Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro


Capítulo 12
12 - Desafios, segunda parte


Notas iniciais do capítulo

Bom , capitulo 12 está ai , tentem divulgar a fic vocês que favoritaram e deixem reviews , gosto de ler o que vocês acham , obg.

-Pedro



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12 — Desafios, segunda parte

 

Percy Jackson...

 

Eu estava terminando de selar meu novo amigo Pégaso e olhava para as criaturas no céu enquanto minhas mãos trabalhavam com perfeitas habilidades.

 Após fazer alguns ajustes meu amigo se esticou um pouco voando por ali perto e após alguns instantes voltou, com expressão determinada.

 “Está pronto , semideus?”

 —Eu sim, e você meu amigo? – tirei a tampa de contracorrente e a coloquei na bainha que achei.

 “Então suba, você tem que matar alguns monstros”— ele se virou de lado e esperou.

 Subi determinado e ordenei que ele cavalgasse em direção aos monstros do céu. Ele voava mais rápido que Blackjack, como um míssil, rapidamente entramos na visão das dezenas de harpias, grifos e alguns animais que tinham penas flamejantes ,como fênix.

 A primeira harpia veio voando desengonçada em nossa direção, devido aos fortes ventos, felizmente meu pégaso não se incomodava, apenas passou a poucos centímetros da harpia para que eu pudesse eliminá-la com apenas um corte.

 Vieram mais duas harpias e realizamos uma acrobacia, que me deixou surpreso por sinal, ele descreveu um giro no ar e ficamos de ponta a cabeça, quando nos aproximamos da harpia eu apenas estendi Contracorrente para o lado e mais duas foram reduzidas a nada.

Então foi a vez de uma fênix, quando ela se aproximou deu uma cabeçada em meu pégaso, o que achei estranho porém o fez perder o equilíbrio e fazê-lo despencar em pleno ar, devido aos fortes ventos, por pouco não me soltei da sela e então tentei acalmá-lo.

 —Calma amigo, concentre-se em nos manter no ar— eu disse mentalmente com a voz o mais apaziguadora possível.

 “Não estou agitado senhor, apenas é difícil voar em um túnel de vento sabia?” – ele pareceu indiguinado.

 —Me desculpe, é que o chão já está bem perto e a não ser que você queira ser uma mancha nas pedras lá embaixo é melhor conseguir nos manter no alto— eu olhei para o chão e me desesperei, estávamos a poucos metros.

 

Então ele relinchou triunfante enquanto abria as asas e dava um rasante, passando à centímetros das rochas. Aos poucos conseguimos chegar novamente à altura que os monstros voavam, me preparei para matar a fênix, e ordenei ao pégaso que voasse o mais rápido possível.

 

O vento ofuscava minha visão, porém com o pouco que eu enxergava consegui mirar a fênix e arremessar Contracorrente em sua cabeça, e enquanto eu acompanhava a fênix se desfazer em faíscas e fumaça minha espada retornou para minha mão em forma de caneta.

 Tirei a tampa e me preparei para acabar com o resto dos monstros.

 Continuamos em um ritmo rápido e a cada monstro que voava em nossa direção era mais um rastro de pó no ar. À medida que voávamos e matávamos mais monstros mais a ponte ia se encurtando , e agora o que parecia não ter fim terminava em uma fachada estilo grega rodeada por algumas arquibancadas , esperei até o último monstro que eu via ser reduzido à pó e ordenei meu pégaso a começar a cavalgar na ponte , por precaução me mantive alerta com minha espada em mãos. A fachada parecia maior agora que faltavam uns poucos metros para alcançarmos o teatro de Dioniso , mas , antes que pudéssemos adentrar um corredor que levava à parte interior da construção algo nos acertou de lado.

Atravessamos a lateral da ponte, a destruindo, e despencamos mais uma vez para o chão , que agora estava bem mais perto. Pedi ao pégaso que tentasse realizar outra façanha e nos por no alto mais uma vez enquanto eu olhava para o alto, tentando localizar o que tinha nos atingido.

