E De Repente, Adultos! escrita por Mina Phantonhive


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, estou mesmo muito feliz pela fic estar chegando aos 80 comentários! Muita honra mesmo!! Senti a falta de alguns leitores nos capítulos passados! O que aconteceu gente??? Cadê vocês?
Ah, recebi duas recomendações lindas e com muita surpresa: Hitachiin_Thata e Byakumallow, muitíssimo obrigada pelas recomendações. Eu fiquei mesmo muito, mas muito satisfeita.

Esse capítulo tem quase todo mundo, exceto IchiHime. Tem pessoal do Hueco Mundo, temos o mistério de Matsumoto, temos Ishida finalmente aparecendo e Rukia desenhando!

Espero que gostem! Stay tuned. E não esqueçam dos comentários.



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Matsumoto saiu correndo atrasada para o trabalho, quando recebe uma ligação de Ichigo dizendo que não trabalharia naquele dia. “O mundo vai acabar e eu aqui vivendo de migalhas. Como assim, Ichigo não vai trabalhar?” Aproveitou a sorte e também deu uma desculpa dizendo que não ia pra empresa. Aquele era um dia a se aproveitar.

Foi para casa e tomou um banho bem quente, ignorando o celular que estava praticamente tendo um ataque epilético. Esfregou e muito o corpo, como se quisesse tirar os resquícios da noite anterior. Quando viu que a pele dela estava beirando o sangramento, saiu do chuveiro e foi com os pés molhados pegar o celular. E viu uma mensagem.

[Não é normal você sair sem se despedir Matsumoto.]

Sem remetente, de um número completamente desconhecido, cada vez de um número diferente. Assim era seu relacionamento, ele a tinha no momento em que quisesse, mas ela jamais poderia alcançá-lo. Será que teria que ser sempre dessa maneira? Ela apenas esperando ele chegar, sabendo que ele não chegaria nunca?

A loira só podia amaldiçoar o dia em que essa confusão começou.

Em um dia atípico na Soul Society, com quase toda a diretoria viajando e Matsumoto e Tatsuki marcaram de sair para dançar, mas aconteceu um imprevisto que fez com que Tatsuki faltasse no compromisso. O que não impediria Matsumoto de sair para se divertir.

Fazia tempo que ela não dançava, desde que o namorado Gin tinha falecido em um acidente de moto, então achou que essa era a oportunidade perfeita para tentar se restabelecer. Não esperava que o começo de sua decadência estaria ali naquele clube.

A mulher chegou vestida para matar, em um vestido vermelho curto e justíssimo, claro, decotado generosamente. Porque se tinha uma coisa que Matsumoto Rangiku tinha orgulho era de seu corpo, que ela cuidava como se fosse um templo. Chegou ao bar e pediu uma dose de saquê e quando chegou, ficou bebericando e observando o ambiente. Quando olhou mais ao fundo, conseguiu ver Byakuya Kuchiki, o todo poderoso da Soul Society que estava com o olhar mais monótono que ela já tinha visto.

Ela tinha uma adoração secreta pelos olhos daquele homem, que eram a única parte do rosto dele que demonstrava algo além de tédio. Adoraria ver o que tinha além daquela fachada de desprezo eterno.

Ela podia ser praticamente uma viúva, mas não era cega. Tinha uma atração muito controlada pelo todo poderoso, tinha certeza absoluta que nunca seria correspondida, já que a adoração dele pela esposa morta era notória, mas era algo inofensivo que servia para manter o sentimental funcionando.

Não tinha mesmo nada de errado, mas como a loira era fã de um desafio, desafiou-se a arrancar um olhar diferente de Byakuya naquela noite, percebendo que ele estava bebericando um whisky cuja garrafa parecia custar mais que o salário de Matsumoto.

Levantou-se e foi desfilando no meio do salão, arrancando olhares gulosos por onde passava, mas o seu alvo nem se dignou a olhar em sua direção. Quando a música começou, ela foi chamada pra dançar por praticamente todos os homens daquele recinto e ele nem olhou para ela. Claro, ele olhava, mas não da maneira como ela queria.

A loira dançava como se não tivesse amanhã e na verdade não tinha mesmo e quando estava pronta para ir embora, foi retida por uma mão firme em seu pulso. Virou-se para desvencilhar-se e deparou-se com aqueles olhos que continham uma chama de desejo. Nada foi dito, somente os olhos firmaram o acordo e foi a primeira vez que Matsumoto acordou na cama do supremo da SS.

Estava com uma dor de cabeça terrível, mas foi tomar banho e ele entrou no banheiro para acompanhá-la, sem dizer uma palavra e só lhe disse algo quando ela se despediu.

