CAPÍTULO 3 - ACONTECIMENTOS ESTRANHOS

Edward

“Acho que está ficando tarde, é melhor irmos embora”, Bella disse-nos depois que saímos de uma loja onde Alice fizera questão de levá-la. Alice você ainda me paga! Por outro lado, pude conhecer um pouco mais a Bella, e ainda acho que ela esconde alguma coisa.

“Terra chamando Edward!”, Emmett começou a me cutucar. Eu já disse que odeio quando ele faz isso.

“O que?! Droga, Emmett isso dói!”, eu disse passando a mão onde ele havia me cutucado.

“Há há há, me desculpa, mas estamos te chamando para irmos embora e você não responde. Ed, você está bem? Hoje de manhã você estava do mesmo jeito.”

 Se eu estou bem? É claro que não, pois eu estou em um shopping servindo de escravo para minha irmã, e sem mencionar que eu tive que comer comida humana. Fora isso, eu estou perfeitamente bem.

“Estou Emmett, agora vamos embora?”

Eu não estava mais agüentando ficar nesse lugar, eu vou acabar com a raça da minha irmã, quando chegar em casa.

Dessa vez Emmett foi dirigindo, eu não estava com cabeça par fazer isso, até porque ainda não sai da minha cabeça que Isabella Marie Swan está me escondendo algo. Demoramos uma hora para chegarmos em Forks, deixamos Bella em sua casa, e depois fomos para a nossa.

“Alice Cullen, você está ferrada”, eu disse bravo.

“Deixa ser chato maninho”, Alice disse sorrindo.

“Sua...”

“Edward, parece que encontraram rastros de um Dark, aqui em Forks. Seu pai quer que procuremos por ele”, Esme disse aparecendo do nada.

“Onde?”, finalmente alguma coisa de ação.

“No meio da floresta, parece que algumas pessoas desapareceram, outras foram encontradas mortas. Seu pai disse que os rastros vão para o meio da floresta.”

“Alice, você não viu nada sobre isso?”, Jasper disse descendo as escadas.

 “Não. Não sei o porquê, mas desde a hora do intervalo lá na escola, eu me sinto um pouco fraca.”, Alice disse preocupada.

“Muito estranho isso. Vocês se alimentaram ontem, não era para se sentirem fracos.”, Esme disse pensativa.

“Pessoal, me desculpem interromper, mas acho que temos um Dark para caçar”, Rose disse pegando suas armas.

“É verdade, agora não é momento para isso, depois falamos com Carlisle”, Esme falou.

Todos pegamos nossas armas e fomos para o meio da floresta. Quando chegamos em uma parte da floresta, sentimos o cheiro de sangue no ar. Andamos mais um pouco e então encontramos sangue no chão. Não havia nenhum Dark ali, mas o seu cheiro estava forte, então quer dizer que ele havia estado ali há pouco tempo. Eu e meus irmãos nos separamos. Alice e Jasper vieram comigo e Rose e Emmett foram para outro lado. Emmett estava pensando em se declarar para Rose, só ele mesmo para declarar seu amor na hora de uma caçada.

“Edward o cheiro dele esta cada vez mais forte. Acho que ele está por aqui.”, disse Jasper levantando sua arma. Ao contrário de Alice, Esme, Emmett, Carlisle e eu, que usamos espadas, Jasper e Rose preferem usar armas.

“Edward cuidado!”, Alice gritou com desespero, mas já era tarde, fui jogado contra uma árvore, fazendo com que ela se partisse ao meio.

“Você está bem?”, perguntou um homem de capuz ao meu lado. Era ele, o homem de hoje cedo.

“Quem é você?”, perguntei novamente.

 “Eu já disse. Sou um amigo”, ele disse me ajudando a levantar.

“Edward dá para você ajudar aqui!?”, Alice gritou.

Havia me esquecido deles.Peguei minha espada e corri para cima do vampiro. Aquele maldito vampiro se esquivou e arrancou a espada da minha mão. Quando ele ia me atacar, o homem apareceu na minha frente e o arremessou longe.

“Foi um prazer vê-lo novamente, Edward. Tchau!”

Tchau? Ele vai embora sem me dizer quem é?!

“Ei, você não vai me dizer quem é?”

“Sou igual a você... mas também sou diferente.

Bebo sangue, mas também como comida.

Sou sua amiga, mas também posso ser sua inimiga.

Quem sou você terá que descobrir.”, dito isso desapareceu.

Isso é algum tipo de charada? Eu sou péssimo em charadas.

“Edward!”, Alice gritou.

Quando me virei o vampiro estava vindo par cima de mim. Eu estava sem espada, não poderia matá-lo. Por algum motivo não conseguia sair do lugar. Fechei meus olhos me preparando para o impacto que teria entre mim e o vampiro, mas a única coisa que eu ouvi, foi o estrondo de um revólver. Quando abri meus olhos o vampiro estava na minha frente caído e Jasper estava com sua arma apontada para o mesmo.

 “Edward você está bem?”, Alice disse se aproximando de mim.

“Sim estou, muito obrigado Jasper.”, eu disse sentando no chão.

“Edward o que você tem? Você está estranho.”, Alice disse sentando ao meu lado.

