A Desilusão Da Bailarina escrita por DanyMellark


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas, estou de volta, em menos de uma semana dessa vez ;) Então hoje quero propor pra vocês uma votação aos que gostam do casal Finnie. Quem quer um cap voltado mais para os dois e saber o que rolou pra Annie estar tão magoada com Finn comente que quer nos coments e quem quer saber mas sem um cap exclusivo pros dois coloque tb. O que tiver mais votos eu farei, então vocês decidem se tem cap especial Finnie ou não. Beijos e boa leitura.

Ps: Eu sou legal e adoro conversar então NÃO se encabulem e comentem ;)



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Pov Katniss

O domingo passou rápido, Annie tinha várias coisas para arrumar pra sua festa de aniversário no próximo de fim de semana, então só nos falamos por telefone. Ela me chamou de malvada pelo menos um milhão de vezes, mas eu sabia que podia confiar nela, que ela não iria contar a verdade pra Peeta.

Já havia desligado o celular quando notei Finn parado na porta do meu quarto com cara de cachorro sem dono.

- O que você quer, Finn?

- Nossa, quanto amor, maninha.

- Tenho muitas coisas para fazer.

- Pensando no seu encontro tão cedo?

- Eu não tenho um encontro, ele só vai me levar na festa. Nada mais.

- Ah você tem um encontro sim, Kat. Ou eu ligo pro Peeta e conto agora que você e Trash não ficaram coisa nenhuma.

- Que diabos você tá dizendo? Claro que ficamos.

- Me poupe, Katniss. Eu te conheço, sei muito bem que você só fez isso pra torturar o Peeta. Você queria dar um troco de algum jeito, mas não ficaria com um amigo nosso.

- Quem te garante?

- Eu sei. Mas ouvir sua conversa com a Annie me garantiu.

- Você é um idiota.

- Então maninha, pode apostar que mesmo não indo na festa vou garantir que...

- Como assim não indo? Você não vai?

- É o aniversario dela, ela não vai me querer lá.

- Ela te convidou seu imbecil.

- Por educação.

- Não, seu burro. Ela te convidou porque gosta de você e está abaixando a guarda, se eu fosse você não perderia a chance. Pode ser a sua última.

Eu disse enquanto empurrava Finn pra fora do meu quarto e fechava a porta. Também tinha muito o que pensar. Afinal uma pequena parte minha se perguntava se Peeta já não tinha sofrido suficiente?

Na segunda saí sem tomar café, comi alguma besteira na lanchonete perto da escola e cheguei cedo para o treino. Fiquei um bom tempo me exercitando sozinha até a porta abrir e ver Glimmer entrando no salão.

Ela sorriu pra mim e veio em minha direção, o que me surpreendeu pois achei que ela iria começar logo seu aquecimento.

- Você também sempre chega muito cedo né? Tinha essa mesma mania quando era caloura.

- Eu gosto de treinar sozinha antes da maioria chegar.

- Sabe você é muito boa, se destaca das outras meninas. Acho sua determinação admirável.

- Muito obrigada. Eu acho a maneira que você dança admirável.

- Não sou tão melhor do que você, Katniss.

- Claro que é, Glimmer. Eu? Nem em sonho sou tão boa.

- Bem, se você diz. Mas eu sei que Portia tem já grandes planos para você. Bom treino.

Glimmer disse aquilo e me deixou ali parada e pasma enquanto ela começava o seu aquecimento. Logo o barulho das outras garotas chegando e conversando me distraíram completamente, me fazendo voltar atenção pro meu próprio treinamento.

Não entendi aonde Glimmer queria chegar falando aquilo comigo, mas naquele dia antes de sair ao final da coreografia, ela acenou e piscou para mim, me deixando ainda mais abobalhada com tudo que tinha insinuado.

Almocei com Annie e estranhei que Peeta não estava comendo com Trash e meu irmão que sempre que podia vinha para almoçar com os amigos. Hoje Peeta não estava lá.

- Peeta veio hoje, Annie?

Minha amiga deu um sorrisinho malicioso antes de me responder.

- Veio, ele me disse que ia aproveitar o almoço para tocar um pouco.

- Ele não devia ficar sem comer assim.

- Acho que ele não quis comer com os meninos hoje.

- Por quê?

- Pelo que você acha, Kat? Ele pensa que você e Trash ficaram esqueceu?

- Mas foi ele que inventou isso. Foi ele que levou o garoto lá na minha casa e me entregou praticamente de bandeja.

- Isso não quer dizer que ele tem que gostar, Kat.

- Garotos! São todos uns idiotas.

- Uns ainda mais que os outros. – ela disse olhando pro meu irmão que ria por algo que uma loira oxigenada que eu não sabia o nome dizia pra ele, mas parou quando viu o olhar de Annie.

