Isabella Canne, A Vingança escrita por Biby Canne


Capítulo 2
Memory


Notas iniciais do capítulo

ACHARAM QUE EU NAO VOLTARIA NUNCA MAIS NE?



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Isso foi a ultima coisa que eu disse antes de sentir um impacto contra meu corpo.

Um de meus irmãos estava me abraçando, o outro apenas me encarava, eu sentia falta de ambos. Eu via as lágrimas secas nos olhos de meus irmãos, eu sentia a dor deles, eu amava Liliana e Hope, elas eram minha vida, o motivo da minha família ter se reunido novamente, mas eu estava disposta a os fazer pararem de viver para elas, esse seria o desejo de Liliana.

–Izzy, como você está? Faz séculos que não nos vemos- Elijah era o mais sentimental de nós, e eu o amava demais.

–Querida, como você esta?-perguntou Klaus, que depois de mim era o mais fechado, e hoje particularmente estava distante.

–Estou bem- disse segurando minhas lagrimas.

–Não você não esta, o que aconteceu?-disse Elijah

–Podemos conversar sobre isso depois?Eu senti tanto a falta de vocês

–Nós sentimos sua falta também pequena- disseram ambos.

–Vamos voltar para o castelo- disse Klaus e eu o olhei surpresa, ele apenas sorrio tristemente- Hope não gostaríamos que passássemos esse dia em agonia- disse simplesmente.

Meu irmão e eu assentimos e fomos andando, todos juntos, sem conversar, não precisávamos, era um silencio confortável e bem vindo. Chegamos ao castelo em alguns minutos, e eu sabia que eu seria incomodada com perguntas sobre minha vinda, e eu as responderia com prazer.

–Vamos até meu quarto tenho alguém para apresentar para vocês, depois vamos para o salão oeste e eu lhes explicarei tudo que quiserem.

Eu segui para meu quarto com eles atrás de mim, assim que cheguei a minha porta, eu olhei para os dois.

–Não estranhem- eles me olharam confusa, mas assentiram.

Quando eu entrei encontrei Jazz lendo um dos meus livros, ele levantou o olhar do livro, e meus irmãos se entreolharam curiosos pelo fato de um Cullen estar no meu quarto.

–Eu lhes explico logo- disse para eles e olhei para Jazz- vamos para a sala oeste tenho muito a falar.

Eu fui na frente, já que a sala só podia ser aberta por mim, logo não era usada a anos, assim que eu passei pela porta do meu quarto comecei a correr, sabendo que os outros estavam me acompanhando.

Quando cheguei na porta da sala toquei a maçaneta e a porta se abriu. Nós entramos e eu fechei a porta, meus irmãos me olhavam interrogativos.

–Eu senti falta desse lugar- disse olhando as paredes de mármore.

–Sentem-se a história é longa- lhes disse e comecei a contar a historia-(...) e é esse o motivo da minha vinda, eu quero vingança, por mim e por Jazz.

–Nós, como você deve estar imaginando, iremos lhe ajudar, mas você sabe que nenhum plano estaria completo sem nossa estimada prima, Rebecca e suas amigas seriam uteis também.

–Eu sei, e por isso vou lhe enviar uma carta. Vou ficar aqui, junto de Jazz, esta bem?

Meus irmãos assentiram contrariados, mas saíram mesmo assim.

–Jazz pega um livro qualquer na estante, eu vou escrever uma carta para minha prima.

Eu sentei em uma das muitas poltronas e comecei a escrever

“Querida Rebecca, como você esta, sei que fazem muitos séculos desde que nos falamos, mas eu preciso de um favor, uma ajuda numa vingança, sei que você adoraria ajudar, traga, se puder mais pessoas para me ajudar, venha com roupa bem sexys, te amo minha doce prima

Beijos,

Izzy”

Eu sabia que era curto, mas era tudo que eu precisava dizer, com um pouco de magia eu enviei a carta para ela, quando eu levantei meu olhar percebi que Jazz não estava lendo, e sim me olhando.

–Algo errado Jazz?

–Não, Izzy, é só que eu nunca vi nenhuma magia antes.

Eu ri de sua frase, e o chamei com o dedo, quando ele se aproximou eu peguei sua mão e sussurrei algumas palavras em latim e uma rosa negra surgiu nas mãos de Jazz, ele olhava a rosa abismado, e eu ri de sua reação.

–Se quiser tenho muitos truques- disse piscando, quando ele me ouviu dizer isso ele assentiu como uma pequena criança.

–Vem comigo.

Eu sai da sala com ele no meu encalço, nos conduzi até o jardim de Liliana, lá havia uma estatua dele e Hope.

–Essas eram Liliana e Hope- eu disse sorrindo nostálgica.

