Aluga-se Um Namorado escrita por Fleur dHiver


Capítulo 8
A Grande Festa I


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi. Dessa vez nem deu tempo de sentir saudades, né? Ou deu?
Aqui estou, como tinha prometido, mais cedo, para nesse mês ter duas postagens, da minha, da nossa, fic favorita. Weee; *-*'
SHAUSHAUSAHSUAHSUAHSUAHSUASHA
Gente linda do meu coração, meu aniversário foi semana passada e eu quero ver quem vai comentar e me desejar parabéns, porque eu quero. u.ú
Quanto as fofuras novas, um seja bem vindo, amando meus leitores novos, meus comentários novos e até das pessoas lindas que já acompanhavam e só comentaram agora. E os meus lindo acompanhantes de 8 capítulos e lindos que comentam também desde sempre um abraço apertado, hoje estou distribuindo amor, comi torta de limão e salpicão eu fico nesse estado *-*'
Queria dizer uma coisa as meninas que comentam, espero que vocês não se importem deu diminuir o nome de vocês e já chamar com intimidade, faz parte do meu ser, quem não gosta é só falar que chamo pelo nome mesmo ;x
Agora sobre o capítulo, a continuação á está feita porque quem não reparou nós temos o 'I', porque vamos ter o 'II', pois é minha gente, eu parti a coisa, porque assim, teoricamente esse capitulo ficou menor que o anterior, mas os dois juntos (8 e 9) dão quase 7000 palavras (se não mais porque ainda não revisei a segunda parte), então, eu acho demais, 5000 é o limite por capitulo para mim, se não pode acaba ficando cansativo, então achei melhor dividir.
Mas vamos a um outro momento, esses dois capítulos vão servir de revelação, agora vocês vão descobrir se estão ou não amando esse SasuSaku, porque nós não teremos a presença deles, apenas presença de espirito, eles serão citados na história, mas aparecer mesmo não aparecerão, só no décimo, porque sou má, vamos testar o amor. MUHAHAHAHA'
Não to brincando, falo sério, essa é a história dos outros personagens, todo mundo sabe que tem tretas rolando com o Sasuke, com a Sakura e essa treta precisa desenrolar. Outros personagens já foram citados na história, mas aparecer, aparecer mesmo, não apareceram então, hoje nós os veremos, até a onipresente Shizune vai dá uma palinha (só no nono), e HinaNaru, vai virar uma realidade. Isso ai, chega, já falei demais e tenho certeza que depois eu vou lembrar que tinha algo a mais a dizer, porque sou dessas.
Uma boa leitura a todos.;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/367750/chapter/8

A Grande Festa I

— Vamos. Vamos. — Resmungava andando de um lado para o outro, o telefone grudado a orelha. — Atenda logo! — assim que ouviu a voz que desejava no outro lado da linha o alivio foi instantâneo

“Oi! Eu estava mesmo à espera da sua ligação. — Até perceber que se tratava de uma mensagem gravada. — Mas no momento não posso atender, se for algo muito importante deixe sua mensagem que assim que eu puder escutarei. Se for o Neji, por favor, querido, supere o fim da nossa relação, a Ino não merece esse comportamento seu.” — Se não estivesse à beira de um colapso nervoso teria rido até lhe faltar ar daquela mensagem e riria um pouco mais ao imaginar seu primo ouvindo aquilo.

— Sakura! Cadê você? — a aflição notável em seu tom sempre tão calmo e sereno. — A festa já começou há um tempo e eu estou aqui faz uma hora, completamente sozinha, com o meu pai. — Hinata se encolhia em um canto para que ninguém a ouvisse ou teria sérios problemas. — Você está entendendo isso? Eu falei: Com.O.Meu.Pai! Ele já me apontou três futuros maridos. — Suspirou desanimada, virando a cabeça em direção ao salão. Hiashi ainda não tinha reparado em sua ausência, conversava com o possível quarto futuro marido dela. — Venha para cá e salve a minha pele. A Ino daqui a pouco chega e ela cismou de querer ser minha amiguinha. Eu não vou aguentar! — Passou a mão sobre rosto, nervosamente, a situação não estava nada favorável para a jovem Hyuuga. — Por favor, Sakura. Não vou conseguir sobreviver a essa festa sem você, ou ao menos não saio solteira daqui, mas sim comprometida com um velho senil. Então, me liga, aparece, ando aceitando até sinal de fumaça seu. — Hinata desligou o celular e voltou a caminhar para perto do pai, com uma expressão de puro desalento.

