Causa Perdida? escrita por Gabriela Maria


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Conforme prometido, eis aqui mais um capítulo poucos dias depois da última postagem. Espero que gostem! ^^'



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- Ora, Frank, não seja bobo! Nós não vamos sair pelo castelo espalhando seus assuntos mais íntimos...

- Não seja ingênuo, Frank. É claro que ele vai espalhar.

- Aluado! Você está mesmo duvidando da minha palavra?

- Claro que estou.

James entrou no dormitório no exato momento em que Sirius lançava um olhar ressentido a Remo, que estava concentrado em organizar o próprio malão.

- Pontas! – exclamou Peter de um canto do quarto. – Você chegou bem na hora!

- É mesmo? – James falou sem interesse, largando-se na própria cama.

- Almofadinhas está tentando descobrir os segredos mais sórdidos do Frank – Peter explicou, remexendo-se de um jeito animado.

- Uau. A cada dia você fica mais desocupado, não é, Almofadinhas?

- Eu só quero conhecer melhor meu amigo – defendeu-se Sirius. – Você, por acaso, não gostaria de saber os podres do Frank?

- Não – James respondeu como se fosse óbvio. Peter riu da resposta do amigo, mas Remo o observou por um instante, desconfiado.

Normalmente, James teria entrado na brincadeira, mas, desde o momento em que viu Lily sumir no topo da escadaria que levava aos dormitórios femininos, seu humor ficou subitamente ruim. Ele simplesmente não queria conversar.

- Eu já lhe disse para não ser tão curioso, Sirius – Remo se manifestou. Sirius bufou.

- Então tá! Vou parar de interrogar o Frank.

Frank suspirou aliviado e o silêncio caiu no quarto. Por fim, Peter perguntou:

- E aí, Pontas, qual a sensação de ser monitor-chefe? – James deu de ombros.

- É normal. E chato.

- Aposto que você está adorando essa coisa de passar a noite vagando por aí sozinho com a Lily... – Frank brincou. James sacudiu a cabeça, negando. Os outros quatro riram.

- É, meu caro amigo – Sirius falou, fingindo que estava pesaroso –, parece que você é meio lerdo mesmo. Depois de todo esse tempo, a coisa com a ruiva ainda não engatou.

- Como se eu me importasse – James retrucou. – Não tenho sentimentos desse tipo pela Evans.

- Tudo bem, cara – Frank falou em tom de consolo. – Todo mundo leva um fora um dia.

- É, isso acontece com todo mundo que não é incrível como eu – Sirius acrescentou. James se sentou na cama e amarrou a cara para todos.

- Certo, eu levei um fora. Mas não estou remoendo isso e agradeceria se vocês fizessem o mesmo.

- Pontas... – Remo começou, mas James o interrompeu.

- A Evans agiu como se nada tivesse acontecido, não foi? Então eu fiz o mais sensato e...

- Virou um péssimo mentiroso – Sirius completou entediado.

- Pensei que tivesse deixado muito claro no ano passado que tinha desistido da Evans – James se virou para Sirius. – Não era isso que você queria?!

- Calma, James – Frank interveio. – A gente só está dizendo que...

- Que você provavelmente ainda gosta da Lily – Remo completou. – Mas isso não significa que você está tentando conquistá-la nem nada – os outros três assentiram imediatamente.

- Que seja – James resmungou irritado. Em seguida, olhou uma última vez para os amigos e se largou na cama de novo.

Pelo resto da noite, ninguém voltou a mencionar o assunto, mas James continuou emburrado. No fim das contas, Frank foi dormir com uma cara de culpa, enquanto Remo e Sirius cochichavam à porta do banheiro. Peter estava trocando de roupa e James adormecera ainda com o uniforme.

- É, Aluado, parece que essa coisa de monitor-chefe vai mesmo acabar com o Pontas – Sirius falou, indicando o amigo adormecido. Remo concordou com a cabeça.

- Eu fico me perguntando o que a Lily está achando disso tudo – ele comentou.

