A Profecia Dos Sete escrita por Walber Florencio


Capítulo 13
Dayane


Notas iniciais do capítulo

Primeira luta contra um dos Gigantes. Espero que gostem. ;)



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Dayane sentia sua vida sendo pouco a pouco sugado pelas órbitas negras que eram os olhos de Alcioneu.

Ela havia lembrado quem realmente era e de onde viera. Dayane era uma dos dois pretores do Acampamento Júpiter, uma versão romana e, para ela, bem mais organizada que o acampamento meio-sangue. Seu parceiro de pretoria era Leandro, filho de Júpiter. Dayane, ao contrario de Leandro que era pretor há quase cinco anos, não tinha mais de sete meses de pretoria, no entanto, estava desaparecida e não sabia se ainda procuravam por ela.

E agora, ela estava ali, no meio de gregos, os inimigos históricos dos romanos, quebrando o tabu de que ambos não podem conviver em união e paz.

À sua frente, Alcioneu, o Gigante filho de Gaia criado para exterminar Plutão/Hades, seu pai, acompanhado por seu exército fantasmagórico de soldados mortos e milhares de aranhas que ela não fazia ideia de onde vieram.

O Gigante usava uma armadura de ferro estígio, o mesmo material da espada que ele trazia nas mãos, com a lâmina preta com mais de cinco metros.

Havia uma magia misteriosa em torno de Alcioneu, a armadura e os olhos da criatura a atraindo para ele.

Então, Alcioneu estala os dedos. As dezenas de fantasmas avançam com as espadas cinzentas em punho. Dayane não queria esperar para ver se cortavam.

Empunhou sua espada e partiu para a batalha.

Com a espada, golpeou alguns dos fantasmas, eles pareciam não se machucar.

Pensou que tudo fosse apenas uma distração. Então, partiu correndo até Alcioneu, decidida a enfrenta-lo.

Kelly movia-se com rapidez, esfaqueando os fantasmas, que se desintegravam em alguns segundos, mas logo retornavam. Enquanto isso, Neto e Festus usavam suas chamas para manter as aranhas afastadas.

Dayane não pode evitar lembrar-se de Sibila. Provavelmente, Aracne, a mãe de Sibila, tinha algo a ver com aquilo tudo.

Alcioneu estava a apenas dez metros dela. De perto ele era ainda mais assustador. Ele mal conseguia parar em pé. Era como se o Gigante tivesse o próprio campo gravitacional.

- Pirralha tola... Quer me enfrentar? – ele ri.

- Vamos acabar logo com isso... – Dayane diz desafiadora.

- Como quer ser morta? Do modo mais fácil ou do modo mais divertido? – Ele ergue sua espada, esperando resposta. – Do mais divertido então...

- Dayane... – ela reconhece a voz de Kelly – Não o enfrente sozinha...

No entanto Dayane avança. Alcioneu baixa a enorme espada, por pouco não a atingindo. A garota sentiu que não o venceria sozinha, mas mesmo assim atacou.

Golpeou o joelho do Gigante, o mais alto que ela conseguia alcançar. Alcioneu grita de dor e a chuta. Atingida, a garota é jogada há metros de distancia. E vê a espada do oponente vindo de novo em sua direção. Seu corpo doía e o pé machucado voltou a latejar.

Consegue rolar e desviar do golpe. Com esforço, fica de pé.

Alcioneu era mais de seis vezes mais alto que ela, por isso, felizmente ele tinha que se curvar muito para alcança-la. Isso deixava seus movimentos lentos. Dayane decidiu vence-lo pelo cansaço.

Olhou pelo canto do olho Festus desesperado soltando labaredas de fogo nas aranhas que o cercavam, enquanto Kelly e Neto lutavam contra os fantasmas. Estavam cansados e machucados, com cortes por todo o corpo.

Aquilo reanimou suas forças. Não deixaria seus amigos perderem. Correu para cima de Alcioneu e conseguiu agarrar-se à sua armadura, subindo pelas costas. O Gigante não conseguia alcança-la. Dayane conseguiu achar uma fresta na armadura e enfia a espada.

