O Sentido Da Vida escrita por Enma Ai


Capítulo 8
07. Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Espero que reparem no que eu escrevi, um detalhe que não quero que esqueçam, pois vai demorar para reaparecer. Um objeto, nome e bla bla, pode ser qualquer coisa que coloquei neste capitulo e essa coisa vai poder valer muito lá pra frente e explicara praticamente todo o mistério da fic.
Bem... eu finalmente pude começar a escrever esse capitulo e acho que saiu curto (pra mim pelo menos). Naruto não participa diretamente dele, estou começando a colocar mais personagens na história e além disso vou focalizar bastante no Shikamaru pois ele será o nosso heroi ou... o inimigo? huuuun....
Agora... para minha alegria... G-suuuuuuuus... eu ganhei uma recomendação O_O certo do minato namikase doidão que até agora tento entender o motivo de ler essa fanfic mais tudo bem... dedico esse caps a VUSSE *=* provavelmente ficará feliz, feliz e um pouquinho mais feliz! #Mentira#Minha#Morte#Se#Aproxima!!!!!
Devo lembrar que se passaram 11 dias desde o começo da fanfic, só pra não ficarem confusos e estranharem, até por que cada capitulo é um dia, pode ser um seguido ou que tenha se passado dois, três, quatro dias depois de certa cena.
Hun... o maior capitulo até agora?



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Por toda a construção era possível ouvir passos apressados e descompensados. Mulheres de kimonos e suas sandálias barulhentas corriam pelo local levando toalhas, lençóis, roupas e cobertores, além de outras que limpavam o piso e os poucos objetos que tinham por ali. Nara Soichiro observava atentamente as mulheres organizando o templo para receber a visita de antigos conhecidos.

- Nara-Sama... acha que é bom rever esse homem?

Soichiro olhou para o jovem a sua frente, ele tinha o cabelo loiro que quase chegavam a cor branca, longo e preso em um rabo de cavalo, a pele pálida e olhos castanhos escuro. Se chamava Naoto e era um garoto de dezessete anos baixinho. Como seu avô.

- Sim, eu acho, Naoto-san - o respondeu ouvindo a própria voz rouca e desgastada. Estava velho, cansado e nem podia se quer andar sem a ajuda de alguém, no entanto ainda tinha sua memória e isso era o que queria ter perdido, não suas forças. Os deuses me castigaram e não poupam gargalhadas para rirem de mim quando caio por minhas pernas não poderem mais ficarem em pé. Estou pagando pelos meus pecados e se aceitasse qualquer ajuda da ciência os deuses fariam algo pior. Pensou em quanto Naoto organizava os livros que lia - Posso lhe fazer uma pergunta, Naoto?

O garoto o olhou confuso e assentiu afirmando com a cabeça - Por que seu avô mandou você primeiro em vez de virem juntos?

- Meu avô estava muito ocupado, Nara-Sama - o loiro respondeu desviando o olhar. Soichiro pode perceber o quanto aquele menino era solitário, sem uma mãe para dar algum tipo de carinho, um pai que vagava pelo mundo e o avô era velho de mais para lhe dar atenção. Com certeza não tinha se quer amigos, mas se soubesse o que tinha e que isso estava tão perto neste momento... - Ele tem tido muitas visitas daqueles homens estranhos...

- Que homens?

Naoto deu de ombros e soltou um suspiro. Pegou um livro com o titulo "A Maldição de Alaizabel Cray" e ficou alguns segundos encarando a capa antes de responder - Não sei quem são. Só sei que meu avô sempre os recebe com seriedade, uma seriedade que nunca vi antes na minha vida. Ele manda os empregados prepararem tanta comida que parece que eles são selvagens que não comem a dias ou semanas.

Soichiro fez uma carranca e pensou de que maneira seria realmente apropriada para receber Namikaze Toshio, com comidas, bebidas, piadas e orações para sua família indesejada e criminosa ou com uma espada em mãos exigindo que contasse quem eram esses homens que aceitava em sua casa misteriosamente.

