A Profecia Dos Sete escrita por Walber Florencio


Capítulo 7
Dayane


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap p vcs.. Um primeiro desafio para nossos queridos semideuses. E então, a partida para a missão. o/



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As coisas aconteciam de modo muito rápido.

Mal chegaram ao acampamento, Dayane, Neto e Kelly já tinham que partir na manhã seguinte para a missão.

Dayane ainda estava tentando entender a missão: Caminhar por um labirinto até encontrar o caminho para Alisson, o herói perdido. Depois, achar o elmo de Hades e tomar cuidado com o chão. Como? Em um labirinto eles estariam dentro do chão. Não havia como escapar disto.

Estava a noite e os semideuses veteranos haviam preparado uma festa de recepção/despedida a eles.

Os organizadores foram os filhos de Dioniso e de Hermes, que conseguiram a comida e a bebida, nada com álcool, eles garantiram. Os filhos de Afrodite ficaram com a decoração. Os de Apolo com a música. Com certeza estes grupos eram os mais alegres do acampamento.

Só na festa Dayane percebeu que era a única filha de Hades por ali. Samael explicou que ela era rara.

Dayane sentia que o sátiro sabia algo mais a respeito dela. Algo que poderia significar muito em sua missão. Dayane precisava descobrir quem ela era na verdade.

Ela estava sentada em uma mesa afastada, olhando para a festa. Kelly e Neto estavam aproveitando. Eles dançavam, comiam, bebiam. Dayane nem queria pensar na hipótese deles amanhecerem esgotados.

- Oi! – diz Renée, sentando ao seu lado.

- Olá! – Dayane a cumprimenta. Renée era pequeninha, magra. O cabelo crespo e volumoso estava preso para trás, debaixo de um boné. Ela tinha um rosto muito bonito.

- Eu forjei para você. – diz a menina, entregando à Dayane uma espada de lâmina preta. – É de ferro estígio. Uma matéria-prima muito rara, mas poderosa.

- Oh, obrigado! – Dayane admira a espada. Era linda, leve, ao toca-la Dayane sentia-se bem mais poderosa. Apesar de preta, era possível ver seu reflexo na lâmina. – Ela é linda!

- E será muito útil a você... – Renée fala com um sorriso.

Dayane apenas sorri como resposta.

Renée fica sentada ao seu lado. As duas em silencio. Dayane já tinha um sentimento de carinho pela menina.

Mais tarde, a festa foi interrompida por Samael.

- Hora de dormir, pessoal! Amanhã será um longo dia para alguns de vocês...

E assim, os semideuses, obedientes, se recolheram em seus respectivos chalés.

Dayane ficou sozinha no chalé 13, dedicado a Hades.

Ali se sentia confortável e protegida. Dormiu olhando para uma estátua de seu pai.

Dayane estava em um lugar escuro, enevoado, frio. À sua frente, um castelo magnifico, de portões abertos entrou.

As paredes eram adornadas com desenhos de baixo-relevo de diversos tipos de morte. Fome, guerra, epidemias, catástrofes naturais eram retratados com bastante precisão para os que olhassem atentamente.

O templo não possui nenhuma estátua, apenas um altar de mármore negro, adornado em ouro em seus detalhes, onde seriam colocadas oferendas. Ali, diferente das paredes, havia apenas a imagem de uma espada onde, equilibrada com perfeita harmonia em sua ponta, havia uma balança.

Abaixo do desenho, em grego antigo, havia os dizeres: "Ninguém escapará do Julgamento Final".

De repente, seu pai, Hades, apareceu sentado no trono, olhando para ela. Esboçava um sorriso. Ela sabia que ele não estava habituado a fazê-lo.

- Filha... – ele diz com sua voz rouca.

- Pai, por favor, me diga o que tenho que fazer, quem sou, por que sei de coisas que não deveria saber, e... – ela pede.

- Fique calma... – ele diz – com o tempo todas as suas dúvidas serão respondidas. Só a trouxe até aqui em sonhos para que você saiba o que procurar.

Ele estende a mão, com a palma para cima. Então, a imagem de um elmo grego aparece.

- O elmo de Hades... – Dayane sussurra.

- Ele está no laboratório de Dédalo. Aquele maldito filho de Atena o roubou e está tentando descobrir as propriedades físicas que o fazem deixar invisível qualquer pessoa que o use... Mal sabe ele que jamais descobrirá. As leis da física não funcionam com os deuses. É magia!

