Capuz Vermelho escrita por Greensleeves


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas... Nossa, já tenho 8 leitoras, to feliz... mas ninguém fala comigo (indireta).. pelo menos me digam um oi.. ou o que estão achando da fic.. um critica... sei lá... e.e - Ok, espero que gostem do cap.. =) ~~ Uma dica, entrem nesse site quando começar a chover http://www.rainymood.com/ é perfeito para dar um clima....



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 Logam se sentiu aliviado quando avistou a casa de sua avó do outro lado da pequena estrada de terra. Ele caminhou até a pequena casinha de madeira, que, talvez alguns anos atrás, fosse de um rosa claro, mas agora era de um beje desbotado, e passou pelo pequeno portão de madeira.

 Quando de aproximou, deu duas batidas na porta e esperou. Ele sabia que sua avó, por causa da idade, tinha dificuldade em ouvir as coisas, então, quando percebeu que já estava parado lá a mais de um minuto, bateu de novo.

 Uma senhora de cabelos brancos e pele enrugada, abriu a porta, e quando viu o neto a sua frente, deu um sorriso de orelha a orelha.

  "Querido! Que surpresa." -Ela disse abraçando o seu ombro.

  "Olá, vó." -Ele respondeu meio desajeitado.

  "Entre, deve estar congelado." -Ela disse abrindo mais a porta.

 Logam limpou os pés no tapete da frente e entrou, fechando a porta e seguindo a vó para a cozinha.

  "Espero que não tenha comido nada, pois eu trouxe sopa." -Ele pois a bolsa em cima da mesa e tirou os potes de dentro.

  "Oh, muito obrigada." -Ela pegou o pote e levou para a pia- "Vou esquentar isso." 

 Logam sentou a mesa e observou a avó preparar a sopa.

  "Sinto muito não ter ido a sua apresentação de hoje, querido. Mas eu estava com uma dor no pé..." -Ela fez uma careta.

  "Não se preocupe, não teve mesmo." -Logam disse distraído com o bordado da toalha da mesa.

  "Como assim não teve?"

 Ele suspirou e olhou para a velha.

  "Houve um incidente e foi cancelado." 

  "Ora..." -Ela sussurrou- "Mas, foi algo muito grave?"

 Logam pensou duas vezes antes de responder. Não queria assustar a avó, mas não queria mentir para ela.

  "Apenas cancelaram." -Ele disse por fim.

  "Espero que tenha outra, então. Adoro ouvir você tocar." -Ela sorriu. Pegou um prato para por a sopa e se juntou a mesa com o neto.

  "Está boa?" 

  "Ótima, sua tia cozinha tão bem." -Ela sorriu.

 Logam assentiu.

  "Sabe, eu estou quase acabando seu presente de aniversario." 

  "Vó, eu já disse que não precisava me dar nada." -Logam revirou os olhos.

  "Mas eu faço questão de te dar. Ainda mais, está ficando lindo." 

 Logam riu.

  "Bem... Se a senhora demorou todo esse tempo para fazer, vou aceitar então com muito prazer." 

  "Isso mesmo."

 Depois que a sua avó terminou a sopa, Logam e a mesma foram para a  sala. Ela se sentou na cadeira de balanço e logam na poltrona ao seu lado.

 Uma das coisas que ele mais gostava em visitar sua avó, é que ele podia pensar enquanto ela fazia seu tricô. O barulho da agulha era como uma melodia que dava asas aos seus pensamentos mais bizarros.

 Ele olhou para a lareira que estalava e suspirou, relaxando.

  "Já começou a sonhar?" -Sua avó perguntou rindo.

 Logam a olhou e levantou uma sobrancelha.

  "Você sempre senta ai, fica olhando para o fogo e suspirando." -Ela riu- "No que pensa, querido?"

  "Nas coisas, vó." -Ele disse voltando a olhar o fogo.

  "Falando em coisas, como anda sua amiga? Ela esta bem?"

  "Annita? Sim... pelo menso aparenta."

  "Pobre garota. Devia traze-la mais aqui, afasta-la do avô."

  "Mas ele, querendo ou não, é a família dela." -Logam disse dando de ombros. Ele já havia discutido isso tantas vezes com a avó.

  "Concordo." -Ela assentiu e voltou a costurar.

 Logam olhou pela janela da sala e finas gostas começaram a embaçar o vidro, e logo estava chovendo. Ele se acomodou melhor na poltrona e deleitou a barulho da chuva.

  "E quando você vai encontrar uma garota que..."

  "Vó." -Logam suspirou cansado. Ele não queria falar desse assunto, pois sempre recebia sermão de sua avó.

  "Eu só estou falando a verdade. Você já completou dezesseis anos. Na sua idade, seu avô já estava me pedindo em casamento." -Ela repetiu o mesmo discurso.

  "Eu sei vó... mas..."

  "Mas o que? Há tantas garotas bonitas na cidade, e Annita..."

  "Somos só amigos." 

  "Na minha época, garotos eram amigas de garotos para casar, isso sim."

  "Eu sei vó..." -Ele revirou os olhos.

  "Já está na hora de você pensar nisso."

 Mas Logam pensava. 

 Ele pensavam todas as vezes que via um casal na rua. Quando chegaria a sua vez, e se é que chegaria, de sentir algo por alguém? Talvez ele fosse diferente, talvez essas coisas não acontecesse com todo mundo... mas ele deveria esperar por quando tempo?

 É claro que já havia pensando em Annita, muitas vezes, mas toda vez que via a amiga sorrindo e rindo com ele, ficava em duvida se o que sentia por ela era realmente alguma coisa, ou só um sentimento de amigo.

 Talvez ele ficasse sozinho para sempre....

 Sozinho...

 Aquela palavra rondava por sua cabeça. Ele não queria estar sozinho, estar sozinho era ruim. Ele queria sentir aquilo que todos falavam...amor  talvez. Mas por enquanto, ele apenas esperava.


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Notas finais do capítulo

Juro que pretendia escrever mais... mas eu tenho um trabalho para amanha e ainda nem comecei. Prometo, se alguém ler (sei lá), continuar quinta. =)