Vi um par enorme de asas brancas límpidas indo em direção ao teatro.

 Após o pégaso conseguir realizar a acrobacia e nos colocar mais uma vez no ar nos dirigimos ao teatro do Sr. D. Passamos pelo corredor que levava até as arquibancadas, ele era muito bonito, feito de mármore e cimento, com pinturas retratando os deuses e detalhes entalhados nas paredes.

Após passarmos cavalgando pelo corredor entramos no que eu pensei ser o palco, e meu pégaso parou. Ainda montado olhei em volta, era um bonito teatro, as arquibancadas eram limpas e pareciam recém construídas, a fachada era parecida com a das mansões que eu vi em Atenas, com janelas em forma de arcos, e uma série de escadas nos cantos que levavam a um tipo de varanda na parte superior da construção.

 Desmontei do pégaso. Com Contracorrente em mãos me mantive alerta , eu havia chegado ao meu destino , o desafio estava quase no fim , pela posição do sol no céu já deviam passar das 17:00, pelas minhas contas eu deveria ter até no máximo 18 horas antes do prazo acabar.

 Depois de um tempo esperando com minha espada em mãos eu havia decidido a ir vasculhar no teatro por alguma pista, olhei em todas as arquibancadas, olhei nos corredores, na fachada, que tinha algumas máscaras que representavam alegria e tristeza nas paredes que haviam no interior do teatro.

Deixei uma das mascaras cair quando ouvi um som parecido com o que as águias fazem, mas este era bem mais forte e agudo.

Ao chegar no palco meu amigo pégaso havia desaparecido.

 —Amigo, aonde você está? – disse mentalmente com força extra.

 Nada. Olhei em volta e não encontrei algo que poderia tê-lo pego. Ouvi mais uma vez o ganido de águia e me virei para a origem do som. Pousada, no topo da fachada do teatro havia uma enorme águia branca, e ela estava com meu pégaso na boca, ele se debatia e relinchava irritado tentando escapar.

 “Senhor, senhor, me ajude , esta águia maldita me pegou mais uma vez” – ele relinchava, sua voz tinha um tom de desespero.

 —Mais uma vez?— eu dirigi o pensamento a ele enquanto observava a águia, ela era muito grande, devia ter uns 5 metros com as asas fechadas, estas que eram brancas e límpidas com penas parecendo espinhos.

 “Sim, lembra-se que eu lhe disse sobre um semideus que a muito tempo cavalgou em mim. Ele veio até aqui, como o senhor e quando...” — ele foi interrompido, quando , diante de meus olhos, vi um pégaso amigável se desfazer em pó, à minha frente.

 —Não precisava ser assim— rosnei, quando uma onda de raiva se apoderava de mim.

 A águia, parecendo ter entendido abriu suas asas e desceu, ficando frente a frente comigo. Não me dei ao luxo de abaixar ou me proteger, apenas a encarei, com fogo correndo nas veias.

 Na primeira tentativa relâmpago que a águia lançou uma de suas asas na direção de minha cabeça ela perdeu algumas penas e piou em dor. A raiva que me tomara fazia com que Contracorrente se movesse sozinha em minhas mãos, minhas habilidades estavam no auge, como se eu estivesse treinando para este combate a anos.

 A luta entre mim e a águia gigante estava acirrada, as penas dela não se importavam com o fato de eu ter a Marca de Aquiles, me cortavam e perfuravam sem nenhum esforço. A águia estava com cortes no peito, e nas asas, algumas penas dela estavam voando perto de onde lutávamos, até que houve um momento de descuido por parte dela.

Ela uma de suas asas na direção de meu pescoço mas finquei Contracorrente por baixo, quando ela estava recolhendo suas asas retirei minha espada de sua asa e a cortei pela metade, pousando em seu pescoço.

 Ela estava aturdida e ganindo por causa da dor e sequer percebeu minha presença em seu pescoço. Não perdi tempo e então finquei Contracorrente em seu pescoço, fazendo aos poucos ela se transformar em cinzas negras.

