E De Repente, Adultos! escrita por Mina Phantonhive


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pelos comentários e pelo número de favoritos. Comentem mais gente! Se eu estiver fazendo alguma coisa errada, por favor me avisem! Ah, agora é o Ichgo falando. Stay tuned.



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Ichigo fechou a porta não acreditando no que estava acontecendo. Inoue estava trabalhando para ele, aquela deusa ruiva estava trabalhando para ele, ou melhor com ele. A sessão nostálgica recomeçou e em todas as suas lembranças a presença dela era constante. Até em sonhos mais ousados ela estava lá, mas nunca conseguiu ter coragem de cortejá-la.

Antes acreditava que tinham sentimentos por Rukia Kuchiki, porque ela também aparecia em seus sonhos. Eles tinham um relacionamento muito íntimo, mas não fisicamente íntimo. E tudo aquilo confundia muito Ichigo. Ela era sua melhor amiga e achava que o que sentia por Inoue era mera atração física, mas ele não entendia o que estava acontecendo, já que sempre se sentia mudado perto dela. Sentia a necessidade de ser mais agradável, mais cortês, mais educado. Talvez como uma forma de conquista de território. E ele não acreditava que aquilo fosse paixão. Considerava uma idiotice.

Achava que se fosse completamente “ele” perto dela, ela quebraria ou se assustaria e isso não era coisa de gente apaixonada. Pessoas apaixonadas são verdadeiras perto do alvo de sua paixão, pelo menos era o que ele achava. Com Rukia ele podia ser ele mesmo, ser esse ser grosso, desbocado e tudo o mais, só que conforme o tempo foi passando, na escola mesmo, ele via que era ele mesmo com todos, exceto com Orihime. Mesmo que ela nunca se assustasse com o jeito furioso dele, sempre sorrindo, mas ele tinha esse impulso de ser melhor com ela.

Se pseudo envolveu com Rukia quando eles saíram do colégio e foi cada um para um lado, o caso com Rukia, que deixou de ser caso logo depois do primeiro beijo, durou um tempo considerável, já que servia para que as irmãs e o pai parassem de pegar no pé dele em relação à mulheres.

Isso durou até que Renji Abarai aparecesse em Karakura. Ele era um amor de infância de Rukia e ela também queria ser melhor com ele, sem falar que os beijos eram muito melhores na opinião dela. O "término" nem foi tão dolorido, muito pelo contrário. Ele ficou feliz pois ganhou um amigo novo. Ele, Renji e Rukia formavam o triunvirato mais implacável da Soul Society. Eram temidos, respeitados e desbocados. E com Uryu Ishida e Sado Yasutora, formavam a equipe especial da Soul Society, contra qual ninguém podia e que todos os problemas se podia resolver.

Por mais que Ichigo fosse um bom diretor, ele tinha um humor dos diabos. O estresse de seu trabalho somado com as frustrações da adolescência mais os problemas familiares o deixavam uma pessoa amarga. Fazia um bom tempo que não sorria de bom grado e hoje quando foi ajudar Orihime se sentiu sorrir. Isso era mesmo muito estranho.

“Não é só porque ela trabalha aqui que eu vou conseguir alguma coisa com ela. Se situe Kurosaki, sem falar que é totalmente fora de ética ficar com funcionários da empresa. Tudo bem que eu ignoro o fato da Rukia e do Renji serem casados e ficarem se pegando por aqui e do Ishida estar totalmente louco pela outra secretária, a Nemu. Isso não significa que a Inoue vai cair nos meus braços. Sem falar que ela deve ter alguém, ser casada. Não é possível que uma mulher como ela esteja sozinha.”

Depois desses devaneios, colocou-se a trabalhar. Por mais que a Soul Society fosse referência de mercado, tinha uma empresa que estava abocanhando uma boa parcela dos clientes. Hueco Mundo estava apresentando um crescimento vertiginoso com referências duvidosas. Claro que o produto da Soul Society era melhor. Sem dúvidas, mas o preço da Hueco era mais baixo, com certeza, resultado de sonegação e tudo o mais. Aquilo deixava Ichigo em um estado de nervos considerável.

