O Sentido Da Vida escrita por Enma Ai


Capítulo 11
10. Konoha


Notas iniciais do capítulo

Devem ter erros ortográficos provavelmente =X meu word complicou e tive que usar meu bom e velho "WordPad" e.e



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/366639/chapter/11

"Tenho medo... medo da minha existência, medo de ser diferente de todos, medo de não ser mais o que era. Sinto medo do que sei... mas também do que nao sei. Sinto-me aterrorizado sobre minha própria vida que desconheço a cada novo surgimento e descoberta.
Mas... sinto ainda mais medo... por que esqueci da única coisa que me puxava para a realidade."

(...)

Um dia antes do ataque em Konoha:

Sua vontade era de se levantar e sair de dentro daquele avião. Não esperava que fosse voltar ao Japão depois de tantos anos. Olhou pela janela e viu o ultimo passageiro entrando e logo o anuncio de que iriam decolar. Tentou relaxar no entanto tinha algo que lhe perturbava dentro da mente. O que aconteceria quando o visse?

– Eu poderia me sentar aqui? - olhou para o estranho e respondeu positivamente acenando levemente a cabeça. Observou-o curioso. Usava óculos escuros, vestia um terno e usava uma touca preta que escondia seu cabelo - Desculpe-me por me sentar aqui, mas não gosto de ficar junto de pessoas de terno e gravata.

– Você está usando...

– Só para causar boa impressão. - o sujeito lhe sorriu e observou as coisas "se moverem" pela pequena janela lá fora - Estou indo ver alguns amigos e familiares no Japão. E você?

Ajeitou seus óculos escuros e olhou para o homem novamente - Trabalho.

– Entendo - ele riu e tirou os óculos escuros revelando seus olhos azuis, um sorriso estranho brotou em seus lábios - Sabe... não vejo meu filho a um bom tempo, de vez ou outra eu o via quando ia para o Japão... mas nunca tive a coragem de chegar perto dele e cumprimenta-lo. Espero que dessa vez seja diferente.

– Por que? - perguntou não entendendo o motivo do sujeito falar coisas pra ele assim tão der repente.

– Por que... bem... ele nem se quer sabe quem sou.

(...)

A cidade estava uma loucura. Pessoas gritavam e corriam para todos os lados, os sons das sirenes de ambulâncias e carros da policia eram notáveis. Agarrou com força a alça da mochila enquanto várias pessoas passavam por si desesperadas, virou lentamente a rua e pode visualizar os vários policiais e bombeiros em volta de um muro colorido e cheio de desenhos.

O orfanato Suzuki... mas quem é que seria maluco o suficiente de colocar bombar em um orfanato?– Se aproximou da multidão curiosa e ergueu a câmera tirando uma foto, logo passou a tirar várias fotos de todos ali inclusive do agora destruído orfanato Suzuki.

Haviam corpos cobertos e era fácil perceber que eram de crianças, haviam outros maiores, deveriam ser pessoas que trabalhavam ali. Por que matar crianças? Elas com certeza não fizeram nada de errado... por que tal destino?

Ajeitou seus óculos escuros observou atentamente um carro policial aparecer e fazer com que as pessoas curiosas saíssem dali. Quando parou, um homem de cabelos brancos saiu e se dirigiu até algum colega.

Arqueou a sobrancelha e atravessou a rua se encostando na parede. Aquilo era muito interessante.

Ficou por mais alguns minutos em observação e seguiu seu caminho a procura de um lugar para dormir. Não tinha muito dinheiro e por isso precisaria arranjar um trabalho. Essa cidade é estranha. Tem alguma coisa de errada nela e preciso descobrir o que é!– Ajeitou os óculos e passou a caminhar pelas ruas até que parou em frente a uma pequena loja de livros antiga. A porta era feita de madeira e suas janelas eram escuras impossibilitando a visão de qualquer coisa ali dentro. Tocou na maçaneta e a abriu.

Era escuro e bagunçado, o lugar estava tomado pelo pó e abandono como se ninguém vivesse ali. Suspirou e se virou para ir embora até que ouviu uma voz.

