Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 73
23 - O Pretencioso Percy


Notas iniciais do capítulo

oi leitores, ta ai, tive um tempo livre e inspiraçao hj e to postando espero q gostem.



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23 – O Pretencioso Percy

 

Todos ficaram aturdidos ao verem o filho de Hermes pronto para a batalha. Luke tinha um olhar feroz e determinado, Mordecostas brilhava ameaçadoramente.

—O que estão esperando? – Percy o analisou e se libertou do estupor momentâneo.

Luke escalou a colina mais próxima e observou as hordas de monstros ao longe, o resto do grupo o imitou.

O estômago de Percy embrulhou ao encarar os monstros, pareciam surgir mais a cada segundo que passava. O Acampamento Meio-Sangue devia estar sob ataque naquele dia.

Percy largou sua velha mochila no chão carnoso do Tártaro. Ele lançou a caneta esferográfica para o alto e os dedos da mão direita se encaixaram perfeitamente no cabo de Contracorrente, mesmo depois de anos o brilho da espada de bronze iluminou a planície arenosa.

Thalia mexeu no bracelete de prata e o escudo Aegis cresceu até a aparição da medusa causar arrepios em todos. Nico invocou alguns soldados fantasmagóricos, uns brandiam lâminas de várias civilizações antigas, além de Marines portando fuzis M16.

 Beckendorf retirou sua espada de bronze do cinto, uma lâmina bastante comum, afinal ele não precisaria de mais nada dado ao seu porte físico de jogador de rugby que faria todos os monstros correrem para a mamãe.

O grupo de semideuses avançava com cautela por entre as colinas.

Os primeiros monstros se amontoavam alguns passos à frente, eles pareciam alheios aos meio-sangues.

Percy se abaixou com cautela, ele conseguiu focar o olhar nas Portas, elas se abriram e um som de elevador ecoou na planície.

Um homem apareceu na planície, cabelos grisalhos cortados em estilo militar, armadura de bronze completa. Ele não era nada diferente de um senhor de idade, exceto pelos olhos inteiramente dourados.

Céos.

Percy se perguntou o que o comandante das tropas do senhor dos abismos fazia no Coração do Tártaro.

O titã olhou diretamente na direção deles. Um calafrio atravessou a espinha do filho de Poseidon. Ele tentou se esconder inutilmente.

—Percy Jackson – mesmo de longe a voz de Céos soou como se estivesse a um metro de distância.

Percy se levantou.

Ele girou Contracorrente nas mãos, os monstros se viraram como um exército treinado. Um corredor perfeito foi aberto no centro até a colina de onde as Portas da Morte se erguiam.

Ele fez menção de avançar, mas foi impedido por Thalia.

—É uma armadilha – ela cerrou o olhar.

—Não importa, estamos cercados de qualquer forma – eles trocaram um olhar significativo.

Percy olhou para seus amigos e desceu a elevação determinado. Ele avançou até o corredor de monstros. Empousas, lestrigões e cães infernais esbravejavam xingamentos e cuspiam na direção do garoto, porém nenhum o atacou.

O grupo avançou cautelosamente logo atrás de Percy.

O olhar mortal de Céos não desgrudava do garoto, este que o encarava igualmente.

À frente o corredor de monstros se abria num enorme círculo que contornava as Portas e a planície, como uma espécie de ringue de luta de rua.

Percy avançou para o ringue determinado. Seus amigos o seguiam de perto.

—Onde está seu mestre? – ele soou desafiador – Medroso demais para me enfrentar pessoalmente?

—Insolente – Céos balançou a mão e uma espada de ferro negro se materializou no ar – Meu senhor tem assuntos mais importantes a tratar neste momento, por isso eu estou aqui, e acredito ser suficiente.

Percy fincou Contracorrente no chão carnoso e começou a se alongar, ele sequer demonstrou sinal de medo ou hesitação, o filho de Poseidon não enxergava nada além de mais um alvo.

O garoto estalou os dedos das mãos e o pescoço e pegou a espada de bronze. O excesso de confiança de Percy fez com que os olhos do titã da inteligência se iluminassem num sorriso travesso.

Todos prenderam a respiração na colina.

Os monstros haviam cercado o resto dos semideuses. Luke analisava a cena sério, mesmo banhado no Estige ele sabia que a hierarquia devia ser respeitada, Percy era o mestre daquela missão e o escolhido de Gaia.

Os relâmpagos amarelos do Tártaro pareciam ribombar em comemoração à luta derradeira que iria se desenrolar.

Percy e Céos começaram a avançar a passos largos, o filho de Poseidon se pôs a correr primeiro, ele girou Contracorrente e colocou a lâmina da espada para trás.