“Desculpe-me Lice, mas é que desde que cheguei, tem acontecido algumas coisas estranhas”, eu disse olhando para baixo. Primeiro me aparece Isabella, depois eu não consigo ler sua mente, e agora esse homem, que diz ser meu amigo. Minha cabeça está confusa com tudo isso.

“Ed, eu sei que você não queria se mudar. Me perdoe, a culpa é minha”, Alice disse triste.

“A culpa não é sua Lice, não se preocupe. Além disso, não é por causa da mudança que estou assim”, eu disse abraçando-a.

“Então por quê?”, ela perguntou.

“Esquece, são problemas meus.”, eu disse me levantando.

 “Ok, eu vou descobrir mesmo.”, Alice disse sorrindo.

“Vai sonhando!”, eu disse sorrindo também.

“Pessoal, alguém sabe onde estão Rose e Emmett?”, Jasper perguntou. Alice começou ter uma visão não muito agradável de Emmett e Rose. Pelo que parece, deu certo sua declaração.

“Eles estão ocupados.”, Alice disse rindo.

“Por que você está rindo?”, Jasper perguntou.

“Não queira nem saber.”, eu disse pegando minha espada.

“Então vamos?”, Alice disse animada.

“O que vocês estão escondendo de mim?”, Jasper perguntou com um pouco de raiva.

“Logo você saberá Jasper, assim que chegarmos em casa você saberá.”, eu disse andando na direção de onde tínhamos vindo.

Chegamos em casa, junto com Rose e Em. Os dois estavam com a roupa amassada. Jasper compreendeu de cara o que tinha acontecido e começou a rir, fiquei curioso e vasculhei a sua mente.

“Há há há, foi isso que Ed e Lice viram? Se ferraram! Graças a deus que não leio mentes ou vejo o futuro.”

“Se quiser, Alice e eu te contamos como foi!”, há há há, a cara que ele fez foi muito engraçada.

 “Não obrigado”, Jasper disse e saiu correndo para seu quarto.

“Do que vocês estão falando?”, Emmett perguntou.

“Nada Em.”, eu disse rindo.

“Porque você está rindo? Quero rir também.”, Emmett disse se aproximando.

“Você quer mesmo saber?”, eu perguntei, ainda rindo.

“Claro”, Emmett disse sorrindo.

“Há há há há, Emmett acho melhor você esquecer”, eu comecei a rir mais ainda.

Rose percebeu do que se tratava e ficou morrendo de vergonha. Acho que se ela pudesse ficar corada, ela ficaria agora.

“Fala logo Ed, quero rir também.”

 Ô menino burro! Será que ele ainda não percebeu que eu estava rindo deles?

 “Emmett estamos rindo de você e da Rose”, Alice disse rindo. Eu havia me esquecido dela do meu lado.

“Há há há há! Espera, o quê?” Emmett gritou.

“Que tal esquecer?”, eu disse sorrindo e depois sai correndo de lá. Meu pai havia acabado de chegar, acho melhor eu ir falar com ele, sobre as coisas que andam acontecendo.

“Pai, posso falar com você?”, perguntei aparecendo na porta de seu escritório.

“Claro”, disse me indicando uma cadeira que estava na sua frente.

“Pai, desde que chegamos estão acontecendo coisas esquisitas.”

“Esquisitas?”

“Sim. Eu estava andando pelo meio da floresta, quando avistei no chão uma mancha escura. Quando cheguei perto percebi que aquela mancha eram cinzas, e pelo jeito de um vampiro Dark. Foi um vampiro que o matou, mas não do nosso clã, pode ter certeza. E depois um homem de capa apareceu me ajudando, duas vezes ele apareceu e me deixou uma charada.”

“’Sou igual a você... mas também sou diferente.

Bebo sangue, mas também como comida.

Sou sua amiga, mas também posso ser sua inimiga.

Quem sou você terá que descobrir’, foi isso que me disse, mas eu não compreendi nada.”

“Eu já ouvi isso em algum lugar, mas não sei onde. Vou pesquisar e depois de digo. E se esse homem aparecer de novo, me avise”, Carlisle disse levantando-se.

“Ok”, depois ele saiu da sala e me deixou lá sozinho. Então peguei minhas coisas e fui para meu quarto.

A noite parecia uma eternidade. Fiquei pensando naquela charada, naquele homem e principalmente na Bella. Ela esconde algo, mas não sei o que é. Tenho que descobrir.

“Edward!”, Alice gritou, me fazendo cair da cama.

“Que foi, Alice?!” eu disse bravo.

“Vamos, temos que ir para escola, só falta você!”

Escola? Meu Deus, eu me esqueci que tinha aula!

“Já vou! Espera eu me trocar!”

“Então anda logo!”, ô menina que gosta de gritar. Eu a ouviria mesmo que ela apenas sussurrasse.

“Tô indo!”, me troquei correndo, peguei meu material e corri para o carro onde estava todo mundo me esperando.

 “Por que demorou?”, Alice me perguntou.

“Porque eu esqueci que tinha aula hoje.”, eu disse simplesmente.

“Só não esquece a cabeça, porque tá grudada.”, Rose disse de mau humor.

