E De Repente, Adultos! escrita por Mina Phantonhive


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma fic de Universo Alternativo! Então ninguém terá poderes mágicos, mas estamos aqui pra mostrar que a realidade também tem sua magia, né? Stay with the show!



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Orihime estava nervosa, claro, era o seu primeiro dia de trabalho como secretária executiva da Soul Society. Depois de passar por quase dois meses de treinamento, dinâmicas de grupo, dinâmicas isoladas, o processo seletivo estava terminado e ela passou em 3º lugar. A concorrência era altíssima, já que Soul Society era a empresa com mais ramificações, sem falar que era referência no campo da robótica e da engenharia química.

Orihime estava mesmo muito contente com sua colocação e seu cargo, era aquilo mesmo que ela queria. Quando foi preencher o formulário de candidatura, tinham tantos nomes naquele quadro funcional que ela se perdeu, decidindo seguir seu instinto e se canditadar ao que lhe parecia mais familiar. Deu certo!

Só que o colossal quadro funcional da Soul Society e as suas futuras atribuições não eram as únicas coisas a ficarem atormentando a moça, o coração dela dava pulos de ansiedade quando lhe foi comunicado que trabalharia diretamente com a diretoria executiva, que era presidida por Ichigo Kurosaki. As lendas diziam que Átila o Uno sairia chorando se tivesse que brigar com ele e que Mussolini começaria a falar coreano. Agora some essa fama horrorosa com o fato que ele foi o primeiro e até hoje único amor de Inoue e teremos um problema.

Não, ele não soube. Eles eram colegas, mas ele nunca tentou uma aproximação e ela, tímida como era, também não tomou nenhuma providência. O tempo foi passando e passando e nada aconteceu. Ela gosta de manter esse apego em seu coração, justificando sua inação com o fato de que Ichigo pertencia ao grupo dos delinquentes, delinquentes que estudavam, diga-se de passagem, ele exalava um perigo que fascinava a simplória Orihime e o fato dela sentir esse apreço por ele, era como se fosse um pouco perigosa também. Sem falar que eles tinham os cabelos semelhantes, ruivos, quase alaranjados e as atitudes de Ichigo em relação àqueles que viviam irritando-o dava forças para a própria reagir quando era a sua vez.

Um homem ousado como aquele, não era de se admirar que tivesse chegado tão longe, não? Aos 27 anos era o diretor executivo da Soul Society, cargo ocupado anteriormente por Byakuya Kuchiki, que hoje era o diretor geral do complexo. Claro que aquele mérito não podia ser somente dado a Ichigo, mas ele tinha uma equipe exemplar, muito bem coordenada por ele e que o ajudou a levá-lo ao topo e todas aquelas coisas que estavam escritas em um dos inúmeros folhetos do treinamento da Soul Society.

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Ichigo Kurosaki acordou de péssimo humor, como lhe era costumeiro. Suas irmãs já tinham se aprontado e ido para os seus afazeres. Era complicado retornar à casa onde morou com sua família, já que finalmente tinha conseguido a independência para se manter sozinho.

O despertar tão tranquilo, fez com que Ichigo desse um suspiro resignado. Seu pai não o acordava mais como antigamente, daquela maneira não tão ortodoxa e ele sentia muita falta disso. O pai ainda estava dormindo pacificamente em sua cama. Desde que teve o aneurisma, ele nunca mais foi o mesmo, apesar de viver dizendo que Ichigo pode retornar para o seu apartamento, ele não tem coragem de deixar as irmãs para cuidar do pai sozinhas, elas estavam começando a construir a vida e ele aparentemente tinha chegado a um ponto de manutenção. Lutou, lutou e chegou a um ponto favorável.

Essa fase tornou Ichigo um ser muito nostálgico. Ele ficava relembrando inúmeros momentos de sua adolescência, o quanto era temido na escola e como as pessoas se surpreendiam com sua inteligência e sagacidade. Sentia saudades de jogar futebol, limpar a bagunça feita pelas meninas, sentia saudade da sua mãe, do despertar louco do seu pai, do karatê, pro qual viu que não levava muito jeito, do sorriso sincero de suas irmãs, de furar a caixinha do suco pra Rukia, de brigar inúmeras vezes com Renji, de disputar sempre com Ishida e perder miseravelmente nas notas e de Inoue, a garota ruiva.