Hiashi não estava mais acompanhado, girava a cabeça de um lado a outro, dando passadas rápidas, pela entrada de um dos corredores. Hinata podia perceber a exasperação de seu pai. O senhor Hyuuga já estava à beira do desespero, além de seu sobrinho ter praticamente se enfiado no outro lado da cidade para buscar a mais nova namorada, sua filha tinha desaparecido e ele só percebeu no momento que iria introduzi-la a conversa. Como Hinata fazia algo assim com ele? Sumir da sua vista do nada não era a melhor opção para uma jovem delicada e pura como ela. Um perigo, sem sombra de dúvidas, ainda mais em um lugar como aquele cheio de predadores vorazes.

Hinata observou seu reflexo em um grande espelho que tinha em frente a um estande do material de um dos estilistas convidados. Ela usava um vestido longo de organza e renda fina na cor lilás, na parte dos seios tinham duas tiras de decido engelhado que se cruzavam várias vezes pelo colo e cintura até cair bem ao no meio do seu tronco até o final da saia, algumas partes a lateral a renda era transparente, mas por baixo tinha um forro nude que parecia ser a pele dela. O cabelo preso em um coque baixo, com algumas mechas soltas, usava uma bolsa clutch nude, mas com alguns detalhes dourados e a maquiagem leve, apenas delineado um pouco mais seus olhos.

Tinha escolhido aquela roupa e pensado em tudo para alguma loucura com Sakura, mas agora não servia de nada, preferia ter vindo vestida de freira quem sabe assim não chamava a atenção dos homens que o pai queria lhe apresentar. Suspirou afastando-se do estande e voltando para perto de seu pai.

— Onde estava Hinata? — assim que a avistou Hiashi Hyuuga caminhou até a filha.

— Fui ao toalete, papai.

Os Hyuuga se encontravam exatamente na parte da frente, ainda sobre o tapete vermelho, mas já dentro do local, as costas deles a entrada para a exposição de moda, uma das mais visitadas e aguardadas do evento e a esquerda a de gastronomia, com uma diversidade gritante de restaurantes para todos os gostos e comida de diversas partes do mundo.

O centro de exposição onde a feira era realizada anualmente possuía quatro andares, além das áreas abertas na parte da frente e na parte posterior. Além de moda e gastronomia no térreo ainda se encontrava a exposição de arte. Galerias maravilhosas fazendo a exposição de seus trabalhos, além de novos artistas se apresentando a primeira vez. A parte de moda tinha um segmento especifico para produtos revolucionários, perfume e maquiagem; para o final e a parte aberta ficava a imprensa em si, exposição literária e algumas revistas de grande circulação, cafés e entrevistas com autores variados, seção de leitura exclusiva, autógrafos e os livros que serão publicados ao longo do ano.

O segundo andar é dividido em dois pavimentos um sobre o mundo da música e o outro sobre tecnologia entre suas diversas variedades no campo dos jogos, robótica, aparelhagem de ultima ponta. A parte musical contava com peças exclusivas, itens de colecionadores, instrumentos musicais dos mais variados tipos, CDs inéditos sendo lançados, um espaço para apresentação de novas bandas e muito mais.

No entanto a grande graça do local é o centro onde se localiza uma grande pista de dança que toca do eletrônico ao rock, passando por todas os tipos musicais. O segundo andar possui uma pequena elevações, exclusiva da ponta em que fica a exposição de música, onde se localiza um bar, como uma grande sacada que vai de ponta a ponta. Em duas laterais de extremidades opostas ficam puffs e mesas para pessoas sentarem e beberem enquanto observam os outros na pista e nas outras extremidades adjacentes ficam sendo servida as bebidas.

O terceiro andar era focado na área de imobiliária, arquitetura e designer de interiores, exibindo os projetos mais renomados do momento, últimas tendências para decoração de interiores e por ai vai. A parte de arquitetura vai além da área residencial tendo todo tipo de projeto e no quarto e último andar fica a exposição automobilística. Motos, carros, ou equipamentos em gerais, novas tendências e as promessas para o ano, divididas entre o quarto andar e o terraço, que ainda tinha seu próprio bar exclusivo.

