The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 26
Emboscada


Notas iniciais do capítulo

♥ DESCULPEEEM PELA DEMORA!!! Se você estiver lendo isso sábado, saiba que estou sofrendo em uma entediante aula de matemática (programei o cap) e por isso vocês serão solidários e não me matarão D: UMA COISA SUPER IMPORTANTE! Agora no meu perfil colocarei o andamento dos capítulos, só dar um checadinha para ver o quanto já escrevi ;3

♥ Lucy Heartfilia, SUA LINDA PERFEITOSA ♥ Muito obrigada por sua maravilhosa recomendação! Amei-a muito ^-^ Fico muito feliz que esteja achando a fic perfeita *--* Muito obrigada também pelos elogios, acho que não mereço tantos, mas mesmo assim obrigada ♥

♥ Já estou respondendo os reviews, calma! xD

♥ Boa leitura, espero que gostem!



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Anteriormente:

Entramos no depósito sentindo a diferença de temperatura. Enchemos nossas mochilas com o máximo de carne salgada que conseguimos. Quando estávamos indo embora, uma criança nos viu. A menina era morena, tinha cabelo cacheado e deveria ter uns cinco anos. Ela usava um vestidinho branco um pouco sujo e abraçava uma boneca feita de galhos e folhas. Seus grandes olhos negros olhavam-nos com extremo medo ao ver nossas marcas da Fairy Tail.

– D-devolvam papai e mamãe! – pediu ela chorando.

– O quê? – perguntou Lucy.

– Vocês pegaram papai, mamãe e quase todo mundo daqui! Devolvam! – falou a pequena controlando o pavor na voz.

– Não fizemos isso, querida. – disse dando um passo na sua direção.

– Fizeram sim! A Fairy Tail levou quase todo mundo do povoado! – exclamou caindo no chão e chorando descontroladamente.

Tanto eu quanto Lucy aproximamos dela, mas quando a toquei para confortá-la, ela se esquivou de minha mão como se minha pele escorresse ácido e pôs-se de pé rapidamente. Ainda chorando, correu para dentro da floresta largando sua boneca no chão.

– O que será que aconteceu? Não sequestramos ninguém. – afirmou Lucy um pouco receosa.

Arregalei os olhos e dei um passo para trás, temendo a conclusão que meu cérebro havia chegado.

– Será que há alguém se passando por nós? – questionei com um fio de voz.

Atualmente:

Pov Lucy

Realmente havia alguém se passando por nós. Isso ficou claro quando vimos, no muro de uma das casas, a marca da Fairy Tail pintada de modo desleixado e impreciso na cor vermelha. À primeira vista parecia ter sido feita com sangue, mas após uma observação melhor concluímos - para o alívio de todos - que era apenas tinta escarlate.

Apesar da pequena menina que havia nos recebido ter fugido quando eu e Levy nos aproximamos, peguei sua boneca que havia caído no chão e a carreguei comigo enquanto andávamos pela cidade aparentemente deserta. Um silêncio assustador caía pelo local, digno de lugares assombrados e nenhum de nós três nos arriscamos a quebrá-lo. Mesmo com o sol se pondo no céu e a temperatura amena, eu sentia calafrios e vez ou outra eu arrepiava de frio. Pode parecer loucura, mas eu tinha a sensação que alguém nos observava.

As ruas eram estreitas e as construções simples e elegantes. Aquela era uma cidadezinha cujo comércio marítimo estava promissor, o que garantia a maioria das pessoas uma boa condição de vida. Até agora eu não conseguia ver um motivo que fizesse com que alguém se passasse pro nós e sequestrasse todos da vila.

Estava tão imersa em meus pensamentos que não reparei que havia me separado de Levy e Natsu. Olhei ao redor tentando me localizar, mas aquelas construções pareciam todas iguais e eu não fazia ideia de qual caminho eu havia tomado.

– Ah que ótimo! Tudo que eu precisava era ficar perdida! – murmurei indignada com minha lerdeza.

