Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 3
03 - O Reino Submerso


Notas iniciais do capítulo

3º capitulo, se gostou, comente e favorite.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/367265/chapter/3

Naquela manhã , acordei com bastante energia pela boa noite de sono sem sonhos. Me arrumei para sair e tomar café. O dia continuava lindo graças à barreira que controlava o clima no Acampamento.

Campistas já andavam pela área dos chalés, alguns já com armaduras indo em direção à arena.

Depois do café iria tentar encontrar Miranda para falar sobre a surpresa e praticar um pouco de esgrima antes de dar aula para os novatos.

Encontrei Miranda à sombra de uma árvore próxima ao refeitório e a cumprimentei.

—Depois do café quer ir treinar comigo na arena? –ela perguntou enquanto caminhávamos.

Avistei Annabeth conversando com um menino todo de preto que reconheci como meu “primo”. Nico di Angelo e Annabeth conversavam animadamente. Logo que cheguei perto o bastante ela me viu e veio em minha direção.

—Bom dia.

—Bom dia Sabidinha. Dormiu bem?

—Tenho que me lembrar de agradecer a Morfeu pela noite sem sonhos estranhos – ela sorriu.

—É , eu também – omiti o sonho.

—Percy, não vai me cumprimentar não? – Nico demonstrou falsa indignação.

—Nico, bom te ver cara, quando chegou? – perguntei.

—Ontem à noite, mas não pude ver você e Annabeth, cheguei logo após o toque de recolher.

Caminhamos nós quatro até as mesas. Avistei a garota de cabelos pretos afiando uma flecha de prata.

Ela usava uma jaqueta prata e um arquinho na cabeça, mas nada combinando com seu estilo punk.

Uma camisa preta com uma caveira no meio cobria seu tronco. Jeans rasgados e coturnos.

Annabeth disparou e foi abraçar a filha de Zeus. Elas não se viam desde o aniversário de Annabeth. Me aproximei meio sem graça, nunca se sabe se Thalia me daria um choque ou um abraço.

Cabeça de Alga, oi – ela riu sarcástica.

—Cara de pinheiro, tudo bem? –o sarcasmo foi o mesmo no meu tom.

—Melhor do que você. Tá mais magricela que o normal.

—Há-Há, você também. Não dá pra viver só da energia do mundo sabe – a abracei, nossa relação era assim.

—Então , como está o namoro de vocês?

—Vai bem, com certeza a amo, e com sorte ela sente o mesmo – corei.

Novamente peguei a mão de Annabeth e continuamos andando em direção ao refeitório. Chegando lá me despedi de Annabeth e fui até a mesa de Poseidon.

Quíron bateu os cascos.

—Crianças , como foi a noite de vocês?

“Estou falando com vocês para avisar que nosso querido Percy Jackson, filho de Poseidon, continua para este ano como Mestre de Esgrima. Percy como muitos sabem tem bastante experiência em combates, tanto que já enfrentou o Senhor Titã quando ele se reergueu, além de muitos outros monstros e deuses, até."

Dito isso, eu me levantei e me apresentei para os novos rostos que enchiam as mesas do refeitório, ouviu-se um murmúrio aqui e ali sobre “Ele enfrentou Cronos?!” e “Esse cara é um inseto” disse outro, que deduzi sendo um do chalé de Ares.

Me sentei e me servi de uma taça de suco de laranja e uma bandeja de frutas e torradas.

Quíron murmurou um “Aos deuses” e todos o seguimos. Ofereci minha comida a Morfeu, buscando uma forma de entender o sonho estranho da noite passada.

Após comer fui à arena. Miranda me ajudaria, a encontrei no caminho, após passar pela Arena. E Nico, mais a frente encostado em uma arvore com um Ipod.

Quando fui à uma das estantes pegar uma couraça fui derrubado, e lambido da cabeça aos pés.

