The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 24
Despedida


Notas iniciais do capítulo

♥ Geeente que saudade de vocês! Tirei uma pequena ''folga'' do Nyah, mas já estou de volta ♥ Desculpe pela demora e-e

♥ Lullie SUA LINDA! GENTE QUE RECOMENDAÇÃO TOTOSA FOI ESSA? Quase chorei, sério ;=; Fico muito feliz mesmo que goste tanto da minha fic ♥ Gente, você é uma fofa! Fiquei com um sorriso besta na cara durante dois dias depois da sua linda recomendação ♥ Muito obrigada, flor! ♥

♥ Obrigada também a todos os comentários, galera amo vocês! ♥

♥ Boa leitura, nos vemos nas notas finais ♥



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Anteriormente:

– Sabem qual é a melhor vantagem de não sermos bonzinhos? – perguntou o moreno analisando a lâmina com admiração.

Sem nem esperar abrirmos a boca, ele voltou a falar. Dessa vez, um sorriso cruel alastrou-se pelos lábios do mestre da Phantom.

– Não precisamos seguir as regras de negociação. – anunciou fincando a espada na barriga de Wendy.

Atualmente:

Pov Lucy

O corpo de Wendy caía de modo lento. Arregalei os olhos e corri em sua direção. Aproveitando o choque inicial de todos, Jose e seu lacaio saíram em disparada pela floresta.

– Natsu, Erza vão atrás deles, por favor. – pedi com lágrimas rolando por minhas bochechas.

Makarov endireitou a postura parecendo ficar maior do que seu diminuto tamanho real. Seu rosto estava vermelho de raiva e todos os poros de seu corpo exalavam a mais completa e total fúria. Eu não o conhecia muito bem, mas pude perceber que ele realmente se importava conosco, mesmo estando há pouco tempo com a tripulação.

– Ninguém machuca os meus filhos e sai impune! – berrou.

Imediatamente os quatro seguiram os bandidos com fúria e decisão no olhar. O desejo de vingança queimava dentro deles e eles estavam concentrados na tarefa de achá-los. Os dois homens iriam pagar pelo que fizeram com a Fairy Tail – tanto a taverna quanto a tripulação do navio.

– Chamem a nossa médica! – berrou Gray.

– Seu idiota, Wendy é nossa médica! – retrucou Gajeel sem paciência.

Em outra situação, eu teria rido da frase idiota do moreno, mas o memento não era propício. Nossa médica estava agora correndo risco de morte e eu, como a melhor conhecedora de plantas medicinais do grupo, teria que ajudá-la com meu limitado conhecimento. O corpo de Wendy tremeu em meus braços e ela tossiu uma pequena quantidade de sangue na grama perto de meu joelho. Levy aproximou-se de mim desesperada.

– Lu-chan! Ela vai morrer? Fale-me o que eu tenho que fazer para ela não morrer! – exclamou a azulada tentando manter a calma, mas estando claramente desesperada.

– Busque um pouco de água do rio. Tem como você me dar um pedaço comprido de tecido? – perguntei .

– Cuide do pano, eu pego a água. - falou a desconhecida mulher de cabelo azul.

Pressionei o ferimento de Wendy para estancar o sangramento, o que fez com que a pequena desse um gemido sofrido de dor. Ver a adolescente naquela situação fazia meu coração doer. Parecia incorreto uma menina tão nova sofrer tanto quanto ela havia sofrido nos últimos meses naquela ilha.

– Deixe-me limpar o ferimento dela, tenho muita prática com isso. – pediu a desconhecida sentando-se ao meu lado no chão.

– Qual é seu nome? – indaguei receosa.

– Meu nome é Juvia. Juvia Lockster. Eu sei curar algumas coisas usando ervas e principalmente água. Você poderia, por favor, pegar alguma raiz ou folha que sirva para amenizar a dor? Não sei nenhuma de memória. – falou com os olhos fixos na pequena.

Observei-a limpar o ferimento com água corrente e depois fazer uma espécie de bolsa d’água para evitar que as bactérias entrassem no machucado enquanto eu ia procurar a planta. Levantei-me com o corpo dolorido, mas não esbocei o incômodo. Entrei dentro da densa floresta e comecei a procurar uma erva específica que certa vez havia visto em um livro de medicina no palácio. Graças aos céus, ela crescia em qualquer lugar húmido e tinha certeza que a encontraria ali, era questão apenas de procurar atentamente.

