E De Repente, Adultos! escrita por Mina Phantonhive


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeee gente!! Desculpe mesmo a demora!!! Esse capítulo, como todos os outros das minhas fics demorou bem a sair...a inspiração mandou beijos e ainda não voltou! Mas como a fic recebeu mais uma recomendação e está chegando aos 70 comentários, não tem mesmo como não atualizar, né??? Muito obrigada NanaSwan pela recomendação e por todos os comentários. Obrigada a todos os leitores e esse capítulo temos um romantismo de Rukia e Renji que a Dalila Araújo pediu lá no começo da fic, temos um prelúdio de um plano e temos Ichigo no pais dos relacionamentos. Stay with the show.



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Orihime não sabia bem o que pensar. Aquele dia todo tinha sido uma loucura, desde quando tinha ido dormir no anterior. Sonhou com seu querido (já se permitia chamá-lo de querido em pensamento), teve aquela experiência sensorial e ele tinha dançado com ela! O sonho tinha se tornado realidade. Ela não conseguia parar de tremer. Foi bem-sucedida em suprimir a emoção a um nível aceitável e se deixar levar pelas melodias da música. Dançar tango com Ichigo, mesmo que fosse em um ensaio era melhor do que todos os sonhos dela juntos.

Não conseguia dormir, então foi preparar a marmita para o outro dia de trabalho. Pegou o chuchu, as laranjas e o caldo de galinha e começou a cozinhar tudo junto, para uma mistura com propriedades misteriosas, ao menos era o que estava escrito na receita.

Quem sabe ela se tornaria uma mulher super sedutora? Ou ainda uma mulher que caísse menos ou ficasse menos vermelha? Não importava! Inoue estava ansiosa, nervosa e faria aquela receita naquele momento. Prendeu os cabelos e se colocou a cozinhar.

Picava o chuchu, temperava-o com açafrão e uma outra erva que realmente não sabia o nome e pensava que ficaria mais calma quando tomasse.

Achou melhor temperar aquela mistura com um pouco de wassabi misturado com camomila e melissa, pra acalmar aquela sensação estranha no coração.

Estava agitada demais pra pensar com coerência, porque uma comida forte dessas não era muito recomendada para esse horário, tudo bem que o estômago dela era titânico, mas aquilo não daria certo.

Também começou a pensar no parceiro dela antes de Ichigo, aquele Ulquiorra era mesmo muito misterioso, sem falar que era estoico demais para um dançarino. Os olhos dele não tinham vida, consequentemente seus movimentos também não. Era como se não tivesse paixão e isso o fazia um mau dançarino que incrivelmente sabia fazer todos os movimentos com perfeição. Claro que era algo estranho para se pensar, se fosse uma pessoa que não dançasse e visse como Ulquiorra se movimentava, mas Hime sabia, sabia que ele não dançava bem e por que ele estava ali? Por que ele estava se achando no direito de dançar? Mesmo sem um coração naquilo? Ela pensou em se aproximar dele, quem sabe pra conhecê-lo e saber de seus motivos, mas isso seria depois dela sobreviver às aulas extras com Kurosaki-kun.

O que ela tinha na cabeça quando propôs isso? Paixão misturada com tendências suicidas, só podia!! Ele foi muito legal em aceitar, mas ela não sabia o porquê! Ele estava sempre sendo tão bom pra ela, mesmo ela se mostrando tão inútil. E descobriu o motivo de chamá-lo. Mostraria a ele que podia ser tão boa e sagaz e capaz quanto qualquer mulher que já tivesse passado pela sua vida! Dançar e cozinhar eram as únicas coisas que ela achava que fazia direito. Se bem que podemos colocar uma observação na culinária dela.

Deixou a gororoba, ou melhor, o elixir de coragem, como estava na receita cozinhando e foi ler. Fazia tempo que não lia e começou a viajar naquelas páginas e quando o mocinho ia beijar a mocinha, sentiu um cheiro de queimado e foi correndo desligar o fogão.

Orihime, obstinada como era, tomou a mistura sem medo e foi dormir, não sentindo um início de náusea no percurso, mas certeza que era o efeito da mistura acontecendo.

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Rukia não conseguia parar de rir, o marido tentando seduzi-la com uma camisa vermelha de cetim combinando com os cabelos e tentando miseravelmente morder uma rosa ao som de Gardel e tentando uns passos de tango mal elaborados.

“Rukia, você não está ajudando. Por favor, estou tentando te seduzir aqui!”

Ela sabia que o marido era inseguro, mas aquilo era demais. Já estava completamente seduzida desde sempre, mas ele insistia. Só que ela nunca tinha feito pra ele, nunca tinha tentado isso. Sentia vergonha e percebeu que era igualzinha ao marido.

“Renji, me dá a camisa. Senta na cama aí. É a minha vez.”

