Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 9
09 - O lar Original


Notas iniciais do capítulo

9ºCapitulo, comentem , favoritem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/367265/chapter/9



09 – AS Terras Antigas

Sobrevoávamos a Itália.

A viagem havia sido bem tranquila.

Annabeth dormiu quase o tempo inteiro já eu não consegui pregar os olhos , a voz de Perseu ficava ecoando em minha mente , assim como a profecia.

Eu enfrentaria perigos que nenhum herói jamais enfrentara em toda a história conhecida.

No que pareceu uma eternidade tentando domir, consegui depois de ser vencido pela exaustão.

No meu sonho , eu estava em um lugar frio e era de noite , ao meu redor havia algumas pilastras de mármore.

Aalgumas estava quebradas , outras rachadas e caídas no chão , o lugar parecia bem destruído e abandonado.

Uma figura negra de pernas cruzadas flutuava à minha frente , estava coberta por uma névoa densa e negra , e me analisava.

—Quem é você? – perguntei a encarando cautelosamente.

—Não importa quem eu sou Perseu Jackson – a voz era feminina.

—Como sabe meu nome? – estreitei os olhos.

—Ah herói eu sei muito sobre muitas coisas , inclusive seu destino – disse misteriosa – Você deverá vir até mim para ter uma pequena chance de salvar seus queridos deuses – ela cuspiu a palavra deuses.

—E aonde você está? – eu perguntei.

—Você deverá descobrir – ela disse e eu acordei com alguém me balançando.

***

Assim que o avião começou a descer , tivemos uma leve turbulência.

Annabeth precisou me segurar para eu não pular do avião em direção ao mar.

Podia se ver a silhueta de prédios , shoppings , e ruínas antigas que preenchiam algumas partes da cidade.

Num piscar de olhos o avião tocou o chão.

Fomos os primeiros a sair.

Pegamos as mochilas e nos dirigimos para a escada que levava ao saguão.

Finalmente eu iria conseguir ler sem fazer esforço e nenhuma letra ia se misturar na palavra. O outdoor dizia “Bem-Vindos Viajantes”,

Annabeth me cutucou e eu me virei enquanto. Já passava das nove e decidimos optar por um hotel até a manhã seguinte.

—Bom , para que hotel iremos? – ela usava o laptop de Dédalo.

—Espere – ela disse sem tirar os olhos da tela.

Nico e Thalia ouviam musica em Ipod’s e pareciam que estavam à um milhão de quilômetros. Fiquei em silêncio.

—Percy , vamos até a recepção , aqui no site do aeroporto diz que tem serviço de táxi 24h.

—Você já reservou até o hotel? – fiquei surpreso.

—Sim , iremos dormir hoje para descansarmos da viagem e amanhã de manhã vamos procurar pela voz que nos chamou até aqui. E também pela pedra – ela guardou o computador.

Annabeth pediu em grego à uma mulher da recepção.

Ela nos indicou ir até a entrada.

O aeroporto era grande. Havia um hotel e um shopping , grandes lojas de roupas e acessórios se estendiam nos cantos e nos corredores dali. Tinha o piso de mármore branco polido e o céu possuía vista panorâmica por uma clarabóia.

Ao chegar ncontramos o tal taxista em pé , ele nos encarava de um modo estranho , como se nos matasse apenas com o olhar.

Agucei meus sentidos e me preparei pois poderia ser um monstro.

Annabeth parecia ter percebido também.

Continuamos andando e saímos do aeroporto , do lado de fora estava um pouco frio , as arvores balançavam e alguns carros passavam por ali.

A parte de fora do aeroporto era feita com o mesmo mármore branco no chão. Nos aproximamos do taxista.

—Bom , pode nos levar até o Hermes’ Hotel , fica no centro.

Ele não respondeu e se foi para pegar o carro.

—Notaram algo de estranho no nosso motorista? – eu perguntei olhando para os lados para ver se ele não estaria ouvindo.

— Melhor se prepararem se ele for um monstro.

Nico foi ao lado dele , no banco do passageiro.

Fui na janela. Annabeth no meio. Thalia na outra janela.

O aeroporto ficava fora da cidade , então enfrentamos uma estrada que levava até a cidade.

Na paisagem noturna eu conseguia identificar algumas poucas construções ao fundo , haviam áreas de plantações desertas e secas por ali.

Sempre que eu olhava para o retrovisor ele estava com os olhos vidrados em mim.

Annabeth me alertou silenciosamente para ficar preparado.

Tirei Contracorrente do bolso e fiquei brincando com a caneta em volta de meus dedos.

Annabeth mexia no computador de Dédalo;

Uma silhueta de montanha se materializava à esquerda dali , o motorista mudou sua rota e a luz da cidade foi ficando para trás.

A passagem circulava montanha e caía na cidade.

Não havia iluminação noturna.

Avisos ocupavam a lateral da estrada, alertando para não transitar durante a noite.

Thalia e Nico estreitaram os olhares para ele.

Ao longe ouvi gritos esganiçados , parecidos com os das águias.

Já queria Contracorrente no pescoço do nosso motorista.

Annabeth me advertiu dizendo que deveríamos continuar.

Consegui ver algumas formas voando na escuridão ali perto de onde estávamos , eram muito grandes para serem aves comuns.

