Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 51
Livro 3 - PERCY JACKSON E A ÚLTIMA CENTELHA


Notas iniciais do capítulo

Sinopse!

Nesta última parte das aventuras de Percy Jackson, batalhas incríveis serão travadas, amores serão revividos, e dramas terríveis serão sofridos por todos os que prezam o mundo dos deuses e dos heróis!



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ANNABETH

Annabeth não conseguia dormir. Comer. Sorrir. Viver.

Desde a última sangrenta batalha contra Tártaro os semideuses haviam perdido algo de muito valor.

O heroí Percy Jackson estava morto.

Mas ela não conseguia acreditar nisso. O colar de contas de Percy estava sempre pendurado no pescoço, juntamente com o dela. Nunca o tirava. Annabeth estava à muito definhando aos poucos. Mas aquilo fora demais até mesmo para ela.

Tártaro transbordava verdade, e aquelas palavras martelavam na cabeça dela desde a semana anterior.

“Seu herói... está morto!”

Aquelas palavras ressonavam na mente dela todos os dias. Todas as noites. Até mesmo em seus sonhos as palavras eram ouvidas como um calafrio gelado na nuca.

Desde a última batalha os deuses tiveram que tomar medidas drásticas. Agora Ártemis e Apolo ficavam em tempo integral. Felizmente o deus do sol não estava muito ferido.

Atena e Poseidon eram os líderes dos semideuses. Eles não dormiam nunca. Mas Annabeth também se perguntava se eles dormiam como os humanos.

Os dois deuses tentavam com todos seus poderes defender o Acampamento.

Poseidon até mesmo havia convocado seus súditos para defenderem a praia de ataques marinhos.

Atena, juntamente com Apolo, criaram uma enorme muralha de concreto e bronze que circundava todo o lugar desde a colina meio-sangue até o estreito de Long Island.

Um enorme portão de bronze aos pés da grande colina era a única entrada e saída pelo chão.

Agora que a floresta inteira havia sido queimada e carbonizada, era mais seguro recuar para dentro do vale.

Os postos avançados só eram ocupados durante o dia. À noite todos ficavam dentro dos muros.

Arqueiros patrulhavam à noite acima dos muros, atentos à qualquer movimento.

Os autômatos de Hefesto protegiam na floresta a noite, junto com o dragão Peleu.

Nenhum batedor agora era permitido perambular fora dos muros durante à noite, e as missões de reconhecimento foram todas vetadas por Atena.

Eles não sabiam nada sobre seu inimigo. Sua base, suas forças, recursos. Era como se a névoa os escondesse do alcançe dos próprios deuses que a dominavam.

A única coisa que sabiam era que estavam perdendo. E feio.

Não tinham chance.

E o ataque final de Tártaro estava para acontecer. Todos ali se despediam uns dos outros. O clima era de trágedia. E a suposta morte de Percy apenas confirmava isto.

Naquele entardecer Annabeth andava fora dos muros.Ela vagava sozinhapor entre os tocos queimados e as cinzas do chão que antes era grama.

O boné dos Yankees pendia no cinto, mas ela não planejava usá-lo. Já se sentia invisível. Mesmo que todos ali tentassem confortá-la ela se sentia mais sozinha que nunca.

Sua faca não estava na bainha. Mas ela também não queria usá-la.

A vontade era de que encontrasse com um cão infernal para acabar com seu sofrimento.

Ela já estava muito longe quando o sol despontava no horizonte alaranjado. Pode ouvir a trombeta soando, avisando a todos que o portão estava sendo fechado.

Quando a noite finalmente caiu ela já estava em uma parte não mapeada da floresta. Aonde ainda haviam árvores.

Alguns archotes estavam pendurados nos troncos das árvores. Quando Annabeth viu a primeira patrulha de dracaenas rapidamente colocou o boné.

A garota passou andando tranquilamente, e a cada passo, tinha que se desviar de mais monstros. Era uma base, para o ataque final, ela pensou.

Estandes de armas e amoladores eram vistos por toda parte. Fogueiras e centenas de monstros também.

Annabeth prendeu a respiração ao vê-los.

