Eu Odeio Esse Fantasma! escrita por Julia


Capítulo 25
"Até mais tarde Miller!"


Notas iniciais do capítulo

Oiee!

Ta bom, eu dedico esse capitulo a Betina e a Rafa QUE ENXERAM TANTO O MEU SACO QUE TO QUERENDO DAR UM TIRO NA CARA DE CADA UMA! TAI AI O CAPITULO SUAS RECLAMONAS!

Enfim, de qualquer forma... EU VOLTEI E AGORA É PRA FICAR! POR QUE AQUI, AQUI É O MEU LUGAAAAAAAAAAAR! (8)

Ta parei, eu não to bem, ficar mais velha não é muito bom pra sanidade de cada dia. SIM PESSOAS! ONTEM FOI O MEU LINDO E GLORIOSO - SÓ QUE NÃO - ANIVERSÁRIO. Não me entendam mal, eu amo meu aniversário, tipo muito! Já que eu ganho um trilhão de livros.

Eu tenho explicações e informações, que meio que se juntam mais eu vou calar a boca e ir direto ao assunto.

O fato é o seguinte. Eu mudei de escola, e a droga da minha nova escola é dificil pra caralho, tem muito mais tarefas e trabalhos e provas e todas aquelas merdas. Gente, eu não to bem, mas eu sou uma aluna dedicada, juro. De qualquer forma, eu vou demorar para postar os capitulos devido ao fato de que, não obrigada, eu não quero que minha mãe me estrangule se eu bombar nas matérias. Então, compreendo se alguém largar essa miséria de fic por que a autora é um troço inuitl e sedentário, mas peço que não o façam, grata com mil coraçõezinhos.

Gente, acho que eu tomei uma coisa suspeita.

Aproveitem, de qualquer forma. Não me responsabilizo por estar totalmente cansada e esse cap ficar uma bosta. Ta, me responsabilizo sim.

Vou parar de falar agora.
PS: Fiz esse capitulo ouvindo Counting Stars. COUNTING STARS! Então, se estiver dramático, vocês me entendem.
PS²: GENTE, DIVERGENTE É A PERFEIÇÃO EM FORMA DE LIVRO! LEIAM. É SÉRIO.



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Sim, ele me beijou.

Ele. Me. beijou.

Rayn Miller, o fantasma mais gostoso que eu já tinha visto, me beijou. Não que eu tenha visto muitos fantasmas antes, mas ele com certeza era o mais gostoso de todos.

Vou dizer, ele não tinha hálito de menta.

Pois é! Nada do que falaram nos livros românticos, e Rayn Miller, definitivamente, era digno de ser personagem de um livro de romance.

Tudo bem, eu estou divagando enquanto um fantasma temporariamente vivo está me beijando.

O pior de tudo?

Eu correspondi na mesma hora em que senti seus lábios macios e frios nos meus. Minha única reação foi querer mais, sentir mais; o frio e o quente se misturando, sua hesitação, o medo de que eu não fosse aceitar, a calma com que se movia mesmo não tendo aquele tempo, a angustia de nunca mais poder fazer aquilo.

Arquejei e puxei seu rosto para o meu, querendo mais daquela mistura de sentimentos em um único encostar de lábios. Senti, com estranha felicidade, seus braços contornarem minha cintura, seu corpo foi de encontro ao meu em segundos e seu aperto ficou mais forte, com possessividade e medo de que eu o empurrasse para longe a qualquer momento.

Eu não conseguiria faze-lo nem se eu quisesse. E vergonhosamente, eu não queria nem um pouco.

Minhas mãos instintivamente rumaram para sua nuca e senti seus cabelos macios sobre meus dedos. Rayn ofegou com aquele movimento e me puxou mais para si – como se aquilo fosse possível-, meus pés estavam começando a doer por ficar na ponta do pé já que o Miller era frustrantemente mais alto e eu não conseguia parar de sorrir durante o beijo, que se intensificou quando sua língua pediu passagem, a qual eu cedi rapidamente. O beijo estava sendo, como tudo até agora, surreal.