Desisti de andar. Eu estava cansada e sem nada que me indicasse a praça central eu caminharia até desmaiar de exaustão e não chegaria ao ponto de encontro. Peguei um pedaço de pano de dentro da minha mochila e amarrei ao redor da minha mão direita para cobrir a marca da Fairy Tail. A última coisa que eu precisava naquele momento era pessoas querendo me matar pensando que eu era uma sequestradora desalmada e cruel.

Olhei ao redor completamente sem esperança de encontrar algo diferente dos muros pintados de azul das casas e as pedras das vielas. Entretanto surpreendi-me ao notar um pequeno estábulo. Arrastei meu corpo cansado e um pouco dolorido até o local em que eu iria descansar. O lugar era amplo, com seis divisões em que os cavalos costumavam fica, o teto era de palha e as paredes de tiras de madeira escura e um pouco antigas. Havia uma janela pequena trancada com um pedaço de ferro, mas não quis abri-la. O chão estava repleto de poeira e montes de capim seco. Apesar do ar estar estagnado, não sentia o cheiro de mofo, o que indicava que havia a possibilidade das pessoas terem sido sequestradas há poucos dias. Joguei-me no feno sem me importar com o incômodo e fechei os olhos, caindo rapidamente no sono.

O ambiente estava morno e eu dormia tranquilamente. Até que alguém me cutucou. Na primeira vez, pensei que fosse minha imaginação. Na segunda abri os olhos, alarmada. Com os olhos um pouco embaçados e com a sonolência ainda em meu corpo, demorei a perceber o garotinho um pouco sujo que estava observando-me com interesse. Ao despertar totalmente comecei a reparar em suas feições. Ele era moreno, seu cabelo era encaracolado e sua franja caía em seus olhos negros. O menino vestia apenas uma calça e uma blusa em farrapos.

– O que está fazendo com a boneca da minha irmã? – questionou-me curioso.

Ele é irmão daquela garotinha que vimos? Parecia que ela não havia avisado para ele sobre nossa chegada, caso contrário ao invés de me acordar, ele iria direto soar o alarme chamando todos que ainda estavam ali para me manterem como prisioneira.

– Eu... Encontrei a boneca no chão. – menti.

– Millie estava louca atrás dela! Vem, você tem que devolver pra ela. – falou rindo e me puxando pelo braço.

– E-eu não acho que seja uma boa ideia. – gaguejei.

– Por que não? Depois que levaram nossos pais, só restou eu, ela e mais alguns homes. Millie não tem mais ningué para brincar de boneca, moça. – explicou com a voz triste.

– Tudo bem. – concordei levantando.

Suspirei pesadamente e vi o sorriso do garoto alargar-se de felicidade. Eu sabia como era ficar no meio de adultos sem ninguém para conversar ou me divertir. Pelo menos a garota ainda tinha o irmão, mas duvido que ele aceitava brincar com aquele brinquedo.

Saímos do estábulo e ajeitei, com uma mão, a mochila em minhas costas. O garoto me conduzia pelo braço pela trilha feita por animais para dentro da floresta. As árvores eram abundantes e suas folhagens tampavam os primeiros raios solares, fazendo o local cair na penumbra.

– Qual é seu nome, moça? – questionou-me.

– Lucy e o seu? – falei.

– Miguel. – respondeu sorrindo.

À medida que adentrávamos mais na mata, o ar ia ficando com maior umidade e isso fazia o frio aumentar. Não quis soltar minha mão da do garoto para tentar me aquecer, então eu tinha que aguentar a temperatura com minha regata sem reclamar. Estava apreensiva, não sabia como seria a reação dos homens. Se soubessem que eu era da Fairy Tail provavelmente me matariam primeiro e depois fariam perguntas.

– Parece que eles não estão aqui. – comentou o garoto.

Fiquei tão perdida em meus pensamentos que não percebi que havíamos chegado a um pequeno espaço cujas árvores foram cortadas para formar uma clareira e seus troncos e folhagens eram usados para construir os pequenos abrigos. Suspirei aliviada pela falta de pessoas. Observei o menino que parecia chateado e analisava tudo sem entender. Eu não podia mais ficar aqui com ele, caso me pegassem o puniriam também e eu não queria prejudica-lo.

– Oh! Que pena Miguel! Eu queria muito brincar com sua irmã, mas não será hoje. Tenho que voltar para onde meus amigos estão. – afirmei.

