A Namorada Perfeita escrita por Flapper Girl


Capítulo 3
O2


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEY!
Thanks pelos comentários, respondi todos com carinho xP
A cena do começo eu tinha esquecido, mas ela é importante então não pude ignorá-la >.< Espero que gostem xD
[Capítulo betado no dia 01/06/2013]



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— Eu já pensei em escrever sobre o meu pai, mas não sei o que dizer sobre ele — falei, encarando o teto do consultório do meu psicólogo. — E ainda tenho que aguentar o Gray me irritando sobre o fato de eu não sair com nenhuma garota ultimamente.

— E por que você não está saindo com garotas? – perguntou o homem velho, que lembrava o Papai Noel.

— Sei lá, só estou esperando pela garota certa — falei dando os ombros.

                — E você acha que é por causa desses problemas que não está mais escrevendo? — meu psicólogo perguntou, anotando algo em seu caderno.

— Não sei — respondi. — Eu quero o Plue.

— Você precisa do Plue agora? — perguntou e eu o encarei.

— Preciso.

O homem se levantou com um pouco de dificuldade e foi em direção ao armário, tirando de lá um bicho de pelúcia que eu nunca soube muito bem o que era. Parecia uma junção de cachorro com unicórnio e um ser desconhecido.

Ele me entregou Plue e eu abracei o bichinho.

— Natsu, qual foi a ultima vez que saiu com algum amigo?

— Eu fui à academia com Gray – respondi, abraçando Plue com mais força.

— Alguém que não seja seu amigo de infância.

Fiz uma careta e fiquei em silêncio.

— Você se lembra do que me disse quando decidiu comprar o Happy? — perguntou depois de ter notado que eu iria ficar em silêncio.

— Que ele me ajudaria a conhecer pessoas novas — respondi em um sussurro.

— Não ouvi.

— Que ele me ajudaria a conhecer pessoas novas — respondi mais alto dessa vez. — Mas o Happy tem medo quando algum desconhecido chega perto dele e ele nem sabe miar! Só fica falando “Aye”.

— E isso constrange você?

— Hmm... Não — falei com pouca certeza.

— Vou dar uma redação para você...

— Não consigo — o interrompi.

— Mas essa vai ser só para mim — disse o homem. — Quero que escreva uma página sobre qualquer assunto do seu interesse.

—Eu posso ser malvado?

— Quero que seja bem malvado.

♥♥♥


Eu nunca fui muito social, na verdade eu sempre fui muito antissocial.

Não saía muito e passava muito tempo lendo e foi ai que eu comecei a escrever.

No começo escrevia pequenos contos, nada muito interessante, tentei escrever poemas também, mas acabou não dando muito certo. Quando eu tinha dezesseis anos, escrevi o meu primeiro livro, mas nunca imaginei que fosse ser publicado, mas assim que Gray e Erza o leram me obrigaram a enviar o livro para uma editora.

No ano seguinte deixei de ser o “Zé ninguém” para ser o garoto mais conhecido do colégio.

E é claro que eu continuei escrevendo e agora eu já tinha três livros publicados, entretanto ultimamente não consigo mais escrever, ou melhor, não conseguia mais escrever nada que prestasse. Talvez seja porque não tenha nada de interessante acontecendo na minha vida, na verdade a única coisa que eu ando fazendo é ficar em casa. Só às vezes eu tenho que sair como agora.

Olhei para Jellal que conversava com alguém no telefone, pelo seu tom de voz parecia que era com uma garota. Os dois pareciam estar discutindo e dava para ver pela cara de medo que Jellal fazia, quem estava ganhando a discussão. 

— Mas amorzinho... Eu sei... Mas eu... — Jellal tirou o telefone do ouvido fazendo uma careta e segurei o riso.

— Ela desligou na sua cara? — perguntei. O mesmo me lançou um olhar irritado, mas eu apenas ri.

— Nós vamos morar juntos e não estamos concordando em algumas coisas — falou ele.

É por isso que eu não arranjo uma namorada e se um dia ela quiser morar comigo? Não, obrigado. Estou muito bem sozinho!

— Então... quem é ela? – perguntei tentando puxar assunto, já que iria demorar pra chegar à festa do Loke.

— Você vai ver — disse Jellal sorrindo. Nem parecia mais que eles tinham discutido.

Jellal já namorou minha antiga melhor amiga de infância, Erza Scarlet, mas eles terminaram quando ela se mudou para Inglaterra. Nenhum dos dois acreditava em relacionamento a distância então acharam melhor terminar.

Eu também não tenho falado com Erza desde então.

Depois disso tive que fingir está prestando atenção, enquanto Jellal falava de todas as pessoas importantes que estariam presentes na festa.

♥♥♥

A mansão de Loke estava cheia como sempre acontecia quando ele dava uma de suas grandes festas.

E logo ao sair do carro, pude sentir os flashes das câmeras no meu rosto me deixando cego por alguns minutos e logo em seguida pude ouvir as pessoas gritando:

                — Natsu, eu sou sua fã!

— Natsu, quando você vai escrever o próximo livro?