Infelizmente, como reles mortais que somos, o ar se fez presente e nos separamos ofegantes.

__O que...? – Tentei xinga- lo mas nada me veio a mente.

Ele riu ainda ofegando.

__Desculpe.

__Desculpe? Você é um convencido descarado de uma figa! “Meu presente” era o seu beijo?! Oras! – Comecei a dar socos no peito dele e me senti realizada em finalmente poder fazer aquilo.

__Ei! – Ele segurou meus pulsos com uma mão só – Isso dói sabia?

Rayn não estava com raiva, pelo contrário, ele possuía o sorriso mais radiante que eu já tinha visto.

__É pra doer! – Tentei me soltar e ele gargalhou, devia estar vendo uma baixinha se remexendo feito uma retardada – Me. Solta. Porra!

__Eu disse que era fácil parar você. Você é fraquinha, é só segurar seus pulsos e pronto. – Ele disse debochado, falando a mesma frase que a de um tempo atrás.

O olhei com os olhos cerrados. Ele estava me desafiando?

Olhei para sua mão que segurava as minhas, estava perto de seu peito, que por um momento me desconcentrou – por que ele não se mexia ok? Só para deixar claro que aquela camisa ressaltando seu peitoral não tinha absolutamente nada a ver com isso -, mas voltei a prestar atenção em seu rosto que tinha uma expressão de pura paz, e é claro, deboche.

Agarrei sua camisa, o tecido macio entre meus dedos e o puxei bruscamente, sentindo aquela parede de músculos bater contra meus 1,60 de altura. Ele me olhou surpreso e no minuto seguinte, ergui meus pés e colei seus lábios nos meus novamente, a sensação de torpor me invadiu, me desligando do mundo a minha volta.

Quem era Julie Evans? Rayn Miller? Algo sobre fantasmas? Eu não sabia dizer.

Senti sua mão diminuindo o aperto em meu pulso, com dificuldade me separei lentamente, abrindo os olhos e enxergando aquela imensidão azul.

Puxei meu pulso e sorri delicadamente. Difícil imaginar, eu sei.

__Fraquinha? – Falei baixo, perto de seu rosto ainda estático – Eu acho que não. Só é preciso as técnicas certas.

Ele olhou suas mãos, que seguravam o vazio e riu, me olhando com uma expressão que não soube identificar.

__Você é impossível.

__É o meu trabalho. E acho que já ouvi isso antes. – Falei fingindo estar pensativa. Ele gargalhou.

Nossos olhos sempre estariam em uma eterna luta de cores, e eu sempre perderia. Estranhamente, gostava disso.

POV. Rayn

Uma palavra para definir Julie Evans?

Imprevisível.

Em um momento, ela estava prestes a me espancar e no momento seguinte ela me beija. Não dava para entender.

A garota era completamente maluca, boca suja, irritante e teimosa.

Por que eu beijei ela? Nem eu sei.

A única explicação que eu tinha achado plausível para meu coração começar a bater mais rápido e meu estomago dar um giro de 360º graus quando senti seus lábios nos meus, foi o fato de achar que nunca mais iria fazer aquilo novamente.

E só por isso.

Sinceramente, nem liguei para o fato de ter achado todos aqueles sentimentos afeminados demais. Eu era humano afinal.

Bem, não exatamente.

Sentir os lábios doces de Julie Evans sobre os meus foi diferente de tudo o que eu lembrava sobre minha antiga vida; era mais inesperado, mais caloroso, mais amável, mais tenso, mais vivo.

E foi aquele sentimento que me impeliu a passar meus braços envolta de sua cintura; Julie Evans era real, era viva, era feliz ao seu modo, era diferente de tudo e de todos, era ela mesma.

__O que você pensa que está fazendo? – Sua voz ficou mais fina com o contato de meus braços sobre seu corpo. Eu ri melodicamente.

__Não posso aproveitar meus últimos momentos? – Falei sarcástico e cafajeste, apertando sua cintura. Não queria que a pessoa que estava em meus braços com o rosto completamente vermelho – de raiva ou vergonha, eu não saberia dizer – soubesse o tamanho de meu afeto por uma garota que ia contra todas as minhas expectativas de perfeição.

