A Profecia Dos Sete escrita por Walber Florencio


Capítulo 10
Neto


Notas iniciais do capítulo

Aqui, como Neto enfrenta Réia.. E enfim, o laboratório '-'



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Em chamas... O braço de Neto estava em chamas e ele se sentia poderoso. Era a melhor sensação da sua vida.

Réia olhava para ele com um olhar curioso. Mas ela não se deixa abalar e pula sobre Neto, com a espada erguida.

Neto passa a espada para a mão direita e nesse momento a espada também pega fogo. Ele usa a espada flamejante para se defender. Os dois ficam novamente disputando força. Neto estava bem mais confiante agora.

Com o tempo, a lâmina da espada de Réia começa a derreter, devido ao fogo de Neto. Logo, a espada da Mãe dos Deuses se parte em milhares de pedaços em chamas.

Surpreendida, Réia cai para trás, atingida pela lâmina quente de Neto. Um corte é aberto no tórax dela, atravessando a armadura, indo do umbigo ao ombro esquerdo.

Antes que a areia pudesse cura-la, Neto larga a espada e põe toda a sua força de vontade nas mãos.

Rajadas de fogo em alta temperatura saem das mãos de Neto e atingindo a areia que subia pelo corpo de Réia. A areia ao redor dela aos poucos, para o delírio da plateia, se torna vidro.

Réia fica presa em uma estrutura semelhante a um vulcão de vidro, com cerca de um metro de altura.

As chamas param e Neto olha para onde as meninas estavam. Só viu Dayane. Ela apontava para algo à frente. Então o garoto nota Kelly... voando?

Voando! Kelly tinha pequenas asinhas saindo de seus tênis all star e parecia desgovernada, como alguém que está aprendendo a patinar, mas com o perigo de desabar a mais de trinta metros de altura.

Ela descia aos poucos, se esforçando para controlar o rumo dos tênis.

Neto volta a atenção para Réia. Ela começava a quebrar o vidro, no entanto, o ferimento ainda estava aberto e sangrava muito.

- Eu não queria fazer isso, mas você me obriga... – diz Neto, enfiando a espada no peito de Réia, na altura do coração.

Ela olha para ele com raiva, depois com compreensão, e por último, com respeito. Tinha um sorriso meigo no rosto. Transforma-se em pó dourado, e seu corpo desmancha.

Por um instante, Neto sente pena dela.

Os monstros que assistiam a tudo ficam em estado de choque. Já não comemoravam. Ninguém esperava que Réia fosse morta por um simples mortal. Pela primeira vez Neto via a plateia em silencio total.

O silencio deixava tudo ainda mais tenso.

Kelly chega ao chão e abraça Neto.

- Parabéns! – ela diz ao amigo. – Você foi um verdadeiro guerreiro.

- Obrigado... Mas, como nasceram asas em seus tênis? – Neto pergunta.

- Não faço ideia. – ela responde – Tudo o que sei é que esse par de all star foi presente de meus irmãos. E que, lá em cima, eu queria muito te ajudar.

Neto agradece com mais um abraço.

- E a Dayane? – ele lembra, olhando para cima.

Dayane os chamava com a mão. Apontava para o túnel, como se houvesse uma nova passagem ali.

Kelly e Neto sobem até lá, por entre os monstros. Nenhum deles ousou lhe atacar. Todos olhavam com respeito para eles.

- Você merece o mérito... – Kelly diz no ouvido dele.

Chegando lá em cima, Dayane abraça Neto.

- Agora vamos, não temos muito tempo... – ela diz.

Os três continuam o caminho, entrando no túnel. O caminho agora parecia com uma mina de ouro desativada. Havia algumas lâmpadas ao longo do caminho, que seguia reto por metros.

De repente, eles estão de frente para uma porta. Era uma porta moderna, prateada. Não havia trinco, mas sim uma placa com uma sequencia de números embaralhados, ao lado de um teclado numérico.

- Temos de digitar uma senha? – Kelly pergunta.

- Acho que sim... – Neto concorda.

- Mas as possibilidades são infinitas... – Dayane diz – Como iremos descobrir?

- Tentando. – diz Neto. Ele analisa os números na placa. – Tem de haver uma lógica.

Kelly examina a lâmina de Katoptris. A adaga não exibiu resultado nenhum.

- Parece que nem Katoptris sabe a combinação. Não querem dá meia volta e tentar outro caminho?

- Claro que não! – diz Dayane – Esta provavelmente é a porta do laboratório de Dédalo.

- 13, 1, 55, 1, 2, 21, 5, 3, 34, 8... – Neto lia os números. – Com certeza há uma lógica aqui. Se Dédalo era tão gênio assim como dizem ele não colocaria algo simples...

Súbito, veio na mente de Neto uma sequencia numérica. Agora fazia sentido. Então, o garoto digita os números na sequencia certa no teclado: 1,1, 2, 3, 5, 8,13, 21, 34, 55.

- O que é isso? – Kelly pergunta.

- Os dez primeiros termos da sequencia Fibonacci. – ele responde.

Com estalares mecânicos, a porta abre.

Lá dentro, o local perfeito para qualquer filho de Hefesto ter um acesso de loucura.

Havia desde as mais modernas máquinas que Neto conhecia até as mais primitivas rocas de fiar. O local era imenso, e tinha um formato octagonal. Cada uma das oito paredes era enfeitada com as mais diversas ferramentas elétricas e mecânicas.

Dezenas de mesas com projetos arquitetônicos, projetos de máquinas, de robôs, de armas... Tudo ao deleite dos olhos de quem os olhasse, em papeis, pergaminhos, notebooks e até mesmo tablets.

O garoto podia sentir a infinidades de fios elétricos, fibras óticas e canos com ar pressurizado debaixo de seus pés.

Então Neto viu a coisa mais bonita em todo aquele laboratório. Era um par de asas douradas no centro do lugar, pendurado por correntes ao teto. As penas eram finas lâminas de ouro, coladas com algo viscoso a uma base de metal. Nesta base, um motor pequeno que seria responsável por seu movimento.

Neto via e sentia aquilo tudo, mesmo a distancia.

- Temos que encontrar o elmo de Hades e dar o fora daqui. – diz Dayane.

- Não antes de eu contemplar tudo por aqui... – diz Neto, correndo em disparada pelo laboratório.

No momento em que alcança as máquinas, Neto vê algo ainda mais bonito e impressionante que as asas. Um dragão de bronze surge voando sobre sua cabeça.

O dragão tinha pelo menos dez metros de envergadura. A cabeça tinha o tamanho de uma geladeira. Cada articulação de seu corpo funcionava ao giro de motores. As chapas de bronze que lhe serviam de pele cobriam milhares de metros de fios e centenas de chips e ci’s (circuitos integrados) que permitia ao autômato domínio sobre o corpo e principalmente o raciocínio.

Neto admira o movimento das asas do dragão como se o mundo estivesse em câmera lenta. Mas no momento seguinte, o autômato abre a boca e uma rajada de fogo é lançada na direção das meninas.


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Notas finais do capítulo

Festus seu lindo!
Adoro matemática kk E a sequencia Fibonacci é linda! >



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