The Princess And The Pirate escrita por Karollin


Capítulo 14
Eu vou ficar


Notas iniciais do capítulo

Olhem o horário em que eu terminei o capítulo minha gente! HUDSHSD Madotsuki e Ana Clara OBRIGADA PELAS SUAS RECOMENDAÇÕES PERFEITAS! EU AMEI CADA PALAVRINHAS, VOCÊS SÃO SHOW DE BOLA O/ USAHAUSH

Eu não resisti e postei mais uma fic NaLu galera! Deem uma lidinha nela, acho que vocês irão gostar http://fanfiction.com.br/historia/398969/Para_Sempre

Espero que gostem galera :3



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Anteriormente:

Ela ainda estava rindo quando a outra faca de caça de Lucy, tirada e jogada no momento em que a faca de atirar saiu de sua mão, enterrou-se no meio de sua barriga. Minerva viu durante um segundo o local atingido antes de suas pernas se dobrarem sob o peso de seu corpo.

– Não preciso mais de você viva. – falou Lucy com um sorriso cansado.

A última coisa que Minerva viu antes de ficar inconsciente foi seu sangue rubro encharcando a terra.

~# ~

Atualmente

Observei o corpo inconsciente da Minerva bater no chão com um barulho abafado. Suspirei pesadamente e sentei-me no chão com a cabeça baixa. Soltei um longo suspiro e ouvi passos leves se aproximando de mim. Levantei os olhos e vi Levy com a mão na boca e uma expressão horrorizada alternando sua visão entre mim e Minerva, que jazia no solo.

– Lu-chan...você m-matou..ela? – ela perguntou com a voz tremida.

– Ela estava enforcando o Laxus. Não tive escolha. – respondi sem encará-la.

Assim que terminei de falar, ela pareceu notar o loiro musculoso tossindo e com uma marca arroxeada ao redor do pescoço.

– Laxus! Você está bem? – perguntou ela aflita correndo em direção a ele.

– Não vou morrer graças a Lucy. Valeu loirinha. – ele falou com a voz fraca e eu acenei com a cabeça para ele.

A morte de Minerva não vai resolver os problemas do reino. Antes de ser pirata, sou uma princesa e agora, meu reino precisa de mim. Nossa, que clichê! Pensei, rindo. Parei de rir no momento em que algo me veio a mente quando eu estava na masmorra.

‘‘- Escute aqui princesinha você vai voltar para o seu navio. Entendeu?

– Não vou. Tenho que ajudar meu povo!

– Não, você não tem.

– Mas meu pai está falindo o reino!

– Não é seu pai quem está fazendo isso queridinha, sou eu! Seu querido papai está doente em uma cama. Sou eu quem está aumentando os impostos. – ela falou.

– O que você fez ao meu pai? – indaguei nervosa.

– Dei-lhe um veneno, não precisa agradecer. Se você não fizer o que eu mando, matarei seu queridinho pai, seus amigos e o Loke. – falou ela gargalhando.’’

Minha nossa! Meu pai! Arregalei os olhos e levantei-me abruptamente. Levy pulou de susto e me olhou confusa. Sorri de um modo tenso com o intuito de acalmar a azulada, porém não deu muito certo.

– O que foi Lu-chan? – perguntou ela desconfiada.

– Meu pai...ele precisa de mim. Eu tenho que voltar para o castelo. – falei com a voz trêmula e senti algumas lágrimas escorrerem por meus olhos.

Jude poderia ser uma pessoa egoísta, fria, mandona, irritadiça, ambiciosa e nem um pouco afetiva, porém ele ainda era o meu pai. E eu não podia deixar meu pai morrer! Saí correndo para fora da densa floresta e, após uns 20 minutos correndo, percebi que as árvores se tornavam menores e mais espaçadas.

Suspirei aliviada ao ver um homem tentando prender um alto cavalo em uma estaca de madeira do lado de fora do bar. Corri em direção ao animal e, pegando impulso na estaca, pulei em cima do animal, assustando tanto ele quanto o dono. Ajeitei-me na sela e peguei o estribo das mãos do homem que ainda estava paralisado pelo susto.

