Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 56
06 - O Gigante Caçador


Notas iniciais do capítulo

olá leitores!!!!
foi mal a demora, meu pc estragou e meu rascunho e manuscrito estavam nele, tive que fazer uma gambiarra pra conseguir mandá-los pro meu email e abrir no pc da minha mãe!!
Agradecendo à Drica Lovegood pelos reviews
mas ai esta!
boa leitura



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06 – O Gigante Caçador

 

Todos na clareira assistiam à batalha fixos nos movimentos precisos de Percy.

Seus amigos ainda estavam estáticos. Os monstros não atacavam. Tártaro, na forma de nuvem negra, gargalhava sonoramente. Os generais permaneciam firmes.

Suor escorria pela testa do garoto. Ele se esquivava com toda rapidez e antecipava os movimentos de Annabeth. Mas a garota parecia conhecer seus pontos fracos.

Sangue vertia de seus braços. A blusa do Acampamento estava rasgada na altura do peito e em uma das mangas.

Mesmo assim ele lutava bravamente. O corte em sua bochecha era o mais feio. Escorria sangue pela ponta abundantemente.

Percy não conseguia ferir Annabeth.

Por mais que ela estivesse de alguma forma do lado maligno, algo o impedia de brandir Contracorrente de forma letal e forte.

Parecia muito errado lutar contra ela. Algo anti natural. O ódio de Tártaro crescia no coração de Percy. Aquele monstro havia transformado a líder do Acampamento em uma de suas escravas.

Novamente ele previu um dos ataques de Annabeth. Desta vez ele não fez menção de defender.

A adaga da garota havia se alojado em seu braço direito.

Contracorrente bambeou e caiu de suas mãos. Assim como Percy, de joelhos.

À sua frente Annabeth reapareceu. Ela retirou a faca violentamente do braço de Percy.

Estava pronta para o ataque final. Coloou a adaga em seu pescoço. Ele fechou os olhos.

Annabeth – a voz de Tártaro se pronunciou.

Era macabro e aterrorizante o modo como ele dizia o nome dela.

—Termine com isto.

—Sim, meu senhor— a voz dela não tinha entonação. Era oca. Sem remorso, apenas um instinto, quase animal.

Percy respirou fundo. Seria preciso. Ele deixou o poder de Gaia fluir em suas veias.

Se concentrou em cada gotícula de água no ar. Na terra. Nas árvores. Nas folhas. Em tudo.

Deixou a raiva explodir no momento em que Annabeth baixava a adaga.

Milhares de litros d’água se juntaram. Ele os guiou, e o repuxo no abdome materializou a água num enorme punho azul brilhante flutuando acima de sua cabeça.

De súbito Pecy se levantou. E com um salto ergueu sua mão direita aos céus.

Assim que tocou a água o poder foi indescritível.

Com um urro Percy desferiu um golpe no chão. O punho de água varreu tudo da clareira.

Os monstros, o titã e os primordiais, aturdidos demais para se defenderem à tempo foram jogados para longe.

Os monstros todos foram feitos pó. Os primordiais se recuperavam.

Caída, no chão, estava Annabeth. Ela tossiu água e ergueu o tronco com dificuldade.

O garoto se abaixou e pegou a espada. Annabeth ainda assim tentou atacá-lo. Percy segurou sua mão e a jogou novamente no chão.

—Não faça isso, eu estou do seu lado.

—Você é um mentiroso, Perseu Jackson – ela cuspiu com a voz fraca – Você e seus deuses. Nós os destruiremos.

—Não vou permitir.

Percy andou para seus amigos, eles eram os únicos de pé na clareira. Até mesmo o trono de Tártaro havia sido derrubado.

Os pensamentos do garoto foram de encontro à Gryphion. Antes dos primordiais retornarem à clareira Percy já cruzava o céu. Sua mente e seu coração abalados.

***

Voaram com dificuldade. Aturdidos. Abalados.

Percy especialmente estava quase tremendo com a velocidade em que seu coração batia. Contracorrente não voltou a ser caneta até que eles passaram dos muros do Acampamento.

A imagem de Annabeth não saia de sua mente. A armadura estígia, a bandana e a expressão animal em seu rosto. Mesmo não conhecendo-a Percy sabia que aquelas coisas não faziam parte da garota.

Assim que Gryphion colocou as patas e levantou ares do chão o garoto desmontou rapidamente.

Correu até o chalé de número três. Devia haver uma explicação para aquilo. Devia haver explicação para Annabeth sendo corrompida pelo mal, já que ela era a líder do lugar e admirada por todos dali.

Percy voou pelo Acampamento. O aglomerado em Omega se dispunha atrás da enorme casa azul-celeste.

Correu por entre o gramado das construções e abriu a porta do chalé de Poseidon violentamente.