Após vários minutos de busca achei o que procurava. A planta era pequena, com alguns galhos pequenos e folhas grandes. Colhi uma dúzia dela e quando me virei para ir embora, avistei uma pequena Eschscholzia californica. Os galhos finos e longos parecendo vir da raiz, as folhas pequenas e flores alaranjadas faziam-na parecer um mato qualquer, mas isso era incorreto. Suas propriedades iam desde um forte sedativo a tratamento de dores. Colhi tudo que consegui com um enorme sorriso nos lábios.

Voltei correndo e vi ao me aproximar, percebi que Wendy suava frio e estava cada vez mais pálida. Corri para lavar as ervas que havia recolhido e com ajuda de Juvia, fiz uma pasta verde escura para besuntar no ferimento da pequena. Ao terminar essa tarefa, Levy estendeu-me um pedaço de tecido branco, um pouco úmido, que ela havia rasgado de sua blusa. Usei-o para fazer uma atadura firme ao redor da barriga da garota.

Observei-a tentando abrir os olhos e me desesperei momentaneamente. Se ela acordasse completamente ficaria inquieta e seu sangue seria bombeado mais rapidamente e com mais força em sua corrente sanguínea. Se isso ocorresse, seu ferimento iria voltar a sangrar abundantemente.

– Alguém tem um copo ou alguma tigela aqui? – questionei franzindo o cenho de preocupação.

Ouvi alguém remexer nos escombros do que outrora era a casa da anciã e uma baixa comemoração.

– Ei garota, pegue e encha de água. – Gray pediu jogando um copo de vidro em direção a Juvia.

Com o rosto um pouco corado, ela encheu um quarto do recipiente com o líquido e eu despejei as folhas amassadas nele, fazendo-o adquirir uma fraca tonalidade verde. A azulada ao perceber o que eu pretendia sorriu e inclinou a cabeça da pequena para que ela não engasgasse. Abri a boca dela e despejei boa parte da água com a seiva da erva em sua goela. Fiquei satisfeita ao ouvi-la engolir sem tossir. Respirei aliviada ao ver sua respiração de estabilizar e seus músculos relaxarem. Passei a mão na testa para limpar o suor e sorri para Juvia.

– Obrigada. – agradeci.

– Disponha. – respondeu sorrindo.

– Ela vai ficar bem Lu-chan? – questionou Levy.

– Espero que sim. – murmurei.

– Ei garota, obrigado pela ajuda. – falou Gray distante.

Pelo que eu sabia do moreno, ele era frio com a maioria das mulheres graças a uma desilusão amorosa que sofrera. Segundo boatos, uma mulher chamada Ultear Milkovich havia se casado com ele e ela acabou o traiu com o melhor amigo dele, roubando todos seus bens e deixando-o na completa miséria. Esse foi o motivo de ele ter se juntado aos piratas da Fairy Tail. Desconfio que ele não imagina que eu sei disso e, sabendo que esse era um assunto desconfortável, não havia conversado sobre isso com ele. Cada um tem que travar as próprias batalhas a fim de superar seus problemas.

Percebi as bochechas de Juvia ficarem levemente avermelhadas - talvez pelo calor ou pelo fato de Gray estar sem camisa. Achei mais provável a segunda opção, mas não falei nada só esbocei um singelo sorriso.

– Temos que levar a menina para a cidade. Se ela continuar aqui na mata o machucado pode acabar infeccionado. – pediu Juvia em voz baixa.

– Gajeel, Gray vocês vão já buscar dois galhos grandes e vários de tamanho médio. Faremos uma maca improvisada. – mandou Levy.

Os dois saíram em disparada em direção à floresta deixando-nos sozinhas em um silêncio duradouro. Talvez por estarmos tão preocupadas com a pequena, nem nos demos ao trabalho de conversar. Cada uma pensando em algo para ajuda-la a não morrer e a se recuperar sem nenhuma sequela. Minha maior preocupação era que a lâmina tivesse perfurado alguma veia ou artéria importante das pernas, o que poderia fazê-la perder os movimentos das mesmas. Entretanto, logo me acalmei ao notar que o machucado não sangrava tanto, o que era um bom sinal.