Céos permaneceu caminhando, o titã encarava Percy como um gatinho raivoso.

—Você ainda tem muito a aprender, semideus – ele deslizou o dedo pela lâmina negra e a girou habilidosamente.

Percy saltou no momento em que eles se chocariam, o tilintar provocado pelo choque das lâminas levantou fumaça na colina.

O estrondoso confronto de forças estremeceu as paredes do Tártaro. De um lado, o escolhido de Gaia e portador da Centelha, do outro lado o comandante das Tropas do Senhor dos Abismos.

Céos era implacável, ele previa os movimentos de Percy e se limitava a cortar os golpes e se esquivar graciosamente. O filho de Poseidon tentava a todo custo investir com ataques nas diagonais e cortes precisos, o suor empapava a jaqueta de couro.

O garoto começava a ficar vacilante e em um descuido Céos descreveu uma cotovelada em seu rosto e tomou-lhe a lâmina de Contracorrente.

Percy se afastou alguns passos, sangue vertia do lábio.

Céos jogou a espada de bronze para trás e sorriu vitorioso ao avançar. O titã investiu a lâmina negra contra o peito de Percy, ele se desviou por um milímetro.

Percy saltou para a esquerda e desprendeu as duas adagas presas de lado na base da coluna. Ele queria se lembrar quem o havia ensinado esse movimento, já que ele o realizava involuntariamente.

Céos investiu e Percy cortou o ataque com a mão esquerda, ele se abaixou e investiu a adaga direita no pescoço do titã.

O comandante urrou de dor, ele esbravejou e acertou um tapa no rosto de Percy.

O filho de Poseidon foi lançado alguns metros para trás e deslizou no chão arenoso.

Contracorrente havia retornado em forma de caneta para o bolso dele.

 Percy descreveu um movimento de “kip-up” de Kung Fu e começou a correr na direção do titã.

Céos estava ajoelhado no chão e não olhava na direção do garoto, o ícor dourado vertia rapidamente do corte profundo provocado pela lâmina lateral de Percy.

O garoto esticou a mão e lançou a caneta esferográfica para o alto, ele sorriu vitorioso quando seus dedos começaram a se encaixar no cabo de sua fiel espada de bronze.

Subitamente o titã se levantou e se projetou como um míssil na direção do garoto.

Os dedos das mãos de Céos se fecharam em torno do pescoço de Percy e a espada Contracorrente pendeu e caiu no chão violentamente.

—Você não devia ser tão pretensioso – o titã rosnou e sorriu e jogou Percy no chão ainda sufocando o garoto.

Percy se debateu inutilmente, ele não conseguia se concentrar no poder da Centelha. Os olhos verdes sequer brilharam mais forte.

A verdade era que o excesso de confiança dele fez com que não se concentrasse no poder de Gaia, afinal Céos não era como um simples monstro qualquer.

O titã pressionou Percy contra o chão carnoso e ergueu a lâmina negra com a mão direita, um relâmpago cortou o céu.

Seus amigos estavam lutando contra os monstros e portavam olhares desesperados na direção da cena horrorosa.

Bater de asas cortou os céus do Tártaro. Vento estrondoso circulou a planície arenosa dos rios do submundo.

Céos olhou para o alto, assim como a horda de monstros e os semideuses.

Três grifos enormes em formação descreviam rasantes na planície, uma figura grisalha vestida para a batalha comandava a esquadra das criaturas majestosas.

Um homem revelou o rosto e o olhar de Céos foi de medo genuíno, mesclado com ódio mortal.

Percy focou seus olhos nele. Sua cabeça doeu e ele levou a mão à testa, os mesmos olhos azuis brilhantes, o cabelo grisalho em corte militar e a expressão séria, porém dócil.

Ele tentou se lembrar das visões.

Os olhos brilhavam iguais ao do filho de Zeus original, o Perseu original.

Ele estava velho.

Os olhares dos dois se encontraram, Percy reconheceu o primeiro portador da Centelha de Gaia. Eles estavam ali, onde tudo havia começado.

Talvez Gaia o tivesse mantido vivo em segredo, talvez fosse a Centelha, a mente de Percy estava a mil.

Céos ergueu o tronco do garoto e apertou os dedos entorno do pescoço de Percy.

—Você está em desvantagem, velhote – ele ergueu o garoto como um troféu – Nós iremos leva-lo, mas permito a vocês tentar lutar e morrer.

Perseu balançou a mão direita no ar e um clarão verde consumiu a planície.

O resto dos semideuses havia desaparecido. Thalia, Luke, Beckendorf e Nico.

Percy permaneceu no encalço de Céos. O portador da Centelha estava capturado.


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Notas finais do capítulo

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