– Ei! Você!! - a voz se tornou mais nítida, olhou para trás e viu uma jovem de cabelos ruivos que vinha praticamente correndo, ela parou na sua frente ofegante e respirando fundo pronunciou-se - Ufa, por pouco você vai embora. Desculpe por isso mas ultimamente as coisas andam bem ruins! - ela riu e lhe sorriu - Bem... deseja algo?

– Vocês tem muitos livros...

– Ah, sim sim vou avô sempre tem esses livros provavelmente desde criança. São tantos que nem se quer temos prateleiras para todos eles. Hun... procura algum especifico?

– Talvez... - olhou em volta e reparou que vários livros estavam empilhados uns nos outros e apesar de empoeirados, pareciam bem organizados - Se tiverem livros sobre a história da cidade...

A jovem o olhou surpreso e por um momento Shino pensou que ela iria expulsa-lo da loja, no entanto ela deu um sorriso e acenou com a cabeça - Esta bem então. Me chamo Lucie, poderia me acompanhar? - Shino a olhou confuso e ela riu - Bem, é que existem livros dos quais meu avô não deixa por aqui por serem de "valor inestimável" para ele. Alguns desses são os da história de Konoha. Se quiser um, terá de falar diretamente com meu avô sabe...

Acenou positivamente e a seguiu adentrando na loja. Subiram uma escada para o segundo andar e viu mais livros uns empilhados nos outros. Como uma pessoa pode juntar tantos livros assim?– se perguntou e logo pararam em frente a uma montanha de mais livros.

– Vovô! - Lucie chamou e retirou alguns livros dali, Shino pode ver claramente um homem com roupas empoeiradas sentado no chão parecendo ler - vovô, tem uma pessoa aqui que vai precisar da sua ajuda.

– Ajuda? - o homem se virou para olha-los, ele não parecia tão velho, apenas usava um óculos antigo e sua barba branca denunciava sua idade - Que tipo de ajuda, Lu-chan?

Shino impediu a jovem de se pronunciar e falou por ela - Eu vim a Konoha atrás de algumas coisas, uma delas agora é saber a história da cidade. O senhor tem muitos livros por aqui, teria algum livro da história da ultima década?

O velho pareceu surpreso e rapidamente se levantou - Lucie... poderia buscar alguma coisa para comermos e bebermos? - a neta apenas assentiu e se retirou. O velho ajeitou seus óculos e olhou fixamente para o Aburame estendendo a mão - Takao Himura.

O Aburame estendeu a mão e apertou a do velho - Edward Takana...

– Tem certeza disto? - Shino estreitou os olhos confuso - Tem certeza absoluta de quem é você? Sabe... você parece muito com um homem que conheci a muito tempo... mas bem... por quais motivos quer saber sobre essa cidade?

Shino limpou a garganta, recolheu sua mão enfiando-a no bolso e olhou para um canto qualquer. - Curiosidade... - observou Takao andar até uma prateleira mexendo nos livros e pegar alguns deles - Sou um homem que gosta de descobrir as coisas, minha intensão era apenas passar algum tempo aqui mais quando cheguei a cidade virou uma loucura com-

– As explosões. U-hum. Esse lugar sempre foi agitado. - o velho pegou um unico livro e se sentou no chão abrindo-o - Acho que se interessará por isso. - Shino o olhou por cima dos óculos escuros e se sentou na frente dele - Nesta parte do livro conta uma antiga história que se espalhou rapidamente por Konoha quando ela nem mesmo tinha esse nome. É a mais antiga e quando minha mãe era viva me contava ela na hora de dormir, logicamente bem diferente da original.

"Há muito tempo um homem estranho de outro país veio do Japão atrás do conhecimento oriental daqui. Naquela época essa cidade não tinha nenhuma ligação com o governo japonês, era independente, liderada pelas três familias - que por sinal apenas uma é conhecida, os Nara. Esse homem ele veio á cidade na época do Haru Matsuri* e naquele tempo essa era a época que os homens escolhiam suas noivas no ultimo dia da semana.

