The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 25
Saque


Notas iniciais do capítulo

♥ Oii seus lindões e lindonas! Dia 26 irei viajar então estou em uma completa correria aqui em casa, além disso tive um monte de problemas pessoais para resolver e acabei ficando sem tempo para escrever D:

♥ Ayuzawa Misaki, sua linda *--* Fico muito feliz que esteja gostando tanto a ponto de recomendar! A princípio eu estava um pouco apreensiva quanto ao uso da temática piratas, mas fico muito feliz mesmo que tenha sido bastante aceito ♥

♥ Como disse estive com problemas pessoais e por isso não respondi os reviews do capítulo passado, mas juro que irei respondê-los antes de viajar! Amo vocês, leitores ♥

♥ Boa leitura, espero que gostem ♥



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Anteriormente:

Despedimo-nos com lágrimas dos habitantes da ilha e entramos no navio. A âncora foi levantada e em pouco tempo o Fairy Tail navegava nas calmas ondas do mar. Sorri ao observar o pedaço de terra ficando cada vez menor.

Agora estávamos indo em busca de nossa próxima e desconhecida aventura.

Atualmente:

Pov Levy

Apesar de todos os sustos e lutas, atracar na ilha foi ótimo. Havíamos conhecido a taverna da Fairy Tail – mesmo em uma situação não muito agradável -, que foi onde a maioria dos piratas do navio passou a infância e tínhamos nos tornado membros oficiais daquela ‘‘família’’. Além disso, estava à bordo mais duas mulheres. Entretanto, o ponto principal foi que eu havia beijado Gajeel.

Tentei. Juro que tentei tirar meus pensamentos daquele monte de músculos, mas não consegui. Desde o dia que ele havia me puxado para uma árvore para que os guardas da Minerva não me vissem, eu comecei a nutrir algo por ele. Talvez isso aconteceu pelo fato de que, apesar do enorme tamanho, ele era protetor. Não importa o modo, ele acabou ganhando meu coração. Eu sei que isso é completamente brega, mas finalmente entendi como se sentiam os personagens de livros de romance que eu lia.

Na festa de despedida eu estava tentando me aproximar de Gajeel, mesmo achando que não precisava já que em qualquer lugar que eu fosse o moreno conseguia me achar só para me irritar. Nunca gostei de beber, mas acabei ingerindo um pouquinho de álcool. Creio que esse foi o motivo de grande parte de minha inibição ir para os ares, fazendo com que eu confessasse meus sentimentos pelo brutamonte. A princípio pensei que ele estava completamente bêbado, pois ficou me encarando estático e essa ideia se reforçou quando ele me pegou pelo pulso levando-me até um banquinho um pouco afastado da festa e com iluminação precária. Nesse momento eu já estava com vergonha e não conseguia encará-lo nos olhos, mas ele levantou meu queixo delicadamente fazendo-me olhar em seus olhos.

‘‘ – Eu também gosto de você baixinha. Muito. – sussurrou Gajeel olhando dentro de meus olhos.’’

Essa frase não saía de minha mente desde o momento que ela foi pronunciada. Ouvir isso foi inesperado, eu nunca havia pensado que Gajeel retribuísse meus sentimentos. Passei minha mão direita delicadamente por meus lábios, relembrando a maravilhosa sensação de ser beijada.

‘‘ Eu estava nervosa, mas repleta de felicidade quando Gajeel confessou que retribuía meu amor. Vi o olhar do moreno desviar de meus olhos e ir para minha boca e senti um frio no estômago ao notar que ele iria me beijar. Estava apreensiva, nunca havia feito isso antes e não sabia o que fazer. Com certeza eu iria estragar tudo e ele saberia de cara que eu era uma garota de dezessete anos que nunca havia beijado um homem. Senti minhas bochechas arderem de vergonha, mas arredei para mais perto dele.

