E De Repente, Adultos! escrita por Mina Phantonhive


Capítulo 20
Tá achando que foi só você, é?


Notas iniciais do capítulo

Gente...mil perdões a demora. Sério. Inspiração tá complicada ultimamente, um artigo de luxo...temos vários personagens e algumas briguinhas..espero que gostem.



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Aizen estava exultante com sua nova brincadeira e ficou deleitado enquanto todos os peões da Soul Society estavam tentando imaginar seu próximo passo. Incrível como que apenas um pouco de inteligência e sagacidade eram suficientes para desconcertar até mesmo os mais seguros de si, como Byakuya.

Depois da ligação para Orihime Inoue, que foi mais uma piada do que qualquer outra coisa, continuou com o monitoramento através do houygoku. Realmente não era difícil esse monitoramento, contudo, o aparelho gastava muita energia e não tinham geradores o suficiente para conseguir sustentar um uso mais prolongado e assim completar mais objetivos, mas aquela não era a hora de pensar nisso. Permitiria que eles corressem que nem baratas que acabaram de receber rajadas de veneno e pensaria em algo para acabar com eles.

Estava se deleitando com Hinamori em sua cama quando ela em um lapso de sagacidade, comenta de uma matéria sobre geradores solares e o quão aparentemente fácil é construir e colocar um para funcionar.

“Onde está escrito isso Hina?”

“Em um artigo que eu li capitão Aizen, quer que eu busque?”

“Sim, por favor.”

Aparentemente seus problemas com energia tinham acabado. Atrás da Hueco mundo havia um terreno desocupado e seria perfeito para a aparelhagem e caso a polícia desconfiasse de alguma coisa, só o termo 'aquecimento solar' provavelmente os tiraria de problemas mais cedo do que imaginavam.

O artigo lhe foi entregue por Hina que sentou-se calmamente ao lado de seu capitão e amor, começando a olhá-lo como se fosse o próprio sol encarnado, ainda suspirava lentamente como maneira de ajudá-lo a ler, apesar de aparentemente atrapalhá-lo mais ainda, mas ela se manteve ali, firme e vigilante em nome de algo que não sabia exatamente o quê.

Levantou-se e foi até a cozinha, pensando como chegou até a casa de seu amado capitão e aos poucos em sua cama, como seus planos foram completamente frustrados e ao mesmo tempo parecia que teria seu tão sonhado final feliz. Sentia falta de seu irmão menor, Hitsugaya, mas sabia que teria que abrir mão de muita coisa se quisesse ser feliz ao lado de Aizen.

Sua família sempre foi contra essa aproximação controversa, idade, ideologia,mas Hina sempre soube que aquele seria seu destino. Aquele homem com aqueles olhos tão frios seria o dono de sua alma. Preparou o café e preparou uma bandeja bem completa e foi até o quarto do futuro dono do mundo.

Viu seu amado capitão compenetrado na matéria e achou por bem se retirar, contudo exultou-se quando sentiu-o agarrar seu pulso e a jogar na cama, nem que fosse para puro deleite dele, ela o satisfaria para todo o sempre.

Sentiu a respiração entrecortada dele em seu pescoço e por mais que achasse o ato em si repugnante, se deixou levar, como sabia que se deixaria pelo resto de sua vida ou até quando Aizen assim o desejasse.

Enquanto isso na casa de Ichigo, todos estavam fazendo patrulhas para tentar encontrar alguma coisa que remetesse a rastreamento ou ainda que pudessem levá-los até o aparelho e destruí-lo. Também debateram sobre as ações e porque elas eram tão importantes assim.

“A Hueco Mundo faz negócios escusos, contudo deveras lucrativos, não é de se admirar que queiram proteger seus territórios a todo o custo, certo?” Matsumoto questionou.

“Concordo Rangiku, contudo, somente finanças não seria um motivo bastante forte para uma ameaça dessa conjuntura.” Byakuya afirmou

“Rangiku é o seu rabo, seu idiota, eu não estava falando com você.” E saiu caminhando brava para o quarto.

Criou-se um silêncio sepulcral quando Orihime com sua destreza sem igual, chegou com uma bandeja de comida e derrubou tudo no chão, cortando as mãos logo em seguida.

“Hime, pelo amor de Deus, cuidado.” Ichigo foi ao seu socorro.

“Me desculpem pessoal, mas eu sou assim mesmo. Tenho que pegar umas bandagens e ir para o ensaio.”

“Que ensaio Hime?”

“Oras Ichigo, o ensaio de dança, da escola de dança na qual eu ainda trabalho. Temos um espetáculo marcado para o mês que vem. Preciso ir.”

“Você está louca achando que eu vou deixar você sair quando você claramente foi ameaçada de morte, né?”

“Eu não me lembro de ter pedido permissão Kurosaki-kun. Eu disse que vou no ensaio, foi um aviso. E também não me lembro de ter assinado nada que você seja meu dono e senhor, sim, eu trabalho para você e com você, somos namorados e moramos juntos, contudo, do mesmo jeito que você não me consulta para sair por aí, porque isso seria no mínimo ridículo, eu não farei isso.” E saiu batendo a porta.