– Tem mesmo que ir, tia Lu? – perguntou com a tristeza evidente na voz.

– Sim. Desculpe-me. – respondi sorrindo com o apelido - Por acaso você viu um homem de cabelo rosa e uma mulher baixinha andando pela vila?

– Eles estavam no centro. O homem estava desesperado por algum motivo e a menina pequena estava tentando acalmá-lo. O cabelo dele tem uma cor rosa de garota. – falou rindo.

– Eu gosto, é diferente. – comentei sorrindo.

Ele puxou meu braço e caminhamos rapidamente por entre a vegetação. Vez ou outra meu pé agarrava em alguma raiz, ou eu tropeçava em algum ramo até mesmo galhos acertaram meu rosto e agarraram-se a meus cabelos, mas por incrível que pareça, o garoto conseguia desviar de todos os obstáculos facilmente. Ele riu de mim quando pedi para irmos mais devagar após eu levar outro tombo.

– Você está bem, tia Lu? – perguntou sorrindo.

– Sim. – respondi um pouco ofegante.

Fechei os olhos e um galho estralou no meio das árvores. Meus músculos ficaram tensos na hora, mas logo relaxei-os. Agucei meus ouvidos atenta a qualquer ruído que não se encaixasse naquele ambiente. Miguel pareceu não notar nada e manteve suas mãos segurando as minhas enquanto permanecia sentado ao meu lado. Um pássaro cantou há poucos metros de nós, mas logo se calou e levantou voo. Algo o havia assustado.

Um estralo alto ecoou quebrando a quietude.

Arregalei os olhos e levantei-me assustando o menino, que rapidamente soltou minha mão. De entre as árvores saiu um grupo de homens com armas – punhais, espadas, machados, bastões – em punho com as expressões raivosas. Deslocada e com os orbes vermelhas de tanto chorar havia uma garotinha – Millie – com os braços abraçados ao redor do corpo.

Aquilo era uma... Emboscada.

Um homem de cabelo loiro e pele alva aproximou-se de mim com brutalidade. Seus olhos verdes estavam me analisando, atento a cada detalhe que poderia me denunciar. Ele deveria ter no mínimo trinta anos, seu maxilar estava travado e as mãos pegaram meu pulso direito, arrastando-me em sua direção na mesma hora que puxava com brutalidade o pano que cobria minha marca.

Logo a expressão de todos se tornou mais raivosa e apertei com um pouco de força a boneca da menininha. Eu estava total e completamente apavorada. Não sabia o que aqueles homens eram capazes de fazer comigo.

– Para onde você levou nossos amigos? – vociferou o homem me sacudindo violentamente.

– E-eu não sei! Não fiz nada! – gaguejei.

Senti um forte soco acertar minha bochecha fazendo-me ficar tonta. Minhas pernas fraquejaram, mas não caí, pois o homem ainda segurava com força meu pulso, machucando-o.

– Pare com isso Dylan! – exclamou Miguel angustiado.

– Miguel fique quieto! Essa mulher levou seus pais, nossos amigos, todos do povoado! – a cada palavra que ele proferia, balançava-me com mais força.

Lágrimas de dor saíam dos meus olhos e tentei me libertar de seu aperto sem êxito. Ao ver que eu não pararia de resistir, pegou um bastão negro de madeira e acertou ele em minha cabeça. Minha visão ficou turva, apareceram vários pontos pretos piscando na minha frente e meu ouvido zunia. Fui perdendo a consciência e o homem me soltou, o que fez com que eu caísse com um baque no chão da floresta.

– Lucy! – gritou Miguel em prantos.

Essa foi a última coisa que ouvi antes de cair na total e silenciosa escuridão.

~#~

Minha cabeça doía e tentei levar as mãos a minha testa, mas não consegui. Arregalei os olhos e tentei me mover inutilmente. Notei as cordas envolvendo meu tórax que me amarravam a um grosso tronco de árvore. Tentei fazer força para me libertar delas, mas a única coisa que consegui foi ficar com marcas avermelhadas em minha pele que ardiam.

– Obrigada por trazer minha boneca. – agradeceu uma voz infantil perto de mim.