Mesmo com a gama de restaurantes em todos os andares tem o serviço de buffet muito bem distribuído para que nada falte durante toda a noite. Os bares também eram responsabilidade exclusiva deles. 

— Onde está Neji? — Hiashi fitou o relógio de pulso, suspirando exasperado. A ansiedade gritando em cada poro, Hinata não estava muito diferente de seu pai, mas não pelo primo, ela torcia para ver a cabeleira rosa de Sakura surgindo entre os convidados pronta para resgata-la. — Deveríamos estar fazendo nossa parte. Eu não deveria estar aqui parado feito uma estátua a espera de seu primo.  — A jovem suspirou pegando duas taças de espumante que um gentil garçom trazia, seu pai precisava se acalmar ou teria um enfarte. Ofereceu uma taça a ele, com um sorriso singelo. Hiashi a aceitou sem protestos tomando o liquido em um gole só. — Como vou casar você desse jeito? — Hinata tomou um bom gole de sua bebida, evitando revirar os olhos. Ela estava crente e crente que as preocupações de seu pai tinham a ver com os negócios, mas não, que bobeira a dela. 

— Papai, você não precisa se preocupar em me casar. Posso ajudar meu primo, sozinha. — Falou em um tom baixo e tímido, se preparando para reprimenda que logo viria.

— Não me venha com essas bobeiras, Hinata. — Disse o homem sem nem ao menos fita-la, o olhar fixo a entrada. — Você precisa de um homem forte, respeitado e com negócios prósperos para manter o nome da família a salvo, cuidando dos interesses da empresa. Já que não posso depender de seu primo que parece ter uma queda por modeletes. Você, querida, — o desprezo ao falar dos gostos de seu primo, não se encontrava mais. O tom de voz dele tinha mudado, mas nem por isso as palavras foram mais gentis. — é uma garota ingênua que nada sabe sobre cuidar de uma empresa. — Hinata até pensou em dizer que só precisava ser ensinada, mas preferiu tomar outro gole, cruzando os dedos para que Sakura aparecesse. E assim como seu pai fazia, passou a fitar a entrada do local, a espera de sua salvadora.  

(...)

Tsunade procurava avidamente uma cabeleira rosada por todos os cantos. Chegou a perguntar a fotógrafos e repórteres se algum deles a tinha visto, nem que fosse de relance. Ninguém, nem uma viva alma tinha avistado Sakura Haruno.

Sakura já não dava sinal há uma semana, não tinha aparecido em casa dia algum, nem para deixar um bilhete informando seu paradeiro. Deixou que terceiros informassem que ela estava bem, agora não comparecia ao evento que ela tanto gostava. A única informação que possuía era aquela matéria que Shizune tinha feito o favor de tirar de circulação o mais depressa possível e algumas poucas coisas que ela disse sobre a Haruno.

Avistou Hinata ao telefone e pensou que aquela seria sua oportunidade de tentar descobrir o paradeiro da Haruno. Tinha certeza que a Hyuuga teria algo a lhe dizer e diria, nem que fosse a força. De alguma maneira, seja ela qual fosse, saberia de Sakura. Mas antes que seguisse em direção a Hyuuga, seu nome foi chamado e a questão com Sakura teve que ficar em segundo plano, ainda era uma profissional, respeitável e renomeada.

— Olhe Tsunade! — chamou Mebuki sem esconder o entusiasmo. — Ino chegou! Acompanhada de Neji, quem diria — o comentário a deixou perplexa, as vezes Mebuki deixava até mesmo Tsunade sem fala. — Eles formam realmente um belo casal. — Sorriu à ruiva, bebericando sua taça de champanhe. — Ino está linda, como sempre. Acho que vou chama-la para representar minha nova coleção. O que você acha? — a Senju ouviu a tudo sem dizer uma única palavra, há anos trabalhava para Mebuki Haruno, desde o início quando a marca ainda não era nada mais que outra qualquer no mercado.

— Tenha dó, Mebuki! — os anos de convivência davam a Tsunade uma certa liberdade, moderada, mas ainda assim permitida, ainda mais quando Sakura era o tópico. — Ainda ontem Neji era o namorado de sua filha que Ino roubou. Se for para prestigiar alguém, prestigie Sakura, sangue do seu sangue, que como a Yamanaka também é modelo e uma fabulosa modelo, mas se não quiser tudo bem. Só não seria de bom tom contrata-la agora. Já pensou no que a sua filha acharia disso? — Mebuki revirou os olhos, soltando uma risada em escárnio.