“Há há há!”, Emmett começou a rir.

“Não vi graça alguma.”, falei sério.

“Mas eu vi!”, Emmett replicou ainda rindo.

“Emmett, você já pensou em virar palhaço?”, perguntei sério.

“Há há há há”, todos riram, menos eu e Emmett.

“É uma boa idéia...”, Emmett disse pensativo.

“Claro que não. Meu namorado não vai ser palhaço nenhum.”, Rose disse brava.

“Ok, meu amor. Faço tudo por você.”, Emmett mandou um beijo para Rose, já que ele estava atrás e Rose na frente.

“Chegamos”, Jasper disse, quando estacionou na frente da escola.

Quando saí do carro, eu a vi novamente. Bella estava linda, mas ela parecia nervosa com alguma coisa. Por que será? Melhor. Por que ela me interessa tanto? Talvez por eu não ler sua mente? Não sei o que pensar.

“Então vamos?”, Alice disse já indo para a escola. Pegamos nossas coisas e fomos atrás dela. Bella já não estava mais onde eu havia a visto, ela simplesmente desapareceu. Isabella, a menina misteriosa...

Minha primeira aula era a de Biologia, eu a veria de novo, logo poderia tentar ler sua mente novamente, tentar desvendar os seus segredos. Cheguei até a mesa dela e dei um sorriso simpático.

 “Olá Bella, tudo bem?"

Tentei mais uma vez ler sua mente, mas nada consegui. Sua mente parecia ser imune aos meus poderes. Era uma mente Oculta, que ocultava todos os segredos dela, mas que um dia eu ainda descobrirei.

“Olá Edward.” Bella disse de mau humor. Que menina mal educada, nem olha para mim quando cumprimentar.

“Então tudo bem?” tentei puxar assunto, para ela me olhar.

“E o que te interessa”, Ela disse se virando e me olhando. Isso aí Ed, ponto para você.

“Nada”, disse sorrindo. Ela ficou brava e virou para frente. Logo em seguida o professor chegou.

“Turma hoje faremos experimentos, por isso você e seu amigo do lado, serão parceiros.”

Legal, eu vou ser parceiro da Bella. O professor colocou em nossa mesa, o que iríamos trabalhar e depois saiu.

“Então Bella, quem começa?” eu disse sorrindo torto.

“Eu”, nossa, que mal educada. Essa menina me dá nos nervos.

Começamos a fazer os experimentos. Tenho que confessar, ela era muito boa.

“Vai ficar me olhando que nem um idiota?”, me disse nervosa.

“Nossa calma. Que mau humor. Eu estou tentando ter uma conversa gentil e você vem tacando pedra” eu disse bravo. Quem essa garota pensa que é para falar assim comigo?

“Desculpe-me, hoje não está sendo um dia muito bom. Ontem não dormi muito bem, pensando em vo...”, de repente ela parou de falar, como se tivesse falando algo errado.

“Ok, se não quiser me contar tudo bem” eu disse terminando o nosso trabalho. Peguei o trabalho, entreguei para o professor e sai da sala.

Bella

“Bella parece que há um Dark aqui em Forks”, meu pai disse aparecendo na porta da sala, onde eu estava limpando.

“Um Dark? Ok vou ir caçá-lo. Onde ele está?” Perguntei pegando a minha arma.

“Na floresta, mas você não irá sozinha!” Meu pai disse pegando sua espada.

“Por quê? Você não confia em mim? Por favor, só dessa vez.” Eu disse sorrindo.

“Ok... só dessa vez” meu pai disse largando a espada.

“Não se preocupe não irei te decepcionar” eu disse saindo pela porta. Por alguma razão eu poderia me encontrar com os Cullens, e não quero que eles descubram quem eu sou.

 “Edward cuidado”, ouvi Alice gritar, me transformei naquele mesmo homem e corri para o lugar de onde havia vindo o grito. Quando cheguei lá, Edward estava caído no chão e uma árvore partida no meio.

“Você está bem?”, perguntei a Edward.

“Quem é você?”, mais uma vez me perguntou.

“Eu já disse. Sou um amigo”, falei ajudando-o a se levantar.

 “Edward dá para você ajudar aqui!?”, Alice gritou.

Edward pegou sua espada e foi até o vampiro, que arrancou a espada de sua mão. Ô, garoto burro. O vampiro ia atacá-lo, então eu entrei na frente de Edward e joguei o vampiro longe.

“Foi um prazer vê-lo novamente, Edward. Tchau!”

“Ei, você não vai me dizer quem é?”

Ele ainda insiste com isso? Que garoto irritante. Ok, ele quer saber, então terá que descobrir, por uma charada.

“Sou igual a você... mas também sou diferente.

Bebo sangue, mas também como comida.

Sou sua amiga, mas também posso ser sua inimiga.

Quem sou você terá que descobrir”, falei a charada e sai correndo.

Alguns instantes depois, me retransformei em Bella e fui direto para casa.

 “Filha você está bem?” minha mãe correu até onde eu estava preocupada. Por que ela não pode confiar em mim?

“Sim, estou. Não se preocupe”, eu disse séria.