— Eu dei o seu livro para minha mãe de dia das mães e ela não me expulsou de casa!

— Natsu, me possua!

Essa última foi um pouco estranho.

Quando Jellal e eu finalmente conseguimos entrar na mansão de Loke, logo vi o ruivo vindo em nossa direção.

— Como vai o meu amigo escritor? — cumprimentou sorridente e eu apenas sorri.

Eu não tenho nada contra Loke, afinal estudei com ele quase minha vida inteira, mas enquanto eu era o antissocial, ele era o super social e nunca soube o meu nome até o meu primeiro livro ser publicado e desde então Loke age como se fossemos amigos e diz para todo mundo que ele sempre esteve lá me apoiando. Nunca falei nada sobre isso, não é como se fizesse alguma diferença em minha vida.

— Eu vou ali e já volto — disse Jellal ignorando completamente o meu olhar de “me tire de perto desse louco”.

Mas felizmente alguém chamou Loke e o mesmo deve que sair da minha vista.

Andei até que pudesse encontrar um canto onde pudesse ficar sozinho e longe de contato humano.

— Olá! — ouvi a voz feminina e assim que me virei deparei-me com uma mulher de longos cabelos castanhos segurando uma bebida desconhecida por mim.

Vamos lá Natsu! Está na hora de ser sociável!

— Hey! — respondi, tentando parecer feliz, mas acho que acabou saindo um pouco forçado demais. Espero que ela não tenha notado.

— Sou Cana Alberona.

— Natsu.

— Eu sei, sou sua fã — disse sorrindo. — Seu último livro me ajudou bastante com o meu vicio em bebidas alcoólicas e Cidade dos Sonhos é o meu livro favorito.

— Ah fico feliz em saber disso! — respondi sem saber o que dizer.

Ela colocou a mão no bolso e tirou um papel azul e amassado.

— Aqui está o meu número — Cana estendeu o papel para mim e eu o peguei. — Me liga.

A morena sorriu antes de se virar e sumir no meio da multidão.

Aquilo já era um começo.

Já era tarde e nem um sinal de Jellal, resolvi ir embora antes que Loke aparecesse de novo, ele estava bêbado dando em cima de garotas e falando frases inspiradoras.

Mesmo que Jellal ainda não tivesse me contado o motivo de estar tão feliz hoje de manhã, eu não iria aguentar ficar naquela festa por mais, então saí de fininho para que ninguém me visse.

Cheguei em casa depois de pegar um táxi e encontrei tudo escuro, também não vi o meu gato, Happy, mas não me importei. Estava tão cansado que simplesmente deitei na cama sem ao menos trocar de roupa e logo em seguida apaguei.

— Ela é tão fofa.

— O que? — olhei para cima e vi uma mulher de longos cabelos loiros, olhos castanhos e um corpo de dar inveja a qualquer outra mulher.

— A sua gata — ela respondeu, me tirando dos meus devaneios.

— Ah... É um gato.

— Desculpe, mas por que ele fala “Aye” ao invés de miar? — perguntou, soltando um riso.

— E-eu não sei — respondi desconcertado. A voz daquela mulher me parecia familiar. – A gente se conhece?

— Acho que não —disse e logo encarou Happy que estava do meu lado. — Posso desenhá-lo?

— Claro, só não chegue muito perto, ele não gosta de gente.

A loira se sentou na frente de Happy e tirou um caderno de desenhos de sua bolsa.

— Como se chama o seu gato?

— Happy.

— Happy? – ela arqueou uma das sobrancelhas e soltou uma risada, o sorriso dela era lindo.

— É uma longa história — falei sem conseguir parar de encará-la.

— Vou adorar ouvir sobre ela um dia.

Fiquei um tempo em silêncio enquanto via a loira desenhar.

— Aqui — ela arrancou a folha e me entregou um desenho perfeito do Happy.

— Isso está muito bom.

— É... o seu gato pode ter um miado estranho, mas eu gosto dele do jeito que ele é — a mulher esticou a mão e acariciou Happy que por algum estranho motivo não fugiu, apenas soltou um de seus “Ayes”.

— O que você disse? — perguntei surpreso.

— Que ele tem um miado estranho.

— Não, depois disso.

— Que eu gosto dele do jeito que ele é! — disse ela sorrindo para mim.

Eu deveria ter feito uma cara engraçada porque ela riu.

Mas eu não me importava.

Uma garota havia finalmente gostado do Happy por mais estranho que ele fosse. 


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Notas finais do capítulo

MUHAHAHAHA todo mundo achou que eles fossem se encontrar na festa né? kk peguei vocês ausuahs
CIDADE DOS SONHOS É MEU kk é o nome de uma fanfic que eu estou escrevendo,mas ainda não poste :3
Votem aqui please: https://docs.google.com/forms/d/1e4cZa81CyyJ5u1TmmoBQhwXGNz5TSjc9Q6TKj5ykIK4/viewform

Comentem meu cupcakes xP
Até o próximo =D
Queria falar mais, mas estou indo comer Sushi auhshas
Byeeeeeeeeeeeeee