 Tampei minha espada outra vez e gritei alto para Reia. 

—O que mais tem para mim? – disse alto para os céus gabando-me.

 “Ah herói não pense que seu desafio acabou , pelo que percebe ainda não tem sua parte da resposta , ou tem?” – ela gargalhou logo após terminar de falar.

 Esperei algo acontecer e o monte cinzas que restou da águia começou a tremer e soltar fumaça, então como um passe de mágica uma águia, com penas vermelhas que irradiavam fogo renasceu das cinzas, como uma fênix. Para minha sorte ela era um pouco menor, e agora não conseguiria colocar um cavalo na boca.

 O bater de asas da fênix fazia a temperatura aumentar, tanto que me causava queimaduras mesmo à distancia. Ela veio em minha direção. Tentou várias vezes por fogo em mim ou me acertar com seu bico mas eu me esquivava com habilidade incrível, e a raiva que ela causara em mim apenas me fazia querer vê-la no tártaro.

 Após algum tempo nossa luta estava muito cansativa para mim. O suor e  minha camisa apenas confirmava minha escassez de energia, a fênix parecia estar disposta a lutar contra mais 10 meio-sangues e demonstrava habilidades incríveis. Hora ou outra ela cuspia fogo e eu me esquivava com sorte, então comecei a analisá-la, quando ela ameaçava cuspir fogo seu corpo parava de se defender por algum tempo e o fogo demorava um pouco a sair, então uma louca ideia brotou em minha mente.

 A fênix parou e me analisou, voando. Tampei Contracorrente e me preparei. Quando ela ameaçou lançar as chamas tirei a tampa de Contracorrente e a lancei na direção do monstro , em um milissegundo a caneta esferográfica se transformou em minha espada e atravessou a garganta da fênix com uma explosão aguda, e no lugar aonde estava uma fênix foi tomado por alguns números aleatórios em chamas, voando à minha frente — a pista— pensei.

 Memorizei os números em grego 22º 57’ , eu aprendera isto em geografia mas não lembrei do que se travava , e os números desapareceram no momento em que um raio me atingiu.



Thalia Grace...

 

Me posicionei atrás de uma mesa para analisar o enorme dragão amarelo que quebrara o teto do Erecteion.

Ele não havia me notado mas farejava o ar, me procurando.

Sua aparência era de dar medo, possuía grandes asas amareladas com alguns fincos pretos, olhos vermelho sangue e garras também pretas, enormes, devia ter uns 2,5 metros de asa à asa e 2 metros de comprimento. Meu coração batia acelerado , da ultima vez que eu lutara com um dragão a própria Lady Ártemis tivera que nos ajudar, perdemos muitas caçadoras e eu quebrei alguns ossos.

Numa tentativa de mudar de posição esbarrei meu pé em algumas xícaras de cerâmica no chão , e então o dragão lançou fogo em minha direção.

 Corri para fora do Erecteion. O dragão levantou voo e atirou labaredas em minha direção, algumas defendi com Aegis e de outras me esquivei, a neve ao meu redor em alguns pontos fora substituída por terra queimada.

O dragão continuava a voar e eu não tinha como me defender por muito tempo. Defendi uma das chamas e apontei minha lança na direção do monstro e um raio ribombou no céu.

O raio o acertara na asa e ele não tinha mais a habilidade de voar, mas, para minha sorte os ventos começaram a aumentar e eu não conseguia ver quase nada, não fosse pelo casaco que Ártemis me dera eu já estaria congelada no chão.

Eu ia defendendo e lançando raios no monstro , mas ele não se transformava em pó, após ele se recuperar do raio em sua asa em um milésimo de segundo ele já estava voando, e eu, presa em suas garras. Me debati para sair e em uma das patas finquei minha lança, mas agarrei a outra, então fiz a escolha errada e olhei para baixo.

 Sobrevoávamos o abismo.