A mão do moreno saiu de meu braço e foi deslizando por meu corpo até atingir meu pescoço, lugar que deu uma leve pressão, incentivando-me a chegar mais perto ainda de seu rosto. Fechei os olhos. Quando nossas bocas se encontraram, senti um choque gostoso fluir por todo meu corpo. A língua de Gajeel pediu passagem e eu cedi, um pouco nervosa e com receio de estragar tudo. O beijo fluiu de maneira natural, como se eu tivesse praticado por toda minha vida, foi instintivo e extremamente gostoso. Nossas línguas moviam-se em perfeita sincronia de modo lento e foi aumentando o ritmo à medida que nos envolvíamos cada vez mais com o ato. Naquele momento, ninguém da festa estava mais feliz do que eu. ’’

Sorri com a lembrança. Aquela foi de longe a melhor noite da minha vida. Mas havia um único problema: toda vez que eu via o moreno, ficava com tanta vergonha que era quase impossível encará-lo. Quando todos haviam acordado após a comemoração não pensei muito nisso já que havia muito a ser feito. Porém, acordar com ele ao meu lado causou-se uma vermelhidão tão grande que até mesmo Lucy ficou preocupada comigo.

A coisa mais difícil foi a Erza se despedir de Katherine. Lucy havia nos contado o último pedido de Constance e nós três nos afeiçoamos à menina. Entretanto, a ruiva foi a que mais se solidarizou com o estado da criança, pois assim como ela, também era órfã. Tentamos convencê-la a ir conosco, mas ela quis ficar, pois segundo ela a anciã era sua única família e pretendia ajuda-la e aprender sobre ervas medicinais com ela a fim de poder ajudar todos na vila com seu conhecimento. Pedimos Mira para ficar de olho nela e as duas se tonaram muito amigas em pouco tempo.

Agora que estávamos no navio, não havia nada para fazer. Estávamos em total e completo tédio. Eu havia pegado um livro de minha coleção e agora estava lendo na cozinha. Lucy estava conversando com Natsu enquanto ele estava no timão, conduzindo a embarcação na direção que eu havia apontado. Erza estava se deliciando com o bolo de morango que Jellal, que sentava ao seu lado, havia lhe dado. Eu não fazia nem ideia de onde Gajeel estava.

Tentei me concentrar nas palavras, mas não obtive êxito. Toda hora minha visão perdia o foco e minha mente me transportava para a noite anterior, mais precisamente para o beijo. Por incrível que pareça os lábios de Gajeel eram macios e sutis, ao contrário da ‘‘muralha de ferro’’ que era seu corpo grande. Desisti da leitura suspirando e guardei meu livro.

Caminhei em direção a proa com a visão um pouco sensível por causa do forte sol. Fiquei a alguns metros da amurada, depois daquela tempestade em que quase caía no mar eu estava ainda receosa quanto a segurança da beirada do navio. Se havia alguma coisa que eu não podia reclamar, era da paisagem estonteante. O oceano era visível em todas as direções e encontrava-se com o límpido céu no horizonte, dando a impressão de se tocarem. As ondas estavam calmas e a brisa marítima era constante, minimizando o calor.

– Ei Natsu! Precisamos de mais alimentos. – falou Gray.

Eu estava próxima demais de Natsu e Lucy e, por isso, conseguia ouvir a conversa deles com o moreno.

– Verdade. Não pegamos muito da nossa última parada porque lá todo mundo precisava do máximo de recursos para conseguir fazer a vida voltar ao normal. – respondeu o rosado pensativo.

– Levy! – exclamou Gray assustando-me um pouco – Você sabe se tem alguma ilha ou continente por perto para saquearmos? De preferência um lugar bem rico.

– Vou conferir, já volto. – falei indo em direção à cabine feminina.

Como havia seis mulheres à bordo, tínhamos nos transferido para uma espaçosa cabine com o mesmo número de camas. Fiquei grata por isso, pois ali era mais reservado e, como só as meninas tinham a chave da porta, podíamos ficar de qualquer jeito lá dentro. Peguei um mapa cartográfico da região em cima de minha cama e fui para onde o trio me esperava.

– Segundo isso aqui – disse mostrando o mapa – Há um pedaço de terra a pouco mais de três dias há oeste daqui. Sei que o lugar é uma ilha vulcânica e, próximo a ela, existe uma outra ilha que cultiva muitas frutas e animais. Deve haver muitos turistas para as fontes termais e graças a isso provavelmente há muito alimento para abastecê-los. – expliquei.

– Então iremos para lá. – falou o capitão girando o timão.

– Natsu? – chamei-o sorrindo.

– Que? – disse.

– Você está indo para noroeste. – adverti contendo a risada.