- Aposto que ela está gostando. Quero dizer, o Pontas deu aquela desculpa ridícula sobre ter esquecido a reunião dos monitores e não houve nenhuma morte?! – Remo deu um riso descrente.

- Não exagere, Sirius. A outra escolha dela seria o Malfoy.

- Não estou exagerando – ele insistiu. – A Marlene sempre disse que, no fundo, no fundo, a Evans gostava do Pontas.

- Eu também pensava assim, mas a Lily nunca daria o braço a torcer.

- Ah, Aluado... – Sirius suspirou. – Você realmente não sabe nada sobre mulheres – Remo não entendeu. Sirius continuou, usando um ar de piedade. – Elas não gostam dos caras bonzinhos que correm atrás. Nada atrai mais o interesse feminino do que o desprezo.

- Certo... e daí? – Sirius se impacientou.

- Não é óbvio?! Há meses, o Pontas está fazendo isso sem perceber. A essa altura, a Evans já tá perturbada com o silêncio dele, assim como a Claire ficava desorientada ano passado por não saber o que você sentia.

- Espere um pouco – Remo pediu sério. – Então você acha que...

- Que o Pontas pode estar alcançando o peixe ruivo sem perceber. Exato! – Sirius deu um sorriso confiante. Remo teve de admirar a criatividade do amigo.

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- Lily! Lily, ACORDA!

A voz impaciente de Marlene ecoou pelo dormitório feminino e fez com que Lily acordasse assustada.

- O que houve? – ela indagou ofegante.

- Houve que a Alice e eu já estamos quase prontas para o café da manhã e você ainda nem levantou essa bunda gorda da cama.

- Nossa! Bom dia para vocês duas – Alice desejou, voltando do banheiro.

- Bom dia, Lice – Lily respondeu calmamente. Voltou-se então para Marlene: – E minha bunda não é gorda.

O dormitório agora estava bem mais espaçoso. Até o ano anterior, as garotas dividiam o quarto com Hanna Clinton, mas ela se mudou com a família para a França depois que seu avô paterno foi torturado e morto pelos Comensais da Morte.

- Coitada da Hanna – Alice lamentou, contemplando o lugar onde ficava a cama da colega. – Quando a gente se atrasava, ela sempre dava uma força.

- Ouvi dizer que o pai dela entrou em depressão – Marlene comentou entristecida. – Realmente uma pena. Ele era um grande auror.

- Com todo esse pânico causado por Você-Sabe-Quem, os grandes bruxos estão todos em apuros – Lily falou enquanto guardava o pijama no malão. – Potter disse que os pais dele estão super atarefados e super protegidos pelo Ministério.

- Potter? – Alice repetiu confusa. Lily confirmou.

- Desde quando você se importa com o que o James fala? – Marlene quis saber.

- Ora, nós conversamos um pouco durante a ronda e...

- Oh! – exclamou Alice. – Não me diga que você agora conversa com o “arrogante do Potter”! – Lily amarrou a cara.

- Uma vez na vida que ele fala algo interessante e eu não posso nem ouvir?!

- Mas eu pensei que vocês faziam a ronda separados – intrometeu-se Marlene. Lily ficou ligeiramente desconcertada.

- Nós patrulhamos as alas norte e sul juntos. Só isso – explicou.

- Claro – Marlene falou desconfiada. – Só isso.

Lily, Alice e Marlene desceram para o Salão Principal alguns minutos depois. Como de costume, Frank se juntou a elas durante o café da manhã.

- Então, primeiro dia de aula... – ele começou, suspirando. – Hoje nosso último ano em Hogwarts começa oficialmente.

- Passou tão rápido... – Alice lamentou. Marlene interveio:

- Vejam pelo lado bom: nosso baile de formatura está se aproximando. E ele será épico!

- Você só pensa nessas coisas... – queixou-se Lily. Apesar do tom de reclamação, ela sorriu. Alice e Frank estavam rindo.

- Mas é esse o lado bom de terminarmos Hogwarts – Marlene se serviu de suco de abóbora.