Eu sentei na grama e fiz um sinal para que ele se sentasse ao meu lado.

–Não se assuste-eu disse e segurei sua cabeça em minhas mãos.

Eu lhe mostrei imagens de Liliana, não apenas imagens, mas também memórias, eu queria que ele soubesse como esse local era antes da morte dela, esse castelo era cheio de vida, minha família estava sempre reunida, dançávamos ao redor de fogueira, tocávamos musica todos os dias, e depois as imagens após o nascimento de Hope, a aura de meu irmão era pura, nós sempre estávamos nos dando bem, e então eu lhe mostrei o ultimo dia em que vi Liliana, e depois a imagem da Lua naquele dia. Daí em diante eu lhe mostrei a mais forte de minhas lembranças

Eu estava andando pelo castelo quando eu encontrei Klaus no jardim, desde a morte de Lih ele não falava, não se alimentava, estava caindo dentro de um mundo cheio de dor, ódio, vingança, e escuro. Eu lhe entendia, mas ele era meu irmão e não poderia deixa-lo morrer.

–Klaus, por favor, me acompanhe, eu sei que estas triste, com teu coração partido, mas não posso me permitir ver o meu irmão definhar

Ele rosnou para mim e disse palavras que nunca sairiam da minha cabeça.

– Tu jamais saberás como estou Liliana se foi, juntamente com minha filha, e tudo por que tu não soubes defender-te, não consigo evitar, sempre irei culpa-la irmã, e sempre vou odiar-me por isso.

Quando ele terminou de falar eu tinha lágrimas em meus olhos, não pelo que ele havia dito, mas sim pela tristeza que eu via nos olhos de meu irmão, eu sabia que aquilo que ele falara não era o que ele de fato sentia, ele apenas queria ficar sozinho, eu me abaixei ate que pudesse olhar em seus olhos sem ficar olhando para baixo.

–Querido irmão, eu não posso suportar perder-te, por isso deixarei o castelo, eu sentirei sua falta, mas esse é o melhor para mim e para tu. Adeus meu irmão- eu disse me despedindo, não lhe dei chance de responder, simplesmente corri, eu sabia que mandariam me buscar, e por isso me camuflei como humana.

Eu parei de lhe mostrar as minhas memórias, e reparei que estava chorando, Jazz me abraçou, e eu fiquei assim por um tempo, ele acariciava meus cabelos e eu chorava, eu desabei por um instante, deixei que minhas barreiras caíssem, eu confiava em Jazz, ele era um amigo leal, então não me importei em lhe mostrar tudo, em deixar meu muro de pedra cair. Eu o ouvi arfar devido a intensidade de meus sentimentos, todos o atingiram de uma única vez, eu tentei aliviar controlando minhas emoções, mas ele me parou, ele sabia que eu precisava perder o controle, ou eu explodiria.

Eu chorei por Liliana, por Hope, por ter me mantido longe de meus irmãos, por entrar num mundo cheio de sombras.

Depois de horas quando eu finalmente recuperei meu controle, Jazz me soltou, eu levantei e segurei sua mão, e juntos adentramos no castelo. Eu iria leva-lo para conhecer o salão principal, mas quando eu estava me aproximando escutei alguns gritos e entrei no salão, o que vi me pegou desprevenida. Elijah e Klaus estavam gritando um com outro.

–Que merda esta acontecendo aqui?- eu gritei

–Isa, chegou uma carta para os Volturi, e eu acho que deve ser entregue a você e Jasper- disse Elijah.

–Eu não acho que deva Le-la, querida, você não precisa disso- disse Klaus.

–Deixe me ver a carta, Klaus acalme-se não vou morrer por causa de uma carta.

Quando li o conteúdo da carta, eu rosnei, minha raiva era enorme, minha magia se descontrolou e eu sabia que meus olhos estavam vermelhos, minhas presas de fora e que eu estava com uma cara feroz, como um lobo prestes a atacar o seu adversário.

A carta caiu de minha mão e Jazz, que estava um pouco assustado, pegou-a e leu:

“A família Cullen gostaria de convida-los para a festa de noivado de Alice Cullen e de Edward Cullen, na cidade de Nova Orleans.

Contamos com sua presença

Cullens”

Jazz estava com uma cara nada boa também, mas de repente começou a sorrir, eu o olhei confusa, e com isso minha raiva foi diminuindo, e ele disse

–Acho que já sabemos quando iniciar nossa vingança minha querida Isabella

Eu sorri maliciosamente com a ideia, e falei:

–Com toda certeza meu fiel amigo, apenas irei informar minha prima que o destino depois de Forks será Nova Orleans.


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Notas finais do capítulo

O QUE ACHARAM???