Sasusaku - Amor E Amizade escrita por Kriss Chan Dattebayo


Capítulo 26
Capítulo 27: Conflito Interno


Notas iniciais do capítulo

Yo Galerinha, obrigada por comentarem no capítulo anterior e espero que gostem e não me matem nesse! ^^
Boa leitura!



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*Sakura*

Ok! Eu esperava qualquer coisa, menos um tumor maligno no cérebro. Ótimo! Outra coisa para adicionar na minha lista de fatos ocorridos desde que eu me lembre. Que sorte eu tinha! Murmurei mentalmente de uma forma irônica. Vi minha mãe debulhar-se em lágrimas e eu apenas a abracei sussurrando coisas do tipo: “Vai dar tudo certo”; “Eu vou ficar bem, ok?”.

– Mãe. – chamei a sua atenção para mim. Ela limpou as lágrimas do rosto e eu levantei para fechar a porta do quarto. – Preciso que me prometa uma coisa. – sussurrei baixinho para ela que apenas acenou positivamente com a cabeça. – Não conte nada disso para a Harumi.

– Eu sei. – resmungou. Ela sabia tanto quanto eu, que a minha irmã caçula havia ficado meio inconformada com a morte de nosso pai, e que qualquer notícia deste nível a deixaria apenas pior, ainda mais depois do que eu presenciei no hospital. – Você pode deixar, eu não direi nada.

– Nós vamos ao hospital. – murmurei – Falaremos com o médico e perguntaremos o que teremos que fazer para retirar esse tumor e sem tem forma de tira-lo.

Minha mãe acenou positivamente novamente. Ela levantou da cama e saiu pela porta deixando o envelope do exame sobre minha cama. Peguei-o e coloquei junto do meu caderno de poesias jogando-os dentro da gaveta do armário. Suspirei pensando o porquê disto tudo acontecer comigo. Talvez fosse uma forma de castigo que Kami-sama desejou a mim, mas eu não sabia ao certo. Apenas tinha certeza que eu não deixaria minha irmãzinha saber disso.

Cerca de meia hora depois, minha mãe havia deixado a Harumi na casa de uma colega da escola após vários protestos dela e nós duas seguimos em direção ao hospital. Caminhamos pelos corredores em direção ao consultório de neurologia da clínica. Nós fomos convidadas a entrar por um homem alto e de cabelos negros. Uma parte de seu rosto era coberta por uma enorme cicatriz e eu forcei-me a não encara-lo por isso.

– Entrem, por favor. – murmurou o moreno. – Meu nome é Obito Uchiha. – murmurou e eu olhei surpresa para ele. – Sim, sou parente do Sasuke. Tio para ser mais exato. Sinto muito por isso. Mas vocês vieram aqui falar do seu exame, não é mesmo, Sakura?

Acenei que sim e ele suspirou nervoso antes de voltar a tomar a fala. Minha mãe observava atenta cada palavra dita pelo Dr. Uchiha.

– Foi constatado um tumor maligno no lóbulo esquerdo do seu cérebro, cuja área ocupa principalmente funções como a audição, fala e algum resquício de memória. – falou calmamente, mas eu podia sentir uma pontada de pena na sua voz. – O procedimento padrão é uma cirurgia. Retiraríamos um pedaço do crânio, diminuiríamos o inchaço e retiraríamos o tumor. Isso é lógico, depois de certificarmos a extensão deste num exame mais detalhado.

– Tem algum risco, doutor? – perguntei simplesmente sem encarar os olhos negros que me lembravam de Sasuke.

– Toda cirurgia na região do cérebro tem risco. – murmurou o moreno – Porém, eles são somente calculados depois desta. Quando eu digo riscos, digo sequelas, mas também digo morte. – disse por fim – É uma cirurgia de auto nível. São duas equipes no local. Não quero enganá-la, Sakura, mas há sérios riscos. Porém, fazemos de tudo para evita-los durante esta cirurgia.

– Entendo. – murmurei sem acreditar. – E quando poderíamos fazer esta cirurgia.

– Bom, os exames deveriam ser feitos essa semana. – disse – Um tumor como este que você tem, deve ser retirado o mais rapidamente possível. Creio que poderemos fazer a cirurgia no máximo no final de semana.

Balancei a cabeça afirmativamente e seguida de minha mãe sai da sala despedindo-me do médico que acenou tristonho para mim. Mas também... Falei para minha mãe que eu iria ver Naruto e Hinata que sempre permaneciam no hospital. Ela concordou e caminhou em direção a área de lanches do hospital.

Caminhei três corredores sem preocupar-me muito para onde estava indo, tanto que esqueci que deveria encontrar Naruto e Hinata, mas parei de caminhar sem rumo quando uma mão segurou meu ombro. Olhei para verificar quem seria e cabelos ruivos e olhos acastanhados denunciaram a presença de Sasori que sorria minimamente para mim.

