O Sentido Da Vida escrita por Enma Ai


Capítulo 9
08. Innocence


Notas iniciais do capítulo

Shsuha gente... queria deixar o titulo chique e lindinho -bjsrekalk. #Mentira. Não tinha ideia nenhuma para o titulo então fique isso mesmo.
Traduzindo o titulo-mais-que-na-cara: Inocência -Italiano baby :3 manjo dos italianos #Mentira#denovo - Titio google i love you! Yo no hablo italiano, solo hablo mexicano -xô! rekalk!!
Eu me pergunto por que escrevo tanto nas notas... mais bem... é impressão minha ou esse povo é tão pervertido que só lê fanfics +18?? Gente... que isso... suahsua sei lá tio... talvez lá pra frente eu mude a classificação já que minha mente é poluida de mais O_O ou então ela continue assim, é uma fic light+sanguerosa (Danganronpa HSUHAUSA)
Nenhum comentario no capitulo anterior... ok... ok mesmo... #senti #chicotadas
Não revisei o capitulo, estou sem tempo, então... hn... conversamos nas notas finais u.u



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"Eu desejava lhe dizer a verdade, toda a verdade.

Contar o como me sentia, como gostava de seu cabelo, de seus olhos, de sua pele. 

Como apreciava sua voz e cada movimento que você fazia. Era como ver um anjo sem asas dançando para mim e somente para mim. Um anjo delicado, belo e que me amava. Por que sei disso? Você me dizia todas as vezes que nos víamos escondidos e nos bailes, em todas as vezes que dormimos juntos, que vivíamos como um. Eu e você, Hime.

Me recordo da ultima vez que nos encontramos. Foi no jardim e me lembro bem do que me disse... estava noiva. Mais quem se importava com isto? Nos amávamos. Nos queríamos. Mais seu pai era tão... repugnante. Como pode tudo acabar por causa dele?

Eu queria ter tido uma chance de dizer: Eu amo você!

Na verdade tive várias, só não queria ver-lhe ferida. Ele me perseguia. 

Queria ter te protegido.

Queria ter-lhe dito e demonstrado o que sentia como você sempre fez.

Queria poder ter lhe chamado pelo nome uma unica vez.

Queria senti-la junto a mim no seu ultimo dia.

Queria dizer que sentia muito.

Que sentia por ter falhado contigo.

Queria ama-la, Hime. 

Hoje não posso mais..."

Repetiu a fita várias e várias vezes até que acabou por decorar as falas do misterioso homem. Era impossível saber sua identidade pela aparência, já que o mesmo usava capuz e uma estranha mascara que lembrava um coelho negro. Provavelmente aquela fita era para alguém, então o que ela fazia entre as outras do pequeno bazar em que a comprara? 

Poderia encarar a fita uma brincadeira no entanto... 

- Se fosse falso ele não se mataria no final! - Indagou frustado e confuso. Aquele sujeito parecia completamente desorientado. Suas palavras saiam fortes como se tivesse ensaiado elas a muito tempo e sua voz transmitia um sofrimento notável. - Quem é você, Kuroi Usagi*?

Ouviu vozes no andar de baixo e tirou a fita a guardando dentro de uma caixa e colocando-a debaixo da cama. Deitou-se e suspirou quando uma garota abriu a porta de seu quarto sorridente.

- Está aqui de novo?

- Bom dia pra você também, Kono-kun!

(...)

Estava velho, sabia disso. Suas pernas doíam quando andava ou ficava de pé por mais que fossem apenas alguns minutos. Sua saúde não era a melhor, no entanto era bom ter sua visão e audição melhor do que nunca. Pelo menos a isso os deuses não lhe tirara.

Arrumou seu kimono branco e olhou nervosamente para a cerejeira, as pétalas caiam quando o vento soprava e batia contra as flores, criando uma bela imagem. Me dê forças para encara-lo velha amiga, pois sentiremos facadas invisíveis, querida. Facadas que Tohru sentiu aqui mesmo neste jardim.

Ouviu passos lentos e suaves atras de si e olhou brevemente para Orochimaru que sorriu cinicamente para alguém. A noiva dele estava sentada sobre os joelhos com a pequena caixa que trazia em cima das coxas, ela mantinha a mesma expressão desde que chegara, fria e silenciosa.

- Soichiro...

A voz dele fez um arrepio passar por todo o seu corpo e um sentimento a muito não sentido voltasse a tona. Sua respiração acelerou levemente e fechou os olhos por alguns segundos. Medo. Era o que sentia agora.

Respirou fundo e apertou suas mãos nervosamente - Toshio... - moveu preguiçosamente o braço apontando para um lugar vazio a sua frente - Por favor sente-se.