Sem falar que aquele dono da Hueco era implacável. Aizen era conhecido por sua impetuosidade e sua falta de escrúpulos, e pelo fato de sempre despertar em Ichigo a vontade de lhe dar um soco bem no meio da cara. Precisava de um documento para completar uma transação que essa Hueco Mundo estava atrapalhando e ele estava na sala de Rukia. Fez uma ligação pra Inoue que em algum momento o chamou de Kurosaki-kun. Aquilo soou tão bem que ele queria ouvir mais, só que ela corrigiu o chamando de san, e ele pediu que ela continuasse chamando-o de Kurosaki-kun. Ela agradeceu e disse que já lhe traria o documento.

Ichigo realmente não ligava para essas coisas de “san” e “kun”, geralmente preferia que o chamassem de Ichigo mesmo ou de Kurosaki, mas lembrava-se da educação de Inoue e se ela o chamava assim, significava que ele era mais ou menos íntimo dela, mais que um conhecido pelo menos e aquilo o fez sentir bem. Obviamente que ele mandou essa sensação estranha à merda e continuou mexendo com seus papeis. Despertou desse transe quando ouviu duas batidas na porta.

“Com licença, Kurosaki-kun. Posso entrar?”

“Ah, sim, entre Inoue.”

Orihime entrou e com ela veio um aroma de rosas, tentador e Ichigo não conseguia articular uma frase decente para iniciar um diálogo, que era necessário naquela situação. Mas por sorte, Inoue parecia instruída para aquele momento em particular.

“Kurosaki-kun, Kuchiki-san lhe pediu também para entregar o contrato referente à transação com a Hollow Enterprises, aparentemente a transação está atravancada por causa de um problema com uma cláusula do contrato.”

“Ah, sério Orihime? Ah, sim. Deixe eu pegar pra você por favor, aí você peça a ela para destacar a cláusula com problemas.”

Ele vai pegar e Inoue vai em seu auxílio, sabe-se lá o motivo, levando em consideração que hoje é o primeiro dia dela. Quase morreu quando ouviu a voz dele no telefone e agradeceu intimamente aos céus por tê-lo deixado cair depois que ele desligou.

Mas a fama de desastrada precedida por Inoue não é à toa e ela conseguiu enroscar a ponta do cabelo em uma das abotoaduras de Ichigo, o que foi algo muito inusitado e acabou arrancando alguns fios do cabelo da menina. Mas ela respirou fundo, sorriu e pediu desculpas pelo incômodo. Os olhos dela ficavam realmente lindos quando ela sorria e Ichigo estava realmente se assustando com a reação dele.

Ela agradeceu pelo documento e saiu pela porta, mas o aroma dela ainda estava no ar. Passaram alguns minutos e Ichigo recebe uma chamada interna.

“Kurosaki falando.”

“Ichigo, já viu a sua secretária? Como ela é linda e cheia de curvas?”

“Renji, você não é casado com uma tábua de passar roupas não? Pra que está falando da Inoue assim? Seu desgraçado."

“Huuum, então você sabe o nome dela, que bom, que bom. Eu sou casado e muito bem casado com uma mulher que me ama, mas você...iiih tá feio. Por que você não tenta alguma coisa com a sua secretária, hein? Olha..ela é gostosa pra caralho, mano!”

“Renji, vai pro inferno! Cala a porra dessa boca, se não eu vou aí e deixo a Rukia viúva.”

“Iiih...tá com medinho de conhecer alguém e fica nesse chiliquinho aí. Você acha que eu tenho medo de você? Hahahahahaha. Você que tinha que ter medo de perder a bonequinha aí pra algum malandro dessa companhia.”

“CALA A BOCA.”E desligou.

Claro que Renji foi muito bem instruído pela mulher a fazer aquela ligação, sem falar nos tapas que levou por acentuar a beleza de Inoue, mas está valendo. O importante é que tinha semeado em Ichigo a semente da dúvida. Renji sabia que ele tentaria fazer algo. E se não tentasse, faria com que ele tentasse. Não importasse como.


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