“Desculpe-me filha, mas é que temos medo que algo aconteça com você. Além disso, tem uma coisa que quero conversar com você, senhorita Isabella.”

E ai vem chumbo grosso. Quando ela me chama por Isabella, é porque fiz algo errado!

“Ok, pode ser no meu quarto?”, lhe perguntei.

“Claro, vamos” minha mãe disse já subindo as escadas.

Chegamos ao meu quarto, eu sentei na cama e minha mãe fechou a porta. Sinal de que a coisa tá feia.

“Então mãe, o que foi que fiz agora?” era melhor já falar de uma vez, do que ficar fazendo rodeios.

“Posso saber porque você não disse a mim e ao seu pai que há vampiros Lights na sua escola?”

O quê? Como ela sabe?

“Como você sabe sobre isso?”, perguntei levantando-me.

“Porque chegou um novo médico em Forks, que é pai de 5 adolescentes que estudam na sua escola.”

“Pai?”, eu não sabia que o pai deles trabalhava no hospital de minha mãe.

“Sim. Carlisle Cullen. Você por um acaso conhece algum Cullen?”

Droga, não posso mentir!

 “Sim”, foi à única coisa que consegui falar.

“Minha filha, você sabe o quanto grave é se misturar com um Light?” minha mãe disse nervosa.

“Desculpe-me”, falei de cabeça baixa.

“Desculpe-me também por ter me alterado... mas é que você sabe como isso é grave. Não podemos deixar que ninguém saiba que a nossa raça existiu. E que somos uns dos poucos que há”, ela disse num tom preocupado. “Isabella, se por um acaso eles descobrem que existimos, será o fim. Está havendo uma guerra entre os Lights e Darks por causa de poder. Os Darks querem liderar tudo, e os Lights estão tentando detê-los”, minha mãe começou com a velha história, de novo.

“Mas se os Lights querem detê-los, por que você os odeia?”

A verdade é que eu nunca entendi o porquê dela odiar os Lights.

“Não é que eu os odeie. É que não podemos confiar em ninguém. Se por uma acaso eles descobrem sobre nós eles podem nos usar”, minha mãe explicou.

“Mas se...”, antes que eu pudesse falar qualquer coisa minha mãe me interrompeu.

 “Mas nada! Eu quero que você fique bem longe deles. Tenho que ir trabalhar... seu pai chega daqui a pouco”, Renée disse saindo pela porta.

Não sei o porquê, mas acho que minha mãe me esconde alguma coisa.

Peguei meus materiais de escola e fui fazer a minha lição. Demorei uns cinco minutos para terminá-la, então decidi ir me deitar cedo. Acabei dormindo bem rápido.

No dia seguinte, chegando na escola encontrei Jéssica.

“Olá, amiga! Tudo bom?”, Jéssica me perguntou sorrindo.

“Claro!”, respondi sorrindo também.

Começamos a conversar e alguns minutos depois, os Cullens chegaram. Quando vi Edward saindo do carro comecei a ficar nervosa, sem mesmo eu saber o porquê. Ele começou a me olhar, fiquei mais nervosa ainda. Alice disse algo a eles que nem consegui ouvir direito. Edward foi pegar suas coisas, eu acho, então eu entrei correndo para a escola e Jéssica correu atrás de mim.

“Miga, o que foi?”, Jéssica perguntou.

“Nada, não se preocupe”, disse sorrindo.

Despedi-me dela e fui para a aula de Biologia, que por sinal era com Edward. Alguns minutos depois ele chegou sorrindo, e como de costume sentou-se ao me lado.

“Olá, Bella. Tudo bem?", Edward perguntou sorrindo. Droga e agora?

“Olá Edward”, eu disse de forma fria. Por que minha mãe foi me pedir aquilo?

“Então, tudo bem?” ele perguntou outra vez.

“O que te interessa?!”, falei de mau humor, me virando para ele.

“Nada”, Edward disse sorrindo. Que raiva! Logo depois o professor chegou, graças a Deus, assim não preciso mais falar com ele.

“Turma, hoje faremos experimentos, por isso você e seu amigo do lado serão parceiros.”

O quê? Não! Era só o que me faltava. O professor colocou nas mesas o que iríamos trabalhar e saiu.

“Então Bella, quem começa?” Edward disse sorrindo torto. Que sorriso lindo. Foco, Bella! Foco!

“Eu”, falei mal educada.

Começamos a fazer os experimentos. Tenho que confessar, ele era muito bom. E ficava me olhando! Parecia um idiota.

“Vai ficar me olhando que nem um idiota?”, perguntei nervosa. Quando ele me olhava assim eu me sentia esquisita.

“Nossa, calma. Que mau humor! Eu estou tentando ter uma conversa gentil e você vem tacando pedra”, disse bravo.

“Desculpe-me, hoje não está sendo um dia muito bom. Ontem não dormi muito bem, pensando em vo...”

Droga! Quase que falo besteira.

“Ok, se não quiser me contar tudo bem”, ele disse terminando o trabalho e saindo da sala. Senti-me mal por isso. Por quê?

Logo em seguida o sinal tocou. Peguei o meu material e fui para a próxima aula. Passei as outras duas aulas pensando no Edward. Ele não saia da minha cabeça.