– P-princesa? – falou ele com os olhos esbugalhados.

– Sim. Desculpe, tenho que pegar seu cavalo emprestado. É uma emergência, mas não se preocupe, o devolverei ao senhor juntamente com alguma recompensa. Qual é o seu nome? – falei sorrindo docemente para ele.

– Mike...Mike Ghotey. – ele gaguejou.

– Obrigada Mike. – falei

Apertei meus calcanhares nas laterais da barriga do cavalo incentivando-o a andar, o que ele fez prontamente. Fiz ele correr rápido e manter a velocidade enquanto caminhávamos pelas ruas quase desertas da cidade. Como ainda era cedo, não havia quase ninguém andando pelas ruas, ainda bem, caso contrário eu poderia muito bem atropelar alguém graças a pressa em que eu cavalgava.

Cheguei aos portões do terreno do castelo e, imediatamente, fui reconhecida e os soldados abriram as grades para eu entrar. Pulei do cavalo ao chegar de frente da maciça porta de carvalho que estava entreaberta. Corri feito louca para o quarto de meu pai, porém, dois soldados me impediram de entrar.

– Saiam da frente! Eu sou a princesa Lucy Heartfilia e quero ver meu pai. Agora! – falei em um tom autoritário.

Os dois guardas abriram um sorriso maldoso que fez com que eu, inconscientemente, desse um passo para trás.

– Oh sim, queridinha, nós sabemos muito bem quem você é e por isso mesmo você não passará por nós. – falou um homem de voz grossa.

O que? Mas que droga! Esses caras trabalham pra Minerva. Me dei um soco mental.

– Não se preocupe, a ordem de terminar o serviço já está sendo executada. Daqui a alguns poucos minutos você não terá mais pai para visitar. – falou o outro brutamontes rindo desdenhoso.

Você já deve ter ouvido a expressão meu sangue gelou e fiquei paralisada não é? Asseguro-lhes que essas frases são verdadeiras. Quando aquele cara disse aquilo, a única coisa que eu consegui fazer foi respirar. Meus pensamentos estavam em um turbilhão sem nexo. Eu queria sentar em um canto e chorar, porém a parte lógica de mim, deu um tapa em meu lado emocional fazendo-me cair na real. Ainda posso salvar meu pai!

Levantei meus olhos e encarei os dois caras com um sorriso de sarcasmo estampado em minha cara. Pus minhas mãos na lateral do corpo e tamborilei meus dedos em minha calça justa. Abaixei um pouco a cabeça, deixando minha franja tampar meus olhos para que os subordinados de Minerva não percebessem que eu estava analisando o corredor a procura de algo que poderia ser usado como arma.

Eu estava de frente para uma porta dourada com elegantes decorações de pequenas flores na maçaneta. Atrás de mim havia uma longa e pesada mesa de madeira e em cima dela havia uma vasilha de frutas de cera e alguns castiçais. Na parede branca havia um simples espelho pregado a ela. Alguns metros a minha direita, também pregado a parede, havia duas longas e finas espadas. Pessoa que inventou essa mania de decorar as paredes com armas, eu amo você! Virei-me de costas para os homens sacudindo os ombros fingindo estar chorando e, disfarçadamente, caminhei até a mesa para pegar os castiçais.

Quando eles perceberam o que eu estava fazendo, já era tarde demais.

Com extrema maestria, bati um castiçal na cabeça do brutamontes 1 e para o amigo dele não ficar com ciúmes, bati o objeto na nuca dele. Como os dois mediam quase o dobro do meu tamanho, meu golpe só os deixou um pouco zonzos. Aproveitei essa chance para correr e pegar as duas espadas. Elas eram muito mais leves do que eu estava habituada, porém teriam que servir. Virei em direção ao brutamontes 2 que já avançava para cima de mim com a pesada lâmina em punho.

Observei, amedrontada, ele se aproximar e desferir um golpe de cima para baixo, visando partir meu crânio em dois. Por puro reflexo, bloqueei o ataque com a espada que eu segurava com a mão direita, porém a força aplicada por ele foi tão grande que fez meu braço inteiro tremer e fez com que meu pulso ficasse dormente. Praguejei em voz baixa e fiquei balançando a mão.

