Rede De Sedução escrita por Taty Magnago


Capítulo 4
Bellatrix Black


Notas iniciais do capítulo

Vish... agora é o capitulo da Bela e... Vish...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/367695/chapter/4

Nunca gostei muito dela. Andrômeda. Sempre fora mentirosa e egoísta.
O pior é que ela se parecia demais comigo. Triste isso. Andrômeda era invejosa, e tínhamos tido problema com ela na época da escola.
Problema serio onde ela se deixou levar pela ralé. Após isso, minha confiança nela — que já era nula — acabou de vez.

— Ferrando com a vida da sua irmãzinha, não me surpreente. É muito baixa mesmo!

Andrômeda sorriu.

— Vamos ver se vai continuar defendendo Narcisa depois que souber que ela deu para seu noivo. E esta grááááááááávida dele.

Apontei o dedo para ela.

— Não invente mentiras que não vai conseguir sustentar... — ameacei.

— Acontece querida Bela, que não é mentira. Se duvida basta entrar naquela porta e descobrir por si só.

A deixei ali e entrei na porta branca que dava para o quarto de Narcisa.

Estava vazio, mas tinha claramente indícios que ela estava no banheiro dali.

O quarto de Narcisa era o maior das três. Também tinha mais moveis, mais roupas, mais tudo.

Eu nunca me importei com isso. Narcisa era nova e delicada. Só que lembrar o que Andrômeda me disse...

A porta do banheiro foi aberta e me tirou dos devaneios.

— Bela? Não sabe bater na...

— Esta gravida? — perguntei e a vi arregalar os olhos.

Podia ate ser uma atitude que se misturava a surpresa, mas as mãos dela foram direto para a barriga, Merlin que porra! Era verdade.

E se essa parte era verdade, a outra...

— Esta gravida de Lucius? — perguntei com calma.

Ela respirou fundo e tirou uma mecha de cabelo loiro do rosto.

— Eu posso explicar.

Foram três palavras simples e previsíveis, que me encheram de ódio. Bati com força o braço na penteadeira dela, fazendo algumas coisas caírem num som surdo no carpete.

— Pode explicar? PODE EXPLICAR? Como vai explicar que você me apunhalou pelas costas?

Ela deu um gritinho.

— Não foi isso!

— NÃO?! Você abriu a porra das pernas e deu para o meu noivo. O MEU NOIVO!

— Você sequer gosta dele!

Bufei com força.

— Não se trata de gostar. Trata-se de compromisso. Respeito. Coisas que você, sua vadia de merda, não tem!

— Eu o amo. Bela eu amo Lucius!

Peguei a primeira coisa que vi na frente a joguei nela, que acertou na mesma hora.

Ela parecia querer chorar, que se dane!

— Imagino que vai falar o quanto ele te seduziu...

— Não. Partiu dos dois, Lucius não se aproveitou. Eu...

— É UMA PUTA MESMO, SUA VAGABUNDINHA BAIXA!

Murmurei me aproximando e dando um murro na sua cara, antes de agarrar seus cabelos e empurrar seu rosto no chão.

— BELA PARAAAAAAAAAAA, BELA ESTOU GRAVIDA, ESTA ME MACHUCANDO! 

— E quem disse que me importo com você ou com esse bastardo? Tem sorte de ter deixado minha varinha no quarto, se não ia te torturar ate que colocasse esse filho para fora. Pela boca!

Ela começou a chorar. E tentava desvencilhar dos meus golpes. Ira inútil, bem mais nova, menor e fraca.

— BELLATRIX BLACK LARGUE AGORA SUA IRMÃ! — a voz de meu pai ecoou.

— Não! 

— É uma ordem ou você vai receber um castigo.

Larguei-a no chão e fui para o outro canto do quarto, se continuasse ali, voltaria a quebrar a carinha de princesa dela.

— Venha aqui. — meu pai deu a ordem.

Vi Narcisa levantar do chão e empinar o nariz. Era a cara dela agir assim. Sempre foi metida.
Mesmo com o rosto vermelho e descabelada.
Andou com toda calma ate meu pai. Vi que minha mãe tinha um rosto aflito e apavorado na porta, e ao seu lado, Andrômeda parecia segurar um sorriso.