- Suas aparências...?

- Se parecem com os Patrulheiros da Noite... - Naoto pode perceber o olhar confuso do Nara e ergueu a cabeça logo se explicando - Patrulheiros da Noite são pessoas de um grupo, a Patrulha da Noite que protegem o Reino, é do livro As Crônicas de Gelo e Fogo - os olhos do idoso continuavam a encarar o loiro como se ele fosse um estranho - Desculpe... - suspirou e encarou a capa do livro novamente e repreendendo mentalmente - Eles sempre então vestidos de negro, capas, botas, luvas, calças e até mesmo os cabelos. Quando eu era criança alguns apareciam de máscara, acho que não confiavam muito nos empregados... ou no meu avô...

Soichiro continuou a olhar por um tempo o Namikaze mais logo voltou sua atenção para os livros empilhados um em cima do outro, vários titulos que para Soichiro eram desconhecidos e apenas um ali ele pode reconhecer, um livro chamado "Eragon".

- Gosta muito de livros de fantasia... suponho... - falou ainda olhando os livros empilhados e se inclinou para pegar um deles. - Neil Gaiman: Belas maldições? - fez uma careta com o nome do livro e o colocou de volta no lugar.

- Eu... - Naoto corou um pouco e abriu o livro que tinha em mãos - Sim... desde que aprendi a ler os livros viraram minhas únicas companhias. Os amo mais que a mim próprio e tenho coleções inteiras de livros que pessoas nunca se quer ouviram falar. 

- Por que o interesse em fantasia - olhou para o garoto que tinha um sorriso discreto nos lábios como se imaginasse um mundo de livros - magia não existe, criaturas sombrias não existem e demônios são nossos medos que se formam na noite. Por que ter paixão por coisas que você jamais poderá ver de verdade?

- Por que histórias fantasiosas, Nara-Sama - os olhos castanhos do Namikaze encararam os negros de Soichiro. Eles estavam brilhantes e cheios de confiança. Aquele menino era muito estranho - são histórias justamente fora da realidade. Não sei como é o mundo a fora sem que eu o leia em livros de história, jornais ou veja pela televisão. Em alguns livros são citadas cidades incríveis, como Londres, Nova York, Berlim e muitas outras. Só as conheço assim e ainda posso conhecer o que os autores acham que veem e sentem. Dizem que tudo tem uma raiz para ser gerado. Como poderiam saber se um anjo tem asas sem que alguém já tenha visto um? Livros são fontes de conhecimento e imaginação, mais também de verdades ocultadas pela história, Nara-Sama.

Soichiro ficou quieto e assim permaneceu por um bom tempo. Namikaze Naoto lembrava seu neto Shikamaru que quando criança ia para a escola  e era o ultimo a sair por ficar na biblioteca lendo livros de investigação e assassinatos que ficavam em uma sessão reservada. Como uma criança teria entrado lá? Soichiro nunca soube, mais desde o dia em que Shikamaru fora descoberto se mostrara um pequeno homem mais inteligente do que o pai fora na idade dele. Talvez sentisse falta do neto que se foi assim que completou dezoito anos, do garoto que ajudava a limpar e organizar o templo ou dos festivais que faziam muitas pessoas rezarem na enorme árvore de cerejeira que tinha ali e do menino que corria pra lá e pra cá tentando chamar a atenção de qualquer um que visse. Sim... sentia falta de Nara Shikamaru no entanto se lembrar das palavras dele, palavras que machucaram e que fez a familia Nara nunca mais permitir sua entrada naquele local sagrado, o fazia esquecer a dor que tinha no peito e o forçava a também esquece-lo. Shikamaru havia escolhido o lado da sociedade, escolhido matar do que salvar e não poderia fazer nada, foi assim também com Shikaku. Dois teimosos e tolos... Pensou.