Antes que eu pudesse me recuperar por completo, já estava sendo atacada novamente e eu desviava e defendia por puro reflexo. Após quatro golpes eu já não sentia nenhum de meus braços e isso me preocupou, pois eu ainda teria que enfrentar o brutamontes 1 para conseguir chegar até meu pai.

Quando pendei em meu pai deitado na cama esperando pela morte induzida, meu sangue fervei de raiva e, como em um passe de mágica, achei minha coragem e minha força. Fui para cima do brutamontes 1 dando golpes certeiros e com movimentos coordenados que faziam com que ele sangrasse e cansasse muito. Após aproximadamente 5 minutos de luta, eu já estava ofegante e ele pingava suor e sangue no tapete persa no chão. Avancei para cima dele sabendo que este seria o golpe final. Ao invés de mirar no pescoço do homem, mirei na fina pele atrás de seus joelhos, pois não queria mata-lo. A verdade é que eu odiava tirar a vida de alguém, mesmo que a pessoa merecesse. Observei-o cair gemendo de cor com um baque surdo no chão. Seja por falta de sangue ou cansaço, ele desmaiou.

Olhei com fúria para o brutamontes 1 que havia largado as armas e corrido para fora de meu campo de visão para evitar seguir o mesmo destino de seu companheiro. Encostei minas costas na mesa e arranquei um bom pedaço de minha blusa, fazendo-a parecer um top. Com o pedaço de tecido, estanquei os ferimentos que sangravam em abundância em meus braços. Com o corpo trêmulo, empurrei a porta do quarto de meu pai com o ombro, fazendo uma careta de dor ao encostar na madeira.

Dei um passo para dentro do amplo cômodo. O local possuía grandes cortinas feitas de um pano vermelho vinho e diversas pinturas de nossa família espalhadas pela parede. Frondosos e elegantes tapetes cobriam o límpido chão cor de creme. No centro do quarto, havia uma elegante cama de casal onde meu pai estava deitado.

Apesar de todos os meus músculos gritaram e implorarem por um descanso, corri até meu pai e ajoelhei-me ao lado de sua cama. Percebi que na escrivaninha ao lado dela havia uma toalha molhada com água gelada e como meu pai suava muito, coloquei-a sobre a testa dele. Ele abriu os olhos, sem me reconhecer. Seus lábios abriram em um sorriso.

– Obrigado Laya, isso é tão bom. Laya, é você mesmo ou estou tendo mais uma alucinação? – falou ele com sua voz fraca.

Laya? Ele está me confundindo com a mamãe! Afaguei a mão dele e a beijei. O rosto dele estava com uma palidez mortal e com olheiras roxas e profundas. Como sua pele era muito branca já por natureza, no estado deplorável em que ele se encontrava eu conseguia ver até as veias escuras fazendo contraste com a sua epiderme.

– Papai, sou eu sua filha. Sou eu papai, Lucy Heartfilia. – esclareci com a voz chorosa.

Um raio de compreensão cruzou o rosto do rei e um sorriso se formou em seus lábios novamente.

– Lucy, minha princesinha. Desculpe-me por não ser o pai que você desejava. Eu me perdi depois que sua mãe morreu, eu não tive forçar para superar a partida dela. Ficar próximo a você era doloroso porque você é igualzinha a ela. – ele disse sussurrando e passando a mão levemente em minha bochecha.

Segurei a mão dele ao lado de meu rosto sentindo lágrimas quentes escorrerem de meus olhos, descontroladas.

– Não diga isso como se fosse uma despedida, papai. – respondi com a voz alterada pelos soluções contidos.

– Eu não consigo mais, minha princesa. Eu morrerei em breve, mas quero que saiba que- ele foi interrompido por um violento acesso de tosse, que fez seu corpo tremer.

Arregalei os olhos com medo.

– Não pai, não desista! Vou chamar um médico! Chamarei a Polyushka ou a Wendy e elas te curarão em um instante! Seja forte papai, por favor! Você tem que aguentar mais um pouco! – falei já não me importando com os altos soluços e as grossas lágrimas que insistiam em sair.