Em quanto o idoso se sentava, Soichiro não pode conter a curiosidade e olhou para o que antes foi um homem perigoso. Estava velho - como Soichiro, seus cabelos antes loiros como raios de sol se encontravam brancos, sua pele enrugada e denunciava a marca do tempo que se passou, no entanto seus olhos pareceram não mudar, continuavam da mesma maneira, frios, opacos. Azuis como gelo.

Toshio encarou o Nara percebendo a analise dele em seu corpo - Se esta incomodado com a minha aparência, prefiro voltar para a minha ilha, por que pelo menos por lá não tenho velhos julgando outros sem se quer ter se olhado em algum espelho.

Soichiro entortou os lábios com desgosto. Afiado como sempre. Só que agora parece um velho rabugento. Direcionou seus olhos para Naoto que parecia outro jovem com a presença de seu avô. Não estava mais como aquele garoto alegre que respirava felicidade e amor por livros. Virou aquilo que seu querido avô sempre desejou. Um mini-Toshio. Mas será que Naoto-san conseguiria torturar alguém até a morte como seu "amado" familiar?

- Orochimaru, por que não se senta? - Toshio deu um leve sorriso que fez o estomago de Soichiro revirar. A mesma repugnância um pelo outro, a mesma rivalidade, os mesmos estilos e os mesmos gestos. Como dois irmãos separados por nascimento. - Acho que nosso amigo Nara tentara nos convencer de algo abalador.

O moreno riu e fez um gesto para a noiva que se virou para Toshio e lhe ofereceu a pequena caixinha. O Namikaze pegou-a e direcionou um olhar duvidoso para Orochimaru - Não é um filhote de cobra venenosa como você. Por favor, me diga que não é, odiaria ter de matar sua irmãzinha.

- Não, não é, infelizmente. - Orochimaru o respondeu divertido. Sempre foi assim... - Mais creio que gostara - os olhos amarelados dele seguiram as mãos de Toshio que deram a caixa para o neto, o mesmo não ousava encarar os olhos frios de seu avô. Aquilo fez Soichiro pensar em Shikamaru? Como este estaria? - Então, meu velho Nara, o que pretende nos chamando aqui depois de tantos anos?

Soichiro sentiu suas mãos tremerem levemente então respirou fundo tentando se acalmar. A muitos anos atras prometeu a si mesmo que jamais retornaria a ver quaisquer pessoas envolvidas em seu passado do qual queria apagar. Jamais falaria ou ao menos trocaria olhares com tais pessoas e agora olha onde estava, na frente dos dois seres humanos que mais queria longe de seu templo, de sua familia e de sua vida. 

"Você é tolo e fraco, Nara Soichiro e é por isso que nunca enxergará a vida com os olhos de um morto"

O assassino do Pain tinha toda razão, era fraco e tolo mais agradecia a isso. Nunca gostaria de ver o que olhos comuns não veem. - Gostaria de que parassem com tudo! - os dois o olharam com duvidas e Soichiro novamente respirou fundo antes de falar: - Sei que se recordam, principalmente você Toshio, da ultima vez em que "trabalhamos" juntos. Fomos atras de Hoshigaki Kisame e ele nos disse que Kaguya Hime estava mais próximo do que imaginávamos. Eu não compreendi bem e até hoje tento entender o motivo dele saber sobre ela e...

Toshio gargalhou e o jovem Naoto ao seu lado tremeu, talvez por que nunca o tivesse ouvido rir - Você quer que eu dê um jeito em tudo isso, somente suponho sabe...

- Bem... eu gostaria... - Orochimaru soltou sua tipica risada debochada e Toshio fitou o Nara friamente - Entenda Toshio! Muitas pessoas já morreram por causa disso! Não vê? Meu filho morreu para proteger esse templo e o que vive dentro dele. E se não fosse pelo--

- Não o envolva nisso, Nara.

A voz de Toshio foi como ser atirado para dentro d'água e ser eletrocutado. Arregalou os olhos levemente sentindo o medo invadir todo o seu corpo. Era como reviver seus 20 anos de idade, como reviver aquele dia. Fechou as mãos com força e ergueu a cabeça para encarar Namikaze Toshio. Abriu a boca algumas vezes antes de sussurrar.

- Você não compreende Toshio... são vidas...

- E eu estou morto.

O clima ficou tenso entre todos ali. Soichiro pode perceber que ficou sem respirar por alguns segundos e Orochimaru olhava para alguma coisa com um sorriso sinistro nos lábios. Mesmo depois de velho Namikaze Toshio continuava tão aterrorizante quanto era antes, sombrio e de dar calafrios em toda a extensão do corpo. 

"Homem mal"

Engoliu seco quando reconheceu a voz infantil e inocente que ecoava em sua cabeça. "Ele tem cara de homem mal, Soichiro-Sama. Por favor... me solte dessas correntes... juro que nunca mais desobedeço o senhor..." 