Pessoas estrangeiras não eram aceitas aqui, os moradores não sabiam o por que, mais as três familia decretaram isso desde que tomaram poder, no entanto por alguma razão aquele homem foi uma exceção. Foi dada a permissão para ele entrar na cidade e participar do festival - e abreviando a história, ele se apaixonou por uma jovem que era filha do líder de uma das três familias e ela ja era noiva de outro homem. Então dá para se imaginar o problema disso..."

– Er... eu quero saber a história da cidade, nao um conto de fadas...

Calado!– Takao o repreendeu e respirou fundo antes de continuar a história.

"O homem era mais velho e ela era apenas uma menina, porém a diferença de idade não impediu os dois de ficarem juntos. No final do Haru Matsuri a jovem e seu noivo se casaram e o homem que visitara a cidade teve que ir embora. No seguinte Haru Matsuri ele voltou e a primeira coisa que fez foi procurar pela mulher que amava e surpreso soube que ela havia sido oferecida aos sete deuses para que a maldição dela fosse retirada. A maldição tinha sido engravidar antes do casamento de outro homem, desonrando a familia que pertencia e a única maneira de fazer a familia ser perdoada era dando a vida dela e da criança aos deuses. Depois de um tempo ele apareceu morto em frente a uma antiga cerejeira."

– E qual o sentido disso tudo? - Shino perguntou impaciente.

– Sentido? - Takao riu e retirou os óculos o limpando com a blusa velha - Não sei qual é, mais minha mãe dizia que a história era real e vive até hoje. Ela se repete várias e várias vezes e de tantas vezes isto acontecer trouxe consequências graves e irreversíveis. Não entendi o que ela quis dizer com tudo isso, apenas sei que meu próprio pai me disse para nunca se envolver com pessoas que tenham "os olhos de um morto".

– Olhos de um morto...?

Takao recolocou seu óculos e sorriu sem humor - Pessoas que vêem o que não deveriam ver. Que sentem o que outros nunca seriam capazes de sentir... que fazem o que é errado. Conhecido muito como A Maldição dos Sete. Diziam que o estrangeiro visitante era um amaldiçoado que trouxe mais maldição para a cidade e todos seus moradores foram afetados por ele. "Pessoas morrem, outras vivem e algumas fazem os dois". Uma frase antiga de um desconhecido.

– O que tudo isso quer dizer? - Shino estralou os dedos e suspirou - Quer dizer que tem pessoas que morrem e outras vivem com esses mortos...?

– Não, não, não... bem, mais ou menos. - Takao apontou para o Aburame e se aproximou - Pessoas que morrem e continuam vivas. Andando, comendo, fazendo amiguinhos por ai pra depois morrerem mais uma vez, pelo menos não antes de fazer algo ruim.

– Como... zumbis...? - Pessoas que vêem o que não deveriam ver? Esse velho... sabe muitas coisas...– Algo assim?

– Zumbis? - Takao riu alto e descontroladamente, limpou as lágrimas dos olhos e respirou fundo novamente - Que ridículo. Não são zumbis... são aberrações! Minha dica é... se tem consideração por você mesmo, vá embora enquanto pode. Essa cidade... está a beira do abismo.

Shino arregalou levemente os olhos e ajeitou os óculos escuros. Ele fala as coisas como se soubesse de várias outras. Será possível... ele está me escondendo algo? O que é tão importante assim que o faz ficar quieto? Não... não simplesmente ficar quieto... guardar para si algo por anos? Décadas...?– Encarou o livro a sua frente e abriu a boca para pergunta-lo sobre algo no entanto Lucie reapareceu carregando em cada mão uma bandeja com chá e biscoitos.

– Desculpem-me - ela riu envergonhada enquanto colocava as bandejas para os dois com delicadeza - Não tinha nada para comer, só encontrei biscoitos, por tanto vovô, acho bom me dar alguns trocados para comprar pelo menos algum lanchinho pra mais tarde. - ela riu mais quando Takao tossiu e olhou desviou o olhar acanhado - A cidade está uma bagunça lá fora e tem vários policiais atras desse maniaco das bombas.

