Logam entrou pela porta de casa aliviado. Seu corpo doía de frio. Ele tirou o casaco rapidamente e foi para a cozinha, onde avistou um papel em cima da mesa. Ele o pegou e leu.

     Querido, espero que já esteja em casa quando começar a chover, e se ainda não choveu, feche as janelas porque vai chover. 

      Fui substituir Gisella no trabalho, volto de noite. O seu almoço esta no forno e a janta na geladeira. Não vá dormir tarde. Deixe a porta dos fundos aberta. 

       Ps: A caixinha de agulhas esta na mesinha da sala.                      Cuidado para não se furar.

 Logam sentou na cadeira e suspirou. Ele não já gostava quando sua tia ia trabalhar e voltava de noite, e agora odiava mais ainda. Ele pois o papel de lado e foi até o forno, onde pegou um prato com um pedaço de torta de queijo.

 Depois que comeu, pegou seu casaco que estava pendurado no gancho da porta e foi para a sala.

 Ele colocou o casaco em cima da mesa e ajoelhou-se no chão. E, após meia hora tentando passar a linha pelo buraco minusculo da agulha, ele marcou os furos e começou a costurar.

  "Ai!" -Ele exclamou quando a agulha perfurou seu dedo.

 Uma gota de sangue escorreu pelo mesmo antes dele por o dedo na boca.

  "Admita, Logam, você não é mais cuidadoso como antes." -Ele sussurrou para si mesmo.

 Segundos depois tudo ficou escuro. A força tinha acabado por causa da chuva.

 Ele olhou em volta e tentou achar alguma vela ou algo do tipo, mas nada. Rapidamente, ele cortou a linha da agulha e a colocou na caixinha, já que estava tudo escuro, não era muito seguro ter uma agulha no chão.

 Logam pensou em ir até a cozinha pegar uma vela, mas, depois de dar uma breve olhada no corredor escuro e sombrio que levava até ela, mudou de ideia. Ele também não iria subir até o quarto, tão pouco sair de casa para ver a caixa de energia. Ele iria ficar bem quieto na sala.

 Ele sentou no sofá e puxou a cortina da janela. 

 Ainda chovia, muito, e sem indícios de acabar tão cedo.

 Então ele ficaria ali mesmo.

 Logam olhou para o relógio, que marcava três da tarde, e seu ponteiro era a unica coisa que se dava para ouvir na sala. Decidiu então vestir o casaco e ficar esperando a energia voltar.

 Ele deitou-se no sofá e ficou olhando para o teto até adormecer.