“Rukia, você está bem? Nunca fez isso e nem precisa, você já me seduz só em respirar, babe. Não precisa mesmo.”

Rukia teve uma vontade insana de martelar a cabeça do marido, mas se refreou. Queria seduzi-lo, não matá-lo. Respirou fundo, chegou perto dele, tirou a camisa dele sem cerimônia alguma e foi para o banheiro para colocá-la. Claro que esqueceu das dimensões corpóreas de ambos. O que ficava apertadíssimo em Renji, ficava como se fosse um vestido pra ela e aquilo não era nada sedutor, já que a coisa era ao menos 6 vezes o seu tamanho. Pensou rápido e amarrou aquela camisa de forma que ficasse um vestido bem curto e pegou a tal rosa e colocou no cabelo.

Também não achou que era tão experiente no tango para utilizá-lo nesse momento e como sabia que se fosse Renji, a coisa iria dar certo, achou por bem tentar também.

Ela sempre achou que o marido fazia muito mais por ela do que ela por ele. Claro, tinha uma reputação de mulher forte a zelar, entretanto, Renji era forte e sempre carinhoso, sempre meigo, do jeito que uma pessoa de quase dois metros de altura e músculos podem ser. Sempre havia um gesto romântico: uma flor aqui, um chocolate acolá, uma música especial colocada no rádio da sala dela, uma espada nova. Sim, espadas também eram românticas, principalmente porque Renji sempre acertava a espada para comprar, só de olhar e de acordo com o ferreiro, só quem tinha muito amor podia mandar fazer uma espada para outra pessoa e a espada combinar. Tinha muita magia no mundo dos espadachins.

E cada um desses gestos fazia com que Rukia se sentisse menos e menos digna do seu marido e depois que ela lhe dá uma bronca colossal, ele vem todo cheio de amor pra dar? Não! É a vez dela.

Começou a pensar e viu que a guitarra dele estava no banheiro. Pode parecer um lugar estranho pra guardar a guitarra, mas provavelmente ele estava praticando quando ela dormia e a acústica do banheiro é excelente.

A pequena tinha traçado o seu plano. Um plano em prol de seu casamento e de sua relação com Renji que provaria que ela o amava tanto quanto ele.

Pensou em uma das músicas que o viu tocando e lembrou da banda. Tudo muito rápido, esqueceu a camisa, ficou somente com um conjunto preto, passou um batom vermelho nos lábios, pegou um salto esquecido no banheiro e se preparou.

Renji começou a ouvir uma melodia conhecida vindo do banheiro, não era possível. Será que Rukia tinha aprendido a tocar guitarra?

Ela abriu a porta e o marido ficou a ponto de atacá-la ali mesmo, só que ela pediu pra ele esperar.

“Renji, essa música tem uma mensagem que eu preciso falar pra você todos os dias da nossa vida e eu sei que eu vou esquecer e como você não esquece de nada mesmo, fica com a letra dela gravada na sua memória, por favor.”

O ruivo ficou tremendo por causa do refrear de seus instintos, mas assentiu. Ver a mulher naquele estado de romantismo puro superou todas as expectativas.

Ela começou a dedilhar a música e Renji reconheceu com alegria que era sua música favorita de todas, da qual ele tirou seus votos de casamento, da qual ele tirou uma grande parte de suas declarações, as quais ele achava que a mulher tinha esquecido. Foi às lágrimas quando ouviu sua mulher cantando:

Tell me where it hurts, so I can reach the pain.
Tell me where it hurts. Just pump it through my vain.
Be brave and tell me where it hurts.

There's something deep inside than you don't want to show.
There's something that you hide, 'cause you're afraid I'll go.
But no.
Tell me where it hurts.

Essa música sempre foi compatível com o sentimento e insegurança de Renji, por mais que não parecesse, ele achava que seria preterido a qualquer momento, e não havia ironia maior do que a mulher cantando.

You tell me not to go.
Say you want to be my holy grail.
And your skin is white like fallen snow.
I don't want to leave my marks.
But if I do, are you brave enough to let me through to touch you where it hurts?

Claro que ele tinha que fazer com que ela não fosse embora, ela era tudo o que ele tinha, ele tinha que ser perfeito, mais do que isso, tinha que ser o ideal. Rukia só merecia o ideal. Mal sabia ele que ela estava pensando exatamente a mesma coisa. Que um dia ele se enjoaria dessa baixinha com eterna TPM, encontraria uma mulher com mais calma e até mais corpo e a deixaria.

I'll touch you where it hurts.
I'll touch you where it hurts.
I'll touch you where it hurts.
And you can touch me.
Come on and touch me where it hurts.

Everyone I know seems to be broken inside.
Everybody hurting just from being alive.

Touch me where it hurts.
Touch me where it hurts.
Touch me where it hurts.
Touch me where it hurts.
Come touch me where it hurts.