Viu uma mulher de cabelos negros e olhos azulados se aproximar e Naoto o ajudou se levantar. Ela avisou que um dos "convidados" havia chegado. Mandou Naoto ir para o outro lado do templo e foi ao encontro do sujeito.

Assim que se aproximou das escadas pode ver um homem de cabelos negros e pele pálida subindo as escadas. Ele vestia um kimono branco com detalhes roxos e dourados. Era acompanhado por uma mulher de cabelos com uma coloração incomum. Assim que ele levantou a cabeça sorriu e olhou para Soichiro com deboche.

- Está velho Soichiro... - riu e inclinou a cabeça em um cumprimento. A mulher ao lado dele se mantinha séria e carregava uma pequena caixa nas mãos onde aparentemente tinha algo vivo dentro - Nunca imaginei que nos reencontraríamos nesta situação.

- Eu rezava para poder jamais te reencontrar e rezei mais ainda para que seu avião caísse e você não tivesse de vir, Orochimaru - olhou para ele com desdém e se virou começando a andar em direção ao templo. Pode perceber mesmo de costas que Orochimaru tinha um largo sorriso nos lábios e aquilo era um tanto repugnante - Sua acompanhante é quem? Cobaia?

Soichiro ouviu a risada do estranho e virou levemente a cabeça para poder olha-lo - Não, não é uma cobaia, Soichiro. - Orochimaru respondeu com divertimento - Ela é Mitarashi Anko, minha noiva.

Foi a vez de Shoichiro rir - Noiva? Que nostálgico. Jamais imaginei que você algum dia inventaria de ser casar, na verdade me pergunto o que ela viu em você.

- A mesma coisa que Mayu viu em você. A asquerosidade do que fazíamos, o que somos e por ai vai...

O Nara comprimiu os lábios impedindo de falar algo que seria desagradável, tanto para ele quanto para o local sagrado de onde estavam. Não importava mais o passado, ele se foi e levou junto seus pecados. Que os Deuses o perdoassem por se lembrar de coisas que não deveriam. Ele nem se quer parece velho... seria o resultado da pesquisa que ele fazia? Ele atingira a imortalidade? Não... somente Deuses são imortais e isso se alguém for fiel a eles. Talvez ele apenas tenha atingido um nivel alto, como rejuvenescimento, mais imortalidade nunca...

- Sigam-me.

Passou pelos corredores do templo onde não se via nem sinal das mulheres que antes arrumavam e limpavam o local. Era sempre assim. Eram as regras.

- Sinceramente, Soichiro... - Orochimaru chamou-lhe a atenção - não acreditei quando disse que necessitava de minha presença, não... mais que isso... que solicitava a minha e a de Toshio. Quase, mais quase não aceitei, sabe... eu já tinha uma pequena reunião com outra pessoa marcada e não esperava algo que me fizesse desmarca-la...

- Com quem?

- Oh nada de mais... apenas uma pessoa que meu subordinado encontrou para mim.

Soichiro ergueu uma sobrancelha e deu de ombros em quanto sentia suas pernas doerem um pouco por estar andando. Soltou um baixo resmungo e empurrou para o lado a porta que dava a visão de um jardim com uma enorme cerejeira que já começava a florescer. Ao menos os Deuses não deixam uma neve atrapalhar a imagem de meu templo. Isso é para provar que existem aos olhos de outras pessoas? Em baixo da cerejeira estava Naoto que se levantou e se curvou em sinal de respeito. Orochimaru não merece respeito garoto... ele é apenas um assassino maluco do qual me tornou um também. Era o que queria falar mais por algum motivo as palavras não saiam. 

- Esta é a mesma cerejeira de décadas atrás, Nara?

Orochimaru tinha um brilho sombrio no olhar, mas ele não o assustava mais, muito menos a sua noiva e por alguma razão Naoto também parecia não o temer, talvez por causa de sua convivência com pessoas assim.