Claro que ela achou que aquilo só aconteceria uma única vez. Não esperava que depois de uma semana, ele aparecesse na porta de seu apartamento e a pegasse pela mão, levando-a pelo corredor e fossem acabar no apartamento dele. Também não achou que ele fosse trocar assuntos com ela, de forma superficial, é claro, e o principal: não acreditou que fosse se apaixonar por ele.

E aquilo já estava deixando a mulher completamente transtornada, quando ela viu na mesinha de centro a foto do casamento do homem. Viu os olhos com os quais ele observava Hisana e como aquele olhar nunca foi dirigido à loira. E percebeu que ela nunca esteve ali, que ela realmente era apenas mais um dos objetos daquele apartamento sem vida e que de uma forma ou de outra aquele local estava sugando totalmente a vida que ela tinha.

Claro, era fácil demais montar um personagem risonho e sensual para aparentar uma felicidade clandestina. Ninguém percebeu que ela não falava mais que sentia falta de Gin ou ainda não chamava mais ninguém para beber com ela, que estava cada vez mais se afundando em si mesma.

Ela tinha que fugir de si e não conseguiria, caso continuasse trabalhando naquele lugar. Faltou naquele dia e estava pensando seriamente em pedir as férias atrasadas, pra viajar pra algum lugar inusitado, mas como não queria abusar da sorte, apenas foi pra cama pra tentar dormir mais um pouco.

Byakuya não entendeu aquela saída súbita de Matsumoto. Ela sempre fez questão de pelo menos tomar o café com ele, mesmo que eles não falassem muito. Não gostava tanto de ficar sozinho pelas manhãs e não sabia dizer o motivo. Constatou com pesar, que aquela mulher voluptuosa dava um pouco de cor na sua vida tão regrada e metódica.

Eles não conversavam tanto assim, já que o relacionamento deles era puramente sexual, mas não lhe agradava quando ela deixava extremamente claro que era assim, quando dormia logo depois do ato e se resignava a dormir de costas para ele.

Ele não fazia nada para mudar isso, se ela quisesse mudanças, ela que fizesse. Ele já tinha feito muito em ir atrás dela daquela maneira bestial naquele clube e dando a entender que ela pertencia a ele. Nada mais e nada menos do que isso. Ela fazia parte dele e não abriria mão dela até que ele assim o desejasse. Sua possessividade era notória e seu ímpeto de caçador era conhecidíssimo, nada lhe escapava, não importava o que. Mas achava que ela até estava feliz com o que eles tinham, exceto quando olhava para a foto de seu casamento.

Aquela foto era o resumo do que era felicidade para o homem. Hisana era a personificação do que era feliz, entretanto, felicidade poderia ser diferente, poderia ser encontrada de outras formas e ele estava encontrando isso, de uma forma deveras lenta e completamente distorcida, mas ele podia encontrar felicidade com Matsumoto, mas não quando ela se transformava em uma adolescente cheia de sonhos e queria escrever o nome dos dois em um caderno e circundar com um coração. Aquilo não era possível, eles não eram crianças e aquilo era uma relação de adultos. Matsumoto tinha que crescer, mas o grande Kuchiki não se prestaria a esse papel de ajudá-la, claro que não.

Se ela o queria como ele a queria, teriam que se entender em relação a isso. Parou de ficar pensando muito e foi para a empresa.

Ishida chegou todo contente na SS, junto com Nemu e percebeu como ela estava receptiva a ele. Aquilo era mais do que um sonho. Eles tinham até trocado um beijo naquela noite, antes de dormir e a iniciativa tinha partido da moça. Tinha como aquilo ser melhor? Não! Mas quando entraram no complexo, viram aquele clima de velório no ar. E como Rukia e Renji tinham chegado antes e estavam completamente embasbacados, ele achou melhor perguntar o que tinha acontecido.

“Ichigo disse que não viria trabalhar.” Rukia disse. “E Nii-sama vem pra mais uma rodada de reuniões. E a Matsumoto também não veio.”

“Bom, mas nós podemos cobrir pra eles, não?” Ishida perguntou.

“Podemos, mas eu não queria morrer antes de ter um filho com o Renji.” Rukia respondeu.

“Mas Rukia, por que iremos morrer?!” Ishida perguntou cauteloso.

“Porque o mundo vai acabar Ishida. Só por isso. Quando foi que o Ichigo faltou ao trabalho? Nem quando o pai dele ficou doente! Ele veio trabalhar naquele dia. Só saiu mais cedo. Você lembra? Ishida? Quando que ele faltou?!”

“É, mas vejamos, ele está mais maleável nos últimos dias, não? Quem sabe seja a terapia fazendo efeito? Não precisa estar exatamente conectado ao fim do universo como o conhecemos.”