“Bella, vamos?” Jéssica me perguntou.

“Aonde?”, retruquei.

“Comer! É hora do intervalo”, nossa, já? Eu havia me esquecido do tempo.

Eu e Jéssica fomos para o refeitório, pegamos nossos lanches e nos sentamos na nossa antiga mesa. Os Cullens ficaram surpresos, por isso. Mas o que eu podia fazer? Minha mãe havia me dito, par ficar longe deles.

“Bella você está bem? Hoje você está distante dos Cullens.”

Jéssica, sempre curiosa. Eu estava me sentindo mal, então eu disse a ela o que havia acontecido, assim eles saberiam o porquê de eu não estar falando com eles.

“É que minha mãe não quer que eu fale com eles”, eu disse à Jéssica. Notei que os Cullens ficaram surpresos. Pelo menos agora eles sabem o motivo.

"Mas por quê? Ela nem os conhece...”, e agora o que eu falo?

“É que ela tem medo que aconteça outra vez, a mesma coisa comigo...”, por um lado, até que era verdade.

De repente uma lembrança antiga me atingiu em cheio e eu me lembrei o que havia acontecido comigo.

“Olá, sou Isabella e vocês?”, falei animada.

“Prazer, Isabella. Sou Alison, o aluno novo”, Alison disse sorrindo.

“E eu sou Eliza, irmã de Alison”, a menina que estava ao seu lado disse. “Você não gostaria de ir com a gente no shopping?”

“Claro, por que não?”

Fomos todos ao shopping, foi muito legal. Quando fomos embora, Alison deixou sua irmã em casa, que estava muito cansada, depois insistiu em me levar para casa. Pelo menos é para onde eu pensei que ele me levaria... mas ele me levou para um motel.

Eu não quis entrar, eu era uma vampira, mas eu não podia fazer nada. Ele tentou abusar de mim, mas eu era muito mais forte, e acabei jogando-o muito longe. Ele entrou em coma por alguns meses. Quando ele acordou, ele não se lembrava mais de nada.

Contei tudo à minha mãe. Ela ficou com tanto medo que me fez prometer que eu nunca mais iria sair com alguém que eu não conhecesse. Primeiro porque Alison quase abusou de mim, e também por eu ser o que sou, uma Cold.

“Eu prometo, mãe.”

Pisquei os olhos e me deparei com Jéssica me encarando com um olhar preocupado, depois de um tempo ela disse:

 “As mães são assim mesmo, sempre protetoras. Chega a ser irritante!”

Eu que o diga.

“Mas vamos esquecer isso, certo? Vamos comer!”, disse pegando o meu pedaço de pizza e comendo. Eu notei que Edward não tirava os olhos aqui da mesa. Senti minhas bochechas pegando fogo. Droga eu tinha que corar logo agora. O que será que está acontecendo comigo?

Edward

Então é por isso! Agora fiquei curioso em saber o que havia acontecido...

“Nossa, que mãe chata!”, Emmett disse emburrado.

“Fica quieto, Emmett”, Rose disse lhe dando um tapa no braço.

Fiquei olhando-a comer, ela era tão linda. Eu ainda via em seus olhos um segredo, que a cada dia mais quero saber. Tenho que descobrir isso logo... quando ela me viu olhando-a ela começou a corar. Gostei disso.

“Vamos caçar novamente hoje?”, Jasper perguntou, tirando-me dos meus pensamentos.

“Vamos, acho que precisamos”, Alice falou olhando para cada um.

“Ok, então depois da aula vamos caçar!”, Emmett disse sorrindo.

Continuei a olhar para Bella. Foi aí que eu percebi que sentia realmente algo diferente por ela. Algo que eu jamais havia sentido antes.

“Ed, você está bem?”, Alice perguntou preocupada.

“Claro, por que não estaria?”

“Ed... você ama a Bella?”

O quê?!

“Claro que não Alice! Deixa de idiotice!”, eu disse me levantando e saindo dali.

Minha vida está virando de pernas pro ar! Não sei o que está acontecendo... Bella mexeu comigo. Sinto-me feliz ao seu lado, sinto que se eu morrer eu não me importaria se ela estivesse do meu lado. Isso não é amor...é? Se for, acho que estou perdidamente e incondicionalmente apaixonado por Isabella Swan!

“Edward, sei que você a ama! Está no modo como você a olha”, Alice disse aparecendo do meu lado.

“Eu também acho Alice, mas também acho que ela esconde algo, ela tem um segredo, que eu vou descobrir!”, eu disse sério à Alice.

“Tome cuidado, Edward. Às vezes há coisas que nunca devem ser descobertas”, Alice disse e depois desapareceu. O que ela quis dizer com isso?

Bateu o sinal, eu peguei meu material e fui para as minhas aulas, que estavam insuportáveis. Quando o sinal da saída tocou, saí correndo da sala e fui procurar os meus irmãos. Eu precisava caçar, para me distrair, tirar Isabella da cabeça. Encontrei-me com meus irmãos e fomos. Eu estava sem animo algum, então cacei qualquer coisa. Depois fomos para casa.

“Ed, você tá bem, cara?”, Emmett perguntou preocupado.