Renji estava chorando quando Rukia terminou e ela achou que fez tudo errado, mas quando o marido se lançou aos seus braços chorando copiosamente, ela entendeu que fez tudo certo. “Renji, não é só você quem ama aqui. Eu o amo tanto que chega a doer e tem horas que eu não sei demonstrar, eu preciso de você aqui, sempre e pra sempre, entende?”

O homem só chorava e assentia. “Droga, estraguei o clima, não? Com essa choradeira.”

“Não o clima de amor, meu amor, não esse clima! Vem, vem comigo e não me deixa nunca mais, tá?”

E eles dormiram abraçados.

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Na casa de Ichigo, a coisa estava mais do que animada. Ele estava contando para as irmãs que finalmente reencontrou a garota ruiva e que tinha planos em chamá-la pra sair e estava pedindo conselhos de como deveria fazer isso. Claro que as meninas estavam em polvorosa, era uma novidade sem tamanho Ichigo estar agradável e ainda falando de garotas?? Aquilo era mais do que podiam esperar, tanto que até o pai estava na sala tentando tecer alguns conselhos.

“Bom Ichigo, você acha que não vai acontecer nada por que ela é sua secretária pessoal?” Karin perguntou

“A política da empresa não tem nada específico em relação a isso, se não, Rukia e Renji não trabalhariam lá. Também tem altos boatos sobre a Matsumoto e o chefão, mas isso eu nunca vi, só ouvia os comentários. Também tem o Sado e a Tatsuki que namoram. Não tem esse problema, mas você fala da hierarquia? Na verdade, ela não é bem minha secretária, é da diretoria. Ela faz trabalhos pra mim, pro Ishida, pro Renji e pra Rukia.”

“Que bom, que bom mesmo. Quando foi que ela começou a trabalhar lá?” o pai perguntou

“Essa semana.”

Os três perceberam que foi nessa semana em particular que Ichigo ficou mais tratável e agradeceram intimamente a essa pessoa e começaram a pensar.

“Bom Ichigo, você percebe que ela está afim de você?” Yuzu perguntou.

“Ah, ela fica vermelha, gagueja, mas isso não é bem só comigo. Mas quando ficamos sozinhos no meu escritório e quase nos beijamos, ela não parecia que ia recusar.”

“O QUEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE????” Os três em uníssono.

“Bom, ela teve um ataque de pânico e eu a acalmei, mas o contato com a pele dela ligou um interruptor e eu a beijei na testa e quase a beijei nos lábios. Eu sei, repentino, não?”

Ele estava se achando o boçal, quando viu a festa que os três estavam fazendo. Muito estranho, até o pai que mal podia se mover, levantou da cadeira e começou a agitar os braços.

“Gente, o que está acontecendo?”

“Estamos felizes porque Deus existe Ichigo e fez você interessado em outros seres humanos. Agora, vamos traçar a estratégia e ver o que temos?” Karin disse

“Bom, ele trabalha com ela, agora é aluno dela de tango, temos um beijo na testa, um quase beijo nos lábios, o endereço, o fato dela ir de ônibus e da Soul Society ter um programa de caronas.” Yuzu falou.

“A Soul Society não tem um programa de caronas.” Ichigo respondeu.

“Agora tem! Você vai buscá-la amanhã e é essa desculpa que vai dar. Você não pode chegar com tudo, entende? Se não vai assustar a moça, faz como o Ishida, entra na rotina dela e faz com que ela precise de você. Por mais que digam que mulher gosta de cafajeste, isso é uma mentira absurda. Gostamos de quem nos trata bem.” Karin respondeu.

“Como você entende tanto de relacionamentos assim Karin? Como?” Ichigo questionou.

“Ichigo, sua irmã está crescida e eu não implico. Escuta a voz da experiência” Isshin falou.

“Então quer dizer que a Karin está namorando? É isso que você está dizendo?” Ichigo esbravejava.

“Sim e é um ótimo rapaz, agora para de ser chato e deixa sua irmã te ajudar. Essa sua rabugice tá me deixando mais doente ainda.” o pai dele falou.

Depois daquela frase, ele decidiu deixar pra lá e continuou aceitando os conselhos da irmã. Até anotou em um caderninho. Ele tinha que dar tempo ao tempo e não deixar ela achar que ele só a quer como um amigo, mas também não ir com tanta sede ao pote. Ele nunca cortejou ninguém, as coisas eram rápidas e fáceis e sem ligações, isso seria mais difícil do que ter o monopólio de qualquer empresa por aí.

Mas valeria a pena, ah se valeria.

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Neliel dormia em um canto da cama, enquanto Grimmjow lia e relia as informações dos compradores das ações. Tinha traçado um plano visceral, mas teria aquelas ações de volta, com certeza, sem falar que poderia tirar um sarro de Ulquiorra po aquela coisa de dança. 


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