Brinquei um pouco com a Srª O’leary. Miranda me ajudou a prender as tiras da armadura logo depois. A garota e eu nos dirigimos para o centro. Nico ficou sentado na arquibancada mexendo no Ipod.

Eu e ela nos encaramos, e sacamos as armas. A dela era uma lâmina de ferro estígio, como a de Nico.

Contracorrente brilhou no sol da manhã.

—Então, pronta filha de Hécate? – perguntei sorrindo sarcasticamente.

Ela era uma exímia guerreira. Defendia e atacava por brechas em minha defesa melhor que qualquer um ali. O ferro estígio podia me ferir, já que era feito do mesmo material, por assim dizer, que a Maldição de Aquiles. Obsidiana.

Depois de alguns minutos de luta árdua, a desarmei e apontei Contracorrente em seu pescoço.

Ouviu-se alguns murmúrios e percebi que não só havia pessoas nos observando como lutas ao longe para tentar repetir o movimento que utilizei em Miranda.

Os murmúrios estavam muito altos, Miranda me ajudou

—Ei , calem a boca! , o mestre da esgrima está tentando dar sua aula.

Com um olhar a agradeci.

—Olá , sou Percy Jackson, o seu mestre de esgrima.

Alguns campistas foram embora, ficando apenas os novatos.

—Queremos aprender o que você fez na garota de cabelo preto – gritou um deles de um ponto à minha esquerda, me virei naquela direção.

Houve um murmúrio de concordância.

—Tudo bem , já que a maioria quer isso, tudo bem. Vamos aprender o golpe que usei em Miranda.

“Começaremos com o posicionamento firme do corpo”

—Queremos ver como se faz – um disse.

Eu assenti e chamei cutuquei Miranda ao meu lado.

Pedi a Miranda que a luta fosse o mais real possível.

Depois de algum tempo lutando com ela , consegui realizar o movimento. Os alunos se surpreenderam com um Uuh.

—Alunos, como disse anteriormente, lhes ensinarei primeiro o posicionamento do corpo. – eu disse.

Quando eu estava ensinando a ultima parte do ataque, ouvi um garoto que não pude ver pronunciar ao longe um “Mestre, gostaria de tentar o golpe contra você”.

Assenti e no meio dos alunos revelou-se um garoto de altura média, cabelos pretos e olhos castanhos , parecido com Clarisse. Ele disse ter 12 anos e também disse seu nome, Andrew Sorrey , filho de Ares.

Demorei um pouco a acreditar que um filho de Ares pudesse ser educado e chamar alguém de mestre, mesmo eu sendo realmente o mestre, achei que morreria antes de ver isso. As coisas mudavam, afinal.

O garoto me encarava com uma espada de mais ou menos 1 metro de bronze celestial e cabo de couro, ele estava usando uma blusa do Acampamento e permanecia com um olhar determinado. Girei Contracorrente e apontei para ele.

—Pronto? – perguntei para logo ele assentir.

Fui surpreendido por três movimentos ágeis e me deparei com uma lamina apontada para meu pescoço.

Contracorrente pendia para baixo em minha mão.

Ouvi de longe um “O Que houve Jackson, perdendo para um garoto de 12 anos?!” , reconheci ser Clarisse, que olhava a luta de longe.

Olhei mortalmente para ela, e com a ponta dos dedos tirei a espada de Andrew de meu pescoço.

—Onde aprendeu a lutar? – perguntei realmente surpreso.

—Eu praticava desde os nove anos – ele disse sem graça.

—Tudo bem, posso tentar de novo? – perguntei querendo distraí-lo.

O pequeno garoto era um ótimo lutador, mas com minha experiência o derrotei.

Eu estava um pouco suado por conta do esforço, então, tirei a armadura que havia pegado na arena e me despedi da Sr. O’leary com rumo aos estábulos para rever outro velho amigo.

Antes de ir para lá, passei no refeitório e peguei uns torrões de açúcar.

Cheguei aos estábulos e vi o alazão negro e mais uns pégasos brancos.

“Ei chefe” — disse meu amigo BlackJack.

