Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 76
26 - Autoconhecimento


Notas iniciais do capítulo

ai gente eu demorei pq to sem tempo, e e isso ai!
boa leitura! deixe seu comentário!!



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26 – Autoconhecimento

 

Annabeth andava empertigada pelas escadarias do Olimpo. A garota estava absorta em pensamentos, carregava pilhas de livros de história e trajava armadura de batalha. Ela era uma nerd de carteirinha, não importasse estar normal ou tomada pelo Veneno.

Os tambores retumbavam sem parar na manhã e as festividades não tinham fim.

Annabeth estava confusa desde o outro dia em que havia escutado seu sobrenome. Chase. No inglês significava perseguir, caçar.

Ela era uma caçadora vigilante, uma sombra na colina que analisava tudo friamente. Annabeth colocaria os primordiais a seus pés se quisesse, ela era a melhor estrategista de seu tempo, inclusive acima de sua mãe, Atena. Poderia prever os ataques de ambos os lados e seus movimentos um a um.

Ela era incontrolável, um desvio na curva da normalidade. Ela era indomável, obstinada e persistente.

Ela se limitava a acenar de cabeça aos inúmeros cumprimentos de semideuses caídos e não se reconhecia em nenhum deles. Todos eram subordinados, controlados e manipulados, ela era a senhora do próprio destino.

A biblioteca de Atena ficava logo após o distrito Hermes bem alto no Olimpo.

A garota ainda se espantava com a semelhança ao Olimpo do Empire State. Tudo estava no mesmo lugar, os átrios, os templos e os Salões. Tártaro havia se inspirado na remodelação do Olimpo da antiga Annabeth.

As colunas dóricas se assemelhavam as do Partenon de Atenas. Várias ninfas da noite e dríades circulavam em grupos pelas entradas da biblioteca.

Annabeth se esgueirou camuflada e entrou sem chamar atenção. A garota procurou pelos inúmeros corredores e alas até finalmente achar a sessão proibida.

O teto era alto e amplo, com imagens renascentistas e cubistas, afinal Atena era também era a deusa das artes. As colunas possuíam escadas individuais para chegar nas fileiras mais altas, haviam livros de todas as épocas do mundo, de religiões, papiros do Egito Antigo, da biblioteca de Alexandria, sabedoria que o mundo mortal jamais alcançaria.

Ela avançou pela história até os dias atuais até as datas se aproximarem, ela viu livros sobre os nascimentos dos semideuses dos Três Grandes na segunda guerra mundial. Annabeth viu Nico di Angelo no Cassino Lotus, e sua irmã Bianca.

A garota avançou até as histórias de sua infância e esticou a mão para a escada.

Ela subiu alguns degraus e esticou a mão para A Batalha de Nova York.

Annabeth deslizou pela escada e se esgueirou até uma das mesas confortáveis e reservadas no fim do corredor.

Ela olhou em volta antes de abrir o livro. A garota folheou as páginas e ficou ultrajada com o que leu.

Annabeth lutava ao lado de Percy e eles estavam cercados por monstros e traidores, um garoto de tapa olho tenta ferir Percy e ela se coloca entre os dois.

Annabeth havia salvo a vida de Percy na Batalha de Nova York, ela sabia que o ferimento mataria o filho de Poseidon, sua testa começou a esquentar e as letras se embaralharam.

Ela se viu executando o plano das estátuas de Nova York e os deuses lutando contra Tifão, Cronos possuindo o corpo de Luke e adentrando o Olimpo.

O modo como Percy entregou a lâmina maldita para Luke tirar a própria vida e salvar o Olimpo, a coragem do filho de Poseidon ao recusar o presente dos deuses, se tornar imortal.

O coração dela falhou uma batida ao ler sobre o beijo subaquático no lago de Canoagem, era como se passasse um filme em sua mente, ela pôde sentir o frio da água e o arrepio do toque de Percy.

Ela estava suando e sua testa ardia em brasa. Annabeth fechou o livro com violência e se desfaleceu na cadeira. As imagens das páginas tentavam se formar em sua mente, mas algo as impedia de se organizar.

A garota respirou fundo e correu em direção à escada do corredor. Ela deslizou com habilidade e parou ao ver Profecia do Deus Desaparecido. Era o primeiro à direita de onde ficava Batalha de Nova York.

Annabeth desceu da escada e se sentou ofegante.

Ela correu os olhos pelas páginas, o oráculo de Delfos possuindo a antiga múmia do sótão e agarrando Percy pelo pescoço.

 

“Um deus foi sequestrado e o Olimpo está calado,

Na escuridão infinita ele estará aprisionado.

A Calmaria do Mar há de ser interrompida,

Por aqueles com a mente entorpecida.

Do amor impossível empasses a surgir,

Pelas mãos de quem se arrependeu em vos trair.”

 

Ela pulou partes da missão onde a antiga Annabeth lutou ao lado de Percy na busca de Zeus aprisionado no Tártaro.