– Eu sei, isso foi um teste para saber se você estava prestando atenção. – respondeu rindo de modo nervoso e girou o ‘‘volante’’ para o lado certo.

Aos poucos a aurora foi tomando conta da paisagem. O céu tingiu-se de uma belíssima coloração avermelhada, refletindo no azul escuro das águas. A brisa marinha possuía um pouco de sal e era gélida, pois o calor adquirido durante o dia começava a ser liberado de volta à atmosfera, deixando o mar frio.

Fui para a cabine das garotas e percebi que era a única ali. Como Wendy ainda estava se recuperando, ficava na ala hospitalar e Lucy ia constantemente visita-la e aplicar-lhe ervas e conversar com a pequena. Erza passava quase todo tempo treinando com Jellal, pois segundo ela fora sua culpa a adolescente ter se ferido. Juvia ficava com Gray a maior parte do tempo e, como o moreno gostava de ficar jogando baralho com os homens, ela aprendeu a brincadeira e era a dupla do homem em quase todas as situações. A nova integrante Lisanna descobri ser uma amiga de infância de Natsu e ficava muito tempo conversando com ele, aproveitando as saídas de Lucy para se aproximar mais.

Escolhi um livro sobre as ilhas para onde estávamos indo a fim de conseguir me localizar quando atracarmos, facilitando nossa missão de saque. Sentei-me em minha cama e consegui, finalmente, concentrar em algo que não fosse Gajeel. Deixei a porta aberta para que o vento refrescante amenizasse o calor do quarto. Com a iminente dose de adrenalina que tomaria meu corpo, senti-me cada vez mais ansiosa.

– A ilha é conhecida por suas salas de banho termal mistas. – leu Gajeel de modo rouco próximo ao meu ouvido.

Dei um pulo de susto arregalando os olhos e colocando a mão em meu coração que batia em um ritmo acelerado – pelo susto e pela presença do homem tão próximo de mim.

– Que susto, Gajeel! Você quer me matar do coração? – exclamei respirando descompassadamente.

– Desculpe, não resisti. Você fica tão bonitinha centrada na leitura. – falou sorrindo.

Imediatamente meu rosto esquentou de vergonha, fazendo minhas bochechas adquirirem uma acentuada cor rubra.

– O-obrigada. – respondi em voz baixa sem coragem de encará-lo.

O moreno segurou delicadamente meu queixo em sua mão e virou minha cabeça na sua direção. Antes que eu pudesse processar o que estava acontecendo, senti seus lábios pressionarem os meus de forma sutil. Fechei os olhos, aliviada. Se ele queria me beijar novamente é porque eu não havia estragado tudo da primeira vez, certo? Sua língua pediu passagem e eu cedi, entregando-me cada vez mais aos toques carinhosos do moreno. A medida que nosso beijo ficava mais intenso e luxurioso, Gajeel foi me deitando na cama fazendo carinhos em meu pescoço. Quando sua mão começou a descer de meu braço para meu quadril, um sinal de alerta soou em minha mente e eu fiquei com raiva. Muita raiva.

Antes que eu pensasse em minhas ações, já havia interrompido o beijo e dado um tapa estralado em seu rosto. Novamente eu estava vermelha, não de vergonha, mas sim de fúria.

– Quem você pensa que eu sou para querer passar a mão em mim assim? Acha que eu sou uma dessas garotas destes prostíbulos portuários a quem você recorre para se satisfazer e que se rende a todos os seus toques? Saia já daqui! – exclamei empurrando-o com o máximo de força que consegui reunir.

Com a expressão confusa e demonstrando estar um pouco magoado, o brutamonte retirou-se do quarto e eu tranquei a porta evitando fazer barulho. Sentei-me em minha cama, mas dessa vez usei-a para me confortar e abafar meus soluços. Como eu era boba! Para quantas mais Gajeel já falara que gostava delas somente para tê-las a sua mercê em sua cama?

Como fui idiota!

~# ~

Nesses três dias que se passaram eu havia evitado Gajeel ao máximo e o ignorava toda vez que ele vinha falar comigo. Meu coração estava em frangalhos e eu precisava de tempo para catar os pedaços e costura-los juntos novamente. Por isso, o saque veio em boa hora, com ele eu poderia me concentrar em algo que não fosse a idiotice do moreno.