Rukia, saindo de seu torpor, pegou um papel e uma caneta e começou a desenhar. Ela sempre fazia isso quando queria explicar um pensamento ou ainda dar uma ideia excelente, mas nunca dava certo. O desenho parecia um morango com uma princesa em um carro. Uma coisa mais louca do que a outra. E Renji, sendo o marido compreensivo que era, entendeu no ato.

“Ah, entendi amor. Se a Orihime também faltou, ai talvez seja que a paz no mundo esteja garantida, não?”

Rukia sorriu e disse: “Exatamente Renji. E aparentemente, ela também faltou.”

“Ah, mas ele ia trazer ela para o trabalho. Combinamos esse sistema de caronas. Eles moram perto um do outro.” Ishida falou.

“E por que você não disse antes, Ishida? Deixou a gente aqui morrendo de preocupação?”

“Porque vocês estavam com essa cara de velório e eu não tive tempo de explicar tudo. Só isso.” Ishida respondeu.

“Bom, Ishida, agora que você falou...você chegou bem contente, né? A noite foi boa?” Renji perguntou irônico.

O homem só ajeitou os óculos e recusando-se a responder foi para o seu escritório.

Enquanto ia caminhando pelo corredor, lembrou-se da suavidade com que Nemu tocou seus lábios e como desejou ir mais além, como foi lindo ver o sorriso dela depois e como finalmente ela estava mais próxima a ele. E quando chegou ao hall da diretoria, a viu desolada e soterrada em papéis.

“Nemu, o que houve?”

“A Inoue-san também faltou. O que será que aconteceu Ishida? E de onde saem todos esses papéis? Parece que alguém fez essa sala sob uma cachoeira de papel sulfite, o que é isso?”

“Byakuya está aqui, então isso faz com que os documentos apareçam mais e mais pra ele assinar, só que a Matsumoto seleciona o que vem e o que não vem pra cá. Só falta ela ter faltado também, não é?”

“Sim, ela faltou.” Nemu respondeu.

“Hoje vai ser um dia daqueles.”

A manhã na Hueco Mundo nunca é agradável, embora as pessoas ali consigam fazer seu trabalho satisfatoriamente. Só que Grimmjow é tão insuportável que consegue empestear todo o ambiente com a sua empáfia, mesmo que tivesse feito amor a noite inteira.

Entrou chutando tudo, aproveitando que Aizen não estaria no recinto e foi direto falar com Nnoitra para perguntar das ações.

“Você acha mesmo que as coisas iriam mudar da noite para o dia? Elas ainda continuam em poder da SS e pelo jeito, continuarão assim. A sorte é que Ulqui-chan fez um plano de contensão de danos e os prejuízos foram suprimidos, fazendo assim com que tenhamos um perfil desses compradores.”

“Mas o que diabos ajuda saber o perfil de compra?” rosnou Grimmjow.

“Você trabalha em uma empresa, no departamento de marketing e perguntou a utilidade do perfil de compra? Eu acho que você devia transar menos e estudar mais.! Nniotra respondeu. “Ah, e não esquece meu caro, mulher muito gostosa é que nem melancia.”

“Como assim?”

“Vá estudar.”

“Eu vou falar com aquele hepático do Ulquiorra pra saber sobre esse plano e como utilizar na contensão de danos.”

“Oh anta, o plano É a contensão de danos, mas vai trabalhar que você está me atrapalhando.” Nnoitra respondeu.

O homem saiu violentamente da sala e passou por Neliel sem nem falar com ela, que baixou a cabeça, realmente sentida.

“Até quando você vai aguentar isso Neliel? E como você gosta dessa criatura geneticamente modificada?

“Não sei Halibel, não sei, não sei mesmo! Ele faz de mim o que quer, mas eu não tenho a menor ideia de como sair disso! E como é com você? Como o Nniotra é?”

“Ele é distante na medida certa. Eu não sei explicar. Eu não acho que ele goste de mim também. Nem sei se as pessoas dessa empresa são capazes de sentir coisas, sabe? Mas quando estamos juntos, eu sei que ele está ali e quando ele passa por mim, pelo menos me cumprimenta.” A loira respondeu.

“Poxa, mas o Grimm também está ali.” Neliel respondeu.

“Não só quando estamos transando Neliel, em outras coisas também. Pensa um pouco, garota. Eu sei que você gosta desse cara, não tem outro motivo plausível pra você ficar com essa pantera azul geneticamente modificada! Você sabe que ele não vai subir na carreira e do jeito que é burro, Aizen-sama vai mandá-lo embora e você como é tonta, vai sustentá-lo.”

“Ele não viveria comigo Halibel. Isso eu tenho certeza. Vamos trabalhar?” Neliel respondeu resignada.


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