— Ouvi uma historia cabulosa sobre você estar de caso com o noivo da sua irmã. Ainda tenho esperança de ser mentira. Agora pergunto: você esta saindo com ele?

— Não. — ela respondeu.

— Hm, você teve algo com Lucius Malfoy?

— Sim.

Ela disse sem desviar o olhar do nosso pai.
Cygnus respirou fundo e virou com força a mão em sua face. Narcisa quase caiu no chão, o único som escutado era, agora, o choro da minha mãe.

— Vem aqui. — ele repetiu.

Por incrível que parecesse, a voz do meu pai era de quem fazia algo movido pelo ódio, mas deixando claro que se arrependeria. Era Narcisa que estava ali. Por mais que ela merecesse muito tudo aquilo, sempre foi à queridinha dele.

Vi minha irmã se erguer e ficar novamente de frente para ele. Sua face esquerda estava num tom fortíssimo de vermelho, e no canto de sal boca tinha o requisito de sangue.

— Já admitiu que agiu feito uma puta e foi para cama com o noivo de sua irmã, a pergunta agora é: esta realmente grávida?

Ela piscou com incerteza. Narcisa nunca foi idiota. Ela sabia pisar em ovos.

— Sim. — respondeu.
Então tive o prazer de assistir meu pai erguer a mão e dar outro tapa no mesmo lugar, dessa vez ela caiu de lado no chão.

E para minha surpresa, assisti ela se levantar do chão e ficar de pé, olhando bem nos olhos de nosso pai.
Como se esperasse outro tapa, outra pergunta.
O rosto inchado e vermelho, e o sangue agora escorria no lado de onde tinha cortado em sua boca.
Meu pai respirou fundo e saiu do quarto, levando nossa mãe e Andrômeda.

A olhei com raiva contida.

— Odeio você. Nunca mais... Nunca vou te perdoar. — disse com frieza.

— Você sequer gosta dele. — ela murmurou, chorando.

Ergui minha mão com toda força e bati no mesmo lugar que tinha batido antes, mesmo lugar que meu pai deu dois fortes tapas, mesmo lugar que já fazia sua boca sangrar.

Ela estava abaixada, aonde eu queria que ficasse para sempre.

— Mas isso não te dar o direito de me apunhalar pelas costas. De me trair.

Disse saindo dali e batendo a porta.

Agora iria a outro lugar, outros pingos para serem corrigidos.

Quando fui anunciada, esperava encontrá-lo com aquele mesmo semblante arrogante e prepotente.
Aquela cara de dono do universo que manda e todos obedecem.
Que acha que o ouro compra tudo.

O semblante de safado, conquistador e sedutor.
Mas não achei nada disso.

Lucius me encarava com o rosto franzido e ar preocupado. Eu queria repetir o massacre que fiz em Narcisa mais cedo. Só que nunca conseguiria, já que o Malfoy era mais alto e forte.
E quase não acreditei quando ele abriu a boca.

Podia tentar usar mil desculpas, fingir e se gabar, mas o que saiu era totalmente diferente.

— Como ela esta? Narcisa.

Eu queria matar ele agora. Não apenas bater.
Depois de tudo o que fez como ousava se preocupar com ela? Como ousava perguntar isso a mim?

Fiquei de pé num salto e apontei o dedo para ele, grande cafajeste.

— COMO OUSA? Ela tem dezessete anos! E você? Vinte e tantos anos que de nada serve? Como pode me perguntar, depois de tudo o que fez, sobre ela?

Sentia meus braços formigarem de vontade de bater nele. Azarar, torturar.

— Nunca iria pensar em vocês dois. Como puderam? Você nunca se interessou por ela, foi Narcisa né? Ela ficou em cima?

Ele ficou uns segundos parado. Eu sabia que tinha acertado. Aquela vagabunda tinha mesmo armado tudo para cima dele.

— Não tem porque culpar ela. Nunca fui obrigado a fazer nada. — ele disse diretamente.

— É ridículo defendê-la.

— Olha Bellatrix, eu sinto muito. Mas...

— Você não sente nada! Não sente a porra de arrependimento nenhum, talvez um remorso, mas duvido que seja ate isso.