- Sim, ela é... - fechou os olhos e contou mentalmente para se distrair e não deixar que imagens desagradáveis surgissem como em seus sonhos. Os reabriu e se aproximou do loiro em baixo da árvore - Este é Namikaze Naoto o...

Orochimaru o interrompeu e sorriu - Neto de Toshio. Isso se é percebido de longe, Soichiro. Esse garoto é idêntico á aquele bastardo quando era adolescente e...

A mesma mulher de olhos azulados que lhe chamara na primeira vez reapareceu interrompendo Orochimaru - Nara-Sama, Namikaze-Sama já chegou, devo traze-lo até aqui?

- Sim Kayra. Traga-o. - Não tem mais volta... agora só me resta torcer para que os dois concordem comigo e me façam parar com tudo antes que mais pessoas morram. Já basta tantas mortes de inocentes... já basta este ciclo de sangue. Se Orochimaru aceitar, seu pessoal achara ela e Toshio poderá dar um ponto final em tudo. Não quero morrer em vão... não quero que a morte de Shikaku tenha sido em vão...

(...)

Shikamaru suspirou e se jogou na poltrona logo acendendo um cigarro. Suigetsu olhava para um canto do escritório com seu habitual tédio e Reiji olhava para os documentos com decepção.

Naquele dia "excepcional" haviam recebido o depoimento de uma mulher que conhecera a mãe de Shiranui Genma e ela disse que Shiranui Sayu tinha problemas psicológicos desde a infancia, assim como seu pai e seu avô. Com esse depoimento foi criada a hipótese de que Genma poderia ter adquirido o mesmo problema psicológico no entanto...

- Isso ainda não explica o motivo do Shiranui ter fotos do Uzumaki! - respirou fundo e soprou a fumaça do cigarro observando-a se desfazer - Isso está se tornando muito problemático...

- Talvez ele fosse pscótico... - Reiji ajeitou os oculos enormes sobre o nariz e abriu o notebook digitando alguma coisa - ou então sofresse... hun... dupla personalidade... ou algo assim... sabe senhor, ninguém que sabe que vai morrer permanece alegre até que realmente morra, quem sabe ele tenha desenvolvido uma outra personalidade para fazer coisas que sua família não deixaria e...

Reiji se interrompeu quando percebeu que era olhado atenciosamente por Shikamaru e Suigetsu, os mesmos se olharam e olharam de volta para o de cabelos encaracolados. - Err... o que houve?

- Como pode deduzir isso? - O Nara havia até deixado o cigarro de lado e se ajeitado na poltrona para ouvi-lo - Digo... você não se parece nem com você mesmo. Normalmente ficaria "boiando" na conversa.

- Resumindo - Suigetsu se aproximou com a cadeira de rodinhas e estreitou os olhos - com quem esteve andando, passeando ou simplesmente conversando nesse tempo em que deu um pequeno sumiço?

- C-Com n-ninguém, oras!

Reiji corou e Suigetsu deu um sorriso sacana em quanto Shikamaru ria e acendia outro cigarro quase se engasgando com a fumaça do mesmo. - Reiji, Reiji... te conhecemos meu caro! - Shikamaru o olhou rapidamente e soltou mais uma risada - Você andou aprontando.

- Então! - o Hozuki se aproximou mais de Reiji e cutucou o ombro dele com o dedo - Perdeu finalmente a virgindade?

Shikamaru não se controlou e gargalhou em quanto Suigetsu o acompanhava. Reiji corou mais ainda e colocou a touca da blusa de frio na cabeça como se tentasse se esconder. Demorou alguns minutos até que todos ali estivessem calmos o suficiente para conversar. 

Suigetsu olhou para um porta retratos que estava virado pra baixo na mesa e suspirou. Shikamaru nunca havia superado a morte do pai, todas as fotos dos dois juntos continuavam no mesmo lugar apenas cobertas ou viradas para o outro lado. Ele não gosta mais de relembrar de Shikaku-Sama... Também... quem vai querer olhar para um rosto que deixou de existir naquele dia?. Se recordava que Shika jamais chorou pelo pai e isso o deixava irritado, conhecida o Nara a bastante tempo para saber que o mesmo começava a se fechar para o mundo e isso passaria a piorar.