Levei um grande susto e virei em direção à Millie. Ela estava a poucos centímetros de mim e me observava com mais pena do que medo. Tento esticar minhas pernas, mas logo uma intensa dor percorre meu corpo. Olho assustada para o tecido ensanguentado de minha perna e sinto todas minhas células protestarem ao mesmo tempo. A pouca adrenalina que restava em meu organismo saiu completamente de minha corrente sanguínea fazendo todos os meus machucados doerem de uma vez só. Soltei um grunhido de dor e tentei conter as lágrimas.

– Vou cuidar de você, moça! – exclamou a pequena pondo-se de pé no mesmo instante.

Antes que eu pudesse falar algo, a pequena já havia saído em disparada em direção às tendas improvisadas. Fiquei apreensiva e para não gritar, mordi meu lábio inferior e fechei minhas pálpebras com força. O gosto metálico de sangue invadiu minha boca e pedi mentalmente para conseguir bolar um plano para fugir e conseguir alertar meus amigos sobre aquelas pessoas cegas de raiva que buscavam respostas que não possuíamos.

Poucos minutos depois, Millie veio em minha direção acompanhada de um homem na casa de, no máximo, vinte anos. Ele possuía cabelo castanho bagunçado, pele alva e brilhantes olhos incrivelmente verdes. Sua estatura era alta e os músculos fortes e definidos estavam à mostra graças ao fato de ele usar somente uma calça cáqui. Em suas mãos havia algumas faixas e uma garrafa de água.

– Não se preocupe, tia Lu, Erick vai nos ajudar! – exclamou.

– Obrigada. – murmurei.

Vi-lo se abaixar e pegar meu tornozelo com cuidado. O tecido colava no sangue e graças a isso ele teve que cortar a calça na altura de meus joelhos. O corte em minha panturrilha era feio e estava aberto. Por sorte não era possível ver nenhum osso e logo supus que o ferimento era superficial – mas isso não o impedia de arder como o diabo.

– Hector fez um belo estrago aqui. – murmurou o homem – Desculpe por isso, ele perdeu o controle ao ver que você tinha desmaiado, pensou que você estava fingindo.

Não sei o que dizer. Talvez um ‘‘Não tem problema? ’’ Não, tinha um problema sim, grande, aliás. Havia um grande corte na porcaria da minha perna! Minha vontade era de encontrar esse tal Hector e decepar sua cabeça para ele ver o quão divertido é sair cortando as pessoas que nunca viu na vida!

– Você não é muito de falar ou está planejando silenciosamente uma fuga? – questionou Erick divertido enquanto jogava água em meu machucado.

– Ai! – exclamei

– Desculpe-me. – disse.

– Por que está falando comigo e não agindo como todos os outros que pensam que foi eu quem sequestrou a todos? – indaguei mal-humorada.

– Porque eu sei que não foi você. – respondeu enquanto amarrava firmemente faixas ao redor de minha panturrilha – Consegui ver a loira que comandou o ataque, ela é completamente oposta a você a não ser pela aparência. Apesar de seu cabelo ser maior que o dela. Enfim, ela era completamente agressiva e usava bem menos roupas e todas eram pretas. Não quero que eles te agridam injustamente nem que cobrem respostas que você não possui.

Senti meu rosto ficar um pouco avermelhado.

– Obrigada. – agradeci – Já que você sabe que não foi eu, poderia me ajudar a fugir para eu pegar os meus amigos e sair daqui o mais rápido possível a fim de irmos atrás do grupo que se passou por nós? A coisa que mais quero neste momento é trazer as pessoas de volta e limpar o nome da Fairy Tail.

– Eu confio na tia Lu, Eri. – falou Millie – Ela trouxe Sasha de volta para mim!

Concluí que Sasha era o nome da boneca e meus lábios se converteram em um pequeno sorriso.

– Só com uma condição! – exclamou o moreno – Eu terei que ir com vocês atrás dos sequestradores, não quero que haja mal entendidos. Sei que o pessoal daqui sabe ser bem cabeça-dura quando quer.

– Por mim tudo bem. – aceitei.

– Então temos um acordo... – deixou o questionamento no ar.