Oi cara— respondi

“Trouxe alguns torrões de açúcar pra mim?”

Hoje é seu dia de sorte amigo, trouxe alguns sim.

Devagar fui dando os torrões e quando estava no ultimo decidi que iria cavalgar um pouco em meu velho amigo.

Usei um arreio de couro preto lustroso e o prendi nas costas do alazão negro de pelos brilhantes. Blackjack já estava familiarizado comigo e não fez menção de atrapalhar minha subida em suas costas.

Estava cavalgando a alguns minutos e BlackJack batia as asas feliz , pedi a ele que me deixasse acima da praia.

Iria visitar meu pai. Ordenei às correntes que me deixassem submergir mais e mais, até que o sol não podia ser visto pelas águas.

Logo após um tempo , duas amigáveis lulas marinhas se ofereceram para me escoltar até a entrada do palácio de meu pai.

Estava quase finalizado após a sangrenta guerra de meu pai contra Oceano , as vezes meu pai manda mensagens de íris para Annabeth pedindo alguns conselhos.

Ele dizia que Proteu era um bom decorador mais que era extravagante demais e coisa do tipo.

Eu achava incrível , as duas lulas se afastaram quando eu pisei nos degraus da fortaleza marinha de meu pai , então vi uma figura feminina com cabelos cor de caramelo , que me recordei como Anfitrite.

A esposa de meu pai me olhava com frieza e me analisava como um aluno observava um sapo na aula de biologia , então ela se forçou a dizer com firmeza.

—O Senhor Poseidon o espera em seu escritório –senti o desprezo.

—Hã...obrigado – eu disse meio sem jeito.

Ela se foi numa chuva de bolhas de ar e eu continuei nadando pela imensa fortaleza.

Haviam sereianos conversando aqui e ali , lulas e polvos passavam nadando e iam embora , o palácio estava infinitamente mais bonito do que antes.

Edifícios construídos em madrepérola e pedra coral circulavam uma área enorme.Contei pelo menos uns 30.

Imensos jardins de pérolas brilhavam por toda parte.

Após a guerra com Oceano , parecia que o reino de meu pai estava calmo.

Fui nadando até o escritório de meu pai, logo avistei a grande porta azul-marinho entreaberta e vi o senhor de camisa havaiana lendo um livro com um pégaso na capa , eu bati na porta e ele logo se virou para mim e abriu um sorriso.

—Meu filho.

—Olá , Pai.

—Como está? – ele perguntou , mas a julgar pelo meu olhar ele parecia ter descoberto o motivo de eu vir.

—Tudo bem pai , estou bem – pigarreei.

—Não precisa ficar desconfortável filho , eu sei porque veio , e não se preocupe , vou lhe ajudar , afinal você já me ajudou muito , salvou minha família– ele foi orgulhoso em seu tom.

—Hã...obrigado – fiquei envergonhado, para sua diversão.

—E Annabeth , sabe de algo? Você esta planejando algo grande meu filho.

—Acho que não.

—Ela o ama , vai adorar a surpresa , e não se preocupe , nunca me pediu nada , é o minino que posso fazer. E também iria te dar algo a mais, mas no seu aniversário – ele disse sorrindo.

—Tudo bem , obrigado pai –as palavras de confiança de meu pai me ajudaram.

—Percy – ele disse me olhando seriamente.

“As coisas estão serias no Olimpo , eu não deveria estar falando disso com você , porém confio em sua palavra.

Estão havendo muitas discussões entre os deuses , Zeus manteve segredo a todos nós , eu nunca o vi assim. Ele anda estranho e pensativo , mesmo quando a ameaça de Cronos foi iminente ele não esteve assim. Não converse sobre isso com ninguém Percy , na hora certa você saberá o que esta por”

Eu assenti tudo que ele disse, fitando a clarabóia no teto do escritório.

Me despedi dele , saí de seu escritório e então ordenei às correntes que me levassem para cima.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

coment