Alcioneu grita de dor, mas balança o corpo violentamente. Dayane cai. O chão, sete metros abaixo. Ela consegue se segurar na coxa do Gigante, e pula com segurança no chão.

Os gritos do anti-Plutão eram ensurdecedores, mas ele torna a atacar, tentando pisoteá-la.

“Para vencer meus Gigantes precisarão da ajuda de um deus.” Dayane lembrou-se do que Gaia tinha dito. Ela precisava que um deus viesse ajuda-los ou não teriam chances.

Decidida a ganhar tempo, Dayane correu até os casebres não muito longe dali. Julgou que não havia ninguém ali, ou já teriam saído de casa para ver a batalha.

Ouvia os passos pesados de Alcioneu atrás de si à medida que se aproximava mancando das casinhas de madeira. O pé machucado doía mais a cada passo.

Olha para trás e vê Kelly e Neto subindo nas costas de Festus. Estariam fugindo?

Ela chega aos casebres. No meio deles havia uma estatua. Tinha a altura de uma pessoa normal. Era uma estatua branca de marfim, que representava uma mulher segurando uma cesta com frutas. Para a surpresa maior de Dayane, a estatua se move e olha para ela.

- Vocês semideuses sempre causando tumulto! – ela reclama com a voz aguda e irritada.

- Quem é você? – Dayane pergunta boquiaberta.

- E ainda ousa não me conhecer? – a estatua larga a cesta no chão e põe as mãos na cintura, batendo os pés no suporte onde estava.

Dayane balança a cabeça, com pressa. Alcioneu estava se aproximando.

- Sou Pomona, deusa romana dos frutos! – ela se apresenta cordialmente.

- Era disse que eu precisava! – afirma Dayane.

- De frutas? – Pomona pergunta, empolgada.

Nesse momento Festus sobrevoa a cabeça de Alcioneu, lançando chamas nele.

O Gigante já estava a cinco metros dos casebres. Ele pisoteia um deles ao alcança-los.

- Distraia-o... – Dayane percebe o recado nos lábios de Neto.

Eles tinham um plano. Dayane concorda e golpeia novamente as pernas de Alcioneu. O Gigante a ataca. A pesada espada preta passa raspando seu braço e ainda rasga sua camisa. A lâmina era gelada. O simples toque a fez ficar dez vezes mais fraca. Caiu de joelhos, tonta.

Então Neto tira de sua mochila duas bolas do tamanho de bolas de tênis e joga. As bolas explodem no rosto de Alcioneu e o Gigante cai no chão. Kelly voa com os all star voadores até suas pernas com metros de uma corda grossa nas mãos.

Mais rápida que qualquer outro, consegue imobilizar suas pernas e seus braços antes que Alcioneu levantasse.

Dayane sorri. Seus amigos eram demais.

Notou que na queda, Alcioneu atingira a estatua, e agora, a cabeça ainda viva de Pomona reclamava no chão. Esperta, Dayane agarra a cabeça de Pomona e corre até o Gigante.

E então, usando todas as suas forças, golpeia a cabeça do anti-Plutão com a cabeça de Pomona.

- Espero que isso funcione... – ela diz ofegante, enquanto dava uma sequencia de golpes no Gigante.

Quando já havia dado mais de vinte golpes, Alcioneu se torna um monte de pó escuro e areia. Estava morta.

Pomona não parava de reclamar que estava tonta e com a cabeça doendo. Dayane a segura em seus braços e faz um carinho.

Festus pousa do seu lado. Kelly e Neto pulam e a abraçam.

- Estamos todos bem... – Kelly diz.

- Somos um trio e tanto. – Neto fala com um sorriso.

- Vamos embora daqui! – Dayane diz, e todos concordam sem hesitar.

Dayane segurava a cabeça de Pomona nos braços. Haviam comido alguma ambrosia, e seus ferimentos já estavam curando. Os três voavam nas costas de Festus de volta ao acampamento meio-sangue.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Só restam mais dois capítulos '-'



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