– Oi Sakura. – disse o ruivo. – Que bom que você está bem. Vim te visitar na semana passada, mas você estava separada de visitas. Voltei hoje, mas Naruto e Hinata quase me esculacharam dizendo que você não deveria me ver... – parou ao olhar para meu rosto. Eu chorava silenciosamente e lágrimas rolavam pela minha face. – O que aconteceu? – perguntou e eu apenas soltei um soluço antes que ele me abraçasse novamente. – O que houve?

– Eu... – murmurei baixinho. Tantas pessoas que poderiam aparecer ali e fora justamente ele a primeira a me ver? Pelo visto, Sasori ainda tinha algo que sempre o fazia aparecer quando eu mais precisava de consolo. – Eu... Eu estou morrendo, Sasori.

– Shii. – murmurou no meu ouvido. – Não diga bobagens, Sakura. Você não está morrendo. Você está aqui viva comigo, ok?

– Você não entende. – sussurrei baixinho com o rosto afundado em seu peito já que ele era mais alto do que eu. – Eu vou morrer de verdade. Digo, já estou morrendo de verdade.

– O que você quer dizer com isso, Sakura? – perguntou-me erguendo meu rosto para que eu olhasse em seus olhos. A vontade que eu tinha era me esconder em um buraco fundo e oco. – Que história é essa?

– Eu tenho um tumor no cérebro. – sussurrei baixinho de forma quase que inaudível. Os olhos ardendo com o choro recente. As mãos tremendo e só agora caindo a ficha que eu estava morrendo. – Um tumor maligno.

– Sakura... – murmurou o ruivo abraçando-me novamente.

Eu apenas aproveitei aquele abraço e os carinhos vagarosos de Sasori pelos meus cabelos. Eu sentia as lágrimas diminuírem gradativamente e a minha respiração normalizar-se. Ouvi uma voz distante enquanto eu piscava os olhos para as lágrimas pararem de escorrer e Sasori afastava-se de mim apenas o suficiente para que eu pudesse ver quem chamava meu nome. Três pessoas conhecidas apareceram no meu campo de visão. Duas pessoas loiras e uma morena olhavam confusas para mim e raivosas para o ruivo ao meu lado até que uma loira de olhos azuis e um vestido roxo apenas surgisse ao meu lado fitando Sasori com o mais puro ódio antes de olhar o meu rosto marcado por lágrimas e olhar-me confusa.

– O que houve testuda? – perguntou-me rapidamente – O que esse ruivo idiota e irritante fez com você dessa vez? – perguntou Ino olhando de forma assassina para Sasori.

– Eu não fiz nada. – resmungou o ruivo em sua própria defesa.

– Ele não fez nada, Ino. – respondi confirmando o que o ruivo acabara de dizer. – É só a minha vida que tá por um fio.

– Eu soube sobre o Sasuke. – murmurou a Yamanaka. – Sinto muito tudo o que aconteceu.

– Antes meus maiores problemas fossem o Sasuke. – resmunguei de forma amargurada. Há essa hora, Naruto e Hinata já estavam ao lado de Ino. Ela me olhou de forma inquisitiva e eu suspirei pesadamente sentindo a mão de Sasori sobre minhas costas como se me fizessem tomar coragem e contar. Ino viu o gesto do ruivo e bufou de raiva. – Eu recebi os resultados do exame.

Todos os três olharam-me curiosos. Meus olhos ardiam querendo chorar novamente, mas eu já estava cansada, farta de tudo isso e o que era pior, eu não tinha outra forma de demonstrar minha angústia.

– O que eles diziam? – perguntou Hinata demonstrando o que todos pensavam ali. Os rostos levemente entristecidos.

– Eu... – murmurei irritada – Meio que estou morrendo.

– COMO ASSIM MORRENDO? – gritaram os dois loiros confusos. Todos no hospital olharam para nós como se fossemos um bando de loucos que estavam em qualquer lugar, menos no hospício.

– Eu tenho um tumor maligno no cérebro. Pronto! Falei! – murmurei vendo os três olhos arregalarem-se e eles me olharem inexpressíveis, e até com incredulidade.

Eu não os culpava. Nem eu mesma conseguia acreditar naquilo. Somente a menção de um tumor maligno num local delicado para qualquer tipo de cirurgia, já assustava qualquer pessoa. Os riscos eram grandes. O medo também era. E para piorar as coisas, eu não fazia ideia do que poderia ser pior. Morrer ou ficar com sequelas irreparáveis. Suspirei novamente pelo o que me parecera ser a milésima vez naquele dia. Fechei os olhos tentando não ver meus amigos ali parados a minha frente. Com certeza morrer era pior, decidi por fim.


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Notas finais do capítulo

Não venho tendo muito tempo, mas tô tentando postar com frequencia, que eu acho que deve ser atualizada nos finais de semana. Bem, é isso. Até o próximo!