“Alguém me explica o que acabou de acontecer aqui?” Ichigo pergunta desolado.

“A sua ignorância sem par Kurosaki fez com que Inoue-san saísse furiosa.”

“Não é normal eu proteger a mulher que eu amo? Ela não acabou de ser ameaçada? Como assim ela fala desse jeito comigo na frente de todo mundo? O que o senhor espertalhão faria de diferente Ishida?!”

“Ela, aparentemente, não gosta de ser mandada. Pense bem, ela foi ameaçada, perdeu o chão, agora seja um bom namorado e a apóie. Não a faça refém de si mesma. Não sabemos ainda o que acontecerá. Temos uma notícia de jornal não muito confiável e um telefonema. Como saberemos se tudo isso é real mesmo ou não é um trote? E também Inoue foi uma dama com você, nada comparado a Matsumoto, então não reclame.”

Ichigo caiu na gargalhada quando Byakuya o olhou com aqueles olhos gélidos. O mundo parou naquele momento e só se ouviam as respirações tensas de todos eles. Como estavam todos muito estressados, Ichigo pensou que só dessa vez poderia brigar com alguém sem sofrer as consequências e não poderia estar mais certo.

Depois de vários socos e chutes, ambos os homens estavam em cantos opostos do sofá, ensaguentados mas com sorrisos leves no rosto. Byakuya foi até o quarto onde Matsumoto estava e Ichigo resolveu sair para espairecer.

Perambulando pela rua, acabou chegando na escola onde Inoue dava aulas e entrou. Foi calmamente até o vidro espelhado da sala e viu sua amada dançando com um homem que parecia um zumbi. Não conseguiu evitar o ciúme, mas respirou fundo, quando uma mulher se colocou ao seu lado.

“É um lindo par, não acha? Parece que foram feitos um para o outro.”

“Ah, eu não acho muito isso.”

“Pra dançar só, aquele é meu namorado.”

Sentindo-se aliviado, Ichigo se virou: “Ah é? E você não se incomoda dele dançar com a Hime?”

“Não. Ele gosta de dançar e essa mulher é a melhor dançarina que eu já vi na vida. Nasceu pra isso e olha que Ulqui nem dança tão bem quanto ela. Temos um espetáculo em conjunto e ele veio ensaiar aqui.”

“Então vocês não são dessa escola?”

“Não, não. Somos de outra. Trabalhamos com outras modalidades. Estamos em um processo de transferência de conhecimento. Orihime é uma das melhores na valsa e eu sou ótima na dança do ventre. Ela ensina o meu namorado a valsar, já que eu sou deplorável nisso e eu a ensino a dançar como no mundo das mil e uma noites.”

“Vai ensinar ela por quê?”

“É uma troca. E você se incomoda dela dançar com o Ulqui? Porque eu acredito que não deveria lhe incomodar. Nosso relacionamento tá no começo, mas nos gostamos bastante. E acredito que Orihime goste muito de você também Ichigo.”

“Hey, mas quem é você e como sabe o meu nome?”

“Eu sou a Clare e eu sei o seu nome porque eu danço com a Orihime e ela vive falando de você. Falou agora mesmo pra ser mais exata, como você queria proibí-la de vir aqui.”

“Eu não vou comentar desses assuntos com uma completa estranha, mas os meus motivos são nobres e eu não preciso justificá-los.”

“Acho que se a pessoa diz que não gosta, é mais do que justificada a raiva que ela está sentindo. Além do mais, você não é o único que sabe sobre o hoyugaku. Toda pessoa que mexe com um pouco de informática sabe e estamos todos em polvorosa desde que aquela notinha ridícula saiu naquele jornal mequetrefe.”

“Mas todos receberam ligações?”

“Só aqueles que tinham comprado ações da Hueco Mundo. Aproveitamos um bug no sistema deles e conseguimos adquirir algumas ações irrisórias. Mas como sabe das ligações? Eles também pediram pra vocês devolverem?”

“Sim. Mas não fui eu quem atendeu.” Ichigo não sabia porque estava dizendo tudo aquilo para aquela mulher estranha, mas a calma com a qual ela falou de Ulquiorra o deixou mais tranquilo.

“Oh, mas vamos dar um jeito. Ulqui trabalha na Hueco Mundo. Ele ainda não sabe do aparelho, contudo não é o único que foi surpreendido de calças curtas pela notícia.

Passando mais alguns minutos, algumas figuras começaram a entrar pela porta: Grimmjow, Hallibel, Neliel e Nnoitra. Ichigo antipatizou com Grimmjow logo de cara e estava rezando para aquele idiota começar uma briga com ele. Podia aproveitar e bater naquele moreno que ainda estava dançando com a sua namorada e conseguir algumas informações sobre o tal Hueco Mundo... o que viesse primeiro estaria de bom tamanho.


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