Ela chamava a atenção dele, não só dele, como de todos as pessoas da sala e até da escola, mas não somente pela beleza, mas pela simplicidade, simpatia e ingenuidade. Ela nunca reagia rispidamente quando falavam mal do cabelo dela, sempre com um sorriso ou ainda com uma frase desconexa. Sempre cumprimentava a todos com um "Bom dia" animadíssimo, o que fazia Ichigo pensar que ela tinha uma vida excelente.

Ficou sabendo por Tatsuki que não era bem assim. Inoue Orihime morava sozinha, o irmão morreu de acidente e os pais não mereciam nem ser citados, chamando mais ainda a atenção do ruivo pela força que a menina aparentava, e ele sendo mais agradecido pela família que tinha. Um dos maiores, se não o maior de todos, foi nunca ter tido coragem de chamar aquela garota ruiva pra sair, tomar um suco ou ainda comer uma comida normal, já que o gosto duvidoso dela era lendário.

"Aaaaaff, não adianta chorar pelo suco não tomado, certo? Hora de trabalhar."

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A ruiva chegou à Soul Society com meia hora de antecedência. Ficou com medo de se perder e chegar atrasada e encontrou Tatsuki, sua amiga de adolescência que trabalhava lá com ginástica laboral e karatê para as crianças.

"Oi Tatsuki-chan, bom dia."

"Oi Orihime, tudo bem? Tá nervosa, não se preocupe que aqui as pessoas tentam ser do bem."

"Só um pouco, pois além do meu medo de derrubar e estragar tudo, tem o fato que eu vou trabalhar perto do Kurosaki-kun, não é?" Respondeu corando.

"Oe oe Orihime, você ainda gosta daquele cara depois de todos esses anos?? Você não lembra que no colégio rolava um boato de que ele namorava a Rukia e eles iriam se casar? Mesmo que ninguém nunca tenha flagrado um beijo dos dois?" Tatsuki estava admirada.

"Eu sei que eu nunca tive chance com ele, nem antes e nem agora, eu não penso mais em nada disso, só que eu vou vê-lo periodicamente e tudo o mais, não tem como não ficar pelo menos um pouco apreensiva, né? Eu nunca fui digna de alguém como ele, só que isso não me impede de continuar querendo o seu bem, não é mesmo?" Orihime responde tristemente

"Sério mesmo, Orihime, que você não quer mesmo nem tentar se aproximar do Ichigo?"

"Como você chama seu chefe assim Tatsuki, e claro que não! Por que você pergunta?"

As duas avistam um ruivo com cabelos longos e tatuagens aparentes no rosto (?).

"Tá vendo esse cara que vem chegando ali?"

"O ruivo de tatuagens? O que tem ele?"

"Casou com a Rukia Kuchiki mês passado!" Tatsuki respondeu com um "Bom dia Abarai-san" o qual foi respondida educadamente.

Por um milésimo de segundo, o coração de Orihime bateu descompassado, cheio de esperança, mas de que adiantava? Ela tinha saído da escola, perdido a convivência com ele há quase 10 anos. Era impossível que Kurosaki-san se lembrasse dela, sem falar que se ele lembrasse, o que isso mudaria? Ele estava muito além do alcance dela. O emprego era pra ela comer, beber e se vestir, nada de fantasias amorosas. As fantasias nas quais imaginava-se vivendo 5 vidas diferentes e em todas elas se apaixonando por ele estavam enterradas no passado. Isso daqui não era um conto de fadas, ou era?



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Notas finais do capítulo

Bom, essa é a minha primeira fic de Bleach e eu gosto muito de IchiHime e RenRuki e eu quero saber o que vocês estão achando. Tá muito OOC, devo parar? Continuar? Vamos lá, me ajudem! Obrigada.