— Sakura não tem o que pensar sobre o que faço com a minha empresa. É uma imprestável, posa mal, desfila mal, não tem o corpo adequado para as minhas peças. Ino nada tem culpa se minha filha não consegue manter os namorados por perto. — Disse deixando bem claro todo o seu desagrado com relação à garota, fazendo pouco caso da própria filha. — Minha filha não serve para nada. E o meu trabalho quem deve sofrer as consequências? Não mesmo! — Terminou de tomar sua taça, pegando outra sobre a bandeja de um garçom que passava por elas — Você deveria estar pensando no bem do meu nome, na imagem da minha coleção e não em Sakura e seus problemas, que perder Neji e ver Ino estampando nossa coleção sirva de lição para ela. Além do que olhe que porte magnifico Ino tem, ela sim é fabulosa. — Tsunade massageou as têmporas e respirou fundo, era o álcool, essa era a desculpa que ela buscava e sempre buscou. Não era Mebuki falando de verdade, mas sim a bebida.

— Ao menos você faz ideia de onde ela possa está? — “Ou se importa?”; emendou em pensamento.

— Fazendo as coisas que sabe: bebendo, se drogando e arranjando confusão em algum lugar. Confusões essas que nós vamos ter que arrumar depois. — Disse sem se importar muito com o assunto, Sakura era a última de suas preocupações, na verdade era só aborrecimento. — Se aquela fedelha levar um traficante para a minha casa, eu a interno de uma vez, uma clínica no fim do mundo que nem você vai conseguir acha-la. Eu juro. — Virou outra taça observando a movimentação em volta e logo se animou, qualquer coisa sobre o assunto anterior já apagado de sua mente. — Olhe lá, o dono da Uchiha’s Company. Vou falar com ele. — Passou as mãos sobre o elegante vestido na cor vinho que usava — Quem sabe meu terceiro casamento não vire uma realidade. — Sorriu, dando uma ligeira piscadela para Tsunade, caminhando até o Uchiha.

Tsunade observou Mebuki se aproximar do homem com seu jeito insinuante, revirou os olhos fitando o estande da marca Haruno. A Senju tinha feito seu nome junto com Mebuki, atualmente era uma das assessoras de impressa mais conhecidas e prestigiada. Tinha sua própria empresa que instruía e cuidava da vida de outras celebridades, com profissionais qualificados que resguardavam a imagem de seus clientes com destreza, além de cuidar de contratos vendo quais eram favoráveis, quais não.

Foi de sua própria empresa que saiu a assessora de Sakura, profissional mais qualificada que Tsunade conhecia para cuidar da única filha de Mebuki, por quem a Senju tinha um carinho especial, se preocupava com ela mais que sua própria mãe.

No fundo Tsunade quem queria ter ficado responsável pela garota, mas com a conturbada relação entre mãe e filha, ela se via no meio do fogo cruzado o que tornava impossível conciliar, não tinha como atende-las, ainda mais quando brigavam, foi necessário que Shizune assumisse a parte da mais nova, que fez com maestria, diga-se de passagem. Porém só de pensar que Sakura poderia está passando por algum problema seu coração se apertava.

Respirou fundo, voltando a procurar com os olhos Hinata Hyuuga, quando a avisto enfim tomou o caminho até ela, mas parou no meio dele, ao ver quem fazia companhia a doce Hinata. Ino Yamanaka. Não era uma boa ideia falar de Sakura com a Yamanaka por perto, talvez fosse melhorar esperar uma oportunidade mais segura, deu de ombros virando-se em busca de Mebuki e o senhor Uchiha.

Tal ato a fez notar um estande que não tinha visto antes, e se recriminou por isso, a sua frente estava à exibição do trabalho de um antigo amigo seu Orochimaru. No entanto não era isso que lhe chamava a atenção e sim a modelo escalada para estampar a marca, que era ninguém mais, ninguém menos que Sakura. Abraçada a um rapaz muito bonito por sinal, porem desconhecido aos olhos da Senju, com algo familiar, podia ter certeza, já tinha visto aquele rosto em algum lugar.