– Ja colocou até nome no sujeito, Lu-chan - o velho balançou a cabeça negativamente e colocou um biscoito na boca - Hn... poderia ir organizando os livros lá embaixo em cima do balcão? - encarou Shino e voltou a olhar para ela sorrindo - Acho que terei de ficar mais um tempo por aqui.

Ela compreendeu e se retirou novamente. Shino se voltou para o velho e tomou um pouco do chá. - Então... o que quer me perguntar agora?

– Das três familias... por que a Nara é a unica conhecida?

– Bem... isso nao sei. Mas antigamente "ouvi dizer" que as familias disputaram entre si o poder e a vencedora foi a Nara, bem... foi o que ouvi dizer. Mas então... irá embora? - viu o Aburame se sentar mais confortavelmente e suspirou. Ele não vai mesmo... - Por que tanto interesse nessa cidade meu jovem?

– Por que algo muito estranho acontece aqui. Quero apenas saber o que.

– Pode se arrepender. - o ouviu perguntar o por que surpreso. Fechou o livro e o empurrou na direção dele - Cidades cheias de pecados podem matar.

(...)

02 de Setembro de 2008

Não sei o que se passou pela cabeça de Tony.

Ele nao deveria ter feito aquilo...

Talvez eu deveria simplesmente parar de fugir, estou farta disto tudo. --n sumiu e agora estou indo pelo mesmo caminho. Mamãe deve estar preocupada... oh, será que ela está bem? Espero que não esteja pensando que fugi de casa por causa dela. Hoje penso que teria sido melhor ter contado a ela, avisado que eu tinha que fugir "Dele".

Estou começando a desistir... mal conheço alguém e "Ele" me tira o que pouco tenho... pobre Tony... tony... tony...
Tenho que sair dos Estados Unidos... tenho que, que... que ir para mais longe... um lugar onde ninguém saiba onde é! Muito menos "Ele", mas... Ele parece conhecer todo quer lugar... sempre me encontrando... queria tanto que alguem me ajudasse, mas... acho que não existe alguem assim...
...

Colocou a folha junto das outras e cruzou as mãos em cima da mesa. Sorriu pensando no que Aburame Shino estaria fazendo naquele exato momento, afinal, as noticias dos atentados na cidade de Konoha percorriam o mundo com velocidade. Tecnologia como sempre ao nosso lado. Deu um pequeno riso e ouviu o telefone tocar, atendeu-o imediatamente.

– Kabuto.

– Estou voltando.

Ouvir aquela voz nunca foi tão satisfatório. Seu sorriso aumentou involuntariamente e ansiosamente esperou pela próxima fala dele. - O velho não tinha nada de mais para falar comigo. Apenas desperdício de tempo.

– Estava lá ainda quando começou?

Sim... "Ele" voltou, provavelmente. Não parece que está no Japão para brincar. Não foi cauteloso nem silencioso. Ele quis atenção, com certeza está planejando algo grande.

– Alguma ideia de que?

Tenho... conversaremos sobre isso quando eu chegar Kabuto. Agora tenho que pensar em outras coisas.

– Entendido... mestre Orochimaru.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Haru Matsuri - Festival da Primavera

Vooooltei e................e sim depois de muiiiito tempo =X
Estava com alguns probleminhas e um certo blok mental complicou as coisas mais ainda, desculpem '-'
Ui, gostaram do final? Orochimaru e Kabuto hen, por que do "Mestre"? =X rsrs. Foi meio dificil decidir um final nessa bagaça '..' foi tipo: "Coloco isso ou aquilo? Com quem faço?" Tentei foca-lo bastante no Shino e a minha intensão era explicar sobre quem poderia ser "Ele" mais bem... acho que fugi disso de um jeito inexplicável e..e
O próximo capitulo pode demorar, mais garanto que vai ser com a Hina-chan *0*
Bjs seus nubs *0*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Sentido Da Vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.