Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 53
03 - Um Novo Líder


Notas iniciais do capítulo

3 capitulo!! obrigado aos reviews,
boa leitura!!



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03 – Um Novo Lider

Assim que Percy confrontou Tártaro, os meio-sangues expurgaram as forças malignas do vale. Eles fizeram os monstros recuarem, correndo e gritando para a mamãe.

Percy parecia um deus, e até mais forte que um. No pouco tempo que lutou com Tártaro não derramou uma gota de sangue ou suor.

O poder da Centelha fluía por suas veias, o deixava tão rápido como primordial, e mais forte que um deus.

Seus olhos verdes brilharam tão intensamente que pareciam estar desprendendo fumaça. Suas mãos giravam tão rápido que Contracorrente era apenas um vislumbre dourado refletido no sol.

Ele havia feito Tártaro recuar até a floresta, pois todos seus monstros foram dizimados, restando apenas alguns semideuses prisioneiros e seus generais.

Percy lutava habilmente, mas o deus era muito forte. Para cada ataque que ele acertava, Tártaro o acertava cinco vezes. Fora o fato de que Percy era ferido, Tártaro era uma nuvem sem forma. Não tinha densidade, era como fumaça lutando.

Quando eles finalmente expulsaram as forças hostis dos muros o grito de vivas ecoou, seguido do nome Percy Jackson soar em coro.

O garoto fincou Contracorrente no chão e se debruçou sobre as pernas. Agachado.

Sentiu uma mão em seu ombro. Percy se levantou.

Era Luke. O filho de Hermes o olhava, os olhos azuiu brilhando em vitória.

—Podem ir descansar, este lugar parece ser seu lar – ele disse analisando o portão destruído no chão – Leve Beckendorf.

—Ele já foi – Luke riu – Seus irmãos do chalé de Hefesto parecem conhecê-lo à anos. Assim como os de meu chalé. Eu costumava ser o conselheiro-chefe.

Percy esboçou um sorriso. Ele não conseguia deixar de se sentir um intruso ali. Iria defender os semideuses com todas as suas forças, mas ele não reconhecia o Acampamento como um lar. Era mais como um refúgio. Uma base.

Luke se foi, meio preocupado com o garoto. Ele continuou agachado, olhando para Contracorrente fincada na terra.

Filho.

A voz deveria soar familiar. Mesmo assim Percy não esboçou sentimento.

Ele se levantou para encarar o deus dos Mares. A armadura de escamas de peixe estava suja e arranhada. O Tridente pendia no chão, fincado.

A expressão do deus era mesclada entre alívio e cautela.

—Poseidon – Percy transformou a espada em caneta e a guardou.

—O que aconteceu meu filho? – Poseidon tentou se aproximar. O garoto se afastou um pouco.

—Me chame de Percy – ele fitou a Casa Grande ao longe – Ainda não me acostumei a ser filho de um deus.

“Eu estive com Caos. Em sua cidadela. Preciso me reunir com seus líderes. Traga Atena e os gêmeos com você.

Percy passou andando por Poseidon, as mãos estavam nos bolsos do jeans preto.

Ele passou pela Casa Grande, uma menina ruiva o observou. O Oráculo. O garoto não tirou seus olhos dela, nem ela dele.

Percebeu seu olhar de preocupação. Ele teria que encontrá-la depois.

A tenda improvisada de quartel general estava montada logo após o lago de canoagem, próxima ao aglomerado de chalés dispostos em Omega.

Os semideuses estavam todos agrupados na tenda. Mas ao verem Percy deram espaço para o garoto passar. Fizeram um corredor para ele. O espanto ainda dominava seus rostos.

Era como se um deus estivesse andando junto a Percy, eles o idolatravam. Era um herói. Mas não sabia porque.

Ele viu Atena debruçada sob a mesa. Até ela deixou que escapasse um tom de alívio nos olhos. Mas logo o substituiu por firmeza.

—Ah! Jackson – ela tinha os olhos cinzas cobertos por um par de óculos quadrados.

—Senhora Atena – ele levou a mão direita fechada ao peito.