Aproximou-se do estante, pegando um dos encartes exposto a entrada. Sakura era a modelo principal da próxima campanha de Orochimaru, estava sorridente nas fotos, ao lado do belo rapaz, ao que parecia dividia com ela o status de modelo principal. Por mais que sua aflição sobre o paradeiro da Haruno fosse grande saber que ela estava trabalhando lhe causava um alivio profundo, porque sim, aquelas fotos eram novas. Conhecia bem a agenda de Sakura para saber que não tinha nada marcado com Orochimaru antes do ano novo. Isso só podia significar que a situação não estava tão ruim quanto imaginava, de alguma forma o sumiço não era propriamente uma fuga.

Enquanto folheava o pequeno encarte uma modelo passou ao seu lado usando as roupas da grife, Tsunade voltou seus olhos para a exibição dentro do estande, quem sabe a Haruno não surgia bem a sua frente, sorrindo para os fotógrafos em uma das exuberantes peças de seu amigo.

Orochimaru dava uma entrevista sobre o conceito de sua coleção de primavera, quando avistou a Senju, pensou em continuar a dar sua entrevista e depois falar com a ela, mas Tsunade era o tipo de pessoa centrada e profissional e não preocupada e afoita como estava parecendo. Vê-la entre suas modelos a procura de uma em especial que ele conhecia bem, fez seu coração se apiedar, Sakura às vezes não tinha consciência do quanto suas loucuras preocupavam os outros, o estilista despachou os jornalistas alegando está cansado de tantas perguntas e mais tarde responderias as outras.

Com calma caminhou até o centro do espaço reservado a ele. Alguns modelos exibiam as roupas da grife, parados em cada ponto, atrás uma arara com várias peças deslumbrante. Orochimaru observou Tsunade questionar uma modela e logo suspirar pela resposta nada satisfatória e a voltar a encarar o encarte em suas mãos. 

— Formam um belo casal, não acha? — perguntou Oro, para o espanto de Tsunade que ao avista-lo sorriu. — É uma honra tê-la aqui, Tsu. Liberando um espaço na sua atarefada agenda para prestigiar o meu trabalho. — Tsunade enrugou o nariz pelo apelido e pelo tom ácido de censura, mas não devolveu o comentário.

— Por que não me disse antes que Sakura era representante da sua coleção? — questionou observando as fotos ao redor deles, uma porção variada de Sakura e outras modelos.

— Ora, Tsu. Até parece que não conhece nossa Sakurinha, ela adora surpreender a todos. E isso inclui você.

— Pare de me chamar dessa forma. Então a surpresa foi ideia de Sakura? — Orochimaru sacudiu os ombros, enervando-a, voltou a folhear o encarte sem de fato dar atenção ao que fazia, até que o beijo trocado pelo casal em uma das últimas páginas prendeu seu olhar, não esperava por aquilo de forma alguma. — E afinal quem é esse garoto, Orochimaru? — Oro apenas deu uma risadinha afetada, chamando um dos garçons.

— Esse. — Apontou para a foto fazendo pouco caso — É meu mais novo achado. Um primor não concorda? — pegou duas taças de espumante entregando uma a Senju. — E o mais novo namorado de sua menina. — Tomou um gole apreciando a expressão estupefata de Tsunade. — Boatos dizem que foi o pivô do final da relação de Sakura e Neji. — Ao ouvir aquilo Tsu acordou de seu torpor.

— Não seja ridículo. Nós sabemos que o pivô do final do relacionamento de Neji e Sakura foi Ino. — Orochimaru apenas sorriu tomando mais um gole de sua bebida e inclinando o corpo para a mulher a sua frente.

— Mas convenhamos, a história da Sakura largando o Neji por outro é uma versão muito mais interessante que essa de Ino e Neji. — Sussurrou para Senju, piscando um dos olhos cor de âmbar. As palavras de Orochimaru trouxeram a Tsunade a lembrança da notícia que Shizune fez sumir, falava algo do tipo, com uma foto desfocada de Sakura e um rapaz no ano novo — Eu acredito mais nela, e a vendo para quem me perguntar, porque eu os vi juntos em meu desfile exclusivo. Vocês não Tsunade? — a Senju crispou os lábios, juntando as sobrancelhas, estava ali, um índice que Sakura estava aprontando uma e das grandes. Suspirou voltando a fitar o rapaz, dessa vez uma foto dele sozinho, com um semi-sorriso bem sedutor.

— Qual o sobrenome dele?

— Uchiha. Sasuke Uchiha. — Mais uma informação que fez a loira se sobressaltar e prever uma confusão sem precedentes. 