– Lucy. – respondi.

– Ok, Luce, conte comigo! Voltarei na hora do almoço, já que todos estarão mais preocupados em comer do que em te viajar. – exclamou sorridente.

– Não me chame de Luce. – retruquei fazendo seu sorriso alargar.

Eu tinha a pequena impressão que ele não pararia de me chamar por esse apelido tão cedo.

~# ~

O sol estava alto no céu, mas não conseguia vê-lo totalmente graças às espessas folhagens da copa das árvores. O ar havia ficado mais quente e os mosquitos vinham aproveitar de minha incapacidade de movimento para me picarem – e o pior era que eu nem conseguia coçar o lugar da picada. Suspirei ao ver Erick, Miguel e Millie caminhando em minha direção tomando cuidado e analisando ao redor.

– Millie e Miguel, não deixe eles perceberem nossa saía tão cedo. – pediu ele.

– Pode contar comigo, Eri! – exclamou a pequena determinada – Obrigada de novo, tia Lu. Vou sentir saudades.

– Boa sorte, tia Lu. – desejou o pequeno.

Erick olhou para os dois lados e como não havia ninguém por perto, tirou uma pequena faca um pouco enferrujada de seu bolso. Como a lâmina estava cega, demorou alguns segundos – que mais pareciam horas – para todas as cordas que me prendiam estarem no chão. Levantei-me com dificuldade apoiando no homem e nós dois começamos a andar.

Toda vez que eu tentava firmar meu pé direito no chão, sentia uma pontada que me impossibilitava de fazer qualquer coisa além de levantá-lo. Graças a isso, tive que caminhar pela trilha com o jovem apoiando quase todo meu peso. Quando o piso se tornou um emaranhado de raízes, ele levantou-me no colo ao estilo noiva e começou a correr comigo nos braços.

Um alto barulho foi ouvido e escutei Erick praguejar em voz alta.

– Eles estão vindo. – anunciou.

Arregalei os olhos com medo do que poderiam fazer a ele caso nos pegassem. Provavelmente iriam expulsá-lo ou mata-lo por ter cooperado comigo e eu não queria isso de modo algum.

– Já estamos perto de onde Miguel disse que seus amigos estão. Está vendo esta trilha feita por animais? – acenei positivamente com a cabeça – Siga ela e você chegará a uma pequena pousada, você encontrará eles lá. Tentarei atrasar o pessoal daqui então é melhor se apressar.

– Obrigada, muito obrigada mesmo. – agradeci quando ele me pôs no chão.

Antes que ele fosse embora, senti seus lábios em minha bochecha, dando-me um beijo estralado.

– Encontro você e o restante do seu grupo na praia onde seu navio está ancorado até amanhã à tarde. – avisou correndo na direção oposta.

Ainda com o rosto corado de vergonha, pus-me a andar o mais rápido que meus machucados me permitiam. Senti uma pontada mais forte na panturrilha e quando abaixei o olhar notei que o machucado havia voltado a sangrar devido a meus movimentos. Poucos minutos depois, as árvores foram ficando mais espaçadas e o chão de terra deu lugar às ruas de pedra. Não foi difícil encontrar a pousada a qual Erick se referiu. Não foi preciso entrar nela para ver meus amigos.

Ao ver aqueles fios róseos tão conhecidos não consegui mais segurar as lágrimas que segurei durante o percurso. Meu estado não era dos melhores, mas consegui ir mancando e puxando a perna direita - cujo corte ainda sangrava abundantemente, manchando as faixas - na direção do homem. Ao me ver, Natsu correu ao meu encontro e me abraçou de modo firme, enterrando o rosto em meu pescoço. Ele apertava alguns machucados, mas o alívio de encontrá-lo superava qualquer dor física.

– Nunca mais suma dessa maneira, Luce. Você é muito importante para mim, não posso perdê-la. – falou.

Alguns segundos depois, seus lábios estavam colados aos meus.


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Notas finais do capítulo

♥ E esse Nalu aí hein? Uai, Karollin, ninguém morreu? Quem é você e o que fez com a Karollin? UASHAUSHSAUHSA CALMA GENTE, SOU AINDA