Os olhos do motorista começaram a mudar, pelo retrovisor.

Se tornaram amarelos e cheios de veias , seu rosto se tornou mais angular , parecido com o de uma águia .

Foi quando aconteceram coisas inesperadas , as figuras que nos rodeavam voando atiraram uma enorme pedra na lateral do carro com um barulho estrondoso.

—Mas o que... – Nico foi interrompido por um grito esganiçado.

Destampei Contracorrente e desferi um golpe , perfurando o banco da frente. O motorista já não era humano.

Ele era um grifo. E se metamorfoseou até estraçalhar o carro. Ele se jogou voando dali.

—Annabeth! – eu gritei para ela que estava com sua faca na mão.

Num movimento rápido eu pulei para o banco da frente do taxi e desesperadamente eu tentei parar o carro.

Thalia atirava flechas nos grifos que hora ou outra descreviam rasantes e acertavam cabeçadas no carro.

O único jeito era nos jogarmos do táxi.Nico foi primeiro. Chutou a porta e se jogou de costas.

Thalia se jogou com facilidade do carro.

Annabeth foi logo depois , demonstrando grande habilidade.

Era minha vez.

Contei mentalmente um, dois, três.Me joguei na terra.Descrevi cambalhotas e parei quando me choquei com uma árvore.

Me pus de pé, Contracorrente em mãos.

—Annabeth...Nico! – berrei – Thalia!

Olhei para o alto e vi dois dos grifos voando em direção à montanha.

Seus ninhos.

À minha frente haviam mais dois grifos enormes.

Seus olhos possuíam um brilho vermelho que me deu arrepios. As asas eram enormes e tinham pontas negras espalhadas por entre as penas.

Suas garras também eram negras , me observavam de cima a baixo repetidas. Não atacaram.

—Então , o que as galinhas aí estão esperando? – girei a lâmina.

“Aonde estão meus amigos?”

Eles pareciam famintos.Um me atacou.Bateu as asas e veio em minha direção velozmente.

Em um milissegundo me segurei em suas asas.

Ele balançava tentando me tirar de cima enquanto descrevia círculos desengonçados no céu.

Os fincos pretos de suas asas pareciam bem afiadas.

Arranquei um e finquei em seu pescoço.

Destampei Contracorrente e me tornei o primeiro cavaleiro de grifo da história.

Obriguei o grifo a ir em direção ao amigo dele , fazendo os dois se chocarem.

Novamente ordenei o ataque ao outro grifo, que estava parado no ar.

Preparei Contracorrente e como um míssil mirei o coração do grifo.

O atravessei com minha espada como ponta.Me joguei do céu e aterrisei desajeitadamente.O grifo remanescente voou em minha direção.

Subi em suas costas outra vez.

Vasculhei a base da montanha à procura de meus amigos mas não obtive sucesso , então deduzi que os grifos que subiram a montanha deveriam tê-los pego.

O ordenei a ir na direção do pico da montanha. A noite estava fria e fortes ventos dificultavam nosso voo improvisado.

Detectei uma fraca iluminação vindo do pico da montanha e ordenei o grifo a acelerar , ele grasnava furioso , se sentindo subordinado à mim.

A iluminação se materializou em uma fogueira.

Meus amigos estavam desacordados amarrados a um tronco postos de pé com alguns gravetos na base.

Os dois grifos estavam sentados a alguns metros dali e haviam 3 dracaenaes carregando mais gravetos para perto do tronco.

Sobrevoamos baixo e estoquei Contracorrente em seu pescoço.

Já no chão comecei a correr em passos largos.

Me escondi atrás de uma àrvore e observei , respirei fundo e girei Contracorrente saindo de meu esconderijo.

—Ei monstros feios , o que fizeram com meus amigos? – os monstros urraram.

O primeiro grifo grasnou e voou em minha direção. Facilmente me esquivei fincando Contracorrente em seu peito. Comecei a andar em passos curtos , em direção às dracaenaes.

Me senti confiante.

As três vieram juntas , uma pelo meio e outras duas pelas laterais. As duas da lateral me atacaram simultaneamente.

Me abaixei , deixando duas dracaenaes confusas com lanças enfiadas no peito.

A ultima delas não teve chance, a desarmei e finquei Contracorrente em seu coração , a luta ainda não havia acabado.

O ultimo grifo havia sumido.

Senti garras se chocarem com minha pele e a perfurarem dolorosamente.

Em alguns segundos estava a uma altura considerável. Por sorte Contracorrente ainda estava em mãos. Finquei-a no grifo.

Ele afrouxou as garras e por pouco não caí. Montei em suas costas e desferi um golpe letal.

Mas ao invés de o monstro virar pó por inteiro de uma só vez , ele foi se desintegrando lentamente , rabo , asas e quando eu estava quase no chão ele finalmente se tornou pó por inteiro.

Andei em direção ao acampamento dos monstros com dificuldade , o lugar que o grifo havia me perfurado estava ardendo em dor.

Me aproximei do tronco em que estavam meus amigos e os desamarrei.

Continuavam desacordados.

Apliquei um pouco de néctar em um pano e fiz uma faixa aonde o grifo havia perfurado.

Comi 2 quadradinhos de ambrósia e o cansaço se apoderou de meu corpo , fiz minha mochila de travesseiro e rapidamente já estava dormindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

comente