Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 50
20 - O Guerreiro Perfeito


Notas iniciais do capítulo

Ultimo capitulo da segunda temporada, proximo capitulo será a sinopse da terceira e ultima temporada.

Boa leitura



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Na manhã daquele dia Percy estava nos estábulos.

Muitos dias haviam se passado após a reunião com Caos. Ele limpava tranquilamente a sela de Gryphion, assoviando uma melodia suave.

Os pegasós comiam no cocho e murmuravam pedidos de torrões de açúcar na cabeça do garoto. Ele já havia gasto um saco inteiro de açúcar com aqueles cavalos.

O grifo dormia nas costas de Percy. O garoto estava recostado em sua asa.

Ele estava acabando de lustrar o assento quando ouviu a voz de Luke.

—Percy!

Ele veio correndo na direção do garoto.

—Você precisa ver isso, vamos, rápido – Luke tirou a sela das mãos dele e o puxou. Eles correram por toda a fortaleza esbarrando em monstros e nínfas.

A aura do lugar ainda era a mesma. Alegre. Festiva. Sátiros cantavam com flautas doces e liras. As praças estavam abarrotadas de todo tipo de criatura como sempre. Pequenas dríades voaram de encontro a Percy quando ele passou correndo pelo ninho delas nos galhos de uma macieira florida.

O garoto cumprimentava alguns por onde passava. Durante o tempo em que ele permaneceu na cidadela construiu amizade com peculiares criaturas. Cães selvagens, empousas e, até mesmo, alguns ciclopes.

Quando chegaram ao corredor da biblioteca dobraram a esquerda. A escada que levava à sala de Caos era do outro lado.

Eles voaram pelo corredor que se extendia mais à frente. Os moradores da fortaleza chamavam de Grande Salão.

Era o pavilhão onde eles comiam, festejavam à noite e viam o que se passava no mundo dos deuses.

Haviam mesas enormes, famílias, os monstros viviam felizes e até construíam famílias. Todos estavam quietos, absortos na enorme televisão.

Na verdade era um enorme espelho de bronze que mostrava tudo em tempo real naquele lugar.

O Acampamento Meio-Sangue.

Como Caos havia dito que se chamava. Era o lar dos filhos dos deuses gregos. Caos dissera que eles eram a última esperança da humanindade contra o primordial Tártaro. Dizia que ele deveria ajudar os semideuses a derrotar o mal que ameaçava por fim à existência.

Segundo ele Percy era um filho de Poseidon. O único vivo. E os poderes sob a água do garoto apenas confirmavam isso.

Na TV mostrava uma batalha intensa. Projéteis eram lançados nas trincheiras de semideuses. Bombas, fogo grego ardia nas poucas árvores restantes. Nínfas corriam com o cabelo em chamas, os semideuses estavam sendo cercados.

Mais à frente duas figuras imponentes e brilhantes lutavam contra um homem e uma mulher diferentes.

Ela tinha a pele clara e os cabelos branco como cal. Trançados às suas costas. Usava uma simples túnica branca que cobria até seus pés.

O homem era escuro, negro como a noite. Sua armadura era de ferro estígio, assim como a espada e o escudo.

Cada um lutava com um deus. Percy reconheceu os gêmeos. Apolo e Ártemis lutavam contra os primordiais. Érebo e Hemera. Era uma surra de arrepiar os ossos. Apolo não tinha chance, Érebo ria malignamente enquanto desferia mais e mais golpes no deus do sol. Ele já não tinha a armadura brilhante, ela estava suja de terra e com rachaduras avançando por todo o peitoral.

Ártemis também não era diferente. Hemera tinha um sorriso infantil no olhos. Encarava a deusa como um bichinho raivoso. Ártemis disparava flechas e a primordial apenas movimentava a cabeça, ela não atacava, mas Ártemis se cansava e caía no chão ao errar ataques fortes.

Mais próximo da floresta Percy viu Tártaro sentado em um trono. O deus parecia entediado, assoviava enquanto apoiava o rosto na mão recostado no trono.

Logo à sua frente estava o titã Céos. Ele lutava contra dois inimigos.