(...)

Quando seu pai avistou Neji e Ino pensou em correr e se esconder, mas não o fez, apenas se encolheu da melhor forma possível usando seu pai de parede, quem sabe assim ela passava despercebida aos olhos de Ino, mas não foi o que aconteceu. Antes mesmo que Hinata pudesse representar bem seu papel de garota alheia as coisas ao seu redor a Yamanaka já a estava saudando-a, mesmo a distância e a pobre Hyuuga não teve outra escolha a não ser corresponder.

Ficava ainda mais difícil ignorar Ino quando Hiashi praticamente jogava a pobre Hinata para junto dela, pois não tinha o que o patriarca odiasse do que o tom de voz sempre espalhafatoso daquela garota e sua audácia em querer se envolver nas conversas dele. Fazia qualquer coisa para manter Ino ocupada e longe dele, mas Hinata se sentiu muito amuada. Pais deveriam ser aliados e não jogar os filhos nos braços do inimigo.

— Hinata, querida! Venha falar comigo, priminha. — A Yamanaka abriu os braços à espera de um abraço, que Hinata fez um esforço tremendo para fingir não perceber, por fim Ino se aproximou apertando-a em seus braços. — Ah, Hinatinha sempre tão meiguinha e recatada nessas roupinhas comportadas. — Ela queria dizer apagada, Hinata sabia, mas manteve o sorriso, mesmo que no fundo querendo gritar.

— Obrigada, Ino. Como papai sempre diz: deixe a vulgaridade para as outras.

Ino tinha os olhos azuis bem demarcados, um batom vermelho sangue, o cabelo preso em um coque também, mas a franja loira estava solta caindo sobre a lateral de seu rosto, uma gargantilha de diamantes e o seu vestido era preto com renda e lantejoulas, o tecido era um pouco mais grosso que o usual, tomara que caia justo na cintura e formava um pequeno ‘v’ no inicio do decote. Na parte de baixo, um pouco acima do meio das coxas ele tinha uma abertura, deixando às pernas da Yamanaka completamente a mostra.    

— Tio, acho melhor nós irmos até o nosso estande ver como as coisas estão por lá. — Disse Neji, frio e austero como sempre, porem sua mão permanecia sobre a cintura de Ino a todo o tempo. O Hyuuga era calmo e centrado, porém muito possessivo com o que era seu e ai morava o mal de namorar modelos elas adoravam se exibir a qualquer momento e Neji odiava isso. — Tio!

Voltou a chamar o mais velho dos Hyuuga que estava alheio ao sobrinho. Hiashi Hyuuga estava em um dos seus raros momentos de distração. Sua atenção completamente voltada para a entrada, não esperava ninguém em especial, mas queria muito que uma certa pessoa chegasse para que ele colocasse seus planos da noite em ação e sua concentração era tanta que só notou que seu sobrinho o chamava na quarta vez, quando até Hinata o fitava um pouco preocupada.

— Sim. Sim. Vamos. — Pegou o braço de Hinata e começou a caminhar junto à filha que sempre o acompanhava nos eventos depois da morte de sua esposa. — Estava pensando em uma pessoa muito influente para nossa entrevista de capa no setor de economia. — Disse ao sobrinho e depois se virou para filha sussurrando para que só ela ouvisse. — E um pretendente à altura para você Hinata. — A garota revirou os olhos, seu pai nunca desistiria de casa-la.

— Quem? – foi Neji quem perguntou, mas atenção de Hinata era total na resposta do pai.

Não por interesse no pretendente em si, mas por preocupação no que seu pai estava maquinando. A última vez que isso aconteceu, o pretendente dela era um menino de 10 anos, seu pai queria assinar um termo de compromisso até a maioridade dele que já era um pequeno gênio nas finanças, além de membro de uma família proeminente e com o ótimo nome.

— Logo, logo você saberá meu sobrinho, logo, logo. — O Hyuuga deu uma risadinha virando para a fina de olhos perolados e dando uma piscadela, acompanhado de uma ligeira palmadinha de incentivo no braço esguio. — Garanto que irá gostar.

Ino que odiava a todo custo os encontros da família Hyuuga preferia observar os estandes de moda, talvez algum possuísse uma foto sua, esse ano ela não tinha sido convidada para fotografar as campanhas, mas não custava tentar e depreciar o trabalho dos rivais. Observando-os, ela notou a movimentação em um deles, no limite do setor de moda, muitos jornalistas estavam à frente do estande, assim como muitos curiosos e ao que tudo indicava aguardavam alguma coisa.