- Pare com isso... - Fechou os olhos com força em quanto se levantava com raiva, sentiu uma leve tontura mas a ignorou - Mandei parar com isso Toshio!!

Lançou para ele um olhar raivoso e amedrontado. Ah como odiava aquele homem, tinha repugnância, nojo. Ele era capaz de restaurar memórias horríveis com apenas algumas palavras. O odiava pelo que fez com sua vida e se odiava por ter deixado-o se sentir livre para fazer o que quisesse. Deveria ter pensado melhor antes de chama-lo, deveria ter se preparado, sabia que isso aconteceria.

"Soichiro-Sama..."

- Pare de me atormentar, já fez o bastante naquela época, já basta! Meu filho nunca mereceu o destino que eu acabei dando-lhe, se não fosse por você... nada daquilo teria acontecido!

- Interessante. - Soichiro arregalou ainda mais os olhos e se virou rapidamente para a direção da voz. Deu alguns passos para trás colocando a mão no kimono o apertando com força. Os Deuses... se viraram contra mim... Sete... me salvem... - Creio que não poderia ter chegado em melhor hora, não é vovô?

(...)

Fitava incansavelmente aqueles belos pares de olhos azuis. Ele olhava aflito para um outro homem que falava alguma coisa para alguém em seu celular, logo retornou seus olhos para a pequena menina desacordada e parecia hesitante entre fazer ou não alguma coisa. 

Aqueles olhos azuis eram os mais lindos que já havia visto. Se perguntou como nunca havia cruzado com o caminho dele em quanto vagava pela cidade observando as pessoas, afinal ele era tão... chamativo...

Desviou o olhar dele e passou a encarar sua propria mão. Cerrou os olhos e tentou mexe-la tendo um resultado positivo, tentou o mesmo com a outra mão e em seguida a cabeça. Era como se seu corpo tivesse sido travado e preso por horas e horas, aquilo de certa forma foi curioso afinal nunca algo parecido havia acontecido. Em pouco tempo conseguiu ficar de joelhos e assim pode ver melhor o loiro de olhos azuis que tanto mexia com algo nela.

Olhos azuis... - Ergueu lentamente o braço até o rosto dele pretendendo toca-lo no entanto recuou antes que o fizesse, sabia que jamais conseguiria. Virou o rosto para olhar o homem que antes falava no celular, este que agora olhava para a menina com algo que identificou como pena e tristeza. Olhou o estranho de cabelos loiros e novamente tentou toca-lo sem recuar. Por que agora não tentar?

Aconteceu como sempre, sua mão atravessou o corpo físico da pessoa como se não estivesse ali. Mas eu estou! Estou bem aqui! Por que senti dor mais não posso toca-lo? Por que...

Fechou a mão e olhou para baixo se sentindo estranha. Balançou negativamente a cabeça e se repreendeu por ter o que os humanos chamam de "Esperança". Ha muito, um dos homens que viu a vida passar teve esperança de que a esposa voltaria com o filho depois de umas das constantes brigas que tinham, ela nunca retornou, a unica coisa que ele teve de volta foi duas certidões de óbito que diziam que os dois haviam morrido em um acidente de carro. O destino prega peças inimagináveis nas nossas vidas... quem foi mesmo que escreveu isso?

Retornou a olhar para frente e arregalou levemente os olhos paralisada. Os grandes olhos azuis pareciam encara-la como se ela fosse visível. Estavam confusos e tinham um brilho estranho que nunca viu nos olhos de outras pessoas. 

Tão familiar... Quem... é você?

Aqueles olhos azuis pareciam tão inocentes e reconfortantes. Sua dor simplesmente desapareceu. Logo ele parou de encarar o nada e balançou a cabeça rindo com alguma coisa. Hinata apertou suas pequenas mãos no kimono branco que usava e tentou se levantar, conseguindo com sucesso. 

O loiro de olhos azuis também se levantou e virou-se na direção que vinham dois médicos que eram acompanhados por algumas outras pessoas. O loiro parecia aliviado com a presença deles e sorriu para o homem que usava o celular. 

Quem és tu... Olhos Azuis?


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Notas finais do capítulo

Só pra esclarecer o final... o Naruto podia muito bem ajudar a nossa pequenina agredida, no entanto e se ele a machucasse? foi nisso que pensei. Ela foi agredida, poderia ter fraturas internas e se ele simplesmente tentasse leva-la para algum hospital, podia agravar ainda mais seus ferimentos, né?
Agora... bem... o Soichiro esta encurralado -rsrs, sinto pena pelo que farei com ele...
O proximo capitulo pode demorar bastante para ser lançado, pois terminei esse e já o lancei e algumas coisas aconteceram na minha vidinha.
Bem... é só isso. Bye!



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