Ela abriu a boca chocada, sem saber o que falar.

Ao invés disso, senti um punho colidindo com meu braço. Ela havia me socado. Prático.

__Ei! Para com isso sua maluca!

__Maluca? Eu? VOCÊ É UM SAFADO, UM CANALHA ESTUPIDO E IMBECIL! – Ela começou a estapear meu peito decidida a sair de meu aperto contra sua cintura. Vi sua face se endurecer e seu maxilar trincar, ela estava tentando não chorar ou era impressão minha?

Arregalei os olhos com a sua súbita mudança de humor. Não sabia o que tinha acontecido.

__Espera, se acalma. O que aconteceu?

Ela ofegou como se houvesse levado um chute no peito. Seus olhos marejados ficaram injetados de fúria e dor.

__O que aconteceu? – Sua voz era calma, terrivelmente calma – Nada. Não aconteceu nada.

Então a verdade me atingiu. As palavras que eu havia dito a magoaram mais do que eu podia esperar. Muito mais.

__Meu deus Evans! Eu estava brincando! – Falei desesperado, angustiado para tirar aquele sentimento de fúria e dor de dentro daquela garota frágil.

Mas que droga eu fiz?

__Me desculpe! Meu deus! Eu não falei aquilo por mal! Me desculpe – Soltei sua cintura e migrei minhas mãos para seu rosto, vi ela me olhar confusa. Eu devia parecer patético. Eu era patético.

__E depois você pergunta se eu tenho problemas? – Ela me olhou desnorteada, confusa com a minha mudança de humor.

__Acho que peguei isso de você.

Ela riu um pouco. Meu estomago se revirou com aquele som.

Tudo bem. Alguma coisa não está certa.

__Você está bem mesmo? Eu falo muita merda de vez em quando!

__Pegou isso de mim também? – Ela perguntou com deboche, a tensão os poucos se dissipando.

__É, talvez. Provavelmente. Sim.

Dessa vez ela gargalhou e a acompanhei.

Ela foi parando de rir enquanto olhava para minha mão, segui seu olhar e a vi começar a sumir, aos poucos transparente.

__O que vai acontecer daqui para frente Rayn? – Sua voz tremia de nervosismo e medo. Eu também me sentia assim.

Ela não tirava os olhos de meu braço que começava a ficar transparente da mesma forma que minha mão e cada vez mais eu ia desaparecendo. Com a outra mão ergui seu rosto, tocando com delicadeza seu queixo, aproveitando o máximo de contato que podia para com sua pele quente.

__Vamos fazer um trato? – Falei, minha voz não passando de um sussurro rouco. Seus olhos, que ela tanto dizia odiar e que eu tanto amava investigar, me analisaram curiosos – Vamos fingir que nada aconteceu. Vamos ser só... nós mesmos.

Ela sorriu meio tremula, um sorriso hesitante, como se estivesse se acostumando com a ideia. Sabia o que ela pensava; sabia que ela achava que eu não havia sentido nada, que não tinha me importado, que queria apenas sentir aquilo por estar temporariamente vivo.

Ela estava completamente enganada.

__Um fantasma idiota e uma garota marrenta? Só nós mesmos? Acha que é uma boa coisa?

__Com certeza. Só nós mesmos. – Sorrimos juntos dessa vez, como se compartilhássemos um segredo muito sigiloso.

E estávamos mesmo fazendo aquilo.

Olhei para meus pés que desapareciam também, o efeito subindo aos poucos em direção a minha cintura.

__Até mais tarde Evans - Falei com um sorriso triste.

Ela me olhou hesitante antes de se inclinar e tocar uma última vez seus lábios nos meus. Como uma despedida feliz de algo que nem sabíamos o que poderia ser.

__Até mais tarde Miller.


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Notas finais do capítulo

Ta. Ficou um coco. E não, não é o final da fic, nem o fim dos dois! Relaxem.

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