Masked Archer escrita por Jessie Wisets


Capítulo 13
A escolha


Notas iniciais do capítulo

Sim, muito tempo passou, mas lembrei dessa fic e me deu vontade de terminar. Não tenho mais 15 anos, então talvez mude um pouco o estilo. Se você resolveu ler, obrigada!



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Gillian e eu corremos para os estábulos. Preparamos dois pégasos e começamos a voar em disparada. Não sei em que momento minha amiga parou de protestar, mas ela fez o que sempre fazia quando percebia que eu precisava de apoio: ignorou o desconhecido e me seguiu. Olhei para o lado e vi seu semblante sério e isso me fortaleceu em minha decisão.

Os pégasos bufavam pelo esforço e suas respirações formavam nuvens brancas no ar gelado. Ao longe avistei a fábrica de janelas, mas as luzes estavam apagadas desta vez. Meu coração parou diante da possibilidade de ser tarde demais, de a minha escolha não ter servido de nada. Iniciei a descida a toda velocidade, Gillian me seguindo. Assim que pousamos eu desci da minha montaria e corri para dentro da fábrica. Quando estive ali mais cedo o lugar já não estava em boas condições, mas agora estava completamente destruído. Do escritório restou apenas a grande mesa de madeira, todo o resto estava no chão ou simplesmente não estava ali. Rick travou uma batalha e tanto.

— O que estamos procurando? – Perguntou Gillian aparecendo ao meu lado.

— Um semideus – respondi – Rick!

        Começamos a procurar qualquer sinal de vida nos escombros. Durante a busca encontramos as garras da Anfisbena e diversas poças de sangue. Não tinha ninguém na parte interna da fábrica, então começamos a procurar nos arredores do prédio. Ao sair pela porta principal eu vi a mancha do sangue de Wisets no monte de neve em que aterrissara. Meu coração se apertou e eu senti que precisava sair logo de lá, ela precisava de mim. Continuamos gritando o nome de Rick, na esperança de ouvir alguma resposta.

        – Marshall! – Gillian gritou na parte de trás do prédio.

        Corri e ao chegar lá ela já estava jogando néctar nos ferimentos de Rick. Ele estava deitado do pó dourado que sobrou do monstro, respirando pesadamente. Seu corpo estava coberto de cortes, o rosto possuía um hematoma feio no olho esquerdo e seu tornozelo estava perigosamente inchado.

— O que você está fazendo aqui? – ele perguntou com a boca suja de sangue.

—Os deuses me fizeram escolher se preferia viver angustiado eternamente por não agir – disse olhando para Gillian, ela sorriu de volta percebendo que eu entendi a minha verdadeira missão – ou ter compaixão e salvar mais de uma vida. E eu escolhi C, de compaixão.

— Ele sempre foi dramático assim? – perguntou Rick com um sorriso torto, mas percebi que estava aliviado e até de certo modo emocionado.

— Acho melhor você parar de falar, a não ser que queira se afogar no próprio sangue – Pontuou Gillian ao enfaixar o tornozelo inchado.

Rick olhou para mim como quem diz: Nervosinha assim? E eu dei de ombros, abrindo um sorriso, notando pela primeira vez que Rick poderia ser um futuro amigo. Após os primeiros socorros, Gillian e eu o apoiamos nos ombros e o levamos até nossas montarias. Os filhos de Hefesto sempre foram muito bons com invenções, e após a guerra titã inventaram uma maca adaptada para que dois Pegasus conseguissem transportar os feridos com mais rapidez. Ao sairmos do acampamento pegamos uma e trouxemos com a gente, e ainda bem. Preparamos a maca e acomodamos Rick, mesmo com ele protestando, dizendo que conseguiria montar com um de nós, e disse isso olhando de soslaio para Gillian.

Cada segundo que passava da viagem de volta minha angústia aumentava. Minha cabeça não parava de pensar em Wisets, em como os filhos de Apolo removeriam aquela estaca de ferro de seu corpo, em como ela deveria estar assustada e morrendo de dor. Diversas vezes Gillian precisou me pedir para desacelerar, pois estava desequilibrando a maca de Rick, onde ele dormia, provavelmente de exaustão e por efeito do néctar. Quando finalmente chegamos ao acampamento, Gillian vendo minha preocupação, disse para eu ir na frente e que ela cuidaria dos cavalos e de Rick. Agradeci minha amiga e sai correndo em direção a enfermaria. No meio do caminho Helena, uma filha de Apolo, veio correndo em minha direção ainda em seus trajes de médica e ela parecia alarmada.

— Pelos Deuses, Marshall! Onde você estava? – ela gritou.

— O que aconteceu?! Como ela está?! – Perguntei, mantendo minha caminhada até a enfermaria. Helena olhou para o chão com uma expressão dolorida e foi aí que eu comecei a correr.


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Notas finais do capítulo

É! Faz muito tempo né? Espero que gostem da leitura... E eu juro pelo rio estige que vou terminar dessa vez!



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