PDV Alec

Depois de mais um dia naquela escola, finalmente cheguei em casa, assim que abri a porta vi uma cena muito horrível, minha irmã sendo ''comida'' pelo Demetri, mas como hoje era um dia feliz pra mim, deixei essa passar. Logo depois subi em direção ao meu quarto, chegando lá fui tomar um longo banho, logo que sai fiquei pensando em como será a reação da July quando ela descobrir que eu sou um vampiro, um longo tempo se passou enquanto eu estava perdido em meus pensamentos, até que a minha irmã chegou abrindo a porta dizendo que daqui a pouco nós teríamos que ir pra escola.

Fiquei animado pra ver a Juliana hoje então me arrumei bem rápido pra ir para a escola, logo que cheguei lá fiquei surpreso, pois ela não estava lá, então resolvi procurar aquela amiga dela, Denise eu acho, para perguntar se ela sabia dela, e quando eu a encontrei estava falando no telefone, então eu cheguei um pouco mais perto, não para ouvir a conversa dela, pois eu sou um vampiro então ouviria de qualquer jeito, mesmo que eu não quisesse.

Então fiquei esperando ela desligar o telefone, mas eu preferia que ela não tivesse respondido a minha pergunta, pois a noticia era muito ruim, a mãe da July sofreu um acidente de carro, e está na UTI, mas pelo que me parece a July não pode entrar então ficou em casa. Então logo que a aula acabou eu sai em disparada para a casa dela, quando cheguei lá quem atendeu foi o irmão dela.

—O que você quer- ele me perguntou, com cara de cansado, com certeza ninguém havia dormido aqui, eu expliquei a situação para ele, então ele me deixou entrar. Ele disse que ela estava lá em cima, e me acompanhou até o quarto dela.

Quando eu entrei, ela estava sentada na varanda, olhando para o que parecia um álbum de fotografia, quando ela sentiu a minha presença se virou, me olhando com os olhinhos vermelhos de tanto chorar, e eu fui até ela e a abracei, nós ficamos ali desse jeito, podia ter passado minutos, horas, e mesmo assim nós continuaríamos ali abraçados.

—Alec muito obrigada por ter vindo aqui me ver e ter dado apoio, mas agora eu quero ficar sozinha, tudo bem pra você- ela me perguntou, ainda muito abalada, me cortava o coração ver ela daquele jeito.

Eu assenti soltando-a e abrindo a porta do quarto e descendo as escadas, e lá encontrei, uma garota que eu nunca vi na minha vida, que estava conversando com o Bruno, e a Leticia e a Vitoria. O Bruno abriu a porta pra mim e depois eu fui direto pra casa.

Quando cheguei em casa subi pro meu quarto e fiquei lá sentado na minha cama olhando para a porta, pensando em como ela estaria agora, com certeza muito mal, eu só não entendo por que não deixaram ela entrar pra ver a mãe, tudo bem que ela está num estado muito crítico, mas poxa é a mãe dela.

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Duas semanas se passaram deis da ultima vez que eu vi a Juh, eu liguei pra ela umas 20 vezes e sempre cai na caixa postal então eu resolvi ir a casa dela ver como ela está, chegando lá eu toquei a campainha e quem me atendeu foi a Katy, que parecia preocupada e aflita, ela deixou eu entrar e pediu pra mim esperar na sala que ela ia chamar a July, enquanto eu esperava vi ela indo de encontro com um homem falando ao celular que parecia estar muito preocupado, depois que desligou ela falou com ele que logo veio ao meu encontro e disse :

—Você deve ser o Alec não é mesmo- ele me perguntou estendendo a sua mão para que eu pudesse cumprimenta-lo- Muito prazer eu sou o Vitor pai da Juliana- ele me disse logo depois soltou a minha mão e se sentou de frente pra mim numa poltrona.

—O prazer é todo meu Senhor Hainarlwy- era questão de respeito chama-lo assim.

—Pode me chamar de Vitor- ele disse e logo depois respirou fundo- então pelo que me parece você é um amigo da minha filha- eu assenti e depois ele prosseguiu- ela fala muito de você, mas então vamos ao que interessa, você veio aqui vela certo- ele me perguntou e eu só assenti- então com certeza você sabe que minha mulher estava na UTI, que ela levou alta na semana passada, na sexta- ele me disse.

—Não, eu pensei que ela ainda estava, como a July não está indo pra escola, então resolvi ligar pra Juh mas ela não me atende já liguei umas 20 vezes, por isso eu vim aqui pra saber como ela está - eu me expliquei, e ele pareceu confuso.

—Então você não sabe que ela está doente- ele me perguntou.

—Espera doente- eu perguntei confuso.

—A minha filha deis que descobriu sobre o acidente da mãe, ela não come não sai de casa, então quando a minha mulher voltou eu pensei que ela ia voltar ao normal mas continua do mesmo jeito- ele me explicou e eu fiquei chocado- já veio três médicos aqui mas nenhum conseguiu saber o que ela tem, eu e minha mulher já não sabemos o que fazer com ela.

—Eu posso subir lá pra ver ela por favor- eu perguntei ainda muito preocupado.

—Pode sim, vai lá- ele disse e logo depois eu subi e bati na porta mas ninguém atendeu, então eu mesmo abri, e vi ela olhando para janela.

—Juh, posso falar com você- eu perguntei me aproximando dela. Ela se virou e ficou me olhando com medo, eu fiquei sem entender então quando eu cheguei mais perto dela, ela se afastou.

—Fica longe de mim por favor- ela disse num sussurro e se afastando- Você é um mostro fica longe de mim- ela falou com a voz mais firme dessa vez.

—Juh eu não estou estendendo- falei tentando me aproximar mas ela não deixava.

—Eu sei o que você é- ela disse se afastando até que encostou na parede.

—O que- eu perguntei um pouco mais baixo.

—Um Vampiro- ela falou baixo demais, mas mesmo assim eu consegui ouvir. Então é isso, o que eu mais temia ACONTECEU.