A Profecia Dos Sete escrita por Walber Florencio


Capítulo 3
Neto


Notas iniciais do capítulo

Ponto de vista de Neto, luta contra Sibila e a artimanha dos personagens.. Espero que vcs gostem!



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Ser atacado por um morcego com cara de velha? Okay. Pular por um buraco a dez metros de altura sem a menor certeza de onde cairia? Okay. Controlar uma máquina industrial e salvar a amiga pendurada por um fio de teia de aranha? Okay. Mas encarar aquele rosto? Nada legal.

Sibila era uma das coisas mais feias que Neto já tinha visto. O rosto era velho, com bigodes longos saindo da bochecha e pinças partindo de sua boca e gotejando veneno. Tinha braços quase normais, não fossem os pelos por toda a extensão dos braços. Mas da cintura para baixo, tinha um abdômen de uma viúva negra enorme e oito pernas finas e compridas, que equilibravam seu corpo em cima de poucos, mas resistentes, fios de teia.

- Quem é nosso patrono? – Neto pergunta – E o que isso quer dizer?

- Hades... – ela olha para Dayane – O seu pai!

Então Dayane assume uma expressão de entendimento. Neto imaginou que ela soubesse do que a criatura estava falando.

- Ele será o patrono da tola profecia dos sete! – Sibila continua.

- Vamos ajudar a garota... – Kelly sussurra no ouvido de Neto.

Neto confirma discretamente com a cabeça.

- E quem é a sua senhora? – Dayane fica distraindo Sibila.

- Não lhe interessa sua pentelha! – ela se irrita – Estão aqui para tentar provar que são de fato os escolhidos. Tentem! – e Sibila dá uma gargalhada sinistra, que ecoa por toda a fábrica.

Neto começa a andar para o lado, lentamente, tentando não chamar a atenção da criatura para ele.

O garoto percebe que havia uma espada próxima aos pés de Sibila. Ele traça um plano na sua cabeça. Seria arriscado, mas se conseguisse chegar à espada poderia salvar a garota e tentar salvar a própria vida.

- Vamos deixar de papo não é? – Sibila resmunga.

- A distraia. – Neto diz para Kelly.

- O que? – Kelly se espanta com a ideia.

- Vamos! Faça algo e tente não ser morta! Darei um jeito nisso.

Kelly acena, e se afasta de Neto, se aproximando de Dayane. Então toma coragem.

- Você quer nos matar? Pois venha! – ela desafia, embora suas mãos tremessem.

Com o desafio, Sibila avança sobre as meninas, num salto. Elas se dividem e correm o mais rápido possível. Sibila fica indecisa entre qual das duas seguir primeiro. Escolhe Dayane.

Neto aproveita e dispara rumo à espada. Ele escala uma máquina cheia de teia de aranha e alcança a espada. Segura o cabo e se sente poderoso. Era leve e brilhante. Ele podia ver o próprio reflexo na superfície polida.

- Você quer parar de admirar a minha espada e me tirar daqui? – fala a menina.

De perto, Neto podia ver que ela era loira e bonita, embora coberta de teia e com alguns cortes no rosto. Vestia uma camisa laranja onde se lia ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE em cima da imagem de um Pégaso. Para ele aquelas palavras não faziam sentido.

Com a espada, Neto corta os fios de teia que seguravam o corpo da garota. Eram muitos, mas ele a solta. A garota cai e ele a segura em seus braços.

- Qual seu nome? – ele pergunta, enquanto a menina se soltava de seus braços e limpava as teias do cabelo.

- Daniele. – ela responde. – Filha de Atena. Você deve ser filho de Hefesto...

- Depois você me explica quem são essas pessoas... Precisa ajudar minhas amigas! – ele diz, procurando-as pela fábrica.

Então ele vê Dayane correndo o mais rápido que podia perseguida de perto por Sibila.

- Me dê minha espada, eu a ajudarei. – Daniele pega a espada das mãos de Neto – Essa missão é minha!

E ela pula da máquina, partindo com a espada em punho na direção de Sibila.

Kelly aparece.

- Neto, precisamos ajuda-las! – ela diz – Tenho pra mim que só os quatro juntos poderão vencê-la.

Neto concorda e também pula da máquina. Antes de ia atrás delas, porém, arranca um cano de ferro, pesado, da tubulação da máquina, deixando o vapor quente vazando. Usaria o cano como arma.

Quando alcança as meninas, Neto nota Daniele num combate espada contra pernas com Sibila. Dayane estava caída, desmaiada. Kelly vai até a amiga e a afasta da briga.

Daniele olha para o trio.

- Fujam! – ela diz – Eu os encontrarei!

Neto não queria deixa-la para trás, mas sabia que Dayane e Kelly precisavam ir para um local seguro. Então apoiou Dayane em seu ombro e caminhou o mais rápido que podia, procurando a saída. Kelly ia um pouco à frente.

Havia muito teia de aranha pelo caminho. Passam por cortinas de teia e Neto tinha a impressão de ter dezenas de aranhas subindo em suas pernas.

Dayane acorda sonolenta. Só então Neto nota um corte na barriga da menina, que sangrava.

O trio chega a uma porta. Estava trancada. Kelly pega o cano que Neto ainda segurava e bate na tranca da porta com toda a sua força.

- Violência não vai ajudar! Deixe-me dar um jeito nisso... – ele ajuda Dayane a se sentar e analisa a tranca da porta. – Então Neto arranca um pedaço de arame que segurava um extintor de incêndio e enfia o arame na fechadura.

Em alguns segundos a porta é destravada...

Dayane já conseguia andar sozinha. Eles passam apressados pela porta. Encontram no outro lado uma escada. Desceram os degraus quase correndo.

No andar de baixo o estacionamento. Havia poucos carros, no entanto.

- Essa parte deixa comigo! – Kelly toma a frente. Vai até o carro mais próximo, um esportivo preto. Ela quebra o vidro com o cano.

O carro alarma, e o barulho soa por todo o estacionamento. Não intimidada, Kelly entra no carro pela janela quebrada. Neto e Dayane se aproximam dela curiosos. Veem Kelly conectando alguns fios. O motor do carro liga e o alarma para de apitar.

- Vamos! – Kelly chama.

Neto e Dayane entram e se sentam no banco traseiro.

- Não podemos ir sem a Dani...

Então a menina aparece correndo, descendo as escadas. Aproxima-se do carro e entra, sentando-se ao lado de Kelly.

- Pisa fundo! – ela manda.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Please, comentem!



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