Seus irmãos traidores. Um grupo de sete ou oito semideuses conversavam e riam sentados em volta de uma fogueira.

Mas estava tudo errado, as armaduras de ferro estígio no chão próximo à eles. As armas do mesmo material. E as roupas negras, tudo. Camisa, calças, botas.

Ela reconheceu rostos amigos.

Quase todo o chalé de Ares estava ali. Festejando com o inimigo. Apenas Clarisse e uns três mais não haviam se debandado para o mal.

O chalé de Hécate e Nêmesis eram os mais numerosos dentre os traidores.

Annabeth passou por eles cautelosamente, após observar por um longo tempo.

Ela queria chegar até os inimigos primários. Os generais e Tártaro. Quanto mais andava, mais medo sentia. As hordas de monstros eram muito mais numerosas do que as de todos os ataques juntos.

A semideusa deveria ter andado por mais de quinhentos metros de agrupamentos de monstros quando vislumbrou o trono negro cercado por archotes que ardiam com chamas verdes dançantes de fogo grego.

A garota se esgueirou por entre as árvores que se fechavam em torno de uma clareira onde Tártaro e seus generais se reuniam. O trono do primordial estava vazio.

Uma enorme mesa retangular estava cheia dos mais diversos alimentos mortais. Além de ambrósia e néctar, frutas e vinho estava dispostas fartamente.

Hemera e Érebo estavam sentados comendo.

Próximo da borda da clareira ela viu Tártaro caminhando com Céos. Vê-lo ainda causava arrepios na garota. Além de um ódio incontrolável que a fazia cerrar os punhos com tanta força a ponto de cortar sua mão com pontas das unhas.

Quando se aproximou o suficiente ficou escondida atrás de uma árvore. As vozes estavam distantes e entrecortadas graças aos ventos mas ela ouviu uma parte.

—O ataque será amanhã – Tártaro soava impaciente.

Ele virá meu senhor – a voz de Céos era suplicante.

—Não me importo! – ele rosnava alto – Quero acabar com isto de uma vez. E quando acabarmos marcharemos até o Olimpo. Destruiremos os deuses de uma vez por todas.

—E ele? — Céos soou cauteloso.

—É só um meio-sangue idiota!

—Ele é o semideus da profecia, ele pode derrotá-lo – Céos se encolheu quando Tártaro o olhou.

—Você acha que ele pode me derrotar?

Ele derrubou Céos no chão apenas com o baque de sua voz.

“Eu sou Tártaro! Ninguém pode me derrotar. Eu sou a morte, o abismo e o fim, peça perdão. Ajoelhe-se”

Céos assim o fez. Dobrou a cabeça e a colocou aos pés de Tártaro. O deus riu. A névoa espiralou em seus pés e Tártaro o chutou na face.

O titã caiu de costas no chão. Tártaro pisou em seu peito e se debruçou sobre o rosto de Céos.

—Olhe para mim! – ele gritou e apontou o indicador no rosto do titã.

“Não ouse dizer que perderei uma vez mais, ou o jogarei no mais escuro canto de meu abismo infernal”

À essa altura Érebo e Hemera já estavam de joelhos, medrosos.

—Isto serve para vocês dois também!

Tártaro saiu de cima do titã e ele rapidamente se pôs de joelhos novamente. O primordial circulou a mesa do banquete e olhou diretamente na direção de Annabeth. A boca grotesca e vermelha se projetou em um sorriso.

—AH!

Ele gritou e voou na direção de Annabeth. A puxou pela gola da blusa. Mesmo ela estando invisível.

—Quem não viu isto? Minhas tropas são inúteis mesmo! – ele jogou Annabeth no chão, ela continuava invisível.

—Viu o que meu senhor? – Céos se manifestou andando na direção dele.

Tártaro o empurrou. Ele se abaixou e retirou o bone dos Yankees. Os primordiais brandiram suas armas para o peito de Annabeth.

—Não é necessário atacá-la, está desarmada.

“Isso é ótimo meus queridos.

Assim não teremos que atacar mais que uma vez.

Pois ele virá por ela”


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Notas finais do capítulo

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