- Imagine só que sonho, Lily! Depois desse ano letivo, você nunca mais terá de aturar o James! – Frank brincou, piscando para a amiga. Lily sorriu sem jeito.

- Falando assim, parece até que eu odeio o Potter... – Alice ficou confusa.

- E você não odeia? – indagou.

- Não. Desde que ele virou monitor e parou de me assediar...

- Ouviram isso?! – Marlene se curvou sobre a mesa, sua expressão estava muito assustada. – São as trombetas do apocalipse!

Alice e Frank caíram na gargalhada. Lily amarrou a cara.

- Não faça drama – resmungou, ignorando os risos escandalosos dos amigos. – Isso não é nenhuma novidade.

- O apocalipse? – Lily revirou os olhos. Marlene deu de ombros. – Bem, considerando o quanto você ficou abalada quando o James virou monitor no ano passado...

- Vocês também ficaram chocados! – Lily se defendeu. – O Frank até se chateou.

- Ei! – Frank interveio. – Isso eu já superei. Mas vocês sabem que eu sempre quis ser monitor e, bem... perder o distintivo logo para o James...

- Tudo bem, já chega! – Alice sentenciou. – O assunto James Potter é polêmico demais para ser discutido cedo da manhã.

- Concordo! – Marlene apoiou. – É melhor nós voltarmos à formatura...

Lily não se opôs à mudança de assunto, mas ficou constrangida ao pensar no histórico turbulento que dividia com Potter. Ele podia ser arrogante e consideravelmente infantil, mas era inegável que tinha amadurecido bastante desde o final do quinto ano.

Lily estremeceu, horrorizada só de imaginar as reações de Alice, Marlene e Frank – que agora também era um grande amigo seu – caso eles soubessem que ela chegara a essa conclusão.

**********************************************************************

A primeira semana de aula provou que o ano dos NIEM’s seria bastante complicado. As aulas eram cada vez mais confusas e os deveres cresciam constantemente. À medida que os dias passavam, vários setimanistas descuidados tiveram de se recolher à quietude da biblioteca para por em dia os estudos. James já estava assustado com o ritmo de estudo de vários colegas. Frank e Remo não largavam os livros e Peter tinha desenvolvido uma ansiedade irritante, que ele tentava controlar com várias porções de doces durante o dia.

Apenas Sirius parecia tão desleixado como sempre, embora ele tivesse admitido de má vontade que precisava melhorar urgentemente em Transfiguração Humana.

E como se os dias já não fossem cansativos o suficiente, à noite, James ainda tinha de cumprir as tarefas de monitor-chefe. Aos poucos, ele percebeu que não era nada agradável perambular pelo castelo tarde da noite, distribuindo detenções para quem estivesse fora da cama.

Desesperado por boas notícias, ele se agarrou ferozmente à esperança de ganhar a Taça de Quadribol. Por isso, na segunda semana de aula, numa reunião que teve com Lily e com a professora McGonagall, James tocou no assunto.

- Bem, vocês entenderam minhas recomendações? – indagou a professora. Ela tinha passado os últimos quinze minutos desfiando as obrigações de um monitor-chefe. Lily prestou bastante atenção, mas James mal escutou a maior parte do monólogo.

- Entendemos – disseram Lily e James em uníssono.

- Bem, nesse caso...

- Professora – James começou, antes que ela o dispensasse –, eu preciso falar com a senhora sobre quadribol.

- Quadribol? – McGonagall repetiu espantada.

- Preciso que a senhora reserve o campo para a Grifinória – James explicou. – Alguns membros do time do ano passado já se formaram e eu preciso selecionar os novos jogadores.

- Certo, certo – ela ficou subitamente enérgica. – Você quer marcar o treino para qual dia?

- Esse sábado.

- Muito bem, então. Pode convocar seus atletas, Potter. Esse ano a Taça de Quadribol vem para a Grifinória.

Eles se encararam com olhares decididos. Ambos ainda estavam amargurados por terem perdido para a Sonserina no ano anterior. Lily pareceu confusa diante da cena.

- Amanhã você volta à minha sala para pegar a autorização e agendar o treino, está bem?