- Dédalo. Okay, mas como encontrar o laboratório?

- Você conseguirá encontra-lo. A lâmina de Katoptris indicará o caminho certo.

- E o tal herói perdido? – Dayane quer saber.

- Você lembrará... Agora vá! Seus amigos precisam de você! – ele diz.

Dayane acorda num sobressalto.

Alarmes soavam. Escuta barulhos de batalha. Gritos, tinir de espadas, disparar de armas de fogo.

Dayane levanta da cama, pega a espada de ferro estígio e sai do chalé.

A cena que encontra é assustadora. Uma hidra imensa com pelos menos doze cabeças atacava o acampamento. Todas as cabeças atacavam em direções diferentes.

O corpo era de um lendário dragão. Semelhante a um lagarto, mas duas vezes maior que um elefante. As doze cabeças saiam de longos pescoços.

- Fogo! – ela reconhece a voz de Neto. Então, percebe uma catapulta próximo ao chalé de Hefesto atirando uma bola em chamas. Era o fogo verde, que acerta uma das cabeças da hidra. O fogo se espalha e corrói a cabeça, como ácido.

Outra cabeça joga três semideuses para alguns metros de distancia. E em seguida avança na direção de Dayane.

Ela treme, mas ergue a espada e corre para se defender. Com habilidades que nem sabia que possuía, Dayane pula e faz alguns movimentos com a espada, cortando o rosto da criatura em várias partes.

A cabeça continua a atacando, mas Dayane pendura-se em seu pescoço e enfia a espada em sua testa, entre os olhos. A cabeça fica imóvel.

Dayane pula para o chão.

Então ataca mais uma cabeça, da mesma forma, enfiando a espada entre seus olhos. A cabeça ainda resiste um pouco, mas Dayane impõe mais força, e vence.

Kelly lutava contra uma cabeça não muito longe de Dayane ao lado de alguns outros campistas, usando uma lança comprida. Ela enfia a lança na cabeça da hidra, perfurando-a pela garganta.

Dayane nota que as outras cabeças também eram perfuradas e a hidra começa a se tornar pó. Aos poucos, desmancha num monte de areia, por pouco não soterrando alguns jovens.

Os semideuses comemoram, com gritos, abraços e cumprimentos de mão.

Dayane estava ofegante, esgotada. Mas estava bem. Olha para Kelly, que era levantada para cima por seus irmãos, e elas trocam sorrisos.

Neto se aproxima e põe a mão em seu ombro.

- Parabéns a nós... – ele diz.

Dayane o abraça.

- Ontem a Renée me disse, no chalé, que você é a melhor amiga dela. – Neto diz.

Dayane não consegue responder. Fica emocionada. Mal tinha falado direito com a menina e ela a considerava sua melhor amiga. Sorriu sem perceber.

Então ela procura rapidamente pela menina. A enxerga no outro lado do acampamento, conversando com Samael.

O sátiro olha para Dayane e faz um sinal com a mão, chamando-os.

Dayane, Neto e Kelly vão até Samael e Renée. Thaís e Daniele também se aproximam.

- Algo desestabilizou os limites mágicos do acampamento... – dizia Daniele à Samael. – Penso que foi a chegada deles... Pelo jeito são muito mais poderosos do que imaginávamos.

- Sério? – Neto pergunta, empolgado.

- Sim. – concorda Samael – Não entendo como não os encontramos antes... Mas está na hora de partirem em sua missão. Vocês não poderão levar muita coisa. Peguem o suficiente, guardem numa bolsa e partam na missão.

- Mas nós nem sabemos por onde começar... – diz Kelly.

Thaís, então, a entrega a sua adaga. Kelly hesita em pegar, mas a menina insiste.

- Aceite! Katoptris será mais útil com vocês do aqui!

Dayane voltou até seu chalé. Não tinha muito que levar, então pegou um par de camisas laranja com o nome do acampamento que havia em um guarda-roupa, além de uma calça jeans, um short e um par extra de all star. Guardou tudo em uma mochila de pano e saiu. Levaria também, obviamente, sua espada e alguns saquinhos com ambrosia. Antes de sair, dá uma última olhada para a estátua de Hades.

Lá fora, Renée a abraça com força. Dayane tem que se curvar muito para abraça-la, mas foi muito bom. Renée era muito carinhosa.

- Promete que vai ficar bem? – ela pede.

- Não posso prometer isso... Mas juro que vou tentar!


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews.. No próximo, o labirinto u.u



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