Uma lufada de ar cortou a nuca da garota e ela se encolheu na escada. Annabeth devolveu o livro para a prateleira e deslizou até seus pés tocarem o chão.

A filha de Atena se esgueirou e cerrou os olhos em direção a porta da biblioteca de sua mãe. Soava estranho para ela ser filha de uma deusa inimiga de Tártaro.

Ela correu os olhos pelos corredores e aguçou os ouvidos um instante.

—Então...

A voz de Tártaro congelou a espinha de Annabeth.

—O que a nova deusa da sabedoria procurava nessa biblioteca inútil? – Tártaro esticou as mãos negras e subiu pela escada.

O deus dos abismos deslizou pelas prateleiras com um sorriso maligno no rosto.

­-Quando vencermos eu queimarei toda a história anterior ao meu reinado – ele encarou a semideusa – E você escreverá as glórias da eternidade sob a minha guarda.

“Você será a verdadeira deusa da sabedoria. ”

Annabeth sorriu desconfortável enquanto o primordial levitava em sua direção. O sorriso vermelho-sangue de Tártaro ainda eriçava os pelos de seus braços, ele esticou as mãos e tocou o rosto da garota. A forma nuvem corpórea do deus inebriava os sentidos da garota.

De repente Annabeth começou a desfalecer, a visão da garota turvou-se e ela tentou se desvencilhar do toque de Tártaro. Annabeth se debatia como um gato raivoso, mas o deus a segurou facilmente.

Ela sentiu as lembranças do livro sobre a Batalha de NY se esvaírem. Seus pensamentos foram tomados por ódio e destruição tão rápido conforme as lembranças de Percy desapareciam.

Os olhos da garota rolaram nas órbitas e sua cabeça pendeu para o lado.

***

Percy teve sonhos estranhos na madrugada que se seguiu. Lufadas de ventos gélidos penetravam por entre os espaços das vigas de bronze celestial da cela do garoto.

O som dos tambores indicou o sol nascente. O garoto havia sonhado com a Mãe-Terra e ela o golpeava no peito com uma adaga de aura verde esmeralda.

Você precisa ser Percy Jackson novamente – ela dizia nas sombras.

“O poder da Centelha jamais retornará, a não ser que você vença a Oferta de Caos.

A Centelha deve ser conduzida, como o alento remanescente da natureza, o grito ecoante da prole divina, a fagulha da esperança Olimpiana, o sangue do mortal mais forte que um deus”

O som das trancas deslizando na jaula de bronze despertou o garoto.

Ele se sentou de frente para a porta e cruzou as pernas. Percy ergueu a sobrancelha ao ver o rosto de Lou Ellen, filha de Hécate, uma dos meio-sangues traidores.

—Onde está Annabeth? – ele tentou soar despreocupado – Pensei que o senhor dos abismos queria ela me vigiando todos os dias.

A filha de Hécate avançou e deixou o prato aos pés do garoto.

—Hoje eu fui designada para essa importante tarefa – ela revirou os olhos – Alimentar a esperança dos deuses. Literalmente.

Percy a dirigiu um olhar mortal. A garota deu de ombros.

—Não me leve à mal, eu só analisei as variáveis e preferi o lado dos vencedores.

—Tártaro não costuma mudar as tarefas, pelo que percebi – Percy a encarou.

—Algo importante vai acontecer antes da sua morte, e pelo que ouvi, Annabeth é quem vai mata-lo, já que Tártaro não pode fazer isso.

“Do contrário você já estaria morto, não é mesmo?”

—Me desculpe – Percy se movimentou com rapidez sobre humana e agarrou o pescoço de Lou Ellen.

Ela tentou esticar a mão para a espada no cinto, mas Percy prendeu sua mão e descreveu uma rasteira nas pernas da filha de Hécate.

Ele a pressionou contra o chão e retirou a espada da garota do cinto. Percy girou a lâmina negra com a mão esquerda e a apontou para o olho da semideusa.

—Não me leve à mal – ele se colocou de pé e soltou o pescoço de Lou.

A filha de Hécate tossiu no chão por alguns segundos e fez menção de gritar, Percy encostou a lâmina no pescoço dela com força e sangue verteu.

—Não me teste – ele a fuzilou com os olhos – Onde estão minhas coisas?

Ela desviou o olhar e Percy se agachou. Ele agarrou o pescoço dela novamente.

—Eu não hesitarei em matar você aqui mesmo – Percy soou sinistro – Me diga o que eu quero saber! – ele rosnou.

—Suas armas estão seladas no arsenal das masmorras, mas você jamais passará pelo encantamento para chegar até a superfície.

—Veremos.

Percy girou a lâmina negra e bateu com o cabo na testa de Lou Ellen. Percy amorteceu o baque sonoro e encarou a porta aberta de sua jaula de bronze. Annabeth estava em perigo, ele podia sentir, e iria salvá-la.


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