- Ele está com medo de ir à sua festa.

- Medo de que? Que eu tente matar ele envenenado? Não seria uma má ideia.

- Tá, quem vê até pensa que você teria coragem.Ele gosta de você de verdade, Annie.

- Problema dele! Eu não gosto de garotos que ficam com qualquer uma que aparece.

- Ouch! Tudo bem, ele mereceu essa.

- Bem, eu já vou. Mais tarde nos falamos, Kat.

- Tchau, Annie.

Não precisei nem contar cinco minutos para ver meu irmão sentando no banco de frente pra mim. Tinha certeza que ele ia aparecer assim que ela fosse embora.

- Bom dia irmãzinha. Nem te vi saindo de casa hoje.

- Corta o fingimento de amor fraternal, Finn. O que você quer?

- Quem te ouve falar assim até pensa que eu não te amo.

- Finn, não enrola.

- O que vocês estavam conversando?

Eu não consegui não começar a rir com a cara de pau que meu irmão conseguia ter. Ele sempre me surpreendia.

- Não é da sua conta, o que eu e minha amiga falamos.

- É da minha conta quando vocês estavam falando sobre mim.

- E quem diabos disse que falávamos de você? O mundo não gira ao seu redor, Finn.

- Eu a vi olhando para mim.

- Não, maninho. Você a viu olhando pra sua mesa. Não era o único garoto lá.

- O que você quer dizer com isso?

- Quero dizer não, estou dizendo que falei pra Annie que Trash é muito legal e que conversamos muito, e ela ficou admirada por notar que nunca tinha percebido o quanto ele é bonito antes.

- Você tá mentindo para mim.

- Se você não acredita o problema não é meu.

- Eu não acredito que você ficou elogiando outro cara para ela.

- Por que não? Ela é solteira, ele também.

- Ele é meu amigo.

- Qual o drama Finn? Com quantas meninas você já ficou depois que você e Annie pararam de ficar? Qual problema ela querer ficar com ele?

- Porque eu não quero.

- Bem, então seja homem e faça alguma coisa para impedir.

Falei pegando minha bandeja e saindo sorridente do pátio que almoçávamos. Annie iria me matar quando soubesse o que eu disse, mas meu irmão precisava de um empurrãozinho para parar de agir como um idiota.

Tínhamos o segundo período livre, pois Portia queria que observássemos o treino de Glimmer mais uma vez. Ela como bailarina principal precisava se esforçar bem mais do que nós, que ainda ganhávamos alguns poucos períodos de descanso.

Apesar de estar concentrada em Glimmer, pude notar que Clove não apareceu pro segundo período. E no fundo da minha mente algo ficando martelando sobre a ausência de Peeta e Clove no mesmo dia, no mesmo intervalo.

Que Deus me perdoasse pelo que eu iria fazer com Clove se ela estivesse com Peeta de novo. O que eu iria fazer com os dois por me fazerem de palhaça.

Não estava mais conseguindo me focar em nada, então pedi licença para ir ao banheiro e fui em direção do departamento de música clássica. Eu tinha que tirar essa ideia da minha mente.

Afinal ele não iria ter tentando tanto, me mandado flores, balões, quase ser suspenso e me oferecer o melhor amigo dele se quisesse ficar com a Clove. Não tinha sentido.

Se ele quisesse ficar com a Clove, ele estaria com ela. Era isso que eu ficava repetindo para mim a cada passo que dava e me aproximava mais de onde Peeta estudava.

Ele não teria mudado de ideia por acha que eu fiquei com Trash, teria? Tudo que conseguia lembrar agora era da maldita frase do meu irmão.

Você fala tanto de mim e da Annie, mas não olha pra si mesma. Cuidado pra não jogar o Peeta direto nos braços da Clove.

Pov Peeta

- Não me olhe assim, por favor. – ela disse e eu podia ver seus olhos quase marejados de lágrimas.

- O que você quer comigo ainda, Clove?

- Eu nunca tive a intenção de te fazer nada de mal, Peeta.

- Nunca te culpei por nada, Clove. Sou tão culpado do que aconteceu como você.

- Mas mesmo assim você me odeia, não é?

- Não. Eu só queria que aquela noite não tivesse existido.

- Eu queria. Eu não me arrependo, só não precisava ter sido assim...

- Se era só isso que você tinha pra me dizer. – ele disse virando as costas pra menina e sentindo-a puxar seu braço.

- Não, Peeta. Não é. É só que é difícil falar com você. Você diz que não, mas suas atitude dizem que você me odeia sim.

- Não, Clove. Eu só não quero estragar as coisas, agora que finalmente Kat me deu uma chance.

- Ela mudou de ideia?

- Olha desculpa, mas você é a última pessoa com quem quero compartilhar alguma coisa da minha vida.