– Levy, Lucy e eu iremos saquear o lugar onde se estocam as carnes já salgadas na primeira ilha. Gajeel, Lisanna e Elfman irão pegar o máximo de frutas e verduras que conseguirem. Gray, Juvia e Romeo irão pegar roupas. O restante se certificará de que a polícia nem a marinha pegue o navio. – ordenou Natsu com uma expressão séria.

Já era possível ver o topo do vulcão adormecido e dois pedaços de terra separados por uma estreita faixa de mar. Já estávamos terminando de fazer nossas preparações e eu mal podia esperar para descer da embarcação. Rezava para que desta vez o saque tivesse êxito para que o cenário do palácio não se repetisse.

Não atracamos no porto principal, ao invés disso preferimos descer a âncora em um local repleto de árvores na beira da praia para que poucas pessoas nos vissem. Descemos com três pequenos botes, cada grupo indo em um e os usamos para atravessar os últimos metros de água até a areia, pois o navio não podia avançar mais devido à pedras submersas que podiam perfurar o casco.

Assim que descemos dos botes, Natsu cavou um buraco um pouco fundo na areia e colocou a corda que segurava o barquinho nele, cobrindo-o logo em seguida. O rosado ia na frente enquanto eu e Lucy cuidávamos tanto da retaguarda quanto das laterais. As árvores não eram próximas umas das outras, mas possuíam tanta folhagem que tornava o calor quase insuportável. Mosquitos picavam-me com mais frequência do que eu gostaria e tanto minhas roupas quanto meus fios de cabelo colavam em meu corpo devido ao suor. Foi um alívio encontrar o barracão de madeira no centro de um círculo de casas.

O mais estranho era que parecia não haver ninguém nas moradias. Franzi o cenho e enxuguei o suor que fazia meus olhos arderem com a barra de minha blusa. Havia algo errado ali. Suspirei com a possibilidade de existir mais um grupo pirata tirânico governando as ilhas. Se aquilo também estivesse acontecendo ali, minha vontade era de pegar tudo que eu conseguia carregar e dar o fora o mais rápido possível. Já havia presenciado mortes demais para o resto do mês.

– Que estranho. – murmurou Lucy.

– Vamos logo. Quanto mais rápido pegarmos as coisas, mais rápido voltaremos. – falou Natsu indo em direção ao depósito.

Entramos no depósito sentindo a diferença de temperatura. Enchemos nossas mochilas com o máximo de carne salgada que conseguimos. Quando estávamos indo embora, uma criança nos viu. A menina era morena, tinha cabelo cacheado e deveria ter uns cinco anos. Ela usava um vestidinho branco um pouco sujo e abraçava uma boneca feita de galhos e folhas. Seus grandes olhos negros olhavam-nos com extremo medo ao ver nossas marcas da Fairy Tail.

– D-devolvam papai e mamãe! – pediu ela chorando.

– O quê? – perguntou Lucy.

– Vocês pegaram papai, mamãe e quase todo mundo daqui! Devolvam! – falou a pequena controlando o pavor na voz.

– Não fizemos isso, querida. – disse dando um passo na sua direção.

– Fizeram sim! A Fairy Tail levou quase todo mundo do povoado! – exclamou caindo no chão e chorando descontroladamente.

Tanto eu quanto Lucy aproximamos dela, mas quando a toquei para confortá-la, ela se esquivou de minha mão como se minha pele escorresse ácido e pôs-se de pé rapidamente. Ainda chorando, correu para dentro da floresta largando sua boneca no chão.

– O que será que aconteceu? Não sequestramos ninguém. – afirmou Lucy um pouco receosa.

Arregalei os olhos e dei um passo para trás, temendo a conclusão que meu cérebro havia chegado.

– Será que há alguém se passando por nós? – questionei com um fio de voz.


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Notas finais do capítulo

♥ Oiii * desvia de machado* ASUHSAUSAHUSAH Há! Vocês pensaram que eu não iria fazer sacanagem com vocês, não é? BWAHAHAH Sei de uma pessoa que irá me matar por ter interrompido o Gale :s *esconde debaixo do cobertor*

♥ Quem sabe se vocês forem legais e comentarem eu ficarei legal e pararei de fazer tanta sacanagem? USAHUASH Mereço recomendações?