“Isso se chama amor, Emmett”, Jasper disse.

“O que? O Ed está apaixonado?!”, Emmett perguntou incrédulo.

“Nossa cara, só agora você percebeu?”, Jasper devolveu no mesmo tom.

“Dá para pararem de falar de mim como se eu não estivesse aqui?” Eu disse bravo.

“Desculpe”, os dois falaram juntos.

Fui para o meu quarto me deitar, e fiquei pensando nela.

“Edward, preciso falar com você”, disse meu pai que estava parado na porta.

“Pode falar...”, eu disse à ele.

“Meu filho, você lembra-se daquela charada?”

“Sim”

“Eu estava vendo uns livros e encontrei isso...”

Ele me mostrou uns papéis.

“Sou igual a você, mas também sou diferente. Bebo sangue, mas também como comida. Sou sua amiga, mas também posso ser sua inimiga. Quem sou, terá que descobrir... Essa charada é somente conhecida por aqueles que achamos que não existem. São iguais a nós, Vampiros, mas também são diferentes, pois são muito parecidos com humanos. Sua pele é fria, seu coração bate, come comida, é imortal e pode ser uns dos piores predadores do mundo...”, meu pai suspirou e fez uma pausa. “São os Colds. Uma raça que ninguém sabe que existe, mas eles existem e vivem entre nós. Sua marca é uma estrela, que simboliza o céu, a escuridão, mas também a luz. Se por um acaso, um dia cruzares com um Cold, não tenhas medo, ele só te fará mal se fizeres mal a ele.”

“Cold?! Eles existem mesmo?”, perguntei incrédulo.

 “Eu achava que não, até o momento que você me disse essa charada. Edward, essa pessoa que sempre te ajuda é um Cold”, Carlisle disse sério.

“E agora? O que fazemos?”, perguntei preocupado.

“Nada. Deixaremos como está, é o melhor”, Carlisle me disse.

“Tudo bem”, falei para ele.

Meu pai pegou os papéis e saiu do quarto. Deitei-me e fiquei pensando em tudo, e tomei uma decisão: amanhã irei falar com Bella!

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“ALICE, VAMOS!”, mas que droga! Ela tinha que atrasar justo hoje?!

“Já tô aqui! Nossa, por que você tá alegre?”, Alice me perguntou.

“Eu também queria saber”, Emmett disse.

“Deixem seu irmão em paz”, minha mãe me ajudou.

“Vou acabar descobrindo mesmo...”, Alice falou, convencida.

“Vamos logo!”, Jasper disse de mau humor.

Chegando à escola, eu avistei Bella. Não pensei duas vezes e fui falar com ela.

“Bella, nós podemos conversar?”, eu disse sorrindo.

“Não”, falou. Mas esse não dava a entender que sim.

“É rápido!”, insisti.

“Tudo bem... fala.”, ela disse batendo os pés no chão com impaciência.

“Aqui não, vamos ali atrás”, apontei para uma árvore.

“Ok”, ela pegou seu material e foi em direção a árvore.

Vamos, Ed, é agora ou nunca.

“Bella preciso te dizer uma coisa. Melhor, mostrar”, eu disse nervoso.

“Mostrar o que?”

É agora.

“Isso.”

Eu a peguei pela cintura e a beijei. Ela ficou surpresa no começo e tentou sair dos meus braços, mas logo cedeu, me dando espaço para que minha língua entrasse. Ela colocou seus braços do lado de minha cabeça e começou a me beijar com urgência. Nossas línguas dançavam em nossas bocas. Eu a encostei na árvore e aprofundei o beijo, quando eu ia abraçá-la mais, sua amiga apareceu.

“Bella a aula já vai... opa! Desculpem-me”, Jéssica disse envergonhada.

“Claro, vamos”, Bella disse pegando seu material e saindo correndo.

Bella

Ontem à noite eu havia ido caçar, eu já estava me sentindo melhor. O mais difícil, é ter que ficar sem falar com os Cullens. Eles são vampiros bons. Mas minha mãe não confia neles e, infelizmente, tenho que fazer o que ela manda. Peguei meu material e fui para a escola.

“Bom dia Jéssica”, falei sorrindo.

“Bom dia amiga, você parece melhor” me disse animada.

“E estou!”

“Bella, nós podemos conversar?”, Edward perguntou aparecendo ao meu lado. Eu não havia sequer reparado que ele estava ali.

“Não”, eu disse. Mesmo querendo, no fundo, dizer que sim.

“É rápido!”, ele insistiu.

“Tudo bem... fala”, já estava batendo os pés de impaciência, quem sabe ele não desiste? Afinal, mesmo que eu quisesse, eu não podia falar com ele. E ele sabia disso.

“Aqui não, vamos ali atrás...”, falou apontando para uma árvore. O que seria aquilo?

“Ok”, peguei meu material e fui em direção a árvore.

“Bella preciso te dizer uma coisa. Melhor, mostrar”, Edward parecia nervoso.

“Mostrar o quê?”

“Isso.”

