Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 2
02 - Retorno


Notas iniciais do capítulo

Aí está o segundo capitulo !! Aproveitem



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 02 - Retorno

 

Annabeth leu um livro durante todo o caminho.

O dia estava lindo, céu azul com poucas nuvens. Os campos verdejantes de Long Island eram deslumbrantes e iam até onde os olhos podem ver, com árvores de copa alta e algumas fazendas com pomares de frutas variadas.

Avistei a conhecida colina no fim de mais algum tempo e meus olhos brilharam.

Logo que chegamos, Annabeth e eu saltamos do carro para pegar nossas coisas, eu me prontifiquei em pegar a mala de Annabeth.

Decidi que iria no dia seguinte visitar meu pai.

Hoje iria ficar com Annabeth e também passaria o resto do dia revendo meus amigos e treinando um pouco. Precisava esticar os músculos antes de ensinar os campistas de 12 anos a perfurar os bonecos de palha da Arena.

Após andar e cumprimentar amigos e o dragão Peleu, a Casa Grande se erguia na base da Colina.

Quíron e o Sr. D jogavam Pinochle na varanda.

Miranda e Rachel estavam apoiadas na varanda conversando quando nos viram aproximar. Os olhos de Rachel se iluminaram, não consegui decifrar sua expressão.

Miranda deu uma piscadela em minha direção, enquanto Annabeth abraçava o centauro Quíron. Retribui sorrateiro.

—Olá, Crianças! – era seu cumprimento normal.

—Vou fazer 23 anos, Quíron – Annabeth soou meio petulante. Era o jeito dela.

—Pra mim sempre serão crianças, e eu farei cinco mil e quarenta e oito, na semana que vem. Vocês são crianças, sim.

 Troquei um soco com o centauro, que retribuiu em sua cadeira de rodas.

Fiquei parado observando os dois, Annabeth fora rejeitada pelo próprio pai e Quíron a trata como sua filha desde que ela tinha 7 anos.

Seus laços eram bastante fortes.

Annabeth era uma das poucas pessoas que tinham a total confiança de Quíron.

—Meu garoto, não vai me abraçar também? – ele sorriu para mim.

Logo o abracei e percebi que o Sr. D estava tão concentrado em suas cartas que nem havia percebido a nossa presença.

—Sr. D ? – Quíron disse pigarreando.

—Peter, Annabell que bom que ainda não morreram e sejam bem vindos e blá blá blá – abanou as mãos, mostrando seu enorme afeto pelos semideuses.

—Sr. D! – advertiu Quíron, e o deus apenas abanou mais uma vez a mão, fazendo Quíron revirar os olhos.

—Imagino que a viagem foi cansativa, por isso estão isentos das restantes atividades – disse o centauro.

—Tudo bem, até mais tarde Quíron – disse Annabeth.

Estávamos indo para a ala dos chalés. Me despedi de Annabeth no chalé 6.

O chalé 3 estava igualzinho a antes. A pintura da cor das águas do mar Egeu, além dos entalhes nas paredes de mármore, retratando a glória de Poseidon. Estava era precisando de uma mão de tinta.

A porta e as janelas estavam meio empoeiradas, Tyson não estivera no acampamento nos últimos meses.

Meu beliche estava bagunçado , o chifre do Minotauro pendia num suporte na parede.

Iria à praia para relaxar um pouco depois andaria pelo acampamento para rever alguns amigos.

Coloquei a roupa de banho, sai do chalé e me dirigi à praia, ao longo do caminho cumprimentava alguns campistas amigos. O Acampamento estava lotado, os deuses não deveriam estar assistindo muita televisão divina, pelo que parecia. Vários dos rostos eram estranhos a mim.

Os rostos que eu nunca havia visto ocupavam os campos verdejantes da área dos chalés. Das mais variadas idades, desde muito novos a quase da minha idade, alguns. Só os três grandes pareciam não adicionar bastardos à conta de novos semideuses.

Logo que cheguei perto do mar, a brisa invadiu minhas narinas e senti um alívio nos músculos , continuei andando e logo que pisei na areia já ia me jogar na água, uma voz familiar me chama.

—Aonde vai Cabeça de Alga?

—Ia Nadar – me virei.

—Porque “Ia”, achei que já estivesse decidido a ir –ela sorriu sarcástica.

