Capitulo 9 - Logan Stark

Eu acordei com meu celular tocando.

Eu havia pegado no sono enquanto desenhava, não sei a quanto tempo atrás, mas quando acordei o céu já estava escuro e Scarlly não estava mais na cama dos pais. Presumi que ela estivesse no banheiro da suíte, pois a porta estava fechada.

— Alô? – Eu atendi ainda bem sonolento

— Vocês dois são o quê? Suicidas? — A voz já despeja perguntas.

— Meg?

— Não, a chapeuzinho vermelho! — Megan era muito temperamental as vezes — Kevin nos contou o que vocês fizeram.

— O que? O que ele contou? Ele sempre aumenta as coisas! Não fizemos nada!

— Não me importa que ele disse, só me importa que desobedeceram seu pai e mexeram no Tesseract, e agora estão desaparecidos!

— Pera ai, no tessi o quê?

— A caixa azul que você e Scarlett tiveram a brilhante ideia de tocar se chama Tesseract. Ela tem poder ilimitado e pode fazer várias coisas.

— Ok, Ok, e como revertemos isso? Existe um jeito, certo?

— Sim, Mason tem certeza que existe um jeito de reverter a situação. Estamos tentando de tudo por aqui. Connor está vindo nos ajudar também.

— E o que faremos enquanto isso?

— Só vamos conseguir traze-los de volta, se vocês acharem o Tesseract por ai também, então tratem de procura-lo.

— E como espera que façamos isso?

— Eu não sei, se virem. — Mason disse alguma coisa para ela. — Mason se lembrou que papai disse que quando derrotaram Loki a primeira vez, o Tesseract foi levado para Asgard.

— Então, está me dizendo que temos de ir até Asgard?

Perfeito! Pensei

— Não, só estou dizendo que precisam fazer com que o Tesseract esteja aí o mais rápido possível. — Megan para por um segundo — Onde vocês estão, exatamente?

— No passado, na torre dos vingadores.

— Eles já sabem?

— Ainda não, eu acho. Scarlett conseguiu enrola-los.

— Cara, vocês quebraram umas 50 leis da física nessa brincadeira. Eles não são trouxas Logan, vão ligar Scarlett com Natasha a qualquer momento, ela é uma denúncia ambulante do disfarce de vocês, seja ele qual for.

— Eu sei, eu sei. – Eu estava tentando bolar um plano para aquela situação.

— Logan, só… Não façam mais nenhuma besteira, achem o Tesseract e voltem pra casa, ok?

— Pode deixar, vamos dar um jeito. – Megan sempre foi como uma irmã mais velha para mim e Scarlly – Valeu Meg!

— Deixe para me agradecer quando voltarem. — E então a ligação cai.

Quando levanto os olhos, vejo que Scarlett estava parada na porta com os braços cruzados, me observando com um sorriso provocador.

— Então a bela adormecida acordou? — Ela me provoca. O lado direito do seu rosto estava com um hematoma vermelho.

— Olha só quem fala. — Retruquei — Adorei o que fez no rosto. — Eu disse apontando para o hematoma, que era fraco pois Scarlly sempre se curava rápido, assim como sua mãe.

— Caiu bem em mim, não acha? Me deixa com um ar de valentona. — Ela debocha do próprio machucado. — Pena que não posso dizer o mesmo do meu estômago. — Ela se vira e começa a andar pelo quarto.

O rosto de Scarlly ficava bonito mesmo com o machucado. Era como ela mesma dizia, dava um charme a mais, e combinava com a pequena cicatriz que ela tinha na sobrancelha. Ela era o tipo de pessoa que não precisava fazer nada para ser bonita. Era como eu.

— Bom, você ganhou a luta. — Eu a informei, mas ela já sabia.

— Só por que mamãe deixou, você sabe disso.

— Bom, pelo menos consegui 50 dólares. — Ela me olhou por um segundo e sorriu.

— Era Megan no telefone? Ela estava surtando como sempre?

— Sim, eles vão nos ajudar, mas precisamos achar um cubo azul chamado Tesseract, que provavelmente está em Asgard agora.

— Tessercat? Acho que já ouvi esse nome antes em algum lugar...

Scarlett continuava mexendo nas coisas dos pais.

— Hey, olha só! – ela me mostrou um colar. — É o meu colar! Aquele que mamãe me deu no nosso aniversário de 15 anos, lembra? — Scarlly tinham um colar que usava sempre, nunca tirava. Nem percebemos que ela estava sem ele.

— Para de mexer nessas coisas, elas não são suas!

— Olha...tecnicamente...