O pico estava à alguns metros de distância, o dragão tentava me abocanhar mas eu me defendia como pudia, tomada pelo pânico. O monstro podia muito bem me soltar e eu seria a primeira filha de Zeus a morrer em seu domínio. Me lembrei de meu ultimo combate contra um dragão, e uma lembrança me deu um gás extra de raiva. Na lembrança eu via Fleur, uma caçadora, sendo morta pelo dragão,ele a perfurara com suas garras e a lançara como um míssil em direção ao chão. Minha raiva fez o céu acima se agitar e formar nuvens negras, raios ribombavam ao longe.

Mais uma vez finquei minha lança na pata do dragão e ele emitiu um grito agudo para os céus, então lancei outro raio, que acertou sua cabeça.

O pânico ainda me tomava e assim que o raio acertou o dragão ele ficou dez vezes pior, pois o dragão ficara aturdido e começou a despencar do céu. Me vi por cima do dragão, com a lança em mãos, graças à meus poderes eu conseguia ainda assim respirar, mas estava com tanto medo que permaneci imóvel.

O chão se aproximava e então me recuperei do choque de estar caindo em direção à morte, então apontei minha lança para os céus e drenei toda minha raiva para o dragão, no momento em que finquei minha lança em seu peito quando todos os raios das nuvens negras se concentraram em um e atravessaram minha lança, eletrocutando o dragão.

 O corpo dele não se desfizera, mas após retirar minha lança no local aonde eu havia a fincado brilhavam amarelos alguns números em grego.

 6.26’’ S, memorizei e quando íamos nos chocar contra o chão um raio me atingiu.

 

Annabeth Chase...

 

 

Me assustei com minha cópia à frente. Rapidamente tentei atacá-la com minha adaga, mas quando a lâmina a atingiu um tipo de vidro se partiu em mil pedaços.

Vasculhei a sala e vi muitas cópias minhas. Me preparei para quebrar o próximo espelho mas de um jeito estranho ele conseguiu se mexer e aparar meu ataque , para então se partir. Não entendi o que estava acontecendo.

Encarei um dos espelhos e ele me atacou, um corte se formou em meu braço. Tentei me lembrar de algum monstro que tinha o poder de atacar de dentro de um espelho, mas não lembrei de nada.

Encarei os espelhos restantes e todos fizeram que iam me atacar simultaneamente , me abaixei e me encolhi mas antes de eles atacarem todos gargalharam e falaram em uníssono.

 —Ah! Annabeth não é? – a voz era idêntica à minha. – Não sabe quem eu sou, já imaginava isto – minha voz pareceu insultada.

 —Apareça monstro— ordenei com o máximo de força possível na voz.

 —Não está em posição de ordenar algo, filha de Atena – como esse monstro sabia que minha mãe era Atena?

 —Ah, eu sei de muitas coisas semideusa – ele pareceu ler meus pensamentos, então, tentei não pensar em nada, mas o maldito Cabeça de Alga veio em minha mente.

 Ignorei meus pensamentos e parti para o ataque contra um espelho, mas, quando ia acertá-lo ele se materializou no Percy, e eu não consegui atacá-lo, e 2 cortes brotaram em meu braço.

 —Annabeth, porque está me atacando? – o monstro disse com a voz de Percy.

 —Você não é Percy , monstro horrível – destruí o espelho.

 —Estou impressionado Annabeth— a maioria de minhas vitimas não consegue atacar as pessoas que ama.

 Um nome veio em minha mente, um monstro antigo, ele era capaz de ler os corações das pessoas da Grécia Antiga, elas o procuravam em busca de respostas e ele as enganava após responder, ele era igual à um oráculo, Carat… este era seu nome.

 —Sim, sou Carat, irmão de Aletheia, aquele maldito oráculo – ele cuspiu o nome de Aletheia.

 Agora me lembrei da história , Carat e Aletheia eram gêmeos, filhos de Apolo. Aletheia quando mais velha fora escolhida para ser o oráculo, e Carat foi esquecido pelos deuses.

 Mantive minha mente limpa, sem pensamentos. Mantive a calma e fechei os olhos, e, ao abri-los fomos transportados para o Porpileus.