Poseidon e Atena.

Percy se surpreendeu, não havia visto os deuses durante o tempo que passara na cidadela de Caos.

Céos ao contrário dos primordias lutava seriamente. Encarava seus adversários com os olhos cerrados. Poseidon e Atena lutavam bravamente, brandindo tridente e espada, procurando uma fenda na armadura do titã.

Hordas de monstros saíam da floresta em cinzas correndo e gritando como loucos. Eles passavam direto pelos deuses e iam de encontro aos semideuses. Ciclopes, harpias, cães infernais, e mais monstruosidades.

Os monstros de lá eram diferentes dos súditos de Caos, esses eram calmos, sem mal. Os monstros de Tártaro eram os caídos, aqueles que Caos não conseguia restaurar.

Mas não foi isso o que fez gelar a espinha de Percy. E sim os outros semideuses. Trajando armadura e armas de ferro estígio. Eles eram mais altos, mais fortes e ferozes. Corriam mais rápido e destroçavam tudo em seu caminho.

Era Semideus contra Semideus.

Quanto mais o tempo passava mais os semideuses eram encurralados. Quando Apolo foi ferido todos fizeram uma formação tartaruga para defender o deus.

Poseidon e Atena ficaram de fora, armas a postos. O olhar selvagem de Atena lembrava o de alguém, mas Percy não sabia de quem.

Na verdade ele não sabia muita coisa. Apenas sobre os deuses, os filhos deles e tudo que estava acontecendo na guerra, além de todas as coisas do Livro de Gaia. Não se lembrava de nenhum rosto que passava no espelho, nem de sua mãe, mas ele não perguntava.

Seu único objetivo era derrotar Tártaro. Ponto final. Caos sempre mencionava isso como algo de extrema importância. Mas ele havia ordenado o garoto a ficar apenas observando, até que chegasse a hora de se revelar.

Logo que a luta se abrandou e os semideuses foram cercados Tártaro se levantou.

Ele passou por seus generais e se postou frente aos deuses.

O deus sorriu sinistro. Mexeu as mãos no ar e a névoa se espiralou num pequeno tornado negro.

Algo caiu nas mãos do primordial.

Era um colar de couro com várias contas coloridas.

O primeiro era um tridente azul. O segundo era o manto do extinto Velocino de Ouro. Um arco e flecha azul era a terceira conta. Os outros dois eram um labirinto e o último um edifício. O Empire State.

Todos ficaram pasmos. Até mesmo os deuses. Pôde-se ouvir um choro ecoar. Uma menina loura estava caída no chão de joelhos. Alguns tentavam confortá-la.

—Seu herói – ele cuspiu.

“Está morto!”

Percy se perguntou quem era o dono do colar de contas. Quem seria esse herói misterioso.

Os monstros deram vivas para o alto. Brandiram as espadas e as bateram nos escudos.

Tártaro e seus generais gargalharam enquanto todos baixavam as armas e os rostos ficavam pálidos.

—Por hora, ordeno minhas forças que se retirem.

“O próximo ataque será o último. Que os deuses estejam com vocês

A última frase soou com um sarcasmo tão cruel que o vento cortou o lugar como facas rasgando carne.

O vendaval de névoa negra sumiu com Tártaro e seus generais.

O resto de suas forças foram embora marchando. Os outros semideuses brandiram suas lâminas e se foram na frente. Nada emitia som quando eles se foram.

Alguns se foram em passos pesados até um aglomerado de chalés dispostos em Ômega ali perto.

A garota loura continuou ali após muito tempo. Muito após os outros irem embora. Nem mesmo quando a chuva começou a cair ela se moveu. O colar de contas estava em suas mãos.

Percy observava tudo de braços cruzados.

A dúvida crescia em sua mente. Ele queria desesperadamente ajudar os meio-sangues.

Quando a voz de Caos ecoou no salão tudo ficou sinistro. O arrepio na nuca de Percy parecia uma baforada de Tártaro.

—É chegada a hora Perseu Jackson.

“O herói deve retornar”


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Notas finais do capítulo

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