Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 57
07 - Uma Flecha Prateada


Notas iniciais do capítulo

olá leitores!

demorei, me desculpem, estive ocupado esses dias... mas aí esta!
boa leitura, e se gostou deixe reviews



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07 – Uma Flecha Prateada

Já estava entardecendo. Eles sairiam ao cair da noite.

A garota, Miranda Haze, esse era o nome dela, parecia ser mais uma dos muitos amigos do antigo Percy Jackson. Para o garoto ela era apenas mais uma das muitas estranhas que diziam ser amigas de longa data dele.

Os olhos negros como jabuticavam transpareciam verdade. Seus cabelos negros curtos e repicados projetavam franjas de cada lado, elas dançavam magicamente, como se uma brisa serpenteasse frequentemente.

Ela dizia que Percy havia salvado-a de um cão infernal no Alabama, acompanhado de Annabeth. Seu sátiro havia sido morto, mas Miranda se mantivera firme e lutara contra o cão.

Para ele nada disto parecia ter sentido algum. Não esboçou reação ao ouvir aquilo. Apenas riu um pouco, para simpatizar.

No decorrer do dia ele treinou na Arena. Arco, espada, facas. A Srª O’leary continuava destruindo bonecos como sempre.

Quando parou para descansar ele observou Miranda. Ela brandia sua espada de ferro negro mortalmente, os movimentos da garota imitavam os de Percy. Seria ela aluna do garoto?

Eram perguntas assim que o incomodavam. O faziam se sentir deslocado. Elas eram suas amigas, mas ele não era amigo delas.

Durante a tarde ele ficou afiando todas as lâminas que iria carregar. As do suporte no ombro, as do cinto, as duas que prendia atrás da cintura. Até Contracorrente e a adaga de ouro dos deuses.

Preparou sua mochila com néctar, ambrósia, camisetas extras e água.

Tudo estava pronto quando o sol caía no Estreiro de Long Island. Percy observava a praia dos fogos ao longe. Não havia comido nada de seu prato de churrasco e batatas.

Percy podia sentir os olhares nele, todas as apostas do Acampamento estavam no garoto. Era muita pressão.

A mochila do garoto estava em cima da mesa. Enrolou mais um pouco a comida e por fim se levantou sem encostar em nada, sequer bebeu a cherry coke azul do cálie.

Luke e Beckendorf já esperavam o garoto recostados nos pilares da saída do pavilhão.

–Estão prontos? – Percy passou por eles andando, o olhar ao longe.

Eles não responderam.

–Quem bom – ele bufou –Também não estou.

Eles se foram em direção à Casa Grande. Luke e Beckendorf iam se despendindo de seus companheiros de chalé.

Como sempre, Quíron e o Sr D. jogavam pinochle na varanda. Percy se aproximou quieto.

–Criança, aqui – Quíron lançou para ele uma pequena conta redonda.

Percy a agarrou. Era azul-celeste, com um raio branco no centro.

–O que significa? – girou a conta nos dedos.

–Você e... Annabeth, salvaram Zeus no verão passado. Era tudo plano de Tártaro, mas você o frustrou pela primeira vez quando salvou o rei dos Olimpianos.

–Não me lembro, mas obrigado – ele a prendeu no colar. Agora eram seis no total.

Ele ficou tamborilando os dedos freneticamente no colar. Seus amigos voltaram logo após.

Luke e Beckendorf deixaram de sorrir assim que chegaram à Casa Grande. A presença de Percy parecia intimidá-los, eles não eram como amigos de verdade, lutavam juntos, confiavam uns nos outros, mas não riam e tampouco conversavam sobre algo que não fosse a guerra.

Percy se virou para Quíron.

–Resistam enquanto puderem – ele pediu, o centauro assentiu.

Percy ordenou um pensamento à Gryphion. Poucos segundos depois o grifo desceu dos céus, cortando o ar e balançando a terra num estrondoso pouso.

Os pégasos de Luke e Beckendorf pousaram logo atrás.

Quando Percy subiu na sela do grifo as vivas de semideuses próximos ecoaram no vale. Novamente os cabelos do garoto eram açoitados pelos ventos quentes de Julho.

Os campos de Long Island estavam se deteriorando. O que antes era coberto de floridas árvores verdes era agora uma mancha carbonizada e amarela de todo em volta.