Ele me disse, pegando pela cintura e me beijando. Meu Deus! O que eu faço agora? Eu tentei sair de seus braços, mas uma parte de mim queria ficar ali com ele. Eu o queria, então retribui o beijo, dando espaço, para que sua língua pudesse entrar em minha boa. Coloquei meus braços ao redor do seu pescoço e comecei a beijá-lo com uma urgência surpreendente. Nossas línguas pareciam dançar em nossas bocas. Ele me empurrou de leve, me colocando contra a árvore e aprofundando o beijo. Eu queria mais, ele estava me deixando louca. Ele me fez perceber que eu o amava. Que eu perdidamente e incondicionalmente apaixonada por ele. Senti que ele iria me abraçar, mas Jéssica apareceu bem na hora

“Bella a aula já vai... Opa, desculpem-me”, falou com envergonha.

“Claro, vamos”, disse pegando meu material e saindo correndo. Eu estava envergonhada, nunca senti isso por ninguém. Eu estava realmente apaixonada por Edward Cullen! Um light!

Sai correndo em direção ao banheiro, eu precisava ficar sozinha, pensar no que havia acontecido. Entrei no banheiro e comecei a chorar. Eu o amava, mas eu não podia ficar com ele. Meu corpo deseja o dele, meus lábios seus lábios. Eu o queria para mim. Será que é egoísmo querê-lo só para mim? Por que o destino conspirou contra nós? Uma vez me disseram que o amor é o sentimento mais lindo e puro de todo o mundo e que é capaz de ultrapassar barreiras. Será que o nosso poderia? Uma vez um velho amigo me disse algo, que nunca esqueci:

“Um dia, quando a solidão tomar conta de você, e seus olhos chorarem por alguém, e seus lábios não souberem mais sorrir, lembre-se que em algum lugar, onde você nem imagina, existe alguém que te ama, alguém que sofre em silêncio, e por você até morreria só pra te fazer feliz”

Essas palavras me fizeram compreender que nunca estamos sós. Eu já amei um homem, mas não de uma forma tão intensa quanto a que sinto por Edward. Ele é a pessoa do meu destino. Talvez eu diga a ele que não o amo, mas apesar de onde eu estiver eu sempre o amarei e sofrerei em silêncio, só para fazê-lo feliz. Se ele ficar comigo, nunca encontrará a felicidade, mas sim a morte.

“Bella, você está aqui?”, Jéssica perguntou do lado de fora.

“Estou sim, mas já estou bem”, eu disse saindo.

“Por que você saiu, correndo?”, Jéssica me perguntou.

“Por nada, eu somente estava envergonhada”, eu disse a ela.

“Ok... vamos? A aula já começou”, falou preocupada com os estudos, como sempre.

“Claro” peguei minhas coisas e fomos para a sala de aula.

“Bella, antes você precisa saber uma coisa”, ela disse parando na porta da sala, que estava fechada.

“Saber o quê?” Perguntei preocupada.

“Hoje as turmas foram misturadas e os Cullens estão na nossa sala.”

“O quê!?”, acabei gritei muito alto. De repente a porta abre.

“Olá senhoritas, vão entrar na sala ou ficar batendo papo?”, o professor disse irônico.

“Desculpe-me”, eu e Jéssica falamos ao mesmo tempo e entramos.

Quando vi, o lugar de Jéssica e o meu estava junto com os Cullens. Que ótimo... peguei meu material e sentei, o pior é que era no meio de Edward e Jasper, Emmett estava atrás e Alice e Rose sentadas no chão, com vários panos.

“Bom, senhorita Swan...”, o professor disse.

“Tô ferrada!”, falei baixo.

“...qual a composição da parte sólida do sangue e quais são as suas funções?”

“A parte sólida do sangue são as hemácias, os leucócitos e as plaquetas. As função são basicamente o transporte de oxigênio, produção de anticorpos e coagulação sanguínea, respectivamente”, eu respondi.

“Certo”, o professor disse. “Você saberia me especificar todas as composições sólidas do sangue?”

O que? Esse professor é louco!

“Professor você bateu a cabeça? Ta bêbado?”, opa, eu não devia ter dito isso.

“O que a senhorita disse?” O professor perguntou bravo.

“Que as composições da parte sólida do sangue são os eritrócitos, também chamados de glóbulos vermelhos, células possuidoras de um formato biconcavo, já que são anucleadas, e são repletas de hemoglobina - proteína existente também nos eritrócitos. A principal função desses glóbulos vermelhos é o transporte de oxigênio para os tecidos.”

Todos os alunos da sala se viraram e ficaram me olhando, senti meu rosto corar, porém continuei.

“Os leucócitos, também chamados de góbulos brancos, são ganulosos ou neutrófilos. Tem formato esférico e núcleo trilobulado. Sua função é de fagocitar bactérias e corpos estranhos para a defesa do organismo, e, portanto também fazem parte do sistema linfático. Os eosinófilos – ou acidófilos - possuem forma esférica, têm núcleo bilobulado, participam das reações alérgicas, produzindo histamina. Os basófilos possuem forma esférica e núcleo irregular; produzem histamina e heparina, e são células agranuladas. Acredita-se que também participam de processos alérgicos.”

Respirei fundo tentando me lembrar do resto, eram tantas coisas. O professor se inclinou dando um pequeno sorriso. Ele devia estar imaginando que eu não sabia mais o que dizer.