Os espaços entre as colunas eram tomados por espelhos, o teto e o chão também estavam cobertos de espelhos. À minha frente eu vi a mim mesma, mas os olhos de minha cópia eram amarelos brilhantes e vazios.

 —Annabeth, porque não me faz uma pergunta? Qualquer uma, e eu lhe responderei – ele tinha convicção em sua voz, que agora fora trocada por uma voz masculina suave.

 Não pergunte nem pense em nada Annabeth— murmurei um pensamento para mim mesma.

O analisei. Estava vestido igual à mim, blusa do Acampamento, jeans e tênis, o cabelo louro preso em um rabo de cavalo.

 —Não vai me convencer à nada monstro— falei e, sem querer, me lembrei do ciclope que enganara a mim, Luke, Thalia e Grover em sua mansão à muito tempo.

 —Tem medo de ciclopes Annabeth? – ele se transformou em um, gordo e fedorento.

 —Não — eu rosnei entre os dentes.

 —Parece que sim – disse e me atacou.

 Assim que fui me defender de seu ataque ele se transformou em uma fumaça e sumiu.

 Ele tem que ter um ponto fraco – pensei. Todas as vezes que eu quebrava um dos espelhos eu recebia mais um corte.

Me concentrei. Sempre que eu quebrava os espelhos um reflexo apontava uma estranha criatura , aparentemente humana , mas bem mais enrrugada e envelhecida.

Penetrei minha adaga em mais um espelho e notei que a criatura sempre aparecia no mesmo ponto. Então, dirigi minha mão ao espelho e lhe dei um soco , e com minha adaga finquei o ponto aonde o monstro se encontrava. Ouvi um grito vindo de cima e então todos os espelhos se quebraram e no chão eu vi a estranha criatura.

 Me assustei, era idêntico ao antigo oráculo do acampamento. Parecia uma múmia envolta em lençóis e mais lençóis encardidos, seus olhos amarelos brilhavam distantes e uma névoa amarela serpenteava seus pés esqueléticos.

 —Ainda posso te matar Annabeth— a voz que saiu foi parecida com a da múmia do sótão, fraca, rangida e distante.

 —Não pode – andei devagar para cima do monstro , e antes de o matar, se metamorfoseou mais uma vez em Percy, mas minha adaga o perfurou e ele se transformou em uma poeira preta no chão, com alguns lençóis encardidos.

 Alguns números amarelos em grego brilharam perto do monte encardido de lençóis.

 43º 12’ , os memorizei da forma que consegui e então uma mão gigante , vinda do pó preto que havia no chão me engoliu e tudo ficou escuro.



Nico di Angelo...

 

O ar quente do cânion fazia o suor gotejar em minha camisa , o sol estava quase desaparecendo , eu teria que eliminá-las rápido para concluir meu desafio.

Eu analisava as fênix com cautela. Relâmpagos começavam a ribombar no céu assim que começou a chover , os pingos de chuva caiam em minha camisa e refrescavam meu corpo , uma onda elétrica passava pelos pontos que eles atingiam , mas , pelo fato de as pedras estarem muito quentes devido as chamas das fênix os pingos de chuva que as atingiam se transformavam em fumaça e sumiam.

 As duas fênix restantes estavam pousadas em uma pedra , não muito alta à uns 5 metros de distância.

Invoquei 2 soldados espartanos para me ajudarem , e então partimos ao ataque. Meus soldados mortos lutavam bravamente , com extrema habilidade contra uma das fênix e eu me defendia e atacava a outra como podia.

 Passando algum tempo , de relance vi a outra fênix lançar uma labareda de chamas em meus guerreiros e eles se transformarem em pó. Então agora era apenas eu contra duas fênix que podiam me fritar em um segundo.

As duas me atacaram simultaneamente e eu esquivei e ataquei com minha espada , mas , aonde a lamina pegava não surtia nenhum efeito , as chamas agiam como uma espécie de campo de força.

