cara pálida? – ela fez gestos indicando ela e o carrinho –

- Onde você aprendeu a falar assim, pequena indiazinha? – disse ele rindo e a colocando no carrinho –

- Filmes!! – ela sorriu recostando-se em uma das paredes –

- Certo! Agora vamos as compras!! Onde eu coloquei a lista?

- No bolso do casaco!

- Hum... – ele olhou o pedaço de papel – Precisamos de leite, alguém aqui não vive sem, não é?

- Fase de crescimento. E biscoitos? Vai ter biscoitos?

- Vai sim.

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Quando já estavam terminando as compras, aconteceu o que Roy mais temia que acontecesse. Uma moça de cabelos negros, alta, esguia, com os olhos verdes e um grande sorriso envolto por lábios vermelhos.

Ele sabia que a conhecia, não se lembrava de onde. Já tinham dormido juntos, mas o nome ele não tinha a menor noção. Raios? Por que ela estava indo em sua direção?

O barulho dos saltos batendo contra o chão de cerâmica do lugar os estava deixando “apavorado”. Não havia como dizer que não a vira. Somente um cego não veria uma mulher daquelas andando reboando demais em sua direção.

- Roy!! – ela acenou – Quanto tempo!!

- Oh... É mesmo! Quanto tempo!! – Céus, quem era aquela criatura? –

- Certo, não se lembra de mim, não é? – ela o abraçou deixando uma marca vermelha na bochecha dele –

- Como não...? Claro que eu lembro... Ball’s house, certo?

- Mercy’s na verdade! Festa de Ano Novo!

- Ahhh... – ele ainda não se lembrava, tinha enfiado o pé na jaca naquela festa -

- Samantha... A garota dos olhos mais lindos da festa...

Ela não havia notado Amy dentro do carrinho de supermercado até que a menina se pronunciou.

- Loy!!! Eu tô com fome! Vai demorar!

- Oh... – Samantha estendeu o olhar até o carrinho e viu a menina – O que temos aqui? Quem é você pequena?

- Amy Monteclaire Hawkeye Oshi... Não, Mustang, não é Loy? – ele apenas assentiu com a cabeça –

- Hum... Mustang... Interessante! Não sabia que tinha uma filha tão linda, Roy! – ela sorriu para a menina –

- “Eu também não para falar a verdade!” Pois é... Eu não fico espalhando isso!

- Pois deveria! Ela é tão linda, parece uma bonequinha!!

A Mulher tirou a filha de Roy do carrinho dando-lhe um beijo na bochecha. Roy sentiu-se no inferno nesse instante, Riza descarregaria sua nove milímetros nele ao descobrir aquilo! Kami-sama só poderia estar de brincadeira...

- Moça.

- Sim? – a mulher sorriu –

- Seus dentes estão mais vermelhos que sua boca!

Roy viu o rosto da amiga se contorcer em diferentes expressões de “não-saber-o-que-fazer-ou-dizer!”. Dessa maneira colocando sua pequena de volta ao carrinho e limpando discretamente os dentes frontais, mas antes de sair murmurou um me ligue!

- Ela é sua amiga, Loy?

- Mais ou menos... – ele se abaixou limpando o batom da bochechinha branca –

- O que foi? Eu fiz alguma coisa errado?

- Claro que não anjinho! – ele suspirou e abaixou-se a atura dela – Amy, posso te pedir um favor?

- Claro. – ela sorriu –

- Não conte para sua mãe sobre aquela moça.

- Por quê? – indagou ela confusa –

- Porque sua mãe vai ficar brava e você viu que eu não podia fazer nada, querida.

- A mami ia ficar com ciúmes?

- Não é bem assim, é só que ela pode não gostar. – ele sorriu –

- Hum... Tá bom! Eu não conto!

- Ótimo!

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Roy estava colocando as compras no porta-malas do carro quando ouviu alguém lhe chamar. Mas desta vez não era nenhuma mulher, ainda bem, e sim seu subordinados e amigos.

- Ei, Roy!!

Havoc, Breda, Fuery, Maes e Fallman caminhavam em direção ao supermercado.

- Hum? – ele se virou – E ai!! O que fazem aqui?

- Vamos comprar alguns itens de necessidade!! Dia de jogo!! – respondeu Havoc –

- Oh, claro! Eu já tinha me esquecido! – ele coçou a nuca –

- Oi, Tio Maes!! – Amy que estava sentada dentro do carro saiu –

- Oi, Amy!!! – o moreno caminhou até ela e a pegou no colo – O que você está fazendo aqui?

- Compras!!!!

- Hum, que legal!! Por que você não foi mais visitar a Elycia, ela está com saudades!

- a pequena ficou vermelha – A culpa é do Loy, ele me enrolou o fim de semana inteiro!

- Que feio, man!!! – Maes riu – E ai? Estão indo onde?

- Vou levar a Amy para a Riza.

- Então encontra a gente na casa do Fuery então! – chamou um dos rapazes –

- Claro!! Só vou levar a baixinha para casa! Dá tchau para eles, Amy!

- Tchau, povo!

- Tchau, Amy! - disseram em coro –

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Riza abriu a porta e depois de dar um abraço na mãe, Amy saiu correndo atrás de Black Hayate. A loura pegou os pertences da filha e chamou o moreno para entrar, coisa que não era mais tão difícil de fazer quanto antes.

- Eu vou ver um jogo com os rapazes, deixa para depois.

- Oh claro, então obrigada. – ela sorriu –

- Er... – Roy olhou para os lados e por fim quando pensou em dar um beijo da bochecha da loira de despedida Kaio apareceu –

Okay! Aquilo não foi a melhor coisa que aconteceu no dia do moreno, mas o Mustang não se deixou abater, dando um beijo no rosto de Riza.

- Até amanhã, Riza. – ele olhou de soslaio para Kaio – Boa noite.

- Boa noite.

O Mustang conseguiu notar a raiva que a criatura ficou depois de presenciar a cena e achou aquilo magistral. Ponto para si. Até que a presença daquela coisa não fora tão ruim quanto imaginou.

- O que foi, Kaio? – a loura o olhou –

- A Amy quer comer, posso usar sua cozinha... – disse ainda olhando o moreno se afastando –

- Claro!! Que pergunta boba!!

Riza deu as costas e de dentro do elevador Roy deu um tchauzinho sínico para o padrinho de Amy que cerrou os punhos em resposta imediata. Maldito. Maldito. Maldito Mustang!!!

Continua...


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Notas finais do capítulo

Amoressssssssssssssssssss!! Desculpe a demora mais voltei!! Já estou terminando o cap 5 de cinco sentidos!!!*-* E estou louca de saudades dos seus reviews!! Sem contar que sobre o filme de fmab quesaiu fiquei muito bem humorada!!
kiss kiss



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