- Então... voltando ao caso do Shiranui... - limpou a garganta e fitou seriamente Shikamaru - E se Reiji estiver certo e ter esse... como diz? Dupla personalidade, - Shiranui não tinha nada... esse negócio de dupla personalidade não existe. - então estaria explicado ele agir diferentemente do normal mais não explica o motivo dele perseguir Uzumaki Naruto que aparentemente não daria um motivo grave para tal ato...

- Esse Uzumaki Naruto não tem ficha criminal, Senhor?

Reiji perguntou ajeitando seu óculos e Shikamaru negou com a cabeça abrindo uma gaveta e tirando dela uma pasta, a abriu e pegou alguns papeis de dentro - Ao que parece ele é um cidadão normal. Como órfão não se tem um relato de sua origem, de seu nome e sobrenome, nem sabiam se ele era realmente daqui de Konoha. Parece que Jiraya Senju foi até em bibliotecas para pesquisar sobre o sobrenome Uzumaki mais não achou nada que pudesse ajudar. Ele estudou na escola Konohagakure e se formou lá, fez faculdade e bla bla, - revirou os olhos suspirando e colocou um dos papeis na frente dos outros dois apontando para uma foto nele - e este é Hatake Kakashi. Era professor do Uzumaki na escola e depois que o mesmo se formou continuou mantendo contado com ele. 

- E onde esse Hatake Kakashi está?

Hozuki olhou para Reiji e balançou a cabeça negativamente - Morto. Se suicidou três anos atrás pulando de um prédio sem qualquer motivo. Um idiota que deixou pra trás a mulher e os filhos que estavam quase nascendo.

- Naruto se tornou um suspeito e no mesmo dia descartaram essa hipótese por falta de outras provas além da ligação entre ambos. Além disso... parece que o Uzumaki ficou abalado o suficiente para ter tido seis meses de tratamento psicológico - antes que Reiji perguntasse o por que Shikamaru o respondeu - Ele viu Kakashi pular do prédio e cair na frente dele, como aconteceu com Mizutani Kensuke.

- O que o faz parecer mais inocente ainda - Suigetsu estralou a lingua irritado e esticou as pernas com preguiça - Uzumaki Naruto parece não dar motivo algum para ser perseguido... espera... apenas seis meses de tratamento?

- Sim - Shikamaru o respondeu - Deveria ser até um ano e se o problema psciológico persistisse seria mais um ano, no entanto o próprio Naruto interrompeu seu tratamento quando viajou para Okinawa e ficou lá quase três meses e depois voltou para Konoha. - O Nara suspirou cansado e retirou alguns papeis até parar em uma ficha com a foto de Uchiha Sasuke, e em baixo dela escrito "Desaparecido" - Esse Uchiha é amigo do Uzumaki e amanhã vai completar uma semana que despareceu misteriosamente. 

- Como?

- Parece que ele estava em um bar e saiu de lá sem que ninguém percebesse. Como um fantasma. O dono do bar, Akimichi Chuji ligou para a policia assim que descobriu que o Uchiha havia sumido. O procuramos e conseguimos achar pistas que levavam até a floresta.

- Espera... - Suigetsu interrompeu balançando a cabeça negativamente  - Quer dizer que o imbecil foi pra dentro da floresta?! Mais que diabos ele foi fazer lá?

O Nara deu de ombros pegou a ficha de Naruto, Kakashi e as colocou lado a lado com a do Uchiha - Eu fico impressionado do Uzumaki nem se quer ligar para o Akimichi ou pra a policia para saber sobre o seu "amigo", e o que me intriga é o motivo de tantas coisas estranhas acontecerem ao redor dele mais ao mesmo tempo nunca faze-lo parecer alguém suspeito. Uma viagem para Okinawa que passou despercebida, dois suicídios iguais, uma interligação inexplicável com Shiranui Genma e agora o desaparecimento do melhor amigo do qual nem se importa em saber se esta bem? Não... - Shikamaru se ajeitou na cadeira e olhou fixamente para a foto do loiro - tem algo errado com tudo isso, estou deixando alguma coisa passar só não sei o que!