Ele se sentou e apontou para que eu fizesse o mesmo novamente. Apenas neguei.

— Como ela esta? Não estou te provocando, mas é o único jeito de saber algo. — ele perguntou.

— Ainda esta viva, se é isso que quer saber.

— Viva? — ele ergueu as sobrancelhas.

— Digamos que fiz uma bagunça naquela carinha linda da minha irmãzinha, depois meu pai terminou o serviço!

Lucius ficou novamente de pé, visivelmente chocado.

— O que você esperava? Que ela recebesse abraços e felicidades pela gravidez?

— Vocês estão loucos, todos vocês! Sua família é doente.

— Qual é o seu problema Malfoy? Esta apaixonadinho? Porque posso fazer nosso casamento acontecer só pra te ver sofrendo todos os dias!

Ele deu um sorriso mortal.

— Primeiro: esse casamento só acontece se eu quiser. Segundo: não estou apaixonadinho, só não sou insano. Narcisa tem dezessete anos e esta grávida, que tipo de família é a sua?

— O tipo que presa bons costumes e renome. Achei um milagre meu pai não fazer Narcisa abortar o bastardo na mesma hora. Sujeira quando não pode ser apaga, é escondida. Você sabe disso.

Ele caminhou ate estar na minha frente, e apertou meu braço.

— Avisa seu pai que amanha vou ate sua casa.

— NÃO VOU AVISAR NADA SEU GRANDE IDIOTA!

— E que fique claro que exijo meu filho intacto. E não estou blefando.

— Tudo isso por causa de uma prenha?

— Não estou brincando Bellatrix!

— Ela pode já ter perdido esse ilegítimo. Agora mesmo. Não poderei fazer nada. Apanhou tanto que já pode estar expelindo essa monstruosidade no vaso nesse instante!

— É melhor você advertir seu pai. E que sirva para você. Se encostar a mão em Narcisa de novo, faço questão de eu mesmo lhe arrancar os dois braços.

Dei um grito de ódio.

— VOCÊ FEZ A MERDA TODA! AINDA SE ACHA NO DIREITO DE EXIGIR?

— Não estou preocupado com seu recalque por ter sido passada para trás. Você devia estar atentada por sua irmã.

Dei uma risada fria.

— Quero que ela se foda, muito muito muito. Ela e você. E essa anomalia que ela leve na barriga, que ele a mate se for preciso para me poupar esforço. 

— Esta louca! Narcisa sempre gostou de você!

— Sabia que meninas muito jovens costumam ter complicações terríveis no parto? Morrem as coitadinhas.

— Saia da minha casa. O aviso já esta dado.

Dei um sorriso mortal e resolvi sair.

Não avisaria porra nenhuma. Eles que se matassem, todos!

Quando cheguei a casa, encontrei novamente Andrômeda na escada.

Subiu e fui logo atrás, antes que ela entrasse em seu quarto, a empurrei.

— Qual é o seu problema sua louca?

— Satisfeita agora?

— Só queria o bem de todos!

— MENTIRA. Sua mentirosa cínica!

— Eu te avisei, eu abri seus olhos.

— Fez isso tudo para tentar ficar com Lucius, mas não se iluda. Ele não te quer!

Andrômeda forçou um sorriso, era inútil, grande idiota.

— Você não tem como saber.

— Ele não gosta de você. E quer saber? Esta todo preocupado com Narcisa.

— Esta blefando. Como pode falar isso depois de ter sido chifrada por ele?

— Porque é muito melhor ver você se da mal. É bem mais prazeroso. E ele esta sim, todo aflito com a “Cissy”, e você não vai ganhar. No final, vai perder.

Ela apontou o dedo para mim.

— CALE A BOCA!

Eu sorri.

— Vai perder sempre. Sempre e sempre. Porque é exatamente isso que significa, um nada. Um lixo. É isso que é.

Eu disse indo para meu quarto.
Porque isso era verdade.
Não teria um prazer maior do que ver Andromeda se ferrar. Mesmo estando com raiva e traída. 
A única coisa que me fazia sentir bem, era saber que ela sempre seria arruinada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pobre Cissy...

Bom gente, o próximo capitulo será ENOOOOORME e o ultimo!

Aguardem e não deixem de comentar e recomendar!