A Repetente escrita por CassieWriter


Capítulo 16
Capítulo 16 - Mais uma pista


Notas iniciais do capítulo

Meninas, desculpem a demora, mas escrevi.



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Fiquei alguns minutos deitada pensando em quem poderia ter me enviado aquele presente, quando ouvi um barulho lá em baixo, certamente alguém havia chegado, não demorou muito para baterem na porta do meu quarto.

– Becca, você está aí?

– Sim, mãe, pode entrar.

Ela entrou, sentou nos pés da cama, e olhando nos meus olhos, disse:

– Preciso conversar contigo, minha filha.

Sentei na cama, preocupada.

– Filha, fiquei sabendo uma coisa que me deixou triste.

– O que?

– Uma coisa que nunca imaginei que você fizesse, sinceramente estou decepcionada.

– Diz logo mãe, não estou te entendendo.

– Viram você entrando no motel ontem a noite com uma garota, e pelas características, é a Victoria!

Eu gelei naquele momento. Como haviam visto? Cidade pequena é mesmo uma merda, agora as pessoas vão achar que eu sou lésbica, e pior que isso, que frequentamos motéis.

– Mãe, não sou lésbica!

– E o que você foi fazer no motel com uma garota? Não podia contar para mim que preferia garotas?

– É uma longa história...

– Ah, entendi... você é bi, é isso?

– Não, mãe.

Minha mãe começou a chorar, ela estava nervosa e eu queria resolver todo aquele mal entendido. Como ela estava de cabeça baixa, eu levantei o rosto dela, tirei uma mexa do rosto dela, sequei uma lágrima e comecei a contar tudo, sinceramente.

– Mãe, lembra aquela noite que fomos na festa de 15 anos de uma filha da sua amiga?

Ela apenas balançou a cabeça, afirmando.

– Eu me despedi das pessoas e fiquei do lado de fora, te esperando, porque a senhora costuma conversar até demais com suas amigas.

– Ei, eu não converso demais!

Apesar do momento não ser de graça, eu ri do comentário da minha mãe.

– Como a senhora demorou um pouco, resolvi caminhar ali mesmo na frente do salão e vi Luce, a vadia da mulher do meu pai, entrando num motel.

– Como? Você tem certeza que era a Luce?

– Eu tenho, mãe.

– Mas, o que você foi fazer no motel ontem com a Victoria?

– Como eu estava contando... eu tenho certeza que era mesmo a Luce, porém, eu quero descobrir se ela estava com o meu pai, ou com outro homem.

– Becca, deixa isso pra lá, deixa seu pai viver com ela, ele mesmo quis assim.

– Mas eu não suporto ver o meu pai com aquela vadia.

– Becca, toma cuidado, não se arrisque mais a esse ponto de entrar em um motel, moramos em uma cidade pequena, sabe como as pessoas comentam...

– Ok, vou tomar cuidado!

– Desculpa, Becca...

– Porque mesmo?

– Por duvidar de você.

Eu sorri para ela, e a abracei, apesar de tudo que acontecera, e das nossas brigas, ela era a pessoa mais importante da minha vida.

– Eu te amo, Becca.

– Eu te amo, mãe.

Depois do almoço, subi para o meu quarto e liguei o computador, chequei o e-mail, e havia uma mensagem, de um remetente que eu não conhecia, estava assinado como Anônimo, então eu cliquei e havia escrito:

Gosto quando você sorri, você consegue ficar ainda mais bonita. P.s. Já começou a assistir "Smalville"?

Beijos.

Então era o mesmo anônimo que havia me mandado o presente, mas quem seria? Eu queria mesmo que fosse o Jared, eu estava com saudades dele, de sentir protegida no calor dos braços deles. Porque eu não tinha sorte com o amor?

Desliguei o computador, abri o boxe, peguei o primeiro disco e comecei a assistir novamente o primeiro episódio da minha série favorita, o anônimo havia de fato, acertado em cheio.

Terminei de assistir o primeiro episódio, e me deu vontade de tomar sorvete, como não tinha mais na geladeira, decidir ir no supermercado mais próximo e comprar sorvete. Peguei dinheiro, coloquei no bolso, e sai de casa com os fones de ouvido no volume máximo. Quando vou dobrando a esquina, aleatoriamente "Back to december" da Taylor Swift começou a tocar, a música que me fazia lembrar o Jared, a música que tocou no momento do nosso primeiro beijo, decidi continuar ouvindo e ficar afogada nas memórias.

Cheguei ao supermercado, peguei o sorvete no frezzer, e sai cantarolando distraída ainda a mesma música. Tombei sem querer em alguém no caixa e cai, quando olhei, quase tenho um ataque cardíaco, era o Jared.

Ele me ajudou a levantar sem dizer uma palavra e o toque dele me fez arrepiar, como eu deseja estar aos braços dele novamente.

– Não vai dizer nada pra garota? -Intrometeu-se o moço do caixa.

– Desculpa. - o Jared disse, sem jeito.

– Ah, tudo bem. - eu disse.

O moço passou as compras do Jared, e ele foi embora sem se despedir, e eu fiquei lá, querendo que o Jared fosse meu namorado, mas tudo era culpa do Yago, o Yago sempre é o causador de toda destruição em minha vida.

– Garoto mal educado, não é? -Disse o moço do caixa.

– Ah, pelo menos ele me ajudou a levantar.

– Não quero me intrometer, mas... eu acho mesmo que ele gostou de você.

Eu comecei a rir sem graça.

– Impressão sua, moço.

Peguei o pacote com o sorvete e sai do supermercado.

Mais tarde, quando já estava de pijamas para dormir, meu celular tocou e quando olhei no visor, era a Catharina.

– Oi Catharina, como vai?

– Bem, e você?

– Bem.

– Viu o Jared esses dias?

– Ih, tombei com ele no supermercado.

– Jura?

– Juro.

– Deve ser por isso que ele chegou todo esquisito aqui em casa.

– Sério?

– Sim, de verdade... chegou todo esquisito, minha mãe perguntou o que aconteceu, ele se irritou e foi para casa.

– Será que foi por isso, Cah?

– Qual outra explicação seria?

– Não sei, Cah, mas eu ainda gosto bastante do seu primo, percebi hoje que gosto mais do que pensei. Me ajuda!

– Estou te ajudando e você nem desconfia....

– O que?

– Esquece, Becca, agora tenho que desligar. Beijos!

– Outro.

Ela desligou. E fiquei com aquela frase martelando em minha cabeça "Estou te ajudando e você nem desconfia..." Será que a Cah estava ajudando o Jared com a o presente, o bilhete e o e-mail?



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Notas finais do capítulo

Prometo que não demorarei de postar. Beijos!