— O que está havendo ali? — todos os Hyuugas se viraram para ver a movimentação, mas foi Hiashi quem pareceu mais interessado.

— Ino, Neji! Fiquem aqui. — A Hyuuga gemeu ao ver o brilho familiar nos olhos do pai, tentou se desvencilhar do agarre dele.

— Papai, por favor por que eu não posso ficar? — deu alguns passos para trás, tentando escapar, mas foi impedida por Ino.

— Hinata! Tenho certeza que seu pai tem ótimos planos para você, deveria ouvi-lo. — agarrou os ombros da jovem Hyuuga, sussurrando em seu ouvido — Sendo assim tão sem graça deve ser difícil arranjar um namorado sem a ajuda do papai. — Zombou Ino, mas tentava parecer interessada e apiedada do estado dela. No entanto quem se incomodou mais foi o patriarca Hyuuga.

— Não fale de minha filha com essa sua boca imunda. — Pegou Hinata pelo braço e a arrastou para longe do casal. — Vamos, minha filha, hoje você vai conhecer o Senhor Uchiha. — Hinata acompanhou o pai sobre protestos, se Sakura estivesse ali as duas já tinham sumido.

— Ele deve ter pessoas mais interessantes e...  — choramingava tentando se livrar do encontro.

— Hinata assim que ele olhar para você vai enxergar todos os seus encantos, não tem como não se interessar. — Recitava o Hyuuga, não podendo se conter de excitação. — Além de ele ser um homem de negócios respeitável e bem sucedido, ele vai ver as vantagens dessa relação. Tudo que precisamos. Alguém para manter o nome da família quando eu me for. — Hinata apenas balançava a cabeça em negação.

Hiashi Hyuuga se enfiou entre o aglomerado de pessoas, o senhor Uchiha estava em frente ao estande, mas não olhava a exibição, mantinha a cabeça abaixo, observando outra coisa. O Hyuuga se aprumou, olhou a filha e lhe deu uma cutucada para que sorrisse e Hinata o fez, mesmo contra sua vontade. Hiashi pigarreou, apertando a mão da filha

— Senhor Uchiha, gostaria de apresentar... — antes que seu pai terminasse de falar, o homem alto e bem afeiçoado virou-se de frente para os Hyuuga, mas não os enxergou e logo saiu do meio da confusão, empurrando quem estivesse no seu caminho.

Parecia irritado com algo, carregava consigo um encarte que havia pego minutos atrás no estande, Com passos duros rumou para fora da festa. Hinata se virou a tempo de pegar um encarte também antes que seu pai a arrasta-la.

— Fica para uma próxima Hinata. – Dizia o mais velho observando o caminho trilhado pelo Senhor Uchiha há segundos atrás. — Nunca vi o homem agir dessa maneira. Ele terá que se desculpar comigo, com toda certeza. — Hinata ignorava o que o pai falava sobre a falta de boas maneiras, observava a imagem em suas mãos, era de sua amiga Sakura, abraçada com um belo rapaz tão bem como o Senhor Uchiha. Não via o porquê daquilo tê-lo incomodado a não ser que...

Será que o dono da Uchiha’s Company estava apaixonado por Sakura? Hinata soltou um suspiro frustrado. Onde estava sua amiga para ver todo esse fuzuê? 

Página: Fleur D'Hiver


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Curtiram as aparições? Mebuki, Tsunade, Hinatinha, Hiashi (eu particularmente to amando esse Hiashi) Agora a gente vai começar a compreender alguns pontos soltos na história. Como a relação da Tsunade com a Sakura e a relação mãe e filha de Mebuki e Sakura, já deu para sentir o amor. éa/
Próximo caps NaruHina, Shizune, e mimimi. ;x
Mas vamos lá, apostas na mesa, eu quero ver quem vai opinar sobre o Senhor Uchiha. Quero ver, quero ver. Porque se eu não ver, vou segurar esse mistério até o fim, a fic vai acabar e NINGUÉM vai saber. /BRINKSqqqq
Mas eu posso ta falando muito sério, sou louca.
Bem, comentem, curtam, acompanhem. Beijinhos.
Nos vemos ainda esse mês e byebye! ♥