- Sim, senhora.

- Então, se não tiverem algum outro problema...

James e Lily se entreolharam, sacudiram a cabeça e ficaram de pé. Em seguida, despediram-se da professora e saíram para o corredor.

- Quadribol – Lily falou com um ar de desengano. – Vocês homens não pensam em mais nada?!

- Ei! Nós pensamos em várias outras coisas, mas o quadribol é prioridade – Lily revirou os olhos. James deu de ombros. – Você diz isso, mas eu sei que gosta de quadribol.

- Isso não vem ao caso – ela desconversou, corando.

- Bem, de qualquer forma, a temporada desse ano promete!

- Você deve estar ansioso, não é? Digo, é seu último ano.

- É – James assanhou desajeitadamente os cabelos –, eu admito que estou ansioso – houve uma breve pausa. – E você? Empolgada com os estudos? – Lily fez uma careta.

- Acho que essa não é a palavra certa... Assustada definiria melhor o meu estado de espírito – ela suspirou. – Só sei que o ano vai ser puxado.

- Remo e Frank não param de repetir isso – James resmungou.

Eles estavam caminhando rumo à torre da Grifinória e as aulas tinham acabado há poucas horas. Agora, o sol estava começando a se por e vários estudantes aproveitavam o ventoso fim de tarde nos jardins.

- Eu fiquei surpreso de saber que você não quis participar do comitê de organização da nossa formatura – James comentou após um tempo. No primeiro fim de semana do trimestre, os coordenadores de cada Casa separaram um grupo de setimanistas voluntários para ajudar auxiliar nos preparativos da festa de formatura.

- Eu já estou muito ocupada e preciso me dedicar aos NIEM’s, mas Alice fez questão de participar e ainda levou o Frank junto. Claire também está ajudando.

- É, o Frank reclamou disso ontem – James sorriu com a lembrança de um Frank indignado com o jeito subitamente autoritário da namorada. – Ele diz que não entende de festas, pelo menos, não da organização. Eu também fiquei surpreso da Marlene não ter se voluntariado.

- Não faz o tipo dela. Lene não gosta de se preocupar. Ela só quer a festa mesmo. Já está quase contando os dias – James sorriu mais ao imaginar a empolgação da amiga. Involuntariamente, pensou em Sirius.

- Posso te fazer uma pergunta? – Lily assentiu distraidamente. – Cá entre nós – ele recomeçou em voz baixa –, você não acha muito estranho essa... isso entre Sirius e Marlene? – ela riu.

- Definitivamente eles são dois esquisitos – concordou.

- Ou dois apaixonados – Lily ergueu uma sobrancelha.

- Você, James Potter, dando uma de poeta romântico? – admirou-se. A expressão de James se fechou.

- Eu não sou um galinha insensível. Você sabe.

Ela não ousou responder, mas corou rapidamente. Por algum motivo, James se irritou com seu último comentário e, principalmente, com seu silêncio em seguida. Talvez Lily nunca fosse mudar a imagem que tinha dele, afinal.

- De qualquer forma – James recomeçou, tentando se convencer de que a opinião de Lily não era importante –, eles praticamente tiveram um caso no ano passado e agora agem como amigos puros e inocentes.

- Marlene chama isso de diversão – Lily informou timidamente.

- Sirius também, mas ele pode se divertir com qualquer uma. Por que a Marlene?! – ele insistiu. Intimamente, tentou enviar aquela mensagem para si mesmo: “você pode ter qualquer uma, então por que a Evans?!”.

- Porque ela não se importa com a falta de compromisso? – Lily arriscou. De repente, ela parou de andar e se virou para James com uma expressão incomum. – Potter, você está com ciúmes do Black com a Marlene?

- Quê?! – atrapalhou-se ele. – Não, Evans, claro que não. Só fiquei curioso...

- Mas você e ela sempre se deram muito bem – ela disse baixinho, como se falasse mais para si do que para James. – Seria perfeitamente normal se...