- Bem senhor.... - Reiji olhou do notebook para seu chefe. Shikamaru reparou pela primeira vez que se o ruivo se interessasse mais nas coisas ele poderia ser bem mais util, como estava sendo agora - Ainda tem aquele quadros da cabana que encontrou na floresta. 

Aquilo atingiu o Nara de tal forma que o fez se levantar da cadeira e olhar para Reiji como se o mesmo tivesse salvado o dia - Você sabia que é um gênio? - o ruivo apenas corou e abaixou o olhar envergonhado - Eu deveria ter pensado nisso antes! Suigetsu! - o Hozuki rapidamente também se levantou batendo continência - Peça para Kouta e Lin acelerarem a pesquisa para descobrir o mais rápido possível quem são as pessoas pintadas naqueles quadros que mandei que cuidassem, principalmente aquele da mulher que esta inteiro. 

- Claro Nara-Sama!

- Reiji, quero você e mais alguns policiais voltem até aquela cabana e peguem o resto dos quadros e os tragam aqui! Façam isso rápido, aproveitem que não está nevando há dois dias!

O ruivo se curvou e saiu quase correndo sendo seguido por Suigetsu. Continuou olhando para a porta e se dirigiu até sua blusa de frio pendurada no cabide e a pegou colocando-a em seguida. Tenho a leve impressão que terei uma surpresa se descobrir quem é aquela garota do quadro. Espero apenas que o Uzumaki não tenha ido até aquela cabana nesses quatro dias e pegado o restante dos quadros e mesmo que fizesse não teria onde guarda-los. Olhou para o porta retratos e virou-o revelando uma foto, nela um garotinho sorria ao lado de seu pai e atrás deles uma grande cerejeira. Pai... desculpe pelo que irei fazer... mais preciso de algumas respostas. Colocou-o de volta no lugar e ajeitou o agasalho decidido. Está na hora de ver o meu velho e "carismático" vovô.

(...)

Fitava sem desviar, uma criança formar um pequeno boneco de neve. Ela parecia estar se divertindo fazendo aquele bonequinho como se fosse uma joia preciosa, era delicada toda vez que pressionava um pouco mais de neve para sustentar o corpo e parecia falar alguma coisa para ele, rindo de vez em quando. Imaginava se para aquela pequenina o boneco de neve a respondia. 

Se aproximou agachando-se ao lado da menina para tentar descobrir o que ela poderia estar falando. Adoraria ouvi-la, adoraria saber se sua voz era fina, doce, gentil, será que ela era uma daquelas que gaguejava? E se não falasse e apenas tentasse? Desviou o olhar se sentindo estranha ao pensar que ela poderia ser muda, que jamais seria capaz de escutar a propria voz. E se fosse surda? Oh, pare de pensar tantas coisas! Deixe de ser boba, ela deve ser saudável e como qualquer criança, tem pais, amigos e está rodeada de pessoas para que possa conversar e ouvir... e sentir o carinho de todos... 

Se levantou e virou-se para o lado contrario com a intensão de ir embora, porém viu alguns meninos mais velhos bem vestidos e agasalhados - diferentemente daquela menina, se aproximarem por trás da mesma. Um breve pensamento veio em sua mente e voltou-se para a garotinha que continuava a fazer seu boneco de neve.

O que eles vão fazer? Oh, céus... que não seja nada grave... por favor... continuem andando... não parem... ignorem-a... por favor... 