O garoto não o lia desde...

Ele não se lembrou de nenhuma leitura anterior.

O Livro de Gaia estava em cima da escrivaninha, ao lado de um papel de balas velho e camisa laranja em frangalhos.

Poderia caber em seu bolso, mas ao toque de Percy ele se transformou e cresceu até quase cair da escrivaninha.

As páginas de terra levantaram poeira no chalé. O Omega vermelho pairando sob a mão emergindo da terra ainda brilhava intensamente.

O garoto correu os olhos rapidamente por centenas de páginas intermináveis. Ali haviam segredo dos deuses, titãs, gigantes e mortais. Mas nada de controle de mentes ou corrupção de incorruptíveis.

Quando a desistência começava a se apoderar de Percy seus olhos pairaram em algo. Alguém.

Órion. O filho de Gaia. E de Tártaro.

Seria uma decisão perigosa. Uma conversa perigosa. Percy sabia pouco sobre o gigante pequeno, colocado entre as estrelas por Zeus e protegido de Àrtemis.

Felizmente a localização de Órion estava descrita com clareza já que “Abaixo de tudo e escuro para sempre” limitavam os possíveis locais para apenas um, o Mundo Inferior.

Não haviam mais informações. Novamente ele teria que confiar na pedra neegra em forma de losango pesando no bolso direito.

A Pedra de Onfalos novamente mostraria o caminho. Mesmo ele não se lembrando de sua utilidade, seus instintos mentais pairaram sobre ela num piscar de olhos.

Quando o Livro retornou a seu tamanho de bolso Percy dirigiu-se para fora do chalé três.

Sua cabeça estava no gigante Órion. Ele seria ruim? O ajudaria? Ou seria mais um dos inúmeros corrompidos por Tártaro?

Ele não queria pensar no pior, mas caso o pior acontecesse Contracorrente estava mais afiada que nunca.

No caminho do refeitório não encontrou sequer um rosto alegre em vê-lo. O modo como sua incursão às linhas inimigas havia fracassado apenas confirmava que eles estavam perdendo a guerra.

Não mencionou nada sobre a corrupção de Annabeth, aquilo destruiría o resquício da alma de todos.

Durante o café Percy não comeu muito. Ele trocou um olhar significativo com Quíron. Parecia ter experiência naquilo, ele e o centauro concordaram perfeitamente. Casa Grande.

O murmúrio aos deuses foi fraco. Mesmo com quatro deles na presença dos meio-sangues. Tampouco eles se irritariam, precisavam de toda ajuda possível e pulverizar semideuses apenas pioraria a situação.

Ele deixou metade do calíce de cherry coke e uns morangos para trás ao se levantar em direção à Casa Grande.

A grama carbonizava marcava o caminho desde o refeitório até a grande construção de dois andares azul-celeste.

Quíron já o aguardava na varanda. Ele comtemplava o Pinheiro de Thalia. A àrvore parecia aguentar bem. Uns galhos e folhas queimadas mas de todo verde.

—As coisas estão piores do que imaginávamos.

Percy se recostou na varanda de madeira branca. Ele seguiu o olhar do centauro. O dragão Peleu havia acabado de chegar da ronda noturna.

—Encontrou Annabeth, não foi? – Percy assentiu.

—Ela está... diferente. Não parece ser a mesma garota que vi da Cidadela.

Quíron não respondeu. Assentiu simplesmente.

Percy contou como ela havia se debandado para o mal. As roupas que usava, o olhar impiedoso e cruel. Ele pareceu surpreso e chocado, mas manteve o rosto sombrio.

—Elá não será a última.

Percy arqueou a sobrancelha.

—Já vi isto acontecer. Meio-sangues, deuses e até mesmo titãs serem corrompidos por ãs serem corrompidos por Tártaro. Você tem que descobrir como parar isso antes que seja tarde.

—Eu tenho uma pista. Órion.

—É muito perigoso, Órion é traiçoeiro, ao que parece o gigante não ficou tão feliz com o consolo de Zeus.

—Não tenho escolha, é o único jeito, preciso arrancar informações dele, ou morreremos.

Quíron assentiu. Percy estava descendo as escadas quando o centauro pigarreou.

—Sei que somos estranhos pra você garoto, mas não vá sozinho – Percy o olhou significativamente e assentiu.

Quando novamente o garoto se virou para descer foi esmagado num abraço de urso.

—Mas que...

Ele finalmente se livrou do abraço.

Uma garota morena o encarava sorridente. Seus olhos e cabelos negros pareciam balançar magicamente, fazendo Percy ficar tonto ao olhar.

Ele não se lembrava de ninguém assim.

—Percy! Sou eu, Miranda!


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Notas finais do capítulo

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