- Evans, eu não sou um fura-olho – James falou com firmeza. Houve uma pausa breve e silenciosa. - Por que nós paramos de andar? – ele perguntou enfim, atordoado por não saber ao certo o que estava sentindo naquele momento.

- Ah! – Lily corou. – Nem sei... acho que... que eu só queria dar uma olhada no pôr-do-sol pela janela... Você já viu como é lindo?

Mesmo sem entender o convite, James se aproximou do lugar que Lily tinha apontado. De fato, o pôr-do-sol em Hogwarts era um espetáculo à parte. Agora o sol era uma bola enorme e laranja, que descia no horizonte, tingindo as copas das árvores da Floresta Proibida.

- Eu já vi o sol se pôr em Hogwarts várias vezes – James comentou, hipnotizado pela paisagem. – Mesmo assim, ainda fico encantado. A vista mais bonita é a que se tem da Torre de Astronomia, ou de uma vassoura, sobrevoando os jardins...

- Deve ser incrível – Lily concordou.

Houve um movimento ao lado de James e ele soube que ela tinha se aproximado. Pode sentir o braço dela tocando de leve no seu. James a olhou. Lily parecia encantada pelo pôr-do-sol. Ele esqueceu momentaneamente todas as desconfianças e todas as amarguras que tinha em relação à colega. Contemplou o rosto de Lily, iluminado parcialmente por aquela luz avermelhada, e não soube o que dizer ou fazer. Sentiu o coração trabalhar num ritmo alucinado e, de repente, se desesperou para falar alguma coisa. Qualquer coisa.

Mas o que James podia dizer? Como explicaria para Lily que, durante anos, ele assistira ao pôr-do-sol pensando nela e no momento em que veriam aquilo juntos? Como explicaria os arrepios esquisitos que sentia sempre que ela o tocava? Como contar que, todos os dias, ele ainda repassava mentalmente o momento em que tinham se beijado? Ainda se lembrava com precisão do cheiro adocicado dos cabelos dela.

Como se adivinhasse toda essa confusão dentro de James, Lily finalmente ergueu os olhos e o encarou. Ela abriu e fechou a boca algumas vezes, parecendo desconcertada.

- Potter... – imediatamente, ele imaginou mil formas de calá-la.

Mas um estrondo foi ouvido ali perto e os dois se sobressaltaram. Em seguida, uma gargalhada maldosa ecoou pelos corredores.

- O que foi isso?! – Lily ofegou.

- Pirraça – James respondeu sem hesitar.

No instante seguinte, o poltergeist apareceu no corredor, rindo e batendo palmas escandalosamente.

- É melhor parar de confusão, Pirraça – James alertou, mostrando o distintivo de monitor-chefe. Pirraça o olhou com desgosto.

- Você já foi mais legal, Potter. Agora, só porque quer agradar de vez a nerd ruiva...

- O que você fez, afinal? – Lily interrompeu. Pirraça deu um sorriso suspeito.

- Aquele sonserinos nojento levou um belo susto, Potter.

- Ranhoso? – surpreendeu-se James. Lily lhe lançou um olhar de desagrado.

- Ele mesmo – disse Pirraça.

- O que você fez com Snape? – Lily quis saber.

- Nada... Eu só meio que joguei uma cadeira no chão quando ele ia passando e o bobão caiu das escadas – ele contou, sorrindo maldosamente. – Foi uma queda maravilhosa.

- Ele não se machucou? – Pirraça olhou emburrado para Lily e negou com a cabeça.

- Duvido muito – disse enfaticamente.

James olhou para Lily. Ela parecia preocupada, mas engoliu em seco e afastou qualquer vestígio de compaixão em relação a Snape.

- Quer dar uma olhada no estrago? – James sugeriu, prevendo uma resposta desagradável.

- Não – Lily falou com firmeza. – A essa altura, alguém já fez isso e Snape certamente não aceitaria nossa ajuda – ela olhou duramente para Pirraça. – Não faça isso de novo. Com ninguém – virou-se então para James. – Vamos?

Surpreso, ele a acompanhou até a Torre da Grifinória.


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