Apesar de pedir inumeras vezes, os garotos a rodearam e sussurravam entre si. Um rechonchudo com bochechas bem rosadas chegou perto dela e chutou seu boneco de neve quase lhe acertando o rosto. Os outros começaram a rir e a garotinha a chorar, em poucos segundos um dos meninos aparentemente mais velho falou alguma coisa que a fez chorar mais ainda. Eles começaram a falar entre si e Hinata não resistiu em se aproximar deles. O mais velho respondeu o rechonchudo e deu de ombros indo embora com um sorriso perverso nos lábios. 

Por um momento Hinata pensou que tudo tinha acabado, no entanto quando menos esperava os meninos começaram a bater e chutar na pequena menina de cabelos curtos. NÃO! PAREM COM ISSO! - Tentou segurar um deles que ia acertar o rosto dela e sua mão o atravessou, acabou se desequilibrando e caindo no mesmo lugar em que a menina estava. 

Foi então que aconteceu...

Ela sentiu...

Primeiro no rosto, depois nas costas, em seguida no estomago e novamente no rosto. Foi assim repetitivamente, tentou levantar-se mais não conseguia se quer se mexer. Os ultimo chutes foram no braço esquerdo e então não vieram mais. Abriu os olhos com dificuldade e os arregalou levemente. O-O que... o que foi... isso...? - Tentou novamente se mexer mas fracassou, então olhou para baixo e percebeu que a garotinha estava ali imóvel e desacordada. Como se estivesse... Não... isso não... 

Sentiu uma pontada que seguiu por todo o corpo. Arregalou mais ainda os olhos, nunca havia acontecido algo assim em todos os anos desde que acordara na floresta. Nunca!

Se perguntou o motivo de aquilo estar acontecendo. Isso era dor? Estou sentindo dor? N-não pode ser... eu... eu... - Abriu um pouco a boca pela surpresa. Não podia acreditar. Aquilo era como... como um sonho. Eu sinto...

Fechou os olhos e pela primeira vez se permitiu sorrir. A dor era intensa no entanto era agradável saber que podia senti-la. Eu... estou viva! Queria rir mais não sabia como fazia e isso a chateou um pouco. Reabriu os olhos e viu um par de sapatos sociais pretos, piscou algumas vezes e direcionou seu olhar para cima e por um momento toda a dor pareceu sumir. 

Aqueles olhos... eram familiares, como se pertencessem a uma época não muito distante e mesmo assim eram um tanto desconhecidos e pareciam extremamente preocupados, mas nada lhe chamou mais atenção do que sua cor.

Olhos azuis... como duas preciosas safiras...


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Notas finais do capítulo

Yeeeeeeeeeeeephhh!!! Isso, isso, isso! O primeiro contato indireto feito!! õ/ demorou -q, mais valeu a pena, nao escrevi como eu imaginava, acho que fui apressada para o contato deles, mais ta tudo de boa. Ai que felicidade pra mim *=*
Bem... Não queria que a Hina se encontrasse com o nosso galã de novela mexicana de um jeito já criado e que com certeza já tenham lido e só pra não se esquecerem... Hinata não é capaz de ouvir as pessoas e nem falar com elas. Ela pode ver a todos e eles não podem vê-la. Não tinha sentimento algum e posso garantir que a partir de agora ela passará a sentir coisas totalmente novas # spoilermaislógicodomundo - porém... ela tem um loooongo caminho a traçar até que finalmente uma misera pessoa possa vê-la ou ouvi-la.
Mar gente.... tenho alguns fantasminhas... sausha cara... por que me sinto feliz por isso? Será que é por que alguem le essa fanfic? HSUAUHSUA

OBS: Os nomes de livros que coloquei na fanfic não são criados por mim, mais existem sim!! O que mais amo é Eragon, com certeza já o viram ou ouviram em algum lugar *=* e Neil Gaiman é um livro que eu adoraria ler... mais infelizmente... T-T
OBS²: Crônicas de Gelo e Fogo *=* siim *=* não resisto *=*

Bjs a Ina-chan!!



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