Pelo que Percy sabia, Quíron havia dito que os mortais atribuiram esse fenômeno ao aquecimento global.

Não demorou muito para as fazendas de morango se tornarem casas e, posteriormente, prédios à medida que os garotos cortavam o ar velozmente.

Eles viajaram por entre os arranha-céus dando rasantes e planando graciosamente. Gryphion suspirava feliz ao bater das asas. A sensação era maravilhosa, mas Percy estava mais sério que nunca.

O garoto só pensava na missão e em uma possível traição de Órion, afinal ele não sabia nada sobre o gigante.

Seu coração falhou uma batida ao ver o famoso Central Park. Ele sentiu um estranho calafrio, quase uma lembrança.

Um dia ensolarado de verão, uma garota loura e sorridente e após isso um deus vestido de carteiro.

Sua cabeça doeu, e ele afastou os pensamentos quando Gryphion começou a descer.

Os três pousaram atrás de algumas árvores assustando pássaros amistosos que voaram para longe.

Percy ordenou Gryphion a retorar ao Acampamento, e assim que saíssem do mundo inferior, se saíssem, ele iria chamá-lo.

O grifo pareceu assentir e logo levantou vôo novamente.

–De olhos abertos – Percy alertou.

O grande gramado se extendia a frente. Várias pessoas alegres faziam pequeniques por ali. Jogavam frisbee e tocavam violão.

Os três guerreiros passaram por eles como se fossem invisíveis, nem mesmo o arco de Percy ou as inúmeras facas em seus cintos chamaram atenção. A névoa estava fazendo seu trabalho.

Eles deram a volta pelo reservatório e caminharam por entre as árvores. De acordo com Quíron a Porta de Orfeu era logo após o bosque em uma clareira.

De longe eles vislumbraram o agrupamento de grandes pedras na outra extremidade da clareira, porém prenderam a respiração com as dezenas de monstros que patrulhavam por entre o gramado, além dos que se postavam bem próximos às rochas.

Percy se escondeu atrás de uma árvore.

Mais lembranças se chocaram contra seus pensamentos.

Uma menina loura deitada imóvel cercada de monstros e Percy correndo com um violão nas mãos.

–Precisamos de música – ele disparou baixinho - É assim que abriremos a porta.

–E estes monstros? – Luke indagou.

–Está com medo de uns monstrinhos? – Percy retirou o arco de Épiro das costas.

–Claro que não Jackson – ele sorriu, Percy tentou imitar, sem sucesso.

Os sorrisos logo desapareceram quando a primeira flecha acertou um ciclope pelas costas.

A comoção foi inevitável. Hordas de monstros os atacaram simultaneamente. Cada vez mais flechas reduziam monstros a pó. Cães infernais, ciclopes e harpias.

Percy corria e atirava flechas como um louco. Ele também usava as duas lâminas de bronze afiadas nas laterais do arco.

Brandia o arco e descrevia círculos mortais. As flechas eletrizantes acertavam os inimigos ao longe enquanto os de perto eram destruídos por um movimento preciso do garoto.

Com pouco tempo eles destruíram todos os monstros, um ciclope e um cão infernal escaparam infelizmente.

–Temos que ser rápidos, eles trarão reforços. Precisamos de música.

Os três correram até o pequeno monte de pedras negras. Não havia nenhum instrumento musical perdido por ali para a sorte deles.

Assim que Percy se aproximou da rocha mais próxima foi surpreendido por uma armadilha.

Uma corda se prendeu a seu pé esquerdo e ele foi jogado para o alto de ponta a cabeça.

Após isso em uma fração de segundo a clareira estava cheia de monstros. Os céus foram tomados por harpias e grifos selvagens e o chão fora dominado por lestrigões montados nos mais terríveis cães infernais.

Percy bufou. Ele os olhou mortalmente enquanto Contracorrente crescia em suas mãos até se transformar em espada.

Luke e Beckendorf o imitaram retirando suas espadas da bainha.

Estavam cercados. Os inimigos eram numerosos.

Quando a primeira harpia ameaçou atacar foi derrubada. Mas não por Percy, ou por nenhum deles.

Uma flecha prateada estava fincada em seu peito enquanto ela se desfazia em pó.

–Cabeça de Alga! – Percy ouviu a voz feminina forte soar com escárnio.


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Notas finais do capítulo

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