—Prefiro ficar com você, vem até aqui Sabidinha – respondi sorrindo maliciosamente.

Quando estava bem próxima de mim a acertei com um jato de água nas costas.

Ela ficou furiosa, e uma guerra de água e areia foi travada. Para logo depois nos deitarmos na praia.

—Eu posso tirar essa areia mais fácil que você – sorri, novamente malicioso.

Ela logo entendeu e olhou mortalmente para mim, mas já era tarde demais , uma enorme onda nos acertou em cheio, fazendo uma Annabeth ficar com raiva e ao mesmo tempo sorrindo com minha brincadeira.

—Você me paga! –ela se levantou.

—O que você vai fazer?– olhei para ela intrigado.

—Isso! – disse ela pegando areia e jogando em meus cabelos e meu rosto.

Brincamos por um tempo incontável, corremos pelos chalés, treinamos na Arena e escalamos por prazer.

***

Depois que o sol havia despontado no horizonte eu deixei ela no chalé e fui tomar um banho, e tirar um cochilo até o jantar.

Logo que deitei a cabeça no travesseiro apaguei.

Fui transportado para o mundo dos sonhos. Eu e Annabeth correndo de mãos dadas tranquilos por um grande parque ao ar livre, Annabeth me parou , olhou em meus olhos e quando ia dizer algo, o sonho mudou e fui transportado para uma escura caverna.

“Perseu Jackson , eu vou tirar tudo o que você tem , sua namodinha insignificante e seu adorado acampamento cairão diante de minha ira , seus amigos , sua família , seus deuses , implorarão pela morte quando eu me reerguer”

Ao ouvir isso , percebi duas coisas.

Primeiro. A voz era estridente e antiga, porem não era a de Cronos, parecia ser mais oca e transcendente. Como se reverberasse entre abismos de cânions.

Segundo. Fiquei com muita raiva. Não sofria uma ameaça a bastante tempo, tirando os monstros ocasionais na saída do trabalho ou da faculdade.

Acordei com um salto e molhado de suor, olhei no relógio e já passava das sete.

Tomei um banho rápido e saí do chalé. Vi Grover, e meu coração se encheu de felicidade.

—Ei, garoto bode – sorri para o sátiro.

—Peercy – ele correu em minha direção

—Estava com saudades cara. Nem parece que já faz quase um ano que nos vemos.

Apertei sua mão e o abracei em seguida.

—Eu também cara, mas agora que me tornei um Senhor do Mundo Selvagem, quase nunca tenho descanso – os olhos dele estavam fundos com olheiras, mas ele parecia satisfeito.

—Ei, se anime cara, você é um Senhor, tem a Juníper, e todos do acampamento gostam de você – Grover inflou o peito e assentiu com a cabeça sorrindo.

Fomos andando em direção ao refeitório e Grover se sentou comigo na mesa de Poseidon.

Meu cálice se encheu de Cherry Coke azul.

De longe pude ver Annabeth sorridente conversando com seus irmãos. Quíron bateu os cascos no chão e levantou sua taça.

“Aos Deuses” ecoou.

Fui até a fogueira e despejei um pouco de comida à meu pai.

Mesmo ele não tendo falado comigo nesse ultimo mês, eu precisava da ajuda dele para fazer a surpresa para Annabeth. Voltei a mesa e Grover disse que precisava ir até a floresta.

Fui até a fogueira para ouvir a tradicional cantoria do chalé de Apolo.

Me sentei numa enorme amofada azul quando senti duas mãos taparem meus olhos.

Sabidinha!

—Cabeça de Alga – disse ela.

A chama da fogueira ia do amarelo , para o laranja e do laranja para o púrpura , os deuses gostavam da cantoria.

Annabeth acabou por pegar no sono com meu carinho.

Resolvi não acordá-la.

O toque de recolher ressoou no acampamento então peguei Annabeth no colo ainda dormindo e a conduzi pelo caminho até o chalé de Atena.

Abri a porta, com ela nos braços e a depositei em sua cama , tirando seus tênis e sua meia. Ela suspirou feliz.

Após seguir para o chalé de Poseidon, o sonho ainda me incomodava. Mas depois de um tempo consegui dormir.


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Notas finais do capítulo

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