“Linfócitos, que também fazem parte do sistema linfático, podem ser de dois tipo, B e T. Os linfócitos B são plasmócitos maduros responsáveis por parte da produção de anticorpos. E os linfócitos T são novamente divididos em Auxiliadores, que comandam, e Matadores, que matam as células estranhas. Os linfócitos possuem forma esférica. Os monócitos têm forma também esférica, núcleo oval, originam macrófagos e osteocclastos, e são células especializadas em fagocitose. E por último, as plaquetas, ou trombócitos, são células de forma irregular, anucleadas, e participam dos processos de coagulação do sangue”, terminei sorrindo.

“Certo. Mais cuidado com o que fala senhorita Isabella, seu histórico é bem grande. Vai de roubos de carros, até invasão de propriedades”, o professor falou.

“Ei, quem você pensa que é pra me dar algum sermão?! Não sou eu que fico de quatro para a mulher do diretor”, retruquei brava.

“O quê?” as pessoas cochichavam ao meu redor.

“O que você disse senhorita Swan!?”, sibilou o professor, já vermelho de raiva.

“Por acaso você é surdo?”, eu estava muito brava.

“O quê? Pegue...”, ele foi interrompido por Jéssica.

“Professor desculpe-a ela não está bem! Hoje fazem 2 anos que sua irmã morreu.”

Nossa eu havia me esquecido.

“Não quero saber!”, ele disse furioso.

 “Que dia é hoje?”, eu ainda não acreditava que era o dia do aniversário de morte de minha irmã.

“05 de março”, Alice falou, com um olhar dó.

Por quê?

“Obrigada”, disse desanimada.

“Senhorita Isabella, você vai sair dessa sala, ou não?”, o professor falou no mesmo tom zangado.

“Quem você pensa que é pra falar assim comigo?! Se não agüenta a verdade, o problema é seu! Se o senhor quer saber, eu irei sair sim, porque com uma pessoa sem valor, mal educada e chata que eu não fico!”, falei irritada.

Peguei meu material e quando eu ia sair pela porta Jéssica gritou:

“Espera! Eu também vou”, ela disse pegando seu material.

“Você não vai a lugar nenhum, Jéssica!”, o professor disse com raiva.

“Vou sim! 1º, você não manda em mim, e 2º você não é ninguém pra falar com ela desse jeito!”, ela disse mostrando a língua pro professor e saiu comigo da sala.

“Jé, você não devia ter feito isso! Ele irá puni-la”, eu disse séria assim que saímos.

“Não importa. Você é minha amiga!”, ela disse me abraçando.

“Ei, esperem vamos com vocês!”, quando me viro, dou de cara com Edward e sua família.

“O que vocês estão fazendo?”, perguntei a eles.

“Estamos nos juntando a vocês”, Edward disse sorrindo.

“Mas por quê?” perguntei à todos, mas para Edward principalmente.

“Por que eu te amo!”

O quê? Ele não disse isso!

“Nossa, por essa eu não esperava.” disse Jéssica ao meu lado.

É. Eu também não.

“A Bella tá ficando vermelha”, Emmett disse me fazendo envergonhar mais.

“Não precisa ficar com vergonha, minha linda”, Edward disse sorrindo, pegando uma mecha de meu cabelo e colocando atrás da minha orelha.

“Edward é melhor você não fazer isso, ela irá desmaiar”, Alice disse. Acho que a Jéssica não estava entendendo nada.

“Que pena”, ele disse se afastando um pouco.

“Bella você está bem?”, Jéssica perguntou.

“Sim, estou...”, eu disse meio abobalhada ainda.

“Ok, amiga, posso te fazer uma pergunta?”, Jéssica disse se aproximando de mim.

“Claro”, eu disse a ela.

“O que você vai fazer a respeito a sua irmã?”, quando ela disse isso as lembranças daquela noite voltaram como uma facada no meu peito.

Minha irmã morrendo... pelas mãos daquele homem.

“Bella? Você está bem? Você está chorando e sua cara está com uma expressão de dor”, Jéssica disse me abraçando.

“Desculpe-me”, eu disse a ela.

“Ele pagará, por tudo que fez a ela”, eu disse rosnando baixinho, o que fez com que os Cullens olhassem pra mim.

“Como fui expulsa, vou até o cemitério visitá-la... você quer vir comigo, Jé?”

“Claro”, ela segurou as minhas mãos.

“Nós podemos ir junto?” Alice perguntou.

“Claro”, disse sorrindo. Eu me sentia bem com eles.

Demoramos uns vinte minutos para chegar. Quando chegamos, sai correndo em direção do seu tumulo. Eu havia comprado flores. Rosas, suas preferidas. Ajoelhei-me e as deixei ali. Todos chegaram e ficaram atrás de mim. Senti alguém se agachando e me abraçando por trás. Eu não precisei me virar para saber que era Edward.

“Tudo ficará bem, estaremos com você sempre”, ele disse-me.

Depois disso não sei o que me aconteceu. Comecei a ver tudo escuro. Soube que estava desmaiando. Senti Edward me segurar e falar meu nome. Depois mergulhei naquela profunda escuridão.