– Não dá mais tempo filha. Eu não posso partir sem lhe dizer... Eu te amo e me orgulho de você por você ter sido forte o suficiente para correr atrás de seus sonhos, como sua mãe. Eu te amo filha. – falou ele com uma voz fraca e debilitada, sendo atingido por um outro acesso de tosse, mas quando ele passou ele sorriu carinhosamente e olhou para mim.

– Eu também te amo papai. – falei sincera apertando sua mão levemente..

E, com um sorriso nos lábios, meu pai morreu deixando o reino para eu governar.

(...)

Quatro dias se passaram desde a morte de meu pai. Não recebi nenhuma notícia de Natsu, Levy ou da Fairy Tail, mas até que eu preferi assim. Não teria coragem para dizer a eles minha escolha. Eu não estava pronta e nem tinha coragem suficiente para fazer isso. Eu e os empregados enterramos meu pai no cemitério real que ficava dentro de nossa propriedade. A lápide dele estava ao lado da de minha mãe e era uma réplica exata da dela. Placas de mármore branco foram colocadas em cima da terra com uma imagem de meu pai sorrindo. Na de minha mãe havia uma imagem dela sorrindo também e, no encontro dos dois mármores, havia uma imagem dos dois com os lábios colados e com sorrisos em suas bocas.

Assumi o trono às pressas e a primeira medida que tomei foi reduzir drasticamente os impostos e dar sementes de vários alimentos para o povo plantar. Pelo o que Loke me contou, os meu súditos fizeram uma festa bem animada em uma noite para me homenagear. Sentada atrás de uma mesa de pinheiro com detalhes em veludo branco, fazia meus pensamentos irem longe, de volta ao pouco tempo que passei sendo pirata. Porém sabia que não iria me aventurar nos mares tão cedo.

– Rainha, há algumas pessoas querendo te ver. – anunciou Caprico.

– Já estou indo para a sala do trono. – falei ajeitando meu elegante e pomposo vestido rodado rosa.

Toda vez que algum súdito queria me ver e conversar comigo, eu era obrigada a cumprir o protocolo e colocar a droga da coroa que coça na cabeça e ir para a sala de audiência, me sentar no trono. Sentei no confortável acento dedicado a rainha e pedi para que os visitantes entrassem. Fiquei em choque quando vi Gray, Laxus, Levy, Erza, Natsu, Gajeel e Wendy entrarem no salão. Levantei-me e olhei para eles incrédula. Eu achei que eles já tivessem partido há muito tempo! Levy-chan foi a primeira a correr em minha direção e me abraçar com lágrimas nos olhos.

– Oh Lu-chan! Eu sinto muito por seu pai! – lamentou ela.

Fiquei sem fala por alguns segundos e Erza me deu um abraço de urso, ou melhor, me esmagou com seus braços fortes. Os meninos, só ficavam me olhando feito idiotas, porém eu ainda estava um pouco em choque para repreendê-los.

– Lu-chan, você fez falta! Não sabe como foi torturante ouvir Natsu falar: ‘‘Vamos logo pegar a Luce para cairmos fora daqui.’’ Wendy teve que amarrá-lo em um galho baixo para evitar de ele vir correndo até aqui atrás de você!- a baixinha tagarelou.

Dei um sorriso, o primeiro que saía espontaneamente em dias.

– Vamos logo voltar para o navio Luce! – implorou Natsu com olhinhos de cachorro fitando uma coxa de javali rodando na fogueira.

– Eu não vou Natsu. Eu não posso ir para o navio, eu tenho que ficar. Agora eu sou a rainha e meu povo depende de mim. – falei encarando o babado de meu vestido.

A hora de dizer aquilo veio mais cedo do que eu esperava. Todos meus amigos perderam a fala e me encararam com espanto. Senti uma lágrima solitária rolar por minha bochecha, mas eu já estava irredutível.

Não vou mudar de ideia quanto a minha decisão.


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Notas finais do capítulo

Vish, Lucy irá ficar no reino u-ú SUHSAU Deixem comentários, meus tchucos :3

Ah, só para lembrar quem quiser o link da minh fic Nalu: http://fanfiction.com.br/historia/398969/Para_Sempre