Masked Archer escrita por Jessie Wisets


Capítulo 12
A ou C


Notas iniciais do capítulo

Esse cap ficou meio curtinho... Mas vocês vão gostar (espero). Gostaria de agradecer aos leitores que não comentam. Claro que fico feliz em receber reviews, mas estou agradecendo só por vcs terem gastado o tempo de vcs lendo a minha obra. Portanto, obrigada.
Boa leitura.



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Aterrissei em uma pilha de vidros. O barulho chamou a atenção da fera, deixando Wisets de lado e se concentrando em mim. Ela avançou sibilando e cuspindo veneno. Minhas mãos se acenderam em chamas verdes, estava pronto para o combate. Então a fera se contorceu de dor. Olhei para cima e vi Rick apontando a mordecostas para a Anfisbena.

– Anda logo! Solte-a e saia daqui! – gritou Rick.

– Rick...

– Eu não posso segurar contato por muito tempo! Se mexa!

Corri em direção a Wisets, desviando da fera. Quando estava próximo de encostar nas correntes, Wisets gritou para que eu tivesse cuidado. Virei-me o mais rápido que consegui, mas não foi o suficiente. A cauda da Anfisbena acertou o meu peito e lançou-me para longe. Bati com a cabeça em uma barra de ferro e minha visão ficou turva.

Com a visão embaçada pude ver Wisets puxando as correntes tentando se libertar. Parecia estar gritando algo indecifrável. Seus pulsos começaram a sangrar e lagrimas caíram de seus olhos. “Pare. Não chore.” queria dizer. O que me fez despertar foi a fera. Rick parecia ter perdido o controle sobre a Anfisbena. Ela agora caminhava em direção a Wisets.

Levantei-me o mais rápido que consegui, com o mundo girando ao meu redor. Cambaleei com as mãos acendendo novamente. A raiva rapidamente limpou minha visão, mas infelizmente eu estava longe demais. Foi quando a mordecostas passou zunindo e cortou de raspão o pescoço da fera. A Anfisbena olhou com ódio na direção em que a espada havia sido atirada.

– Cai dentro lagartixa! – gritou Rick.

A fera avançou com tudo na direção de Rick. Aproveitei a distração e fui até Wisets.

– Marshall! Pelos Deuses, eu disse para você não vir atrás de mim! – ela gritou.

– Jura que você vai brigar comigo agora?! Teremos tempo pra isso depois.

– Não pense que vai fugir eu vou...

– Depois você pode comer o meu fígado se quiser. Eu vou te soltar e você some daqui, tudo bem? – disse colocando as mãos nas algemas - Neptunia solvere vincla.

Assim que as correntes se soltaram Wisets se jogou para frente. De inicio pensei que ela me enforcaria, mas ela me abraçou. Apertei suas costas, se possível eu nunca soltaria. Um grito cortou o ar sujo da fábrica. De repente Wisets não estava mais ao meu lado.

Tudo ocorreu em câmera lenta. A Anfisbena havia encurralado Rick, Wisets corria em sua direção. Meus reflexos me traíram, não fui rápido o bastante. A fera girou o corpo, a cabeça da cauda sacudindo com dentes abertos. Wisets ficou na frente de Rick no instante em que os dentes do monstro cravariam em seu corpo. Meus olhos se arregalaram e meu sangue começou a ferver, porem não consegui me mexer. A Anfisbena estava com os dentes trincados no ombro de Wisets. Com um movimento rápido a fera mexeu o pescoço e lançou Wisets janela a fora, quebrando o vidro e entortando o ferro de sustentação.

– Wisets! – gritei até meus pulmões esvaziarem.

Comecei a correr na direção da fera. Mataria-a. Arrancaria sua cabeça, a veria virar pó e voltar para as profundezas do tártaro.

– Não! – Rick gritou.

A Anfisbena contorcia-se novamente no chão. Rick estava suando, parecia concentrado. Sua expressão foi o que mais me impressionou: Raiva nítida. Uma lagrima escorrendo por seu rosto.

– Eu cuido da Anfisbena. Vá atrás da Jessie e saiam daqui! Use magia para leva-la ao socorro!

– O que pensa que esta fazendo?!

– Meu papel de irmão. Larga de ser lesado e saia daqui! – Rick atacou a fera com a adaga da ornamentação de ferro.

Corri para o lado de fora da fábrica. A noite chegara e a neve estava espessa. Olhei para todos os lados procurando por Wisets. Uma mancha rubra na neve chamou minha atenção. Segui a mancha com os olhos e lá estava ela. Com o corpo estirado em um monte de neve tingido de vermelho estava Wisets olhando para o céu e respirando pesadamente. Corri até ela sentindo meu coração ficar mais apertado a cada passo. Abaixei-me ao lado dela.

– Wisets...

O ferimento estava aberto e jorrando muito sangue. Os cortes do corpo e do rosto estavam abertos novamente. O brilho de seus olhos estava escuro como ônix. O que mais me deixou alarmado e preocupado foi a barra de ferro que atravessava seu corpo. Ela movia a boca como se estivesse tentando falar algo.

– Não fale nada. Eu vou te tirar daqui. Você vai ficar bem! – disse pegando-a no colo delicadamente – Ianuae Magicae.

O mundo girou em um borrão de luz. Quando o brilho sessou, estávamos no pavilhão de refeitório. Todos se levantaram assustados quando aparecemos. Os filhos de Apolo pularam de sua mesa e os outros semideuses seguiram seus exemplos. Eles a pegaram do meu colo e a carregaram em direção a enfermaria. Quando estava prestes a ir atrás deles uma mão segurou meu ombro.

–Marshall, espere – disse Gillian – Eles vão cuidar dela. Deixe-os trabalhar. Seu nervosismo vai atrapalhar.

– Eu não posso deixa-la sozinha!

– Ela não esta sozinha. Esta segura. Você precisa se acalmar. – disse puxando-me até uma mesa. – O que aconteceu?

Contei toda a historia para ela. Minha cabeça estava longe. Pensava em Wisets deitada na enfermaria, em seu sangue escapando de seu corpo junto com a energia. Ela cercada por pessoas que para ela são estranhas. A barra de ferro sendo retirada de seu corpo. Não reparei que já havia acabado de relatar o que havia ocorrido até que Gillian pigarreasse. Ela colocou uma das mãos no meu ombro.

– Não fique angustiado. Os Deuses terão compaixão dela.

Todos os meus sentidos zuniram ao mesmo tempo. Imagens da minha aventura passavam como foguetes por minha cabeça. A resposta veio da maneira mais inusitada possível.

– O que você disse? – perguntei.

– O que?

–Repita o que disse.

– Não fique angustiado? Os Deuses terão compaixão dela? Marshall, você bateu a cabeça?

– Gillian, preciso da sua ajuda – agarrei seu pulso e começamos a correr. Ela protestava enquanto corríamos, mas eu n prestei atenção no que ela estava dizendo.

Mãe, eu já me decidi.


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