—Devo admitir que nunca fiquei tão feliz ao ver o rosto de um semideus – ela sorriu um pouco – E obrigado por nos defender. Sem você não teríamos chance – Atena pareceu desconcertada ao dizer aquelas palavras.

—Todos merecem elogios, eu apenas fui uma peça num tabuleiro enorme de xadrez – Percy tinha esta frase pronta na mente, ele tentou puxar alguma lembrança de alguém a dizendo, mas foi em vão.

—Sim, mas você lutou contra o próprio Tártaro meu jovem – ele ouviu uma voz à esquerda.

Um homem de aparência gentil o observava sorridente. Os cabelos grisalhos e a barba feita eram familiares. Além da cadeira de rodas com a pequena manta xadrez cobrindo seu colo.

—Foi um golpe de sorte, ele é um ser infinitamente mais poderoso.

—Vejo que a modéstia continua a mesma, Perry – o homem barrigudo e baixinho com aparência de anjo estava limpando as unhas, impaciente.

Percy não respondeu. Todos o olhavam com expectativa.

—Pode parecer que sou poderoso, invencível... – todos assentiram – Mas sou apenas um meio-sangue como vocês.

Ele dizia a verdade. Mas omitiu o fato de ter um poder imensurável correndo por seu corpo e mente. Além de que por alguma razão ele possuía habilidades em combate que invejariam o próprio Héracles. “Mas os deuses não conseguem lutar nem com os generais, quem dirá com ele” o grito veio de trás, mas Percy não respondeu.

Atena pareceu ultrajada.

—Devo lembrá-los que para os deuses é proibído interferir em assuntos mortais e que mesmo assim descemos dos céus e os salvamos inúmeras vezes desde o verão.

“Só porque Percy Jackson retornou não quer dizer que está mais forte que nós, seus insolentes”

Ela bateu o livro na mesa e retirou os óculos de grau.

—Não é necessário brigar – Percy interveio e abriu os braços – Eu devo concordar com a deusa, os Olimpianos desafiaram Zeus e vieram defendê-los, eles são peças muitos mais importantes que eu.

“Além disso eles já usaram seus poderes demais. Protegem vocês dia e noite, construíram muralhas, convocaram seres marinhos e autômatos. Não dormem nem descansam. Aprendam a valorizar isto.”

Atena agradeceu Percy com o olhar. Ela pareceu satisfeita.

—Então, qual é o plano de vocês? – Percy se debruçou na mesa. As pequenas estátuas inimigas recuaram um pouco, enquanto outras, que Percy identificou como sendo batedores, avançaram na floresta desenhada no papel.

—Ainda não temos um – Atena soou triste – A nossa melhor estrategista está desaparecida. Sequestrada, como pudemos ver.

Annabeth — Percy disse.

—Sua namorada, e minha filha.

Percy ficou confuso. Ele encarou a deusa.

—Eu não tenho nem amigos, porque teria uma namorada sem mesmo conhecê-la? – ele a analisou.

Atena desviou o olhar para Quíron, enquanto Poseidon cochichava algo em seu ouvido.

Ela limpou a garganta.

—Há algo que você precisa saber. Quíron.

O homem na cadeira de rodas dirigiu seu olhar à menina ruiva que Percy havia visto na varanda da grande casa azul celeste.

Uma névoa verde espiralou à sua volta e ela falou, sua voz soando triplicada.

 

“Quando a morte não mais perseverar,

E forças antigas da terra despertar

Um herói se erguerá com o brilho da faísca,

Colocando fim a uma era esquecida” 

 

 

 

—Uma profecia – Percy estava admirado.

—Sua profecia – Quíron olhou para ele, enquanto a garota ruiva era socorrida por alguns campistas do chalé de Apolo. Deveria ser algo estranho quando um espiríto que vê o futuro se apodera do seu corpo para recitar versos sombrios.

—Minha?

—Eu sempre digo para não interpretar profecias levianamente, porém eu não vejo o poder da Centelha a éons, e acredito que todos sintam ele correr por suas veias.

Percy encarou o centauro desconfortável, era muita responsabilidade.

—O que faremos a seguir? – Atena o perguntou, olhando fixamente para seu olhos verdes.

—Temos de resgatar a estrategista, sua filha, Annabeth.


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Notas finais do capítulo

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