— Tecnicamente ele tem razão. — A voz de tia Natasha nos pegou de surpresa.

Ela estava parada na porta do quarto com os braços cruzados e nos olhava com um misto de desconfiança e receio.

— Desculpa...eu não... — Scarlett devolveu o colar na caixa e fez sua melhor cara de: “eu não sei o que eu estou fazendo, por favor me perdoe”

Natasha apenas desviou os olhos e disse:

— Clint me deu isso no meu aniversário de 25 anos. — E então encarou Scarlett — Mas isso você já sabia, não é mesmo? Scarlett? Se esse realmente é seu nome.

Scarlett me olhou com uma cara de pânico me perguntando silenciosamente: O que tá pegando?Era óbvio que Natasha já sabia de alguma coisa.

— Desculpe, mas não entendemos a pergunta. — Eu me pronuncio.

— Corta essa garoto. — Disse papai entrando no quarto. — Já sabemos de tudo.

Ótimo! Eu pensei. Como eles descobriram?

— Sabem o quê? – Scarlett tentou se fingir de inocente.

— Sabemos que não são daqui. — Ele nos avaliou de cima a baixo — Mas ainda não temos certeza de algumas coisas, tipo, de onde vieram...Exatamente?

— Como descobriram isso?

— Fácil, analisamos uma amostra de sangue da Natasha Júnior aqui. – Disse papai apontando para Scarlly.

Olhei para Scarlett e vi que ela olhava para mim, à espera de que eu tivesse um plano. Mas eu não tinha, então decidi apenas abrir o jogo.

— Você tá certo, nós não somos daqui. Nós somos do...futuro. — Eu disse me jogando na cama, ao lado de Scarly.

— Por que não disseram antes? – Tia Natasha perguntou. Ela ainda estava altamente desconfiada.

— Bom, pra começar, vocês nos achariam loucos.

— Eles já acham isso, Logan. — Scarlly respondeu

— Qual o nome de vocês? De verdade? — Papai parecia receoso com a resposta, mas não adiantava mais mentir. Iriamos precisar da confiança e ajuda deles.

— Meu nome é Logan Howard Potts Stark.

— E eu sou Scarlett Virginia Romanoff Barton. Deveria se lembrar do meu nome mãe, foi você quem escolheu. — Scarlly não perdia uma, incrível!

— Virginia? Seu segundo nome é o nome da Pepper? — Papai parecia um pouco surpreso.

— Ela é minha madrinha e tudo mais. Se quer mais detalhes, pergunte para ela. – E apontou para Natasha, que tentava esconder, mas parecia surpresa também.

— Tá, agora que as devidas apresentações foram feitas, que tal se nos ajudassem?

— Ajudar? Com o quê?

— Sei lá... Que tal a voltarmos pra casa? — Eu não tive a intenção de ser grosso com papai. — Precisamos do Tesseract.

— Vamos ajuda-los...— Começou tia Tasha, depois de um longo momento de silencio entre nós.

— Quando tivermos certeza absoluta de que não estão mentindo para nós para poder ter o Tesseract.

Aquilo só podia ser uma piada. Eles não cofiavam em nós - mas eu não podia culpa-los - e ainda achavam que nós éramos algum tipo de terroristas malucos.

— Isso é brincadeira, né? — Scarlly tirou as palavras da minha boca. — Façam qualquer pergunta, qualquer pergunta que apenas pessoas bem próximas de vocês saberiam! Se quiser, eu posso contar o que aconteceu em Budapeste e....

— Você sabe o que aconteceu em Budapeste? — Tia Natasha estava em choque. — Quem te contou?

— Você! — Scarlly fez uma carinha inocente. — Quando eu tinha 16 Anos!

— Hey, hey, pausa. — Papai pediu, gesticulando com as mãos. — Agora eu realmente quero saber o que rolou em Budapeste!

— Melhor não. — Scarlly e tia Tasha responderam juntas, o que as fez se encarar por alguns segundos. A situação seria hilária se nós não estivéssemos encrencados demais.

— Por favor gente! Foco! — Peço, e imediatamente me senti minha mãe.

— Ok, depois que Bruce der sua opinião sobre o caso, aí sim iremos ajuda-los. Enquanto isso, essa história vai ser um segredo nosso, ok? Nem Pepper, nem Clint precisam saber disso agora. — Papai sugeriu.

Juramos não espalhar a notícia. Agora só teríamos de esperar tio Bruce chegar para encontrar um jeito de voltar pra casa. Tio Bruce saberia o que fazer, ele iria nos ajudar.