 Numa outra tentativa de me atacarem , as duas fênix conseguiram me desarmar. Uma labareda de chamas veio em minha direção e acertou minha barriga , cai de joelhos sentindo uma dor excruciante , pensei na missão , em Percy , Annabeth e Thalia , por culpa minha não iríamos conseguir continuar , pois eu fora fraco demais para derrotar 3 fênix.

 Iria me entregar não fosse a conhecida voz que falou em minha mente.

 —Ei , não se entregue fedelho – a voz de meu pai gritou em minha cabeça.

 Por um tempo , tudo se congelou , as fênix estavam paradas no ar , e eu não sentia o vento ou os sons das chamas delas.

 —Pai? – dirigi um pensamento.

 —Sim , sim , sou eu garoto – sempre arrogante. – Garoto , não desista , por mais que eu queira os olimpianos em ruína termine sua missão , ou senão os deuses serão destruídos e , como sou um deus , eu também seria destruído – ele parecia indiguinado ao cogitar o fato de ser destruído.

 —Como assim pai , destruído? Mas vocês são imortais – fiquei confuso.

 —Por enquanto apenas me ouça garoto. – Nico , use as habilidades que herdou de mim , use os poderes do deus do submundo , invoque-o , sei que você terá as habilidades necessárias , apenas acredite e ele o responderá , termine sua missão antes da reunião dos olimpianos meu filho , ou tudo estará perdido , use suas habilidades Nico – ele disse em tom sombrio , sinistro.

 Por um momento analisei o tempo congelado e não entendi o que ele queria dizer com “invoque-o” e “ele o responderá”.

Até que me lembrei de uma vez que estava no mundo inferior e algo num dos livros de meu pai me chamou a atenção , ele tentara me ensinar e eu ficara desacordado por algumas horas , mas , se eu estivesse certo e se tratasse da mesma coisa eu teria que tentar , a missão dependeria disto.

 Aproveitei o tempo ainda estar congelado e canalizei meu poder para os abismos do mundo inferior.

Uma aura roxa começou a se formar à minha volta e eu encontrei a imensa energia dele , me concentrei , e com um movimento robótico minha mão esquerda se dirigiu ao chão , quando abri os olhos vi uma enorme cratera negra se expandindo e dela eu escutava sons de tormenta e desespero , fechei os olhos mais uma vez.

Canalizei mais energia e as palavras de meu pai reverberavam em minha mente , e , como um sussurro eu pronunciei “Eu o invoco” , por um tempo nada aconteceu mas , a terra ao meu redor se remexeu e eu ouvi o rugido , seguido do imenso dragão esqueleto que emergira dos abismos do submundo.

 Eu não conseguia acreditar , eu invocara Vladus , o dragão esqueleto.

 Eu havia visto meu pai o invocando , e até para ele parecia um pouco difícil. Vladus era enorme, deveria ter uns 18 metros desde a cauda até a cabeça , possuía o corpo inteiramente esquelético. Seus ossos brancos eram envoltos de uma aura roxa e ele descrevia círculos ao voar.

Os olhos do dragão eram apenas fendas roxas vazias , suas garras eram da cor do ouro e soltavam faíscas no contato com o solo , após ele dar um rasante se prostrou ao meu lado , fiz carinho na cabeça dele e então o tempo continuou a correr.

 O estranho era que eu não ficara nem um pouco cansado ao invocar Vladus , na verdade , mesmo estando suado e com uma queimadura imensa na barriga eu estava perfeitamente bem , com energia sobrando.

 Analisei as fênix , que agora ficaram com medo e se afastaram um pouco de mim e de meu dragão.

 —Vladus , mate-as – ordenei com um pensamento.

 Ele emitiu um som de agradecimento para os céus , seguido de uma labareda de chamas roxas e voou para cima das fênix , e com um instante elas eram apenas pontos negros no chão.

 Corri até as fênix e em cada uma estava um conjunto de números em grego , que brilhavam em amarelo.

 

37.66’’ O , os anotei mentalmente e caí no chão , e antes de tudo ficar escuro , vi Vladus abrindo uma cratera no chão e descendo para o submundo.

 


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