Ambos voltaram no mesmo instante e Gray esboçava um sorriso vitorioso. Como ele estava com mais galhos que Gajeel, imaginei que eles haviam feito uma competição idiota de quem recolhia mais ramos. Agora que a adrenalina e a tensão se dissipavam de nossos corpos, eu ri. Fiquei parecendo uma louca gargalhando no meio de uma floresta com a amiga ferida, mas não pude evitar. Todo aquele acúmulo de sensações precisava ser extravasado de alguma forma e, como eu não estava com a mínima vontade de me debulhar em lágrimas, a opção mais aceitável era sorrir. E ao ouvir as risadas de todos, eu não era a única que se sentia daquela forma.

Levy pediu para os meninos dares suas camisas para ela. Assim que Gajeel retirou sua blusa exibindo os músculos definidos, o rosto da azulada tingiu-se do mais forte tom de vermelho. Apesar da vergonha estampada em sua face, ela se concentrou na tarefa que havia proposto. Seus dedos finos e ágeis faziam nós com pequenos pedaços de tecido para que os galhos se unissem de forma fixa, sem correr o risco de se soltarem, o que acarretaria na queda de Wendy. Após a estrutura estar pronta, ela pegou os maiores tecidos para forrar os pedações de madeira para facilitar seu transporte e deixa-la mais confortável.

Com extrema delicadeza, Gray deitou Wendy e ela só emitiu um pequeno grunhido dolorido quando ele a levantou do chão. Gajeel e o moreno levantaram a maca e começamos a voltar para a cidade. Eu e Juvia apoiávamos a anciã enquanto Levy conferia o caminho a fim de ver se não havia nenhum pirata nele e para ver se ele estava correto. De repente, uma negra fumaça subiu ao céu acompanhada de um grande estrondo. Paramos de andar e ficamos tensos. Será que a Phantom conseguiu se recuperar e atacar os moradores? Isso se repetiu mais três vezes o que retardou nossa caminhada.

As árvores foram ficando mais espaçadas entre si e rapidamente avistamos a destruição. Algumas casas estavam desabadas e não havia sinal de pessoas ali. Fomos andando cuidadosamente e Levy foi na frente para ver o que estava acontecendo. Assim que ela fez um sinal de positivo andamos até ela e nos deparamos com uma cena cômica. Natsu e Erza estavam ajoelhados no meio da praça ouvindo Makarov brigar com eles por terem destruído alguns prédios da cidade. Jose e seus subordinados estavam acorrentados com correntes de ferro ao redor de um tronco de uma grossa árvore, desta vez sem chances de fuga. Os cidadãos ‘‘desaparecidos’’ estavam reunidos ao redor deles rindo e brindando copos de cerveja.

– Nem nos chamaram para a festa, hein seus desgraçados! – berrou Gray atraindo a atenção de todos para nós.

Assim que viram Wendy na maca, a expressão de todos se transformou em receio e pesar.

– Calma pessoal, ela está viva. Tem algum lugar calmo e com remédios que podemos deixa-la? – questionei à anciã.

– Há a casa da curandeira atual. – falou com a voz trêmula e rouca.

Nem Gajeel nem Gray abandonaram a tarefa de carregar a maca para ir se divertir com as pessoas da cidade e da taverna.

Após poucos minutos de caminhada, chegamos a uma simples casa de muro cinza. A porta de madeira estava entreaberta e entramos na residência um pouco receosos. A anciã nos instruiu a deixa-la no quarto de paredes brancas, que continha um grande arsenal de remédios. Cuidadosamente deitamos a pequena na pequena cama de lençóis verdes.

– Vão se divertir. Eu sou velha demais para essas bagunças, cuidarei da menina. Não se preocupem, vocês merecem isso depois de tudo que fizeram por nós. Obrigada por salvarem a mim e as crianças. – mandou a velha sorrindo.

– Obrigada por cuidar da Wendy. – falei.

Saímos da casa e fomos para a praça principal sendo recebidos como heróis. Cada vez que a bebida ameaçava acabar, alguém surgia com mais um barril do líquido alcoólico. Antes que todos ficassem bêbados demais, Makarov fez um belo discurso nos agradecendo e anunciando a entrada definitiva de novas quatro membros na Fairy Tail: eu, Levy, Juvia e Erza. Uma mulher albina e alta com um longo cabelo platinado aproximou-se de mim estendendo um carimbo e várias cores de tinta. Ela usava um longo e relativamente simples vestido de cor vinho que cobria até seus pés.