- Tudo bem, se vocês dois vão se acertar então o que eu tinha pra te dizer nem era tão importante assim.

- Mas eu quero saber o que era.

- Deixa pra lá, Peeta.

- Nem pensar, se você veio até aqui é porque era importante. VAMOS CLOVE, EU QUERO SABER. – eu falei puxando o braço dela a impedindo de sair dali e infelizmente a puxando pra perto demais de mim.

Eu não tive tempo nem de soltá-la antes de notar a presença da Katniss ali.

- Lindo. Muito bonito mesmo. Me desculpem não esperar pra ver a ceninha de vocês acabar sei lá com mais beijos do que vocês já devem ter dado, mas olhar pra vocês dois me faz querer vomitar.

Soltei Clove sem nenhuma delicadeza e corri atrás de Katniss, não podia a deixar achar que eu estava cometendo a mesma burrada duas vezes.

- Espera Kat. Eu não tava fazendo nada.

- Me poupe, Mellark. Eu vi vocês dois praticamente colados, queria o que? Que eu esperasse e assistisse vocês dois se beijando?

- Não. Porque isso não ia acontecer, me escuta.

- Não quero ouvir você. Seu mentiroso, não quero ver você nunca mais.

Acho que pela primeira vez desde que eu criei aquela situação infeliz, eu perdi a cabeça com Katniss. Segurei-a pelos dois braços a obrigando a me ouvir, ela quisesse ou não.

- Você pode me chamar de qualquer coisa, Katniss. Cafajeste, burro, imbecil. Reclamar de mim, dizer pra eu te esquecer. Mas nunca me chamar de mentiroso. Eu cometi o pior erro da minha vida, mas sua amiguinha se ofereceu pra ficar calada. Para nunca contarmos nada. Mas eu não quis, eu quis te contar. Mesmo sabendo que você não ia me perdoar.

- Peeta...

- Não. Eu tenho ouvido todas as coisas horríveis que você me disse desde o começo, então você me deve isso. Ao menos me ouvir. Eu não sou um mentiroso. Se eu estou dizendo que nada aconteceu lá é porque não aconteceu nada. Merda, Kat. Eu fiz meu melhor amigo ficar com você, eu tive que aguentar vocês dois saindo do quarto felizinhos e animados sem dizer uma palavra. Porque eu merecia. Será que eu nunca mais vou ser digno sequer de não ser chamado de mentiroso? Se eu fosse um mentiroso quem sabe fosse o melhor pra mim, eu ainda teria a garota que eu amo.

- Eu sinto muito.

- O que?

- Você não é um mentiroso, eu sei disso. Eu só surtei quando te vi conversando com a Clove.

- Tudo bem, eu te dei milhares de motivos.

-Eu não acho que consigo confiar em você de novo. Acho que é melhor nós não...

- Não, Kat. Você me prometeu. Por favor, eu não fiz nada demais. Sua ex-amiga louca que veio atrás de mim.

- Tudo bem, Peeta. Deixa pra lá isso, nos vemos na festa da Annie.

Vejo-a se afastando pra longe de mim e grito antes que ela possa se afastar demais.

- Kat. – espero que ela se vire e então sussurro pra que só ela escute. – Obrigado.

Ela sorri pra mim e se vai, me deixando com um pouco de esperança, o que é bem mais do que eu tive durante todo esse tempo.

Pov Katniss

Essa semana passou voando entre as aulas e a minha ajuda com os preparativos da festa da Annie. Meu irmão Finn surtando várias vezes esses dias, até decidir – aleluia- que vai ao aniversário.

Acho que ele finalmente se tocou que se não fosse aí sim ela nunca mais olharia na cara dele, pois fazer 18 anos era tudo que Annie sempre falou desde que tínhamos 13 anos.

Ou quem sabe antes disso.

Uma boa novidade é que Glimmer estava me dando umas dicas e eu agora estava conseguindo melhorar ainda mais meu condicionamento físico.

Então apesar da discussão com Peeta na segunda, eu tinha conseguido ter uma boa semana. Ele estava feliz. Annie e eu almoçamos com ele e os garotos na quarta, mesmo notando que ele franzia a cara toda vez que Trash e eu ríamos ou concordávamos em alguma coisa.

E mesmo sabendo que era maldade, era engraçado vê-lo com ciúmes.

Foi uma boa semana, mas o dia amanhecera e hoje era sábado. Peeta viria me buscar mais tarde para irmos juntos a festa e eu estava apavorada com isso. Eu tinha medo de perdoá-lo e tinha também de não perdoá-lo. Mas o que mais me assustava era não ter ideia nenhuma do que eu iria fazer.


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Notas finais do capítulo

Bem flores, espero que ninguém ainda queira me matar ;) Beijos e não esqueçam de votar pra cap Finnie ou não.