– Olá, Lucy. Sou Mirajanne, mas pode me chamar de Mira. Prazer em conhecê-la. – falou com sua voz doce.

– O prazer é meu Mira. – disse sorrindo.

– Escolha a cor da marca e o local. – pediu.

Passei os olhos pela multidão de festeiros e fixei-me em Natsu. Ele estava rindo, bebendo e brigando com Gray, tudo ao mesmo tempo. O sorriso em seus lábios era sincero e verdadeiramente feliz. Ouvi-lo berrar ‘‘Estou empolgado’’ antes de juntar mais pessoas à luta.

– Quero rosa na mão direita. – falei encontrando o olhar brilhante de Mira.

Pouco tempo depois eu tinha uma tatuagem estranha, porém linda em minha mão. Sorri com uma boba para ela e passei levemente os dedos ao seu redor. Agora eu era oficialmente um membro da Fairy Tail! Juntei-me à comemoração radiante de felicidade.

As pessoas bebiam para se esquecerem que os piratas da Phantom haviam destruído várias vidas, por isso em um certo momento da festa eu era a mais sóbria ali. Já estava ficando tarde e minha visão ia ficando turva, por isso afastei-me um pouco do excesso de barulho que havia na praça central.

Dei poucos passos antes de ver a imagem que me deixou abismada. Em um banquinho iluminado pela luz da lua, Levy e Gajeel se beijavam. Eu não sabia se os dois estavam tão bêbados que não sabiam o que estavam fazendo ou se já nutriam um sentimento forte um pelo outro. Resolvi voltar para a festa, que já dava sinais de ir se acalmando.

~ # ~

O dia amanheceu trazendo uma fresca brisa marítima à cidade. Acordei sentindo uma leve dor de cabeça e cocei os olhos tentando me localizar. Como a festa ontem terminou tarde, a maioria das pessoas tinha adormecido no mesmo lugar que estavam bebendo, o que resultou em posições muito engraçadas. Natsu estava ao meu lado com a mão em minha cintura, Levy estava em cima do peito de Gajeel e Erza segurava uma espada com a mão esquerda enquanto estava adormecida abraçada a Jellal. Havia um homem bêbado cantando de modo arrastado e dançando enquanto segurava um pequeno barril de cerveja.

Pouco tempo depois de eu ter levantado, as pessoas começaram a despertar e ir em direção às suas casas. Makarov e as pessoas da taverna ajudaram a recolher os mantimentos que levaríamos em nosso navio – que eram muitos. Enquanto isso, eu fui visitar Wendy, que, para minha surpresa estava até acordada.

– Desculpe-me por fazer vocês se preocuparem comigo. – falou ela com a voz fraca.

– Sua boba! Você nos deu um belo susto. Como está se sentindo? – perguntei.

– Já estive melhor, mas vou sobreviver. – disse sorrindo.

– Se sente bem o suficiente para ir conosco no navio ou prefere esperar aqui sua total melhora e na próxima temporada passamos aqui para te pegar? – questionei.

– Estou ótima Lucy, irei com vocês! Se precisarem de mim terei que ajuda-los no navio e não aqui. – afirmou decidida.

– Tudo bem. Chamarei alguém para te carregar até o barco. – avisei.

Saí da casa e encontrei Gajeel. Pedi a ele para levar a adolescente até uma cabine no navio e ele fez isso rapidamente. Após o almoço, estávamos todos prontos para partir. Desta vez, uma mulher chamada Lisanna, iria vir conosco. Ela era irmã de Mira e de Elfman, estava ajudando a irmã com a taverna e não pôde ir com a tripulação na última temporada e por isso agora não queria perder a oportunidade.

Despedimo-nos com lágrimas dos habitantes da ilha e entramos no navio. A âncora foi levantada e pouco tempo depois o Fairy Tail navegava nas calmas ondas do mar. Sorri ao observar o pedaço de terra ficando cada vez menor.

Agora estávamos indo em busca de nossa próxima e desconhecida aventura.


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Notas finais do capítulo

♥ Dessa vez não teve final trágico! Eu ouvi um Amém? UASHASUHSAUSA Okay, parei e-e E esse GaLe aí no final? Wendy, não morreu e ainda teve beijo! Sou muito boazinha com vocês viu, mereço até um prêmio de bondade u-